... reposição de COISAS minhas, actuais e antigas, algumas fotografias!!!... Sherpas!!!...
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
... manhã fresca!!!... (antiga)
… manhã fresca neste domingo de Outono… Sol que surge, vai aquecendo um pouco!!!... Como sempre, quando por aqui pertinho da fronteira, rainha da fronteira sem cheta, cidade de Badajoz em frente, futura junção que se pretende na eurocidade que se fala, se comenta, se rejeita, falo por mim, dependência de quem é mais fraco por quem é mais forte, é evidente, tal como em tantas outras coisas, nas missas dominicais, também, conduzo e dou o braço a torcer, encaminho a minha mulher para igreja conhecida, paróquia que frequenta desde há muito, se sente bem, pratica o culto de que é devota!!!... Por mim, avanço um pouco mais, arrumo o carro em parque apropriado… faço o que faço sempre, percorro avenidas e ruas da cidade espanhola que conheço bem, palmilhando-a ao longo de uma hora, tempo que demora a função religiosa!!!... Cruzo com pessoas, passo as zebras onde os automobilistas me dão prioridade, um exemplo, deparo com manifestação ciclista, dia da bicicleta organizado por um dos grandes supermercados desta cidade, o Carrefour, cerca de 3500 participantes de todas as idades, ideia luminosa de quem, aparentemente, luta pelo ambiente, vendendo também, cativando clientes, fazendo negócio mesmo em tempos de ócio, maré de contenção na agressão sistemática que se faz nas grandes urbes, excesso de viaturas poluidoras, carrinhos de que gostamos e abusamos, chamada de atenção, indo ao jeito!!!... Ninguém é perfeito… eles, também não!!!...
… missa que acabou, reencontro dos dois, carro inoperante pelas bicicletas que deslizam avenida abaixo, ainda!!!... Decidimos ir a pé até um café com esplanada composta, temperatura mais agradável… segundo pequeno-almoço, umas torradas e um café com leite!!!... Paga a despesa eis que regressamos e nos vamos a Elvas, nossa cidade, a tal sem empregos e sem cheta, com muitos museus, velhos reformados, alguns serviços, diversão variada em qualquer estação do ano, vida mais cara, gasolina para lá da fronteira por causa do IVA, géneros alimentícios e outros serviços, escapatória de quem pode pela situação!!!... Quem diz que não???...
… ao longo do caminho… vamos, não vamos, indecisão que se avoluma, decisão que se toma!!!... O dia está solarengo, bonito, seria desperdício passá-lo no interior de café, pastelaria, pespegados em frente do televisor ou do PC no conchego do lar, deixando correr o tempo, desaproveitando-o!!!... Decidido, dito e feito… uma voltinha à região do grande LAGO, superfície líquida imensa que, segundo pensaram os iluminados, iria alterar tudo nos Alentejos, clima e maneira de viver, melhoria para os seus habitantes, negócios de arromba, movimentação inusitada, enriquecimento do interior desertificado!!!... Já lá vão uns anitos e… nestas COISAS, as negociatas avançam a bom ritmo, dizem, com prémio e tudo ainda há pouco, pespegado pelos príncipes espanhóis na presença do excelso mais excelso, sorrisos e aplausos, merecimento pelos serviços prestados com as suas águas aos agricultores espanhóis donos de tudo, ou quase, que rodeia o Alqueva!!!… Ali na cidade de Beja viveu-se a Monarquia, bonito de se ver, folclore que não enche barrigas, proformes de ocasião, um ter de ser que fica bem, afago que afaga nossas mágoas, notícia que passa… mantém-se a desertificação, a pobreza e miséria, o fado ou a desgraça!!!...
… pois é, durante quilómetros e quilómetros, sozinho da Silva, isolamento completo a perder de vista, vilas e aldeias branquinhas e sem almas vivas à vista, uma impressão que me toca o coração quando constato!!!… Lá fomos por estradas estreitinhas… passámos por Juromenha com o seu castelo imponente sobre o Guadiana, pelo Alandroal do restaurante tia Maria, com castelo também, por Terena, mais um que somam três, região dos ditos, rota dos sabores, virámos a Cabeça de Carneiro, atravessámos pelo Seixo, por Motrinos, sossegos de cemitério, velhos caminhos conhecidos até que deparámos com aquele encanto, subindo a Monsaraz, não entrando, descendo e apreciando!!!... Verdadeiros desertos, Alentejo quase profundo… ainda longe do “Pulo do Lobo”, montados a perder de vista, novos olivais com novos donos, alguns pinhais, terras ao abandono com cerca e sem animais, dias que se somam a outros, sempre iguais na solidão que mostram, beleza que me cativa e indigna, contraste que me revolta, interior ao abandono!!!... Espalham-se os olhos perante o magnificente Grande Lago, agora premiado… sem resultados de vulto em prol das populações, pouco ou nada alterou, visitantes circunstanciais como nós, como outros mais, restaurantes onde sossegamos apetites nas vilas mais próximas, aldeias ribeirinhas que se mantêm, a da Luz reerguida de raiz, a da Estrela tão em cima das águas, tão bela, como outras!!!...
… já em Mourão, não fazendo publicitação porque não necessita, regressámos ao restaurante O Chafariz que muito me diz pelos pitéus da região, pelo asseio, por ficar em caminho, pela simpatia dum funcionário alentejano e desenrascado, sorriso permanente, palavra adequada, acalmia das esperas que, por vezes, se prolongam quando encomendamos pratos feitos no momento!!!... Uma sopinha de cação, minha tentação na lista que me deram, um franguinho assado para a minha companheira, queijinho fresco de cabra, um tinto alentejano cortado por gasosa, desperdício, pecado grave, mais leve o efeito do álcool para quem conduz, quando o reduz, penso!!!...
… aguardando, picando e falando, apreciando o bulício… eis senão quando, inopinadamente, alguém se aproxima e entra de remate…
… dos quarenta, quarenta e um talvez, pela falta de cabelo como eu, pela barbicha esbranquiçada???... Compreendi o que dizia e retorqui que… era dos quarenta e três, ao que me retorquiu que era mais velho, já ia nos sessenta e sete feitinhos há pouco!!!... Mais ou menos a mesma geração, passagem por Angola ao longo de 27 meses ao que contrapus os 23 de Guiné, gente marcada pela tropa da altura, vida esforçada a dele, conversa para aqui, conversa para ali… senhor da zona de Leiria que conhecia bem o Alentejo, situação insólita provocada por quem estava sequioso de conversa sentado ali ao lado numa mesa que compartilhava com duas senhoras da mesma idade, a sua mulher e a sua cunhada numa conversada onde não tinha entrada, razão pela qual a buscou em mim!!!... Tal e qual, não minto!!!...
… pediu-me licença para se sentar e contou-me a sua vida, os seus descendentes, os seus familiares mais próximos, filhos e filhas, cunhado mais velho que não o acompanhou por acomodação, passeio que quis dar por aquelas paragens!!!... Uma simpatia de pessoa regozijada com a boa situação dos seus continuadores, aberta e franca, quase alentejana, não sendo!!!... Fomos trocando experiências e sentires, reformados os dois… elo forte e repentino ali criado duma maneira pouco usual, nada formal!!!... A sopa de cação demorava, ergui a mão para o empregado, ouvindo de seguida o desculpe se “estou a incomodar”, que não, aquiesci pelo agrado que sentia, pela conversa que surgiu ali no restaurante de Mourão!!!... A minha mulher, sorria e… sorridentes também se aproximaram as duas senhoras que o acompanhavam!!!... Sorrisos e entregas, partilha de gostos… troca de contactos ao que respondi que não, não valia a pena, o melhor contacto já o tinha tido, já o tinha inscrito na mente, naquele repente que nos tocou bastante, aperto de mãos, beijinhos e agrados, cação que veio acompanhado pelo frango!!!... Invulgares situações que surgem… lá de vez em quando!!!... O empregado, rapaz finório… aproximou-se e perguntou se eu conhecia o cavalheiro com quem conversei!!!... Disse-lhe que não mas que… já tinha reparado que andava “esfomeado” de conversa, que tinha tentado com ele, também!!!... Enfim, um apontamento bonito!!!...
… depois de almoço fomos a Moura, entrámos na igreja de S. João Baptista, visitámos as ruínas do Castelo com projectos futuros dentro da restauração, café panorâmico e arqueologia, museu que se prevê, jardim a seus pés, local aprazível!!!... Contactámos com alguns residentes, pessoas prestáveis como costumam ser os alentejanos, falo por mim e… por “trancos”, fomos a Barrancos!!!... Logo à entrada estátua de touro bravo se levanta na vila que pretende ser a única, pelo menos a nível oficial, quanto a matança do “bicho”, hotel logo por trás… outras por ali perto fazem o mesmo, barbárie que veio de Espanha, que esteve por cá, que por cá se mantém na tradição que cantam bem alto, gostos que se não discutem, arte com muito sangue e massacre!!!... Não gosto mas… quem sou eu???... Voltinha pelas ruas da vila e… entrada em Espanha, estradas tratadas, vilas e pueblos, ciudades ou urbes… mais movimentadas, esplanadas e cafés, hotéis por tudo quanto é canto, paisagem idêntica, terras que são nossas, imediações de Olivença, osso que não largam, movimento que continua, que faz barulho, somente, tratado que se não cumpre!!!... Hipocrisia!!!... Por ali perto em Vila Nueva del Fresno… os PIDES acabaram com o General Sem medo, saudoso Humberto Delgado, serrania de Aracena, Guadiana ali à mão, ponte velha da Ajuda, guerra das laranjas, Godoy!!!... COISAS!!!... Regressámos a casa… felizes e contentes, como gostamos!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...
… missa que acabou, reencontro dos dois, carro inoperante pelas bicicletas que deslizam avenida abaixo, ainda!!!... Decidimos ir a pé até um café com esplanada composta, temperatura mais agradável… segundo pequeno-almoço, umas torradas e um café com leite!!!... Paga a despesa eis que regressamos e nos vamos a Elvas, nossa cidade, a tal sem empregos e sem cheta, com muitos museus, velhos reformados, alguns serviços, diversão variada em qualquer estação do ano, vida mais cara, gasolina para lá da fronteira por causa do IVA, géneros alimentícios e outros serviços, escapatória de quem pode pela situação!!!... Quem diz que não???...
… ao longo do caminho… vamos, não vamos, indecisão que se avoluma, decisão que se toma!!!... O dia está solarengo, bonito, seria desperdício passá-lo no interior de café, pastelaria, pespegados em frente do televisor ou do PC no conchego do lar, deixando correr o tempo, desaproveitando-o!!!... Decidido, dito e feito… uma voltinha à região do grande LAGO, superfície líquida imensa que, segundo pensaram os iluminados, iria alterar tudo nos Alentejos, clima e maneira de viver, melhoria para os seus habitantes, negócios de arromba, movimentação inusitada, enriquecimento do interior desertificado!!!... Já lá vão uns anitos e… nestas COISAS, as negociatas avançam a bom ritmo, dizem, com prémio e tudo ainda há pouco, pespegado pelos príncipes espanhóis na presença do excelso mais excelso, sorrisos e aplausos, merecimento pelos serviços prestados com as suas águas aos agricultores espanhóis donos de tudo, ou quase, que rodeia o Alqueva!!!… Ali na cidade de Beja viveu-se a Monarquia, bonito de se ver, folclore que não enche barrigas, proformes de ocasião, um ter de ser que fica bem, afago que afaga nossas mágoas, notícia que passa… mantém-se a desertificação, a pobreza e miséria, o fado ou a desgraça!!!...
… pois é, durante quilómetros e quilómetros, sozinho da Silva, isolamento completo a perder de vista, vilas e aldeias branquinhas e sem almas vivas à vista, uma impressão que me toca o coração quando constato!!!… Lá fomos por estradas estreitinhas… passámos por Juromenha com o seu castelo imponente sobre o Guadiana, pelo Alandroal do restaurante tia Maria, com castelo também, por Terena, mais um que somam três, região dos ditos, rota dos sabores, virámos a Cabeça de Carneiro, atravessámos pelo Seixo, por Motrinos, sossegos de cemitério, velhos caminhos conhecidos até que deparámos com aquele encanto, subindo a Monsaraz, não entrando, descendo e apreciando!!!... Verdadeiros desertos, Alentejo quase profundo… ainda longe do “Pulo do Lobo”, montados a perder de vista, novos olivais com novos donos, alguns pinhais, terras ao abandono com cerca e sem animais, dias que se somam a outros, sempre iguais na solidão que mostram, beleza que me cativa e indigna, contraste que me revolta, interior ao abandono!!!... Espalham-se os olhos perante o magnificente Grande Lago, agora premiado… sem resultados de vulto em prol das populações, pouco ou nada alterou, visitantes circunstanciais como nós, como outros mais, restaurantes onde sossegamos apetites nas vilas mais próximas, aldeias ribeirinhas que se mantêm, a da Luz reerguida de raiz, a da Estrela tão em cima das águas, tão bela, como outras!!!...
… já em Mourão, não fazendo publicitação porque não necessita, regressámos ao restaurante O Chafariz que muito me diz pelos pitéus da região, pelo asseio, por ficar em caminho, pela simpatia dum funcionário alentejano e desenrascado, sorriso permanente, palavra adequada, acalmia das esperas que, por vezes, se prolongam quando encomendamos pratos feitos no momento!!!... Uma sopinha de cação, minha tentação na lista que me deram, um franguinho assado para a minha companheira, queijinho fresco de cabra, um tinto alentejano cortado por gasosa, desperdício, pecado grave, mais leve o efeito do álcool para quem conduz, quando o reduz, penso!!!...
… aguardando, picando e falando, apreciando o bulício… eis senão quando, inopinadamente, alguém se aproxima e entra de remate…
… dos quarenta, quarenta e um talvez, pela falta de cabelo como eu, pela barbicha esbranquiçada???... Compreendi o que dizia e retorqui que… era dos quarenta e três, ao que me retorquiu que era mais velho, já ia nos sessenta e sete feitinhos há pouco!!!... Mais ou menos a mesma geração, passagem por Angola ao longo de 27 meses ao que contrapus os 23 de Guiné, gente marcada pela tropa da altura, vida esforçada a dele, conversa para aqui, conversa para ali… senhor da zona de Leiria que conhecia bem o Alentejo, situação insólita provocada por quem estava sequioso de conversa sentado ali ao lado numa mesa que compartilhava com duas senhoras da mesma idade, a sua mulher e a sua cunhada numa conversada onde não tinha entrada, razão pela qual a buscou em mim!!!... Tal e qual, não minto!!!...
… pediu-me licença para se sentar e contou-me a sua vida, os seus descendentes, os seus familiares mais próximos, filhos e filhas, cunhado mais velho que não o acompanhou por acomodação, passeio que quis dar por aquelas paragens!!!... Uma simpatia de pessoa regozijada com a boa situação dos seus continuadores, aberta e franca, quase alentejana, não sendo!!!... Fomos trocando experiências e sentires, reformados os dois… elo forte e repentino ali criado duma maneira pouco usual, nada formal!!!... A sopa de cação demorava, ergui a mão para o empregado, ouvindo de seguida o desculpe se “estou a incomodar”, que não, aquiesci pelo agrado que sentia, pela conversa que surgiu ali no restaurante de Mourão!!!... A minha mulher, sorria e… sorridentes também se aproximaram as duas senhoras que o acompanhavam!!!... Sorrisos e entregas, partilha de gostos… troca de contactos ao que respondi que não, não valia a pena, o melhor contacto já o tinha tido, já o tinha inscrito na mente, naquele repente que nos tocou bastante, aperto de mãos, beijinhos e agrados, cação que veio acompanhado pelo frango!!!... Invulgares situações que surgem… lá de vez em quando!!!... O empregado, rapaz finório… aproximou-se e perguntou se eu conhecia o cavalheiro com quem conversei!!!... Disse-lhe que não mas que… já tinha reparado que andava “esfomeado” de conversa, que tinha tentado com ele, também!!!... Enfim, um apontamento bonito!!!...
… depois de almoço fomos a Moura, entrámos na igreja de S. João Baptista, visitámos as ruínas do Castelo com projectos futuros dentro da restauração, café panorâmico e arqueologia, museu que se prevê, jardim a seus pés, local aprazível!!!... Contactámos com alguns residentes, pessoas prestáveis como costumam ser os alentejanos, falo por mim e… por “trancos”, fomos a Barrancos!!!... Logo à entrada estátua de touro bravo se levanta na vila que pretende ser a única, pelo menos a nível oficial, quanto a matança do “bicho”, hotel logo por trás… outras por ali perto fazem o mesmo, barbárie que veio de Espanha, que esteve por cá, que por cá se mantém na tradição que cantam bem alto, gostos que se não discutem, arte com muito sangue e massacre!!!... Não gosto mas… quem sou eu???... Voltinha pelas ruas da vila e… entrada em Espanha, estradas tratadas, vilas e pueblos, ciudades ou urbes… mais movimentadas, esplanadas e cafés, hotéis por tudo quanto é canto, paisagem idêntica, terras que são nossas, imediações de Olivença, osso que não largam, movimento que continua, que faz barulho, somente, tratado que se não cumpre!!!... Hipocrisia!!!... Por ali perto em Vila Nueva del Fresno… os PIDES acabaram com o General Sem medo, saudoso Humberto Delgado, serrania de Aracena, Guadiana ali à mão, ponte velha da Ajuda, guerra das laranjas, Godoy!!!... COISAS!!!... Regressámos a casa… felizes e contentes, como gostamos!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...
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