sábado, 1 de dezembro de 2007

... enxergamos... coloridos mais densos!!!...



… quando enlaçados, bem juntos, comunhão intensa,
dois corpos se unem, partilhando quereres perfeitos,
esvoaçando por céus,
fazendo dos sonhos,
meus,
imaginando outras cores,
nos entregamos à voragem
da paixão que nos consome,
deixando de ser homem,
no corpo duma mulher,
nos braços que recebe
desejos que são teus,

uníssonos, em amálgama,
clímax se produz
no recesso duma cama,
objecto que se inflama,
lençóis que nos cobrem
maravilhas que vemos,
momentos que temos,
amor que se partilha,

no meio de tantos caminhos,
carícias afagos, beijos,
incontáveis torvelinhos,
montes de encantamento,
graal, cálice santo, receptáculo,
vale da criação,
sem obstáculo,

eterno feminino,
adoração,
menir gigante,
exaltação,
erectus penetrante,
entoação de encanto,
um hino,
rendidos, lado a lado, prostração,

profunda adoração,
cores que modificam,
se esvaem, intensificam,
alucinação,

confusa viagem,
magia que transforma,
sede que inebria,
noite que se faz dia,
acalmia, tão grande fome
recebendo toque divino,
formando união de facto,

conjugação dum acto
que nos seduz, reluz,
nos conduz num arco-íris
em coche feito de prata,
enxergamos coloridos mais densos,
tons de profunda luxúria,
apensos,

no gozo, na formosura,
no prazer que possuímos,
teus olhos que são meus,
nos meus que Deus me deu,
quando choramos, quando rimos,

no âmago que completa,
vida que recomeça,
prolongamento do que somos,
quando nos entregamos,
quando fomos
Deuses, num vasto Olimpo,
dois Mundos no infinito,

quase rogo, quase afirmo,
naquela entrega sem enganos,
cores tão lindas, diversas,
vários tons, tamanhos,
enxergados num curto hiato
por olhos que nunca viram,
quando riram,
choraram… sentiram!!!... Sherpas!!!...

... ainda não era noite...

… ainda não era noite, lusco-fusco,
apenas,
entardecer lânguido, morno,
numa tarde luminosa de Outono,
também lhe chamam crepúsculo,
sol cansado da jornada, duras penas,
olhos semicerrados, quase posto,
sem estar oculto,
por trás do casario,
que, de branco se põe cinzento,
naturalmente, sem espavento,
desaparecendo,
lentamente,
ainda preso por um fio,
raio que teima em quedar,
espreitando, sem parar,
fixo naquele andarilho,
perdido… sem lar!!!...


… num caminhar intenso,
sem destino aparente,
olhar mortiço,
sem gente,
descontrolado arfar,
ainda novo, de corpo avantajado,
pessoa que conheço,
profissional, quando lúcido,
ao balcão de qualquer café,
comportamento mais que normal,
sem sentido,
num instante, por qualquer motivo,
perde o norte, anda a pé,
corre a cidade, grita, esbraceja,
não molesta, não complica,
Mundo fechado, estranho,
busca fuga do que o persegue
numa luta injusta, sem tréguas,
caminha quilómetros, muitas léguas,
não vê, não olha, não sente,
sem destino… doente!!!...

… passa o dia nisto,
percorre todos os lugares da cidade,
dura, triste realidade,
insisto,
quando em quebra,
baixa não premeditada,
vai embora, não diz nada,
deixa afazeres, clientes, amigos,
como regra,
tão normal na sua caminhada,
anda sem norte, barafusta,
olhares perdidos,
não vê, não nota, não conhece,
tudo esquece,
anafado, cansado,
por tanto lado,
penitência bem pesada que paga,
doença que o arrasta
que o persegue!!!...

… o raio de Sol que espreita,
segue-o, amigo,
dá-lhe alento, sentido,
tarda em se pôr, como os mais,
mantém aquele lusco-fusco pardacento,
fazendo o casario cinzento,
janelas bem abertas, portas que não cerram,
lamentam aquele esbracejar,
não temem os seus gritos
quando o vêem passar,
esperam,
tal como o brilho que o ilumina,
naquele fim do dia,
tarde morna, lânguida, outonal,
quando normal,
bem diferente… profissional!!!... Sherpas!!!...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

... missa!!!...

Missa


Uma missa que se ouve,
uma fé que nos acompanha,
um princípio que se trouxe,
uma voz, uma alma, uma chama,
um momento, uma espiritualidade,
um templo, um cura, um ambiente,
umas rezas, uma palavra, uma verdade,
um bem estar, um calafrio que se sente,
uma companhia, uma protecção,
uma fragilidade de quem é gente,
um afago interior, uma oração,
uma paragem, um instante, um repente,
uma pausa, um abraço, um irmão,
um mistério, um ritual que se repete,
um alimento essencial, um manancial,
uma forma de convencimento,
algo que nos suplanta, sobrenatural,
um relembrar do passado, sofrimento,
uma cruz, um pesar, Um nosso igual,
uma missa, uma pausa, um momento,
uma tristeza, uma alegria, um evento!...


Elvas, 13 de Junho de 1 999



Sherpas!!!...

... igreja!!!

A Igreja


Igreja dos padres, dos bispos e dos Papas,
das ladainhas, das rezas e orações,
das mesas ricas e bem fartas,
das romarias e das procissões,
das imagens de tantos santos
arrumados pelos cantos,
dos sacrifícios e dos pecados
esquecidos e perdoados,
dos meninos, na sacristia,
vítimas da utopia,
da bondade disfarçada,
da riqueza assoberbada,
da caridade negociada
que é tão maltratada,
de tanta hipocrisia
que só, a eles, beneficia
na sombra do pobre Cristo
esgarrado, esquecido, morto,
tristemente apresentado,
como símbolo incontestado,
duma discutível religião
que, com muita ou pouca razão,
se vai desprestigiando,
enquanto o tempo vai passando,
desde a triste inquisição
das bruxas, dos medos, do papão,
da idade média atrasada,
sempre presente, comentada,
até aos factos mais actuais,
apresentados nos jornais
e noutros meios de comunicação,
na rádio e na televisão,
que nos fazem desacreditar
no que teimam de pregar,
os Papas, os bispos e os padres,
nos sermões da sua igreja,
semeando uma religião
que não vai tendo oração,
ou uma reza, que seja
um alívio ao coração
uma ligeira ilusão
para qualquer mártir e cristão
que, no Cristo, acreditam
e nele se redimem e confessam
albergando alguma esperança
no juízo e na temperança
dos seus apóstolos confessos
que descuram suas obrigações,
nos luxos e nos excessos,
tal como os bíblicos vendilhões
doutros tempos já passados!...

Elvas, 17 de Outubro de 1 998


Sherpas!!!...




quarta-feira, 28 de novembro de 2007

... era uma rua... inclinada!!!...

… era uma rua inclinada,
subida que se acentuava
partindo da esquina,
cruzamento donde derivava,
lá em cima,

horizonte indefinido,

espécie de céu azul esbranquiçado,
infinito,
na minha mente de petiz,
local proibido,
princípio do muito que se não diz,

fora de portas,
negado ou… fingido,
conversas tortas,

segredos feitos,
quase desfeitos
pela idade que ia aumentando,
passos mais largos,
outras fugas
com muitas curvas,
outros espaços,
arcos, adros,
encontros, grupos,

brincadeiras muito para lá daquela rua,

falso horizonte,
céu bem aberto,
campos de sonho,
quando me ponho
na minha pele,
mais longe, mais desperto,

sôfrego por conhecer,
andando sem rumo
num querer sem saber,
olhando o que via
que bem me sentia,

plantas estranhas,
árvores, folhas,
ervas tão belas,
searas ondulantes,
aves, bichos,
ninhos e nichos,
piares, ladrares, zurros,
carroças, burros,
mulheres roliças,
garridas, brejeiras,
trabalhos nas eiras,
homens esforçados
por tantos lados,
gados no pasto,

que figuras faço

quando me lembro,
quando retorno,
quando me volto,
me faço pequeno,
sem jeito,
tempo escasso,
rarefeito,
quase perfeito,
imaginário que se adoça,
quando se endossa,
se direcciona
para qualquer zona,
dimensão dispersa
que já… não interessa!!!... Sherpas!!!...

... entre caciques e loucos... nos encontramos!!!... (antiga)

… o futuro constrói-se, só pode… sem esta gente, indecente, com verdade, sem hipocrisia, com humildade, clareza e transparência, como deve!!!...

… entre caciques, loucos e xenófobos… nos encontramos, pobres vítimas da pesporrência, imbecis convictos dos nossos pecados, diminuídos, aparvalhados, conduzidos por boçais tresloucados, com assomos de ética, de credibilidade duvidosa, sem crédito algum porque, diferenciados, distintos… sem sentido algum!!!... Entre escândalos e embustes, quanto a números, quanto a pareceres… consoante os que os apregoam, os que os entoam, num atropelo de impropérios, de convencimentos que, para mal de quem os profere, não… convencem ninguém!!!... Entre interesses e promessas, bem caros aos que deles beneficiam… simples lixo, da boca para fora, sem valor algum, quando as ditas se não cumprem, se esquecem, fenecem por inanição, descuido, esquecimento!!!...

… entre porcos e porcarias… numa ribeira bem nomeada, nunca de cara lavada, embora milagreira lhe chamem!!!... Os tóxicos, após a experimentação na cimenteira, com a queima, a incineração, tão propalada, tão contestada… parece que vão desta para melhor, que avançam, que é de vez, depois de avaliados os níveis de poluição atmosférica, claro!!!... Já se fala no nuclear, como solução, há um milionário que pretende avançar com os dinheiros, considerando-o limpo, mais até do que os combustíveis fósseis mas… os ambientalistas, de curtas ou alargadas vistas, já tomaram posição, contra o nuclear, pois então!!!...

… o fazedor do monstro vai sorrindo, não se pronunciando, resguardando, como convém… só para depois das autárquicas, tal e qual!!!... Os que pretendem lugar, quanto a autarquias, vão-se posicionando… uns contra o partido, os caciques de então, simples arguidos se dizem, enquanto o clube a que pertenciam, o bando, numa sem razão… desculpando o cacique mor, o bananeiro, batendo na tecla da ética, da credibilização, tentando crescer (… como líder, é evidente!!!...) assim o diz o senhor de Gondomar!!!... É de espantar!!!... Ali para Oeiras, outro que tal… acusa o fundador, dono do Expresso, o que contesta, o que persegue a sua candidatura!!!... Inocente se crê, se julga… o perseguido!!!... É de fugir!!!... Quanto ao ilhéu, o das frases bombásticas, louco assumido, pelos ditos, pelas baforadas, quando fala, quando comenta, quando atira… não passa nada!!!... Tem créditos firmados, mais que visto!!!... Quanta incongruência, pura demência!!!...

… entre caciques, loucos e xenófobos, entre escândalos e embustes, entre interesses e promessas, entre porcarias… sem milagre algum, cá vamos, cantando e rindo, na posição de sempre, no meio… não como uma virtude, como uma maldição que teima em se alongar!!!... Quanto a incineração, a energia limpa, a obras em perspectiva… estou expectante, ainda mantenho esperança!!!... Quanto a chineses, a indianos… nos dizeres dos senhor das bananas, é evidente!!!... Vamos ver no que dá!!!... Sherpas!!!...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

... em bicos de pés!!!...


… em bicos de pés,
se inclina,
vai ao fundo, reclina,
quase adentra na porcaria,
mistura que se não distingue,
quando passo,

olho, disfarço,

lixo fora, lixo dentro,
quando penso, me concentro,

situação reles,
hipocrisia,
sociedade que avança,
que finge,
ignora o escarro, porque mente,
pegada ténue,

gritante,

de miserável… aviltante!!!...

… mais um pedaço de pão,
cheira,
deita fora,
embalagem quase vazia,
lambe, guarda num saco,
ainda não foi embora,

não descola,

agarra,
abre com lentidão,
averigua aquela fatia,
não sente vómito, não sente asco,
é presunto,
meio amarelado,
coloca noutra sacola,
revolve,
torna a olhar,
revira, volta a revirar,

com uma visível indiferença,
pelo entorno,
pelo lugar,

no que havia de dar,
quando intenta… quando pensa!!!... Sherpas!!!...

... deixar rolar... o tempo!!!...




… deixar rolar o tempo, de mansinho,
como quem não quer, indiferente,
enrolado no seu canto, pouca gente,
abstraído, descontraído, pequenino,
filósofo da vida, sem filosofia,
um encanto, uma harmonia,
uma desistência, uma apatia,
mais que falência, um baixar os braços,
derrotado, logo à partida,
num buraco sem saída,
calabouço enorme, atoleiro,
pântano que nos engole,
que nos deglute, que nos sorve,
borracha que o apaga,
pandemia virulenta, praga,
que o intriga, não mastiga,
quando o desliga,o despreza,
que o esmaga, quando lhe chega,
o convence, ludibria,
com sorrisos de hipocrisia,
o apanha no lodaçal,
numa atitude vazia,
naquele momento, no local,
entregue à indiferença,
numa descrença,
deixando rolar o tempo,
devagar, devagarinho,
enrolado… no seu cantinho!!!...

… passam factos, passam ventos,
passam casos, assobia o temporal,
neste imenso lodaçal,
deixando o tempo passar,
numa sensaboria amorfa,
quão diminuto, disfarçado,
não há mal que o torça,
não se sente incomodado,
muda o jeito facial,
engole em seco, empanturra,
quando se sente, empurra,
mansamente, muda de lugar,
aquieta-se, esconde-se,
passa despercebido,
evola-se, esvanece-se,
cada vez… mais encolhido,
pouca coisa, pequenino!!!...

… passam carros e carretas,
agitam-se os excelsos,
por motivos bem diversos,
no meio de tantas provetas,
experiências laboratoriais,
no seio dos mais iguais,
soam alguns gritos, revoltas,
incendeiam-se opiniões,
juntam-se bandos, multidões,
desfilam bandeiras, escoltas,
cerram-se algumas portas,
abafam-se as revoltas,
impõem-se regras diferentes,
calam-se bocas, surgem silêncios,
oprimem-se muitas gentes,
pagam os inocentes,
reina a confusão total,
mesmo ali, bem enrolado,
homem sem opinião,
mente oca, vazia, indiferente,
apagado, no seu cantinho,
encolhe os ombros, não liga,
tão agastado, mansinho,
tudo lhe passa… ao lado!!!... Sherpas!!!...

... artes!!!... (antiga)




… acima de tudo, como neutro, o passado, considero-o grosseiro… embora, preocupado, além de dinheiro, (…local apropriado, equipado a preceito, perspectivas de futuro???...) pouco mais, menos que nada!!!... Durão, com o seu Damião, tal como em tudo… quis comprar, desfazendo toda e qualquer instituição, não incentivando, um pouco, sequer!!!... Deu no que deu, ninguém gosta, muito menos os cérebros, capazes e verdadeiras armas de precisão, serem tratados… como simples parafusos, duma máquina qualquer!!!... Debandada geral, migração para cantos e recantos deste nosso planeta, cada vez mais global!!!... Pena que se tenham formado com os nossos dinheiros, que tenhamos aplicado… em vão!!!... Logo a seguir, tentando emendar o que não conseguiram evitar ou parar… deram-lhes com um Damião, que deu flop, simplesmente, não resultou!!!...

… o Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia opina que o programa foi mal estruturado, que se irá tentar uma estratégia mais atractiva, inovadora, incentivadora, não tendo como base dinheiros, apenas dinheiros!!!... Oferecer-lhes contratos, condições, conduzir programas, permitir-lhes o acesso aos equipamentos e aos laboratórios, segurá-los bem… antes que voem, outra vez, que debandem para Países com condições mais cativantes, apelativas!!!...

… as pessoas fazem os Países, mais ainda nas que, cérebros provados, bem trabalhados, doutoradas com mérito… investimos!!!... Deixá-las fugir, é desperdício, falta de juízo, insensatez!!!...

… poderíamos ter prescindido de certos bichos caretas, relacionados com a política, com aproveitamentos, com determinados gestores, amigos de carteiras cheias, bem forradinhos, de economistas e assessores, com juízos errados, pouco preocupados com o torrão Natal onde nasceram, materialistas de corpo inteiro, aproveitadores de tudo quanto dá dinheiro, com poucos ou nenhuns créditos, no métier que abraçaram, confundindo, até!!!... Deveríamos fechar a porta, evitar a fuga… dando benefícios e mordomias, aos de mais valias, aos que nos fazem falta, agora… bem tarde, depois de terem levantado voo, procurado outros rumos, sentidos mais concretos para o seu trajecto pessoal, vida futura!!!...

… agora, talvez seja tarde mas… vale a pena tentar porque, por muito bom que seja, lá fora, sempre vivem em terras estranhas, sentem aquela saudade a bater-lhes na mente, a massacrar-lhes o corpo, insistentemente!!!... Por muito bom que seja… nunca é Portugal!!!... Cérebros desavindos connosco, em fuga por esse Mundo de Deus, porque não tão bem tratados como certos imprestáveis… reconsiderem, pensem de novo, avaliem melhor a vossa situação… regressem, precisamos de vós, como vós… de nós, somos POVO, somos Nação, estamos numa situação complicada!!!...

… os nossos grandes empresários desiludiram-nos, a banca… explorou-nos e continua, meia dúzia de arqui-milionários pretendem ser mais milionários ainda, os deserdados, dos quais saíram os vossos cérebros privilegiados, são cada vez mais, não têm escapatória, a estória vai-se repetindo, aflitivamente!!!... Quase me apetece gritar-vos aos ouvidos, com todas as minhas forças… não nos abandonem, isto também é vosso!!!... Torna-se necessária a inovação, a renovação de quadros e de empresas, de ideias mais actuais, modernas, direi!!!...

… oportunidade vossa, altura indicada de mostrarem o que pensam fazer deste cadinho… à beira mar plantado, tão abusado, ultimamente!!!... Caramba, também é vosso!!!... Deixemos sair, deixemos ir embora… a fina-flor dos partidos políticos, dos maus gestores, dos economistas de treta, dos empresários de fingir… deixemo-los ir para um sítio qualquer, beneficiamos todos, inclusive vós, os que buscaram noutras partes, modo de vida de jeito, usando o que eles não têm, cabecinha, pois então, conhecimentos com fartura!!!... É de trocar, de inverter, de empurrar, de fazer sair… os políticos de brincar, os que se têm mantido ao longo de tantos anos, os que nos têm destruído, de dar lugar aos outros, cidadãos de valor, estejam onde estiverem!!!...

… regressem e façam… algo, por isto!!!... Cérebros, precisam-se!!!… Apelo ao REGRESSO dos ditos, insisto na saída dos… imprestáveis, dos intocáveis, lá nas alturas, más oposições, alternativas sem crédito, também!!!... Sherpas!!!...

... arroubos poéticos!!!...



… arroubos poéticos, êxtases, enlevação, enlevo,
liberdades que se permite, quando critica patéticos,
quando se diminui, se admite,
se procura, quando insiste,
quando tira ou… dá relevo, quando se considera o mesmo,
quando não finge, restringe,
se julga pouca coisa, quando se avalia a esmo,
sem ser um fingidor,
provocando mágoa, dor,
quando berra, feito blasfemo,
inconformado, deslocado,
quando descreve pássaro que poisa,
flor de cores belas, vivas,
quando fala de ódios, de amor, quando se sente apartado,
num cantinho, redutor, escondido, temeroso, com pavor,
perante as maleitas do Mundo, que não compreende, que detesta,
com pensar tão profundo, que o agasta, arresta,
que enfrenta… que contesta!!!...

… pobre poeta, coitado, não está bem em nenhum lado,
deslocado, imbecilizado,
quase posto de lado,
da verdade, fez seu lema, doença de que enferma,
quando sincero a valer, quantos não faz sofrer,
sofredor, não fingidor,
com o sofrimento dos outros, seja lá onde for,
universal, abrangente,
quanto lhe passa na mente,
nos instantes, nos encontros, fugazes, bem repentinos,
com pensares… com desatinos!!!...

… sinceridade, punhal que trespassa, que arrasa, que fere, que mata,
quando se aventa, quando traça,
marca que queda, ferida, tão sentida, tão profunda,
que não altera, que não muda,
hipocrisia que abunda, falsidade que enxameia,
dos que vegetam, insanos,
que não atalha, alteia,
avoluma a fantasia, cruel, oca, vazia,
redundante, prepotente… alegoria!!!... Sherpas!!!...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

... corais!!!...



... alegria incontida,
vertem-se lágrimas como pedras preciosas,
brilham quando caem,
jorram
cúmulos de tesouros de toda a vida,
transformam
como por magia,
processo de pura alquimia,
não resistindo à tentação,
em ametistas, topázios, diamantes, corais,
raridades esquisitas, formosas,

pérolas negras
brilhando na opacidade,
sofrimento de quem não sente,
rir continuado, alarve,
satisfação plena que goza,
manifestação própria de gente ornada por momentos,
repentes que alteram os sentidos,
convertem sentimentos,

riqueza de quem possui,
intui,
arca com conteúdo tão profundo
não rui,
ergue arcos, castelos
tão belos,
riqueza incomensurável,
eternidade que sustenta, mantém,
quando dá o que se tem,
derramando o que mais nos custa,
incalculável,
quase assusta,
inenarrável,

milagre, transformação,
panelões gigantescos,
colheres, apetrechos desmesurados,
fumegantes,
recipientes variados,
sensação,
como gigantes,
poder absoluto tão diferente,
contenção,
fantasia, obscuros calabouços,
construção
medieval num Merlim de Camelot,
lenda que se construiu

adequada para qualquer época,
anuência num imenso complô
fraternal, maternal, filial,
abissal,

somos tão poucos,
quando moucos,
quando loucos,
preciosidades que nos deslumbram,
acusam,
encobrem habilidades quando partilhamos,
não enganamos,
damos!!!... Sherpas!!!...

... como punhais... afiados!!!...




… como punhais afiados,
como chapadas, na cara,
entre palavras, palavreados,
verdade que se não encara,
simples arremessos, confessos,
arranhares simples, garatujas,
caretas, jeitos, tropeços,
dos que correm, pequenas fugas,
logo param, meditabundos,
tão pequenos, confusos,
mediante máquina enorme,
que, quanto mais come, mais tem fome,
se não condói, nem lamenta,
perante quem intenta,
portar-se como um homem,
voz grave, altissonante,
pena fina, na escrita,
quando escreve como um gigante,
quando se aquieta, não se irrita,
se esconde, se tapa, se resguarda,
precavido, mais que rendido,
no seu canto, na sua farda,
tão pequenino que é,
subserviente… com libré!!!...

… palavras, leva-as o vento,
amizade tão disfarçada,
repentes, pontapés,
resguardando posto, provento,
pior ficar sem nada,
figuras com rodapés,
protecções em abundância,
no meio da extravagância,
do salamaleque inusitado,
por vezes, posto de lado,
perante os que o secundam,
com afagos, carícias mil,
já dos tempos do vinil,
coisa pouco usual,
nos dias que correm, actuais,
considerados anormais,
entre parceiros, companheiros,
camaradas e quejandos,
lá no fundo, nos meandros,
nas intrigas palacianas,
campo fértil em manhas,
tão avultadas… tamanhas!!!...

… quantos esconjuros, conjurados,
tramas bem planeadas,
de há muito, arrastados,
nas conversas, conversadas,
no escuro, nas esquinas, nos recantos,
sem lágrimas, choros, prantos,
com objectivos, bem precisos,
como punhais bem afiados,
quantas e quantas punhaladas,
nas costas, nos costados,
quando não acauteladas,
sem valores, sem juízos,
certeiros, incisivos,
inesperados, ainda mais,
repentinos, pouco usuais,
num dado momento, sem lamento,
com um único intento,
projecção duma figura,
sombria, um pouco escura,
que se projecta no tempo,
num espaço desadequado,
já perdido… já passado!!!... Sherpas!!!...

domingo, 25 de novembro de 2007

... com uma lucidez... (antiga)




…com uma lucidez, de louco, neste Mundo enraivecido… vejo de tudo, um pouco!!!... Por um grupo musical, os U2… milhares e milhares de jovens, irmanados pela música, pelas letras cantadas e repetidas até à exaustão, pela rebeldia que assumem, quando em cena, pelo paroxismo que semeiam, que incendeiam os presentes, aquando no concerto…sujeitam-se, de bom grado, a todos os sacrifícios e mais alguns, inclusive a passar noites ao relento, noites gélidas e desconfortáveis, por um bilhete, por um ingresso, no dito!!!... Compreendo, aceito, faria o mesmo se… mais jovem, mais rebelde e inconformado, algum bálsamo sentisse nos sons produzidos por esse grupo da Popmusic, agora na berra, nos tops!!!...

…jovens, irreverentes, inconformados…cantam um Mundo melhor, rebelam-se perante os males com que se confrontam todos os dias, dão voz, cantando, ao pensamento colectivo e solidário dum Mundo inteiro de idealistas, cobaias forçadas de experiências aberrantes, sem sentido, degradantes, egoísmos exagerados, descontrolados… inenarráveis!!!... O grupo musical de Dublin, na Irlanda, por estes tempos mais próximos… vão sendo panaceia para os grandes males com que a juventude se confronta, na vida de todos os dias, para as tristes vivências que afrontam e os revolta, creio eu!!!... Se, com a mesma idade…quiçá, enrolado numa manta, numa bicha qualquer, junto a uma gasolineira, numa noite gélida e desconfortável, aguardasse, ilusionado, partilhando meus gostos, conversando sobre os meus ídolos, aguardando o momento… o concerto, entoando letras e sons, comungando, expectante, esses momentos, até à obtenção do ingresso desejado!!!... Quiçá!!!...

…em pleno Inverno, seco e triste, bem frio, por sinal… muito ventoso, por vezes, acontece o imprevisto!!!... Um fogo que se ateia, que se alteia ameaçante, bombeiros sapadores que acorrem, como sempre, disponíveis, verdadeiros soldados da PAZ… entregues, de corpo e alma, à sua missão arriscada!!!... O imprevisível, acontece!!!... As condições atmosféricas adversas, tornam o fogo… incontrolável, perigoso, autêntica ratoeira!!!... As labaredas, pelos ventos fortes, contornam alguns homens bons, experientes, outras gentes, profundas sabedoras do que enfrentam e… dá-se, o que ninguém esperava, mais uma vez!!!... Rodeados pelas chamas, pobres vítimas, ali quedam inertes, mortos, mais quatro bravos soldados… em tempos de PAZ!!!... Em prol dos outros, tudo dão, inclusive… a própria vida!!!... Honra lhes seja feita!!!... As minhas homenagens, sinceras!!!...

…aqui ao lado, bem perto, na nossa casa comum, a um saltinho, neste cadinho globalizado, tão próximo, tão longe… indiferente, com seres iguais, nossos irmãos, civilização antiga, com muitos milénios, berço, princípio do conhecimento, poço sem fundo, quanto a petróleo, quanto a violência, num acto irracional, mais um, somatório de tantos, tremendo acto se concretiza, na pessoa dum suicida, instrumento assassino e cruel, carregado de fanatismos e explosivos, num automóvel que se direcciona, se aponta a uma multidão de gente, pobre e carente, buscadora de trabalho, lutadora pela sobrevivência, vítima duma situação que se arrasta e… mata, constantemente, como quem não sente!!!... Mais uma centena e piques de mortos, esfacelados, trucidados, filmados e difundidos através das câmaras de televisão, como notícia, por todo o Mundo, que cala, que consente, que admite, que aceita… como inevitável!!!... Enregelados, no conchego dos lares, perante a caixinha das hecatombes, das distracções, por vezes… a das perversões, mais nos encolhemos, mais nos diminuímos, mais nos revoltamos, por sermos, como somos, cada vez mais e… mais!!!... Maldição, perversão, Mundo cruel… com muito fel, com tão pouco mel!!!...

…o chefe da igreja católica apostólica está doente, desde há muito… velho, também!!!... Tem sido um homem forte, no meio de tanta e tanta adversidade, mundial e pessoal!!!... Tem resistido e… mesmo para quem não pratica a dita religião, para quem não tem fé, como eu, sou obrigado a aplaudi-lo, a considerá-lo exemplo maior, no meio de tanta loucura, com a lucidez que me resta, que nos vai faltando, aos poucos, perante tanta irracionalidade, pura verdade!!!...

…entretanto, por cá, no que nos diz respeito, no País a que pertencemos… no novo ciclo que se iniciou a partir do 20Fev2005, vamos assistindo a pormenores que nos definem como Nação, no que respeita a futebóis, adoração predilecta da população, fuga da realidade, a que continua dúbia e crua, em crise menos profunda, mais esperançosa, com menos circo, com menos teatro, com menos imposição, mais refreada, menos apalhaçada, mais contida, com os males de sempre… não estão resolvidos, continuam, persistem, com muitos treinadores de bancada, nos que me incluo, pelas melhores razões, claro!!!... Há os que, a todo o custo… escrevendo, pretendem colocar as coisas no devido lugar, criticando os que pactuaram, os que se sujeitaram, os que, embora prometedores, nada fizeram, agravaram!!!...

…pelos actos cometidos… foram apeados, de tal modo que, até hoje, ainda se não encontraram, andam, baralhados, confusos, perdidos… com sonhos do arco-da-velha, pelos vistos!!!... Os que se alçaram ao Poder, os previstos, recatados… ainda não empossados, pouco dizem, pouco falam, resguardam-se, congeminam entre eles!!!... Fazem bem!!!... Espero que tenham aprendido com erros passados, que nos dêem o que merecemos, desde sempre, que façam o devido equilíbrio social, que persigam e castiguem os prevaricadores, que se não deixem manobrar pelas corporações, pelos grandes grupos económicos!!!... Vai sendo tempo, possuem os ingredientes necessários!!!...Sherpas!!!...

... fora... que é demais???... (antiga)



…manter, até à exaustão, alertas, chamamentos de atenção, confrontos acentuados, escritos e rescritos, com teimosia, porque não (???...), massacrando, aborrecendo, não deixando sossegados, quem, em tempos de oposição, fez isso e muito mais, quem, já depois de eleito, continuou com o mesmo esquema, descurando o essencial, desprezando o fundamental, batendo na mesma tecla, desfazendo no bandido, principal adversário, único inimigo, a outra hipótese, a outra maneira de governar, o que virá a ser, num futuro muito próximo, alternância aguardada, nesta aparente democracia, entregue a uma Maioria, bem menor e sem sentido, que olha muito o umbigo, autista, de pouca valia!!!...O medo, o pavor é tanto, sentido por estes tansos, que se vão precavendo, a cada hora, a cada momento, sua única função de vulto, de há dois anos para cá, reformando, com espírito destrutivo, numa vontade tremenda, de voltear dinheiros, espalhá-los por outros sítios, em negociatas mil, entre eles, com vários parceiros, prometendo à saciedade, mentirinhas, falsas verdades, que ninguém leva a mal!!!...Reformadores assumidos, em leis mais que muitas, criaturas de tempos idos, sem discussão, sem apelo, impõem e dispõem, cozinham à vontadinha, têm desfeito, a preceito, uma Pátria de brincar, segundo eles, os pensantes da Coligação, tanto agora como dantes, dada de mão beijada, completamente esquartejada, aos hermanos aqui do lado, vorazes nos apetites, donde nada se recebe, que se veja, que se sinta, quer se afirme, quer se diga, se prometa de rompante, em momentos, em cimeiras, para cá dessas fronteiras, que por ora, ainda existem!!!...Não me conformo, não me aquieto, quando leio, quando me informo, que está para breve, como aperto, não uma saída, antes um buraco, verdadeiro alçapão, de toda uma Nação, sem norte, esquartejada, por muito bem que se porte, cada vez mais desempregada!!!...Confundo-me e fico espantado, nada convencido, aparvalhado, com dirigentes deste calibre, que nuns escassos dois anos, conseguiram o impossível, culpando sempre o anterior, num verdadeiro parto, com dor, descurar todo um País, suas populações, suas gentes, com sonhos, com ilusões, em todas as suas frentes!!!...Estávamos mal, estamos piores, dum pântano fomos saindo, por abandono, por saída, caímos, logo à partida, num charco espesso, nebuloso, numa crise mais recessiva, monstro mais que tenebroso, sem explicação aparente, por vontade própria, por querer, dessa espécie, dessa gente, de sorriso fácil, matreiro, aos poucos, a tempo inteiro, os que manobram dinheiro, a tempo alargado, a tempo inteiro, congelando o que é dos outros, não dando o prometido, já passado, mais que esquecido!!!...Situação gravosa, dependente, de espanhóis, de quejandos, verdadeiros donos deste cantinho, empenhado até ao pescoço, sem tanga, mais que nu, despido e envergonhado, com pobreza por todo o lado, miséria, mais que muita, insegurança, aos montões, sem serviços dignos que se sintam, pois tapam, fingem, faz de conta, COISA pouca, de pouca monta…lá vão cantando e rindo, tanto lhes dá que berrem, que gritem, que barafustem, não é gente que se afronte, alapados continuam…embora não governem e…mintam!!!...Parados, não, calados, nunca, acomodados, tão pouco…não os deixemos sossegados, exijamos o que nos pertence, o que nos é mais que devido, por isso, somos espoliados, pagamos mais do que nunca, numa fartura escandalosa, gritante, vultuosa, os de sempre, pois então, os mesmos, para não variar, no meio de tanta mentira, que já chateia, parca panaceia, no meio de tanta maleita, que se não diminui, antes alteia, impune e…imune!!!...Que paguem o desaforo, brademos todos, em coro, amavelmente, como se nada, fora…que é demais!!!...Um abraço do Sherpas1…