... reposição de COISAS minhas, actuais e antigas, algumas fotografias!!!... Sherpas!!!...
sábado, 2 de fevereiro de 2008
... talvez sinta medo!!!...
… talvez sinta medo,
natural que se não queira apresentar, tal e qual,
dúvidas que me assaltam,
perante,
pensamentos que tenho,
Mundo tão diferente, extravagante,
normalidade que deixou de ser normal,
não é segredo,
todos o sabem, comentam,
ainda existem os que inventam,
os que tentam disfarçar a situação,
que não, que não está em risco a condição,
continuamos seguros por muitos anos,
quantos disfarces, quantos enganos,
no seio destes humanos,
biliões que se atropelam,
se injuriam, não apelam,
destroem por sistema, concertadamente,
não olham, não têm receio,
não param, não se deliciam com o que possuem,
escravos do corpo que precisa, da mente,
sem humildade, sem devaneio,
carregam sobre o que não usufruem,
não têm tempo, tão anormais nos feitos,
grandes defeitos,
apocalípticos na destruição,
põem, dispõem,
desequilibram, caldeira infernal em ebulição,
produção, mais produção,
sem contenção,
perante,
é natural que tenha medo,
que se evite,
que espreite, recue de imediato,
simples hiato,
amostra do que poderia vir,
tempo primaveril,
temperatura amena,
campos floridos, risonhos,
sol grandioso, energia de tudo,
fauna, flora, num conjunto,
hino que se canta,
quedo pensativo, mudo,
sério, compreensivo,
admito seus temores, quando assola um cadinho,
nos premeia com carinho,
nos nega, foge,
se esconde por trás de nuvens negras, do frio,
da ventania que surge, nos arrepia,
nesta quase brincadeira que se repete,
que nos persegue,
estando quase, altura sossegada, maravilha,
pedaço que mais se admira,
Primavera que se espera,
harmonia celestial,
equilíbrio total,
perante,
é natural que se abstenha, que tenha medo,
não é segredo!!!... Sherpas!!!...
natural que se não queira apresentar, tal e qual,
dúvidas que me assaltam,
perante,
pensamentos que tenho,
Mundo tão diferente, extravagante,
normalidade que deixou de ser normal,
não é segredo,
todos o sabem, comentam,
ainda existem os que inventam,
os que tentam disfarçar a situação,
que não, que não está em risco a condição,
continuamos seguros por muitos anos,
quantos disfarces, quantos enganos,
no seio destes humanos,
biliões que se atropelam,
se injuriam, não apelam,
destroem por sistema, concertadamente,
não olham, não têm receio,
não param, não se deliciam com o que possuem,
escravos do corpo que precisa, da mente,
sem humildade, sem devaneio,
carregam sobre o que não usufruem,
não têm tempo, tão anormais nos feitos,
grandes defeitos,
apocalípticos na destruição,
põem, dispõem,
desequilibram, caldeira infernal em ebulição,
produção, mais produção,
sem contenção,
perante,
é natural que tenha medo,
que se evite,
que espreite, recue de imediato,
simples hiato,
amostra do que poderia vir,
tempo primaveril,
temperatura amena,
campos floridos, risonhos,
sol grandioso, energia de tudo,
fauna, flora, num conjunto,
hino que se canta,
quedo pensativo, mudo,
sério, compreensivo,
admito seus temores, quando assola um cadinho,
nos premeia com carinho,
nos nega, foge,
se esconde por trás de nuvens negras, do frio,
da ventania que surge, nos arrepia,
nesta quase brincadeira que se repete,
que nos persegue,
estando quase, altura sossegada, maravilha,
pedaço que mais se admira,
Primavera que se espera,
harmonia celestial,
equilíbrio total,
perante,
é natural que se abstenha, que tenha medo,
não é segredo!!!... Sherpas!!!...
... um ESTADO social!!!... (antiga)
… um Estado SOCIAL, caro _____, (… já tinha saudades, oh meu… sei que andas pelos futebóis, apareces, vezes por outras!!!...) não pode descurar as populações no que mais lhes dói, não deve castigar no que mais lhes custa, castigando com taxas, com impostos indirectos, com reduções na A.D.S.E., nas reformas que têm… as mais módicas, “reformas” lhes chamam também, ajustamentos, discrepâncias existentes, direitos que mantinham, falo por mim mas, aceito… há muito pior do que eu!!!...
… vão praticando políticas de direita, militantes socialistas de craveira assim pensam, assim o disseram no Congresso, tirando à Saúde, tirando ao Ensino, à Segurança Social, descurando a Justiça… apostando nas novas tecnologias, no conhecimento profundo, na feitura de cérebros de fazer inveja com o envio e recebimento de eleitos para os States!!!...
… um cambalacho… como diziam os lavradores doutros tempos quando trocavam terras ou gados!!!... Logo à partida, grossa fatia para o Ministério do Mariano Gago… umas migalhinhas para os que considero essenciais, quase nada para a agricultura e pescas, para o ambiente… também!!!...
… grande descontentamento pelas ruas, torcer de nariz de muitos… alguma compreensão, dúvidas que se levantam quando se notam Empresas de vulto com ganhos exorbitantes, Seguros e Bancos!!!...
… alguns toques e retoques nas pensões dos mais endinheirados, um pequeno ataque à Banca que se rebelou, de imediato… fiquei satisfeito porque Socrático, desconfiado, por enquanto!!!...
… não sou fanático político… simples e vulgar cidadão que vai apreciando esta desevolução, emitindo opinião escrita sem conhecimentos específicos de economia, sei da minha que, está sendo atacada… cada vez mais!!!... Acções que se impunham, dizem… que geraram maior simpatia por parte dos que apoiavam e apoiam pomares e migalhinhas, basta ler os parabéns do _________, agora calado... basta avaliar a inacção do maior partido da oposição, os palavreados que atira, o que tenta rebater, fazendo quase o papel dos comunistas, dos bloquistas, dos socialistas, apoiando o maior despesista de todos os tempos, Jardim dos seus amores!!!...
… políticas bem diferentes das que esperava do P.S. que, pelas circunstâncias, talvez invertesse um pouco e, quanto ao ORÇAMENTO… não contam alguns, somente os eleitos que depois de bem formados, com todas as valias… lá terão de emigrar, sem serem absorvidos pelos empresários de treta que possuímos, CONTAM TODOS no mais importante, SAÚDE, ENSINO; SEGURANÇA SOCIAL e… JUSTIÇA, oh meu!!!... A minha maneira de ver a questão… tal como a de tantos, militantes a sério do PARTIDO SOCIALISTA!!!...
… e quanto ao interior do País, valha-me Deus… tal como os outros, votado ao abandono, entregue aos espanhóis, como sabes!!!... No entanto, expectante… como sempre!!!... Sherpas!!!...
… vão praticando políticas de direita, militantes socialistas de craveira assim pensam, assim o disseram no Congresso, tirando à Saúde, tirando ao Ensino, à Segurança Social, descurando a Justiça… apostando nas novas tecnologias, no conhecimento profundo, na feitura de cérebros de fazer inveja com o envio e recebimento de eleitos para os States!!!...
… um cambalacho… como diziam os lavradores doutros tempos quando trocavam terras ou gados!!!... Logo à partida, grossa fatia para o Ministério do Mariano Gago… umas migalhinhas para os que considero essenciais, quase nada para a agricultura e pescas, para o ambiente… também!!!...
… grande descontentamento pelas ruas, torcer de nariz de muitos… alguma compreensão, dúvidas que se levantam quando se notam Empresas de vulto com ganhos exorbitantes, Seguros e Bancos!!!...
… alguns toques e retoques nas pensões dos mais endinheirados, um pequeno ataque à Banca que se rebelou, de imediato… fiquei satisfeito porque Socrático, desconfiado, por enquanto!!!...
… não sou fanático político… simples e vulgar cidadão que vai apreciando esta desevolução, emitindo opinião escrita sem conhecimentos específicos de economia, sei da minha que, está sendo atacada… cada vez mais!!!... Acções que se impunham, dizem… que geraram maior simpatia por parte dos que apoiavam e apoiam pomares e migalhinhas, basta ler os parabéns do _________, agora calado... basta avaliar a inacção do maior partido da oposição, os palavreados que atira, o que tenta rebater, fazendo quase o papel dos comunistas, dos bloquistas, dos socialistas, apoiando o maior despesista de todos os tempos, Jardim dos seus amores!!!...
… políticas bem diferentes das que esperava do P.S. que, pelas circunstâncias, talvez invertesse um pouco e, quanto ao ORÇAMENTO… não contam alguns, somente os eleitos que depois de bem formados, com todas as valias… lá terão de emigrar, sem serem absorvidos pelos empresários de treta que possuímos, CONTAM TODOS no mais importante, SAÚDE, ENSINO; SEGURANÇA SOCIAL e… JUSTIÇA, oh meu!!!... A minha maneira de ver a questão… tal como a de tantos, militantes a sério do PARTIDO SOCIALISTA!!!...
… e quanto ao interior do País, valha-me Deus… tal como os outros, votado ao abandono, entregue aos espanhóis, como sabes!!!... No entanto, expectante… como sempre!!!... Sherpas!!!...
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
... de porta em porta!!!...
… de porta em porta,
o tempo
chora,
zumbe o vento,
irrequieto,
aqui, bem perto,
uma nuvem derrama lágrima,
que avassala,
que confunde, cala,
inunda,
terra, casa,
tristeza que… se instala,
ramos secos, amarelados,
nas folhas que vão caindo,
extensos braços,
esvaindo
seus estertores,
algumas dores,
longos tapetes amaciados,
por tantos lados,
olhos cerrados… finos traços,
mais sossegados,
furtivos gestos,
quando… inquietos!!!...
… outonal,
para nosso mal,
já fomos, já passou,
vida que não finou,
encanecidos,
frontes enrugadas,
mais pensativos,
mentes paradas,
obsessivas, na contemplação,
doce visão,
não esquecidas,
o vento sopra,
a chuva cai,
a folha vai,
o tempo… traça,
de porta em porta,
enquanto geme, enquanto chora,
não pára… vai embora,
deixa pelo chão,
fofa camada,
folhas caídas,
imensidão,
vidas sentidas,
nuvens… esvaídas,
cinzentos que são
os pensamentos,
nestes momentos!!!... Sherpas!!!...
o tempo
chora,
zumbe o vento,
irrequieto,
aqui, bem perto,
uma nuvem derrama lágrima,
que avassala,
que confunde, cala,
inunda,
terra, casa,
tristeza que… se instala,
ramos secos, amarelados,
nas folhas que vão caindo,
extensos braços,
esvaindo
seus estertores,
algumas dores,
longos tapetes amaciados,
por tantos lados,
olhos cerrados… finos traços,
mais sossegados,
furtivos gestos,
quando… inquietos!!!...
… outonal,
para nosso mal,
já fomos, já passou,
vida que não finou,
encanecidos,
frontes enrugadas,
mais pensativos,
mentes paradas,
obsessivas, na contemplação,
doce visão,
não esquecidas,
o vento sopra,
a chuva cai,
a folha vai,
o tempo… traça,
de porta em porta,
enquanto geme, enquanto chora,
não pára… vai embora,
deixa pelo chão,
fofa camada,
folhas caídas,
imensidão,
vidas sentidas,
nuvens… esvaídas,
cinzentos que são
os pensamentos,
nestes momentos!!!... Sherpas!!!...
... dou voltas por tantos lados!!!...
… dou voltas por tantos lados,
vou de encontro ao passado,
quando me detenho,
lobrigo,
comparo belos bocados,
lembro vidas que acabaram,
já foram,
deixaram de ser,
parentes,
bons amigos,
pararam
quando morreram,
… locais por aí espalhados,
mudados que eles estão,
entra em mim um desespero,
tento agarrar tempo que foge,
quanto o desejo,
quando o quero,
quando o sinto afastado,
bem longe,
nesses lados que detenho,
guardo para mim,
tenho,
saudades da minha vida,
regressos que prolongo,
faço,
deles
não me desfaço,
junto-os… pedaço a pedaço!!!...
… dou voltas por tantos lados,
faço presente
do passado,
quanto mais curto,
mais escasso,
recordação que se alarga,
tantos recantos,
bons bocados,
gentes que adorei,
recordação amarga,
quando os tive
porque me dei,
nas voltas que a vida deu,
os que amo,
os que amei,
pedaços que já juntei,
memória que ainda vive,
doces enlevos,
encantos,
por tantos sítios… tantos cantos!!!... Sherpas!!!...
vou de encontro ao passado,
quando me detenho,
lobrigo,
comparo belos bocados,
lembro vidas que acabaram,
já foram,
deixaram de ser,
parentes,
bons amigos,
pararam
quando morreram,
… locais por aí espalhados,
mudados que eles estão,
entra em mim um desespero,
tento agarrar tempo que foge,
quanto o desejo,
quando o quero,
quando o sinto afastado,
bem longe,
nesses lados que detenho,
guardo para mim,
tenho,
saudades da minha vida,
regressos que prolongo,
faço,
deles
não me desfaço,
junto-os… pedaço a pedaço!!!...
… dou voltas por tantos lados,
faço presente
do passado,
quanto mais curto,
mais escasso,
recordação que se alarga,
tantos recantos,
bons bocados,
gentes que adorei,
recordação amarga,
quando os tive
porque me dei,
nas voltas que a vida deu,
os que amo,
os que amei,
pedaços que já juntei,
memória que ainda vive,
doces enlevos,
encantos,
por tantos sítios… tantos cantos!!!... Sherpas!!!...
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
... bebo!!!...
… como nascente de água pura,
cristalina,
remanesce em ti minha sede enorme,
meu pecado, minha menina,
sequioso,
deserto de pensamentos que mantenho,
fixo no teu todo, no teu rosto,
fulcro do meu desgosto,
sustentáculo que retenho na minha existência pequenina,
vulgar,
perante amor tão portentoso,
dedicação dum escravo adornando um pedestal,
tentação,
fruição que me sustém porque me segue,
embota meus sentidos, sempre a pairar,
perdido nos meandros da multidão,
tão só,
sede que me avassala, me sonega,
cala,
obstrui qualquer tipo de sensação,
vontade intensa de te beber, garganta seca pelo pó,
nó górdio que me impede, cega,
loucura, paixão, mansidão
apascentando a dor,
final de tensa refrega,
mendicante em terras de fartura,
nascente de água pura,
verdejantes campos em tempo de sequia, flor que ruboresce,
fantasia que em mim cresce,
formosura,
complemento que sustenta quando intenta,
brota, rebenta,
doença que se ofusca, desaparece,
minha cura,
elixir p´ra tanta amargura!!!... Sherpas!!!...
... há mais cores... no arco-íris!!!...
… enxergamos… coloridos mais densos!!!...
… quando enlaçados, bem juntos, comunhão intensa,
dois corpos se unem, partilhando quereres perfeitos,
esvoaçando por céus,
fazendo dos sonhos,
meus,
imaginando outras cores,
nos entregamos à voragem
da paixão que nos consome,
deixando de ser homem,
no corpo duma mulher,
nos braços que recebe
desejos que são teus,
uníssonos, em amálgama,
clímax se produz
no recesso duma cama,
objecto que se inflama,
lençóis que nos cobrem
maravilhas que vemos,
momentos que temos,
amor que se partilha,
no meio de tantos caminhos,
carícias afagos, beijos,
incontáveis torvelinhos,
montes de encantamento,
graal, cálice santo, receptáculo,
vale da criação,
sem obstáculo,
eterno feminino,
adoração,
menir gigante,
exaltação,
erectus penetrante,
entoação de encanto,
um hino,
rendidos, lado a lado, prostração,
profunda adoração,
cores que modificam,
se esvaem, intensificam,
alucinação,
confusa viagem,
magia que transforma,
sede que inebria,
noite que se faz dia,
acalmia, tão grande fome
recebendo toque divino,
formando união de facto,
conjugação dum acto
que nos seduz, reluz,
nos conduz num arco-íris
em coche feito de prata,
enxergamos coloridos mais densos,
tons de profunda luxúria,
apensos,
no gozo, na formosura,
no prazer que possuímos,
teus olhos que são meus,
nos meus que Deus me deu,
quando choramos, quando rimos,
no âmago que completa,
vida que recomeça,
prolongamento do que somos,
quando nos entregamos,
quando fomos
Deuses, num vasto Olimpo,
dois Mundos no infinito,
quase rogo, quase afirmo,
naquela entrega sem enganos,
cores tão lindas, diversas,
vários tons, tamanhos,
enxergados num curto hiato
por olhos que nunca viram,
quando riram,
choraram… sentiram!!!... Sherpas!!!...
… quando enlaçados, bem juntos, comunhão intensa,
dois corpos se unem, partilhando quereres perfeitos,
esvoaçando por céus,
fazendo dos sonhos,
meus,
imaginando outras cores,
nos entregamos à voragem
da paixão que nos consome,
deixando de ser homem,
no corpo duma mulher,
nos braços que recebe
desejos que são teus,
uníssonos, em amálgama,
clímax se produz
no recesso duma cama,
objecto que se inflama,
lençóis que nos cobrem
maravilhas que vemos,
momentos que temos,
amor que se partilha,
no meio de tantos caminhos,
carícias afagos, beijos,
incontáveis torvelinhos,
montes de encantamento,
graal, cálice santo, receptáculo,
vale da criação,
sem obstáculo,
eterno feminino,
adoração,
menir gigante,
exaltação,
erectus penetrante,
entoação de encanto,
um hino,
rendidos, lado a lado, prostração,
profunda adoração,
cores que modificam,
se esvaem, intensificam,
alucinação,
confusa viagem,
magia que transforma,
sede que inebria,
noite que se faz dia,
acalmia, tão grande fome
recebendo toque divino,
formando união de facto,
conjugação dum acto
que nos seduz, reluz,
nos conduz num arco-íris
em coche feito de prata,
enxergamos coloridos mais densos,
tons de profunda luxúria,
apensos,
no gozo, na formosura,
no prazer que possuímos,
teus olhos que são meus,
nos meus que Deus me deu,
quando choramos, quando rimos,
no âmago que completa,
vida que recomeça,
prolongamento do que somos,
quando nos entregamos,
quando fomos
Deuses, num vasto Olimpo,
dois Mundos no infinito,
quase rogo, quase afirmo,
naquela entrega sem enganos,
cores tão lindas, diversas,
vários tons, tamanhos,
enxergados num curto hiato
por olhos que nunca viram,
quando riram,
choraram… sentiram!!!... Sherpas!!!...
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
... preparativos!!!...
… caravela das descobertas,
cais da partida, areal coberto de gentes,
cordas que esticam, aprestam,
panos que enrolam nos mastros,
caminho aberto, finas frestas,
colosso de madeira, bojudo,
armazém de víveres que chegam,
arrumam em sítios sombrios, fundos,
quase pejado, de carvalho o cavername,
costado de pinho, de ferro o cavilhame,
mastros possantes com cestas nas gáveas,
grito do alto duma delas,
da ponte de comando,
vozeirão que se sobrepõe,
firme, vigiando,
enquanto põe, dispõe,
olhar feroz que deita
sobre marinheiro derreado
encostado numa barrica,
conversando descansado,
olhar de quem enleia
amor que deixa por uns tempos,
mulher nova que se meneia,
doces momentos,
recordações
na hora da despedida,
fuga, em busca doutro Mundo,
dia que arrasta uma vida,
doce balançar, águas calmas,
mansas, prometedoras,
conchego de tantas almas,
refúgio de tantos medos,
cofragem de grandes segredos,
bem juntinhos, moldados,
companheiros de todas as horas,
preparação do que temem,
viagem que se repete,
sãos, válidos, não tremem,
ajeitam o que se segue,
olham a gaivota que descola,
adeja,
a terra que se deixa,
fazendo por esquecer,
não pensando, sequer!!!... Sherpas!!!...
dom de ver,
orientar tudo que mexe,
do alto da sua omnipotente posição,
dá para entender
quando cresce, quando se olha,
volteia, não parpadeia,
não hesita,
não belisca, sequer,
não fora ele o capitão,
comanda,
ordens mais altas que cumpre
naquela busca, demanda,
cuidados que são redobrados
sem receios, com recados,
sem folguedos, sem festa,
antes que a noite inunde tarefa,
preparativos, vozearia no convés,
alguns gritos,
apresta-se tudo que resta
olha a todos de revés!!!...
veio a noite,
estafados, corpos de bestas desconformes,
animais entre animais,
descalços, fortes, rostos hirsutos,
autênticos brutos
espalhados por qualquer canto,
sonos profundos,
desatados, rendidos, desencanto,
escuridão que oculta tudo,
agitação que se refreia na quietude do local,
junto ao barco, perto do mar,
ainda mal o sol rompia, se espreguiçava a marinhagem,
era mais noite que dia,
apetrechos a funcionar, ordens que se ouvem dar,
velas que se içam,
enfunam, reboliço concertado,
começo da aventura,
levam rumo mais que pensado,
rota de azar,
de fortuna,
imensa incerteza se avulta no que se esconde,
oculta
para lá daquelas águas
que terão de navegar!!!... Sherpas!!!...
cais da partida, areal coberto de gentes,
cordas que esticam, aprestam,
panos que enrolam nos mastros,
caminho aberto, finas frestas,
colosso de madeira, bojudo,
armazém de víveres que chegam,
arrumam em sítios sombrios, fundos,
quase pejado, de carvalho o cavername,
costado de pinho, de ferro o cavilhame,
mastros possantes com cestas nas gáveas,
grito do alto duma delas,
da ponte de comando,
vozeirão que se sobrepõe,
firme, vigiando,
enquanto põe, dispõe,
olhar feroz que deita
sobre marinheiro derreado
encostado numa barrica,
conversando descansado,
olhar de quem enleia
amor que deixa por uns tempos,
mulher nova que se meneia,
doces momentos,
recordações
na hora da despedida,
fuga, em busca doutro Mundo,
dia que arrasta uma vida,
doce balançar, águas calmas,
mansas, prometedoras,
conchego de tantas almas,
refúgio de tantos medos,
cofragem de grandes segredos,
bem juntinhos, moldados,
companheiros de todas as horas,
preparação do que temem,
viagem que se repete,
sãos, válidos, não tremem,
ajeitam o que se segue,
olham a gaivota que descola,
adeja,
a terra que se deixa,
fazendo por esquecer,
não pensando, sequer!!!... Sherpas!!!...
dom de ver,
orientar tudo que mexe,
do alto da sua omnipotente posição,
dá para entender
quando cresce, quando se olha,
volteia, não parpadeia,
não hesita,
não belisca, sequer,
não fora ele o capitão,
comanda,
ordens mais altas que cumpre
naquela busca, demanda,
cuidados que são redobrados
sem receios, com recados,
sem folguedos, sem festa,
antes que a noite inunde tarefa,
preparativos, vozearia no convés,
alguns gritos,
apresta-se tudo que resta
olha a todos de revés!!!...
veio a noite,
estafados, corpos de bestas desconformes,
animais entre animais,
descalços, fortes, rostos hirsutos,
autênticos brutos
espalhados por qualquer canto,
sonos profundos,
desatados, rendidos, desencanto,
escuridão que oculta tudo,
agitação que se refreia na quietude do local,
junto ao barco, perto do mar,
ainda mal o sol rompia, se espreguiçava a marinhagem,
era mais noite que dia,
apetrechos a funcionar, ordens que se ouvem dar,
velas que se içam,
enfunam, reboliço concertado,
começo da aventura,
levam rumo mais que pensado,
rota de azar,
de fortuna,
imensa incerteza se avulta no que se esconde,
oculta
para lá daquelas águas
que terão de navegar!!!... Sherpas!!!...
... folhas secas no chão!!!...
… folhas secas no chão,
em profusão,
tapete almofadado ao longo de avenidas arborizadas,
misturadas com lixo que se vai acumulando,
pedaço de papel, uma beata, uma lata,
maço de cigarros amarfanhado, plástico em ascensão
soprado pelo vento que sopra, frio com os olhos no chão,
pensamento que evolui enquanto vou andando,
ouvindo pássaros que regressam no final do dia,
incomensurável sinfonia,
nos ramos nus, pequenas bolas enfunadas, chilreando,
repetição, numa cidade fronteiriça
que, agora, pouco se agita,
ruas com passantes, portas cerradas,
contrário do Verão com amplas esplanadas,
burburinho em casas suspeitas, portas fortes, negras,
blindadas,
aproximo-me duma, abro, escancaro,
baforada de fumo com que deparo,
junto ao balcão, música em surdina,
jovens em profusão,
bebida na mão,
tertúlias, convívios,
com alcoóis, com porros, com drogas,
cumplicidades,
atracção de pólos opostos,
outras verdades,
sexos que se buscam, se unem,
entendimentos, segredos,
bem postos, sem medos
no interior daqueles antros, serão vícios,
amalgamados se encontram naquele conchego,
amigos do peito,
com barulho, sem sossego,
maneira de vida, com copos, com tapas, com petiscos,
noutros abrigos,
num dia feriado, calmo, gelado,
cidade que passeio com enlevo, conhecida
de toda uma vida,
prolongamento de quem vive na fronteira,
aqui à beira,
complemento desta,
mais modesta,
escape de quem se interioriza, por vezes,
como qualquer grande burgo
onde me afundo,
explano pensamentos, mãos nos bolsos,
avenidas largas pejadas de folhas secas,
no chão, espalho os olhos,
papel, desperfeitos, lixo que se não recolhe,
chão que acolhe sobejos,
atitudes, desleixos!!!... Sherpas!!!...
em profusão,
tapete almofadado ao longo de avenidas arborizadas,
misturadas com lixo que se vai acumulando,
pedaço de papel, uma beata, uma lata,
maço de cigarros amarfanhado, plástico em ascensão
soprado pelo vento que sopra, frio com os olhos no chão,
pensamento que evolui enquanto vou andando,
ouvindo pássaros que regressam no final do dia,
incomensurável sinfonia,
nos ramos nus, pequenas bolas enfunadas, chilreando,
repetição, numa cidade fronteiriça
que, agora, pouco se agita,
ruas com passantes, portas cerradas,
contrário do Verão com amplas esplanadas,
burburinho em casas suspeitas, portas fortes, negras,
blindadas,
aproximo-me duma, abro, escancaro,
baforada de fumo com que deparo,
junto ao balcão, música em surdina,
jovens em profusão,
bebida na mão,
tertúlias, convívios,
com alcoóis, com porros, com drogas,
cumplicidades,
atracção de pólos opostos,
outras verdades,
sexos que se buscam, se unem,
entendimentos, segredos,
bem postos, sem medos
no interior daqueles antros, serão vícios,
amalgamados se encontram naquele conchego,
amigos do peito,
com barulho, sem sossego,
maneira de vida, com copos, com tapas, com petiscos,
noutros abrigos,
num dia feriado, calmo, gelado,
cidade que passeio com enlevo, conhecida
de toda uma vida,
prolongamento de quem vive na fronteira,
aqui à beira,
complemento desta,
mais modesta,
escape de quem se interioriza, por vezes,
como qualquer grande burgo
onde me afundo,
explano pensamentos, mãos nos bolsos,
avenidas largas pejadas de folhas secas,
no chão, espalho os olhos,
papel, desperfeitos, lixo que se não recolhe,
chão que acolhe sobejos,
atitudes, desleixos!!!... Sherpas!!!...
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
... caem estrelas sem brilho!!!...
… apocalíptica, inesperada
confusão se arranjou,
tudo desfeito, misturado,
equilíbrio existente, acabou,
vaga recordação da harmonia passada,
Universo obliterado,
reflicto, avalio, massacro,
descabelo-me, com raiva,
emagrecido, desfigurado,
mais pesado, força descomunal
me cola ao chão, onde arrasto
corpo chagado,
dorido,
dura realidade,
sinto-me mal,
ferido,
estou parado, não me afasto,
perante hecatombe imensa
minha mente rodopia,
pensa,
juízo final, dias sem dia,
sem alva,
noite escura que permanece,
sol que não surge, não aquece,
escuridão total,
interrogação perene,
infinita,
olho os céus,
caminhos da morte,
não paradas, estrelas pálidas,
baile macabro, impensável,
alteram lugares, mudam de sítio,
não brilham, não adocicam nossa morte,
não espevitam imaginação
aos poetas sem rosto,
caras esquálidas,
derrubados naquele braseiro,
rastejantes,
ostentam desilusão
perante a destruição,
recanto maravilhoso que ainda recordam,
quando se postam,
olhares fixos,
pensativos,
lobrigo planetas loucos,
fora das rotas de sempre,
fantasmagóricos,
quase lhes toco,
são bolas enormes, aqui tão perto,
não compreendo, não acerto,
imagens em catadupa que tenho,
tremo,
cometas que surgem,
vindos do nada,
fulgores, labaredas que rugem,
sombras, penumbras,
resistentes,
raros, fugazes,
biliões de mortos sem tumbas,
sobreviventes
rapaces,
barulhos, terrores, destruição total,
silêncios soturnos,
perdido, confuso,
numa réstia de vida que acalento,
vivo o segundo,
o momento,
abismado com este cruel presente,
choro os entes, choro-os para sempre,
taciturno,
ainda invento
sonho ruim,
pesadelo abismal,
equilíbrio perdido,
Mundo quase finito,
caem estrelas sem brilho,
situação que não partilho,
não perfilho,
rejeito com todas as forças,
vontade indómita do belo,
elegantes, ágeis corças,
entornos mirabolantes,
flora tão variada,
enérgico, possante leão,
selvas abundantes, visão,
ínfimo ser que se alimenta
no interior duma flor,
néctares, cores, sabores,
céu azul, permanente,
raios solares doirados,
esparsos pingos de chuva,
noites com cânticos abundantes,
escuras, plenas de diamantes,
Lua aqui tão perto,
que nos segue na caminhada,
amores em que me revejo,
quando admiro todo o concreto,
música celestial, harmonia num concerto,
fazendo parte desta fauna,
ostentando muito defeito,
rios, mares imensos,
maravilhas que protejo,
missão de todos nós,
legado de nossos avós,
livro aberto em que escrevo
páginas de tanto provir,
bocejando, satisfeito,
reconheço a ficção, o pesadelo,
sonho ruim do fim,
outrossim,
forte querer, anelo,
mau presságio, puro desvario,
desafio,
acabando… por sorrir!!!... Sherpas!!!...
... arquitectura do neolítico!!!... (antiga)
… uma ida ao campo, no Alentejo… por esta altura, final de Inverno quase Primavera, calor espantoso, por vezes, preenche-nos de gozo, de satisfação, pelos verdes em quantidade, pelos campos coloridos com a suas flores que despontam, com matizes variados, pelos pássaros que volteiam e nos encantam com seus chilreios, pelos troncos seculares e retorcidos das oliveiras velhas, pelos cheiros que nos rodeiam, pelos sons dos chocalhos que se ouvem de alguns animais que pastam nas redondezas, pelo silêncio que, num contraste repentino, nos invade, nos faz pensar, recolher em nós, pensar no que fomos, no que somos!!!... Cansativo pelo desnivelado das terras, pela falta de sombras, campinas a perder de vista, poucos montados, terrenos de cultivo, celeiro de Portugal diziam nos tempos do ditador… cevada, aveia e trigo, um que outro olival!!!... As azinheiras e os sobreiros foram, em grande parte, substituídos pelos eucaliptos e pinheiros, árvores de desenvolvimento rápido, melhor negócio… estupidez tão grande ou mais do que a dos cereais!!!... Agora, terras votadas ao abandono, vendidas aos espanhóis, destinadas a pastos vedados… onde se alimentam animais de grande porte, vacas, cavalos e bois, alguns rebanhos de ovelhas, porcos pretos, sem pastor, porqueiro ou vaqueiro, quase desolação!!!... Não dá para entender!!!...
… enfim, depois duns passos, tão naturalmente… deparei com um monumento megalítico já conhecido, uma anta ou dólmene, arte funerária dum passado longínquo, pedras enormes que nos espantam pela grandiosidade, pela imensa vontade de prolongar a memória através dos séculos de algum ou alguns indivíduos de extracto superior, depois de mortos porque… nestas coisas da vida e da morte, mesmo a milhares de anos atrás, quatro ou cinco mil anos a.c. ou mais, período neolítico no final, já se fazia distinção entre os mais e os menos, pois então!!!... Fase da pedra lascada, dos medos tremendos, da ignorância total, ainda… rabiscos confusos, imagens de bichos no interior das covas, sons guturais que se foram transformando em comunicação numa fala difusa!!!... Busca de bagas e de frutos, descobertas ocasionais, avanços lentos mas seguros, o fogo que manobravam desde há mais de 500 000 anos, a roda que os movimentou nesta idade mais próxima que menciono, a do neolítico, 3500 anos a.c., a necessidade de se tornarem sedentários pelos animais que domesticaram, pelo pastoreio que iniciaram, pelas plantas que aprenderam a cultivar, pelo armazenamento das mesmas em épocas de escassez, continuando a viver em buracos de pedra, uma que outra casa rudimentar, divisão única, materiais existentes, ali à mão, pedras que se amontoavam, necessidade de defesa, aproximação uns dos outros, agregados mais numerosos apelidados de castros ou citânias!!!... Os Deuses eram muitos, os medos inumeráveis, a morte um mistério, a fecundação… um meio de subsistirem, de serem mais e fortes, a vida reduzida por animais desconformes, por confrontos com outros grupos, por carências ou calamidades que surgiam!!!...
… mais adiante, no meu passeio… pedra gigante e erecta, não anta ou dólmene, não homenagem aos mortos, espécie de falo portentoso, menir lhe chamam os arqueólogos, preito e gratidão aos Deuses da fertilidade, da fecundação, dependência e vontade de prosseguirem na sua caminhada naquela grande escuridão, entre gestos e quebras e requebros do corpo… lá se iam entendendo, fazendo destrinça entre os mais e os menos, consoante as valias, alguns teres e haveres, quando agregados, que já acumulavam… sobras para… repastos, excessos que tinham nos animais, nos cereais!!!...
… em busca de melhor sorte, de terras mais produtivas, de melhores condições de vida… por cá se instalaram, aglutinaram com os que estavam, vindos do centro da velha Europa, os Celtas que recordamos, com os seus Deuses, com os seus mitos, com as suas lendas, com os seus hábitos, modos de vida, aguerridos, guerreiros às vezes… protegendo tudo de seu… e fez-se luz, metal que se descobre, idade do Bronze, sons que se percebem, sinais que se gravam nas pedras, nos tijolos, nas peles dos animais, sociedade mais perfeita… maior entendimento, história a sério, com registo e tudo!!!... Desta para a do Ferro… um saltinho duma cobra, tribos organizadas, chefias a sério, classes distintas, raças diferentes… ecos que nos chegam desses tempos recuados, que nos emocionam, nos fazem sonhar, Celtas e Iberos, Celtiberos… nos Montes Hermínios os Lusitanos, saltos tamanhos… perdão vos peço amigos arqueólogos, historiadores de nomeada, investigadores a preceito, por esta irreverência minha, recordações que me assolam quando deparo com estas enormidades!!!...
“… do alto destas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam” exclamava um naco de gente, Imperador Francês na altura, Napoleão Bonaparte de seu nome… aos seus soldados, embasbacado com as construções de Gizé, templos para e dos mortos, para Faraós, somente!!!... Para além da morte… sempre assim foi desde a antiguidade muito remota, pré-história dos megalíticos, antas, dólmenes e menires espalhados pela Península Ibérica, por Stonehenge, na Inglaterra, também!!!...”
“A Idade do Ferro se refere ao período em que ocorreu a metalurgia do ferro. Este metal é superior ao bronze em relação à dureza e abundância de jazidas A Idade do Ferro vem caracterizada pela utilização do ferro como metal, utilização importada do Oriente através da emigração de tribos indoeuropéias (celtas), que a partir de 1.200 a.C. começaram a chegar a Europa Ocidental, e o seu período alcança até a época romana e na Escandinávia até a época dos vikings (em torno do ano 1.000 d.C).”
… por cá nos fomos arranjando, por outros lados se foram espalhando, desenvolvendo civilizações mais aperfeiçoadas… ao longo da larga bacia do Mediterrâneo, lembramos os Gregos, os Romanos, os Egípcios, os Fenícios, os Cartagineses, os Assírios, os Caldeus, os Eritreus, os Sumérios… terras de Babilónia, Pátria da palavra escrita, vilmente destruída por petróleo e afins, no século que vivemos, o do “conhecimento”!!!...
… nas outras partes do Mundo, bem afastadas, desconhecidas… civilizações ricas, deslumbrantes, se iam desenvolvendo, também!!!...
… por ganâncias, por impérios que se não contêm, que se alargam, se expandem… bateram-nos à porta, tentaram, tanto insistiram que venceram, por cá se instalaram… tempos de romanização, senhores que se não integraram, dominaram!!!... “Todos os caminhos… iam dar a Roma”… diziam, até que os povos do norte, não reconhecidos, chamados de bárbaros… acabaram por destruir aquele Império!!!... Foi a vez dos Vândalos, Alanos e Suevos… seguidos dos Godos que se dividiram em Ostrogodos e Visigodos que nos trouxeram a religião Cristã por altura do rei Recaredo!!!... Em convulsão constante, sujeitos estivemos sempre, tal como estamos agora, com a estória da Iberização… do norte de África, os Árabes tomaram quase toda a Península, ficámos sujeitos às Astúrias, somente!!!... Por aí, até à reconquista… à fundação, à monarquia absoluta, tantos pormenores, tantos altos e baixos, primeira República, Estado Novo com Ditadura, Revolução dos Cravos, segunda República… desde há trinta e poucos anitos!!!...
… ena pá, quantos saltos dou… tudo isto por causa dum pedregulho enorme com que deparei, num passeio que dei aqui à porta, campos limítrofes de Elvas, claro!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...
… enfim, depois duns passos, tão naturalmente… deparei com um monumento megalítico já conhecido, uma anta ou dólmene, arte funerária dum passado longínquo, pedras enormes que nos espantam pela grandiosidade, pela imensa vontade de prolongar a memória através dos séculos de algum ou alguns indivíduos de extracto superior, depois de mortos porque… nestas coisas da vida e da morte, mesmo a milhares de anos atrás, quatro ou cinco mil anos a.c. ou mais, período neolítico no final, já se fazia distinção entre os mais e os menos, pois então!!!... Fase da pedra lascada, dos medos tremendos, da ignorância total, ainda… rabiscos confusos, imagens de bichos no interior das covas, sons guturais que se foram transformando em comunicação numa fala difusa!!!... Busca de bagas e de frutos, descobertas ocasionais, avanços lentos mas seguros, o fogo que manobravam desde há mais de 500 000 anos, a roda que os movimentou nesta idade mais próxima que menciono, a do neolítico, 3500 anos a.c., a necessidade de se tornarem sedentários pelos animais que domesticaram, pelo pastoreio que iniciaram, pelas plantas que aprenderam a cultivar, pelo armazenamento das mesmas em épocas de escassez, continuando a viver em buracos de pedra, uma que outra casa rudimentar, divisão única, materiais existentes, ali à mão, pedras que se amontoavam, necessidade de defesa, aproximação uns dos outros, agregados mais numerosos apelidados de castros ou citânias!!!... Os Deuses eram muitos, os medos inumeráveis, a morte um mistério, a fecundação… um meio de subsistirem, de serem mais e fortes, a vida reduzida por animais desconformes, por confrontos com outros grupos, por carências ou calamidades que surgiam!!!...
… mais adiante, no meu passeio… pedra gigante e erecta, não anta ou dólmene, não homenagem aos mortos, espécie de falo portentoso, menir lhe chamam os arqueólogos, preito e gratidão aos Deuses da fertilidade, da fecundação, dependência e vontade de prosseguirem na sua caminhada naquela grande escuridão, entre gestos e quebras e requebros do corpo… lá se iam entendendo, fazendo destrinça entre os mais e os menos, consoante as valias, alguns teres e haveres, quando agregados, que já acumulavam… sobras para… repastos, excessos que tinham nos animais, nos cereais!!!...
… em busca de melhor sorte, de terras mais produtivas, de melhores condições de vida… por cá se instalaram, aglutinaram com os que estavam, vindos do centro da velha Europa, os Celtas que recordamos, com os seus Deuses, com os seus mitos, com as suas lendas, com os seus hábitos, modos de vida, aguerridos, guerreiros às vezes… protegendo tudo de seu… e fez-se luz, metal que se descobre, idade do Bronze, sons que se percebem, sinais que se gravam nas pedras, nos tijolos, nas peles dos animais, sociedade mais perfeita… maior entendimento, história a sério, com registo e tudo!!!... Desta para a do Ferro… um saltinho duma cobra, tribos organizadas, chefias a sério, classes distintas, raças diferentes… ecos que nos chegam desses tempos recuados, que nos emocionam, nos fazem sonhar, Celtas e Iberos, Celtiberos… nos Montes Hermínios os Lusitanos, saltos tamanhos… perdão vos peço amigos arqueólogos, historiadores de nomeada, investigadores a preceito, por esta irreverência minha, recordações que me assolam quando deparo com estas enormidades!!!...
“… do alto destas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam” exclamava um naco de gente, Imperador Francês na altura, Napoleão Bonaparte de seu nome… aos seus soldados, embasbacado com as construções de Gizé, templos para e dos mortos, para Faraós, somente!!!... Para além da morte… sempre assim foi desde a antiguidade muito remota, pré-história dos megalíticos, antas, dólmenes e menires espalhados pela Península Ibérica, por Stonehenge, na Inglaterra, também!!!...”
“A Idade do Ferro se refere ao período em que ocorreu a metalurgia do ferro. Este metal é superior ao bronze em relação à dureza e abundância de jazidas A Idade do Ferro vem caracterizada pela utilização do ferro como metal, utilização importada do Oriente através da emigração de tribos indoeuropéias (celtas), que a partir de 1.200 a.C. começaram a chegar a Europa Ocidental, e o seu período alcança até a época romana e na Escandinávia até a época dos vikings (em torno do ano 1.000 d.C).”
… por cá nos fomos arranjando, por outros lados se foram espalhando, desenvolvendo civilizações mais aperfeiçoadas… ao longo da larga bacia do Mediterrâneo, lembramos os Gregos, os Romanos, os Egípcios, os Fenícios, os Cartagineses, os Assírios, os Caldeus, os Eritreus, os Sumérios… terras de Babilónia, Pátria da palavra escrita, vilmente destruída por petróleo e afins, no século que vivemos, o do “conhecimento”!!!...
… nas outras partes do Mundo, bem afastadas, desconhecidas… civilizações ricas, deslumbrantes, se iam desenvolvendo, também!!!...
… por ganâncias, por impérios que se não contêm, que se alargam, se expandem… bateram-nos à porta, tentaram, tanto insistiram que venceram, por cá se instalaram… tempos de romanização, senhores que se não integraram, dominaram!!!... “Todos os caminhos… iam dar a Roma”… diziam, até que os povos do norte, não reconhecidos, chamados de bárbaros… acabaram por destruir aquele Império!!!... Foi a vez dos Vândalos, Alanos e Suevos… seguidos dos Godos que se dividiram em Ostrogodos e Visigodos que nos trouxeram a religião Cristã por altura do rei Recaredo!!!... Em convulsão constante, sujeitos estivemos sempre, tal como estamos agora, com a estória da Iberização… do norte de África, os Árabes tomaram quase toda a Península, ficámos sujeitos às Astúrias, somente!!!... Por aí, até à reconquista… à fundação, à monarquia absoluta, tantos pormenores, tantos altos e baixos, primeira República, Estado Novo com Ditadura, Revolução dos Cravos, segunda República… desde há trinta e poucos anitos!!!...
… ena pá, quantos saltos dou… tudo isto por causa dum pedregulho enorme com que deparei, num passeio que dei aqui à porta, campos limítrofes de Elvas, claro!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...
domingo, 27 de janeiro de 2008
... canis libertus!!!...
... pelo passeio, sem asseio,
farejou, deu duas, três voltas,
posicionou-se com esforço,
defecou
sem coleira,
sem eira nem beira,
sem lei, sem escolta,
livre de o fazer, como quer,
como bem entender,
olhou em redor,
espaços com a mesma cor,
para cima, para baixo,
seja para onde for,
corpo que não lhe pesa ainda,
numa correria, brincadeira,
folgado, vazio,
cão vadio,
tempo de feição,
sol que abriga,
mão amiga,
restinho dum Verão
que acaba,
não tendo nada,
numa ruela, numa esquina,
numa estrada,
nada acontece quando alivia a tripa,
se esfarripa, se esganiça, se espreguiça,
se esforça sem trela,
cão sem dono,
mazela que queda no chão,
dejecto nada higiénico,
abjecto,
que nojo,
afirmação de quem vê, contesta,
aceitação pela razão de ser irracional à solta,
desliga, não importa,
lá vai pintando o asfalto, calçada portuguesa,
largo enfeitado, florido, composto,
a gosto,
firmeza que completa enquadramento,
salpicos que nos fazem desviar,
cautelosos nos passos que damos, atentando no chão,
ainda assim não esmague aquela pintura,
gravura de relevo,
enlevo,
contragosto de quem deprecia,
alergia à merda que sobressai,
que cai de ânus abertos, propensos,
libertos,
na vida que têm enquanto vadiam,
aliviam!!!... Sherpas!!!...
... ab ovo!!!...
... bando de aves que passa,
estende por céus abertos,
migração d´época, mudança,
busca do berço, criação,
foi-se o Verão,
frios despertos,
desolação,
revoada, contradança,
sonhos que partem,
sempre as vi tão ligeiras, gentis,
plenas de graça,
isoladas, agrupadas,
visitas curtas, outros fins,
destinos certos,
longínquas planuras viçosas,
flores com gramíneas, leguminosas,
climas amenos, mais discretos,
paleta de pintor enlouquecido,
campo colorido,
fuga dos cinzentos, nebulosos, encobertos,
sem reflexos, por Sol ausente,
sem gente
que se esconde na profundeza dos lares,
aos pares,
com pais, com filhos, sozinhos,
agrupados nas novas covas da modernidade,
seus ninhos,
protecção contra a aversão,
acomodamento,
olhando, com ênfase, p´ró boneco que mexe no ecrã,
revendo estórias conhecidas,
falando, enquanto escrevem no computador,
ouvindo falar de fome, de dor,
recordando imagens idas,
águas mansas, jardins permanentes
as aguardam,
por cá
tornaram-se raras, quase ausentes,
rudes ventanias, chuvadas intensas,
agrestes invernias
que as empurraram
para lá,
noites grandes, curtos dias,
intempéries que urram
ao desafio,
desconforto para quem vive nas árvores,
nos ares,
para quem tem tão pouco abrigo,
penas que as acamam, débeis corpos,
ágeis nos espaços, em grupos
lá vão, agarrando o Verão,
noutras terras, noutras paragens,
migração!!!... Sherpas!!!...
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