... reposição de COISAS minhas, actuais e antigas, algumas fotografias!!!... Sherpas!!!...
sábado, 16 de agosto de 2008
... não o frequento muito... (antiga)
... não o frequento muito, ao El Corte Inglês de Lisboa... em tempos tão contestado pela má vizinhança que iria fazer quanto a clientes que fugiriam para lá, vindos doutros locais comerciais, pela construção mastodôndica, desenquadrada do entorno, ali por trás do Parque Eduardo VII, bem central... a um passinho de tudo!!!... Muitas vozes se levantaram em protesto, o projecto avançou, concretizou-se... por lá se encontra, vai para uns anitos!!!... Acrescento mais... caiu no goto dos alfacinhas, pelos vistos!!!... Por mim, só contesto o "EL"... termo espanhol e desadequado, não tem nada que ver com o território nacional, estamos em Portugal mas, por uma questão de marca institucionalizada, forte e bem conhecida, manteve-se!!!... Enfim!!!...
... nada do que preconizavam, com anterioridade, se realizou, a clientela aumentou nos comércios vizinhos, o “El” continua de pé embora esteja desfasado do local onde se ergueu!!!... Com o continuar do tempo habituamo-nos, sempre assim foi!!!... Não sou favorável ao consumismo desenfreado, aos Centros Comerciais que proliferam, à ida aos Shoppings… como maneira costumeira de passar tempo mas, convenhamos que salas de cinema, em condições, só nos ditos, as outras foram à viola, estabelecimentos de roupa, com qualidade, também e, quanto a restaurantes, encontram-se bastantes, com preços acessíveis, para não falar dos fast-food em super-abundância, pecadilhos dos miúdos e dos graúdos que engordam cada vez mais, parece estarem insuflados por acumulação de calorias, alimentação errada, gulodice que se generalizou… depreciando a dieta mediterrânica, a nossa, a mais indicada e proveitosa, copiando americanos e quejandos… não sendo!!!...
… na hora do almoço, lá ao cantinho… logo a seguir às tapas, restaurante reduzido, ocupámos uma mesa e recreámo-nos com os sabores duns secretos de porco preto, dum polvo à galega, acompanhados por um tinto Monte Velho, do Esporão, reserva bem cara, alentejano fino e bom, enquanto conversámos despreocupadamente, no meio daquela azáfama toda!!!... Como sobremesa pedimos um aglomerado de chocolate com frutos secos ao que dão o nome pomposo de “ brownie”, encimado por um gelado de caramelo, denominado por “topping”, colocado ao lado ou no cimo, indiferente!!!... COISAS finas, tão vulgares!!!... Depois do repasto, derivámos… cada um para seu lado!!!...
… estando no local de que falo, com familiares… depois de nos separarmos, cada um foi em busca dos seus interesses, claro!!!... Reparei que na parte do subsolo, ao nível do super mercado, na zona da Pizzaria, das Tapas e do Restaurante, naquele grande espaço onde muitos comem, à pressa, o que levam nas bandejas, devidamente refastelado… dei por mim a avaliar os frequentadores, muitos milhares, daquele empreendimento!!!... Passaram figuras conhecidas, públicas lhes chamam… criaturas desconhecidas de todas as cores e credos, gordos, magros, altos, baixos, cabelos engrenhados, alourados, carecas, mulheres jovens prenhas, quase a dar à luz, velhinhos que se arrastam, turistas que ali foram ter e aproveitaram para comer, vestidas ou despidas, pelo calor, das mais variadas maneiras, a maior parte delas informais e jovens!!!... Um que outro, com farda de serviço, fatinho completo e gravata, funcionários de serviço e ao serviço, contribuindo, com o seu trabalho, para o funcionamento daquela empresa de vários andares, de vários apetites, de vários apelativos, todo um formigueiro efervescente, centro cosmopolita, sem pretensões!!!... Vezes por outras, um ou uma drogada que interrompia a faina de rua, arrumadores de automóveis… para virem meter uma bucha, beber algum líquido fresco, pedir umas moedas, à sorrelfa, é evidente!!!...
… definitivamente, queiramos ou não… o “EL” caiu nos hábitos das gentes de Lisboa, vulgarizou-se, continuando sendo, quanto a construção e a local, um autêntico aborto que por ali puseram, mesmo nas traseiras do Parque Eduardo VII, pertinho de tudo, quase no Centro!!!... Sherpas!!!...
... nada do que preconizavam, com anterioridade, se realizou, a clientela aumentou nos comércios vizinhos, o “El” continua de pé embora esteja desfasado do local onde se ergueu!!!... Com o continuar do tempo habituamo-nos, sempre assim foi!!!... Não sou favorável ao consumismo desenfreado, aos Centros Comerciais que proliferam, à ida aos Shoppings… como maneira costumeira de passar tempo mas, convenhamos que salas de cinema, em condições, só nos ditos, as outras foram à viola, estabelecimentos de roupa, com qualidade, também e, quanto a restaurantes, encontram-se bastantes, com preços acessíveis, para não falar dos fast-food em super-abundância, pecadilhos dos miúdos e dos graúdos que engordam cada vez mais, parece estarem insuflados por acumulação de calorias, alimentação errada, gulodice que se generalizou… depreciando a dieta mediterrânica, a nossa, a mais indicada e proveitosa, copiando americanos e quejandos… não sendo!!!...
… na hora do almoço, lá ao cantinho… logo a seguir às tapas, restaurante reduzido, ocupámos uma mesa e recreámo-nos com os sabores duns secretos de porco preto, dum polvo à galega, acompanhados por um tinto Monte Velho, do Esporão, reserva bem cara, alentejano fino e bom, enquanto conversámos despreocupadamente, no meio daquela azáfama toda!!!... Como sobremesa pedimos um aglomerado de chocolate com frutos secos ao que dão o nome pomposo de “ brownie”, encimado por um gelado de caramelo, denominado por “topping”, colocado ao lado ou no cimo, indiferente!!!... COISAS finas, tão vulgares!!!... Depois do repasto, derivámos… cada um para seu lado!!!...
… estando no local de que falo, com familiares… depois de nos separarmos, cada um foi em busca dos seus interesses, claro!!!... Reparei que na parte do subsolo, ao nível do super mercado, na zona da Pizzaria, das Tapas e do Restaurante, naquele grande espaço onde muitos comem, à pressa, o que levam nas bandejas, devidamente refastelado… dei por mim a avaliar os frequentadores, muitos milhares, daquele empreendimento!!!... Passaram figuras conhecidas, públicas lhes chamam… criaturas desconhecidas de todas as cores e credos, gordos, magros, altos, baixos, cabelos engrenhados, alourados, carecas, mulheres jovens prenhas, quase a dar à luz, velhinhos que se arrastam, turistas que ali foram ter e aproveitaram para comer, vestidas ou despidas, pelo calor, das mais variadas maneiras, a maior parte delas informais e jovens!!!... Um que outro, com farda de serviço, fatinho completo e gravata, funcionários de serviço e ao serviço, contribuindo, com o seu trabalho, para o funcionamento daquela empresa de vários andares, de vários apetites, de vários apelativos, todo um formigueiro efervescente, centro cosmopolita, sem pretensões!!!... Vezes por outras, um ou uma drogada que interrompia a faina de rua, arrumadores de automóveis… para virem meter uma bucha, beber algum líquido fresco, pedir umas moedas, à sorrelfa, é evidente!!!...
… definitivamente, queiramos ou não… o “EL” caiu nos hábitos das gentes de Lisboa, vulgarizou-se, continuando sendo, quanto a construção e a local, um autêntico aborto que por ali puseram, mesmo nas traseiras do Parque Eduardo VII, pertinho de tudo, quase no Centro!!!... Sherpas!!!...
... não era dia azarado!!!... (antiga)
… não era dia azarado, nem terça, nem sexta, tão pouco tinha passado por baixo duma escada, nem me tinha sentado sobre uma mesa, nem tinha quedado com guarda-chuva aberto em casa, quanto ao lado para que me levantei, não sei, o pé que coloquei no portal, já na rua… não lembro qual, o esquerdo ou o direito, pelo que escrevo, não prevariquei o mais mínimo, não acicatei as forças do mal, ainda assim!!!... Como tantos, um dia igual aos outros, pensei… ainda antes do acontecido!!!...
… saí, dirigi-me ao estacionamento, entrei no carro, fiz marcha atrás e verifiquei que não passava sem marcar o passeio, tive de rectificar, recuando outra vez… logo seguido de estrondo, tinha batido em algo!!!... Estranhei!!!... Abri a porta da viatura e dei por um quatro rodas dos grandes, quase dois andares, colado ao meu… conduzido por uma senhora de meia-idade, mais para o anafado!!!... Cruzámos os olhares, de imediato direccionámo-los para os pára-choques das respectivas propriedades, do automóvel e do jeep… claro!!!... À primeira vista, nada de cuidado, explicações, chamadas de atenção para o facto da referida senhora não ter reparado nos faróis acesos, os de marcha atrás… dizia eu!!!... Irreflectidamente lá respondeu que eu não lhe tinha dado tempo, que ia recuar mas… não conseguiu!!!... Mais uns azedumes, poucos… não sou para grandes escândalos e, à medida que o tempo ia passando, a versão da minha adversária, mau encontro matinal, ia variando, alterando um pouco!!!... Dei-lhe alguns conselhos e como os desperfeitos eram reduzidos… fui embora, fui comprar o pão, esqueci o acidente!!!...
… durante a tarde, calorosa… como todas têm sido nestes últimos dias resolvemos, em família, ir ver um filme, actividade que pratico com gosto, adoro cinema, não perco, ando actualizado porque tenho tempo de sobra, boas salas de projecção num Shopping, aqui perto, algum desafogo pecuniário, por ora!!!... Geralmente visiono matinées, a meio da tarde… usufruo do ar condicionado, regalo os olhos, aguço os sentidos, actualizo os conhecimentos no que respeita a esta arte, não tanto como dantes, continuando sendo a sétima… por enquanto!!!... Adquiri os bilhetes, entrámos na sala… pouca gente, eis senão quando vejo chegar um grupinho de catraios, na camada dos treze, catorze anitos, cerca duns seis, creio!!!... Mau-Maria, pensei… mal vai a coisa, lá se vai o sossego, temos banzé, risadas tontas, mau ambiente, minha gente!!!...
… dito e feito, logo de início batimentos com os pés, galhofas… gargalhadas loucas, desenquadradas, fazendo eco para lá do som do filme que se ia desenrolando, apesar do mau ambiente!!!... Coisa fraquinha, esperava mais dos intérpretes principais, da origem do dito, filme americano vindo de Hollyood, os meus filmes preferidos desde sempre… nasceu com eles o gosto que tenho e mantenho, um pouco desiludido, ultimamente!!!... O tema já aborrece, tenebroso e sempre presente… infelizmente, terroristas e terrorismos, pouca abordagem das suas causas, dos seus efeitos em geral, nos USA, nos outros Países, em todo o Mundo!!!... Aguardo por um filme mais audaz, mais real, mais concreto e revelador de tudo que se oculta por trás destes medos todos… os que nos impõem, por parte da maior democracia (???...) que os realiza, que os comercializa, que os distribui, publicitando o que bem entende, pois então!!!... Acredito que o façam, não conheça eu os americanos, Povo diverso e aberto, sem peias… por vezes!!!... Não publicito o filme, nem pela positiva, nem pela negativa… não me preencheu, ainda mais com aquele punhado de pirralhos, ali ao lado, fazendo bulha ao longo de toda a primeira parte da sua exibição… apesar dos olhares indignados dos que se sentiam incomodados, dos continuados chamamentos de atenção aos pobres imbecis mal comportados!!!...
… enfim, não foi o meu dia… admito!!!... Apesar de os sossegarem, de os obrigarem a varrer as pipocas semeadas pelo chão, de vassoura na mão, com pá também, tristes figuras ridículas e agaiatadas, meninos castigados numa sala de projecção, num Shopping qualquer, depois de os avaliar, pela idade, pelo tamanho… amostras de gente, grupo desafinado, profundamente desequilibrado, senti pena deles, condoí-me deveras… embora prejudicado!!!... Já é a segunda vez que se me depara tal situação… quase, quase como certos socalcos com que esbarro nos fóruns que frequento, quando me cruzo com gentes sem nível, sem sumo, sem valor algum!!!... Será mal dos tempos, será efeito da educação errada que lhes não deram… será fixe para eles, este tipo de provocação sem pés nem cabeça???... Custa-me aceitar tal forma comportamental… ao nível do irracional!!!... COISAS que me envergonham daquilo que sou… um ser humano tão normal e vulgar, como eles, respeitando… ao invés dos ditos, claro!!!...
… não era terça, nem sexta, não passei por baixo duma escada, não me sentei numa mesa, não deixei o guarda-chuva aberto… dentro de casa, não foi dia azarado, começou e acabou mal, simplesmente!!!... Sherpas!!!...
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
... nas nuvens!!!...
bem no alto, absorto, distraído,
apartado das coisas deste Mundo,
etéreo, pensamento que me abraça,
que me traça, que me conduz, profundo,
que me leva os passos, quando me transporto,
não sei para onde, não me importo,
estranho, quando me vejo, quando acordo,
mais sonhador, desligado,
dizem que pouco interessado,
quase sempre discordo,
gosto de olhar para o lado,
ver com olhos de ver, quem sofre,
quem mendiga, quem se vende,
quem passa pela vida, como um dissabor,
com um amargo de boca… seja onde for!!!...
… quando o meu espírito sente,
se revolta, é levado a pensar,
comparando, inevitavelmente,
entre o acomodado, displicente,
o desgraçado que… não é gente,
o confesso canalha, com coisas, com tralha,
carregado de mordomias, fantasias,
o Cristo sofredor, com dor,
quando se esforça, trabalha,
atirado, com ímpeto, para a valeta
pelo prepotente matreiro, dono do dinheiro,
dominador absoluto, dissoluto,
sem valia, sem conhecimento, sem letra,
quando se considera, como useiro,
sempre o primeiro,
voraz, insensível… um bruto!!!...
… repleto de ideias que me perseguem,
que me assolam, que me seguem,
levado por elas, quando ascendo,
quando me perco nas nuvens,
perdido, com vistas despertas, alargadas,
pensando em tudo, em simultâneo,
fazendo parte deste engano, vendo,
quantas disparidades, quantos volúveis,
quanta vidas sofridas, estragadas,
evolução congelada,
amnésia total ou… aparente,
do que se não entrega, do que arrecada,
do que não partilha, egoísta, fera,
que não vê o que… o espera!!!...
… cova funda, negra e escura,
num terreno a esmo, com casa por cima,
pedra branca, tão alva, tão pura,
palavras de ocasião,
quando morre, quando se arrima,
para o honesto, para o ladrão,
para o impoluto, para o nojento,
palavras, leva-as o vento,
incinerado, feito em cinzas,
atitudes mais precisas
dos desiludidos da vida,
restos atirados ao mar, numa onda que passa,
projecto final, sem destino,
que se sente, que se traça,
como um choro, mágoa… caminho,
palavras poucas, dos mais próximos,
vozes loucas, afónicas, sem tónicas,
perante sofredores mudos, lacónicos,
sem sorrisos, macabros, atónitos,
confusos, descrentes, gentes,
quantos e quantos… inocentes!!!...
… bem no alto, bem perto,
ao mesmo nível, se por acaso,
quando olho, quando paro,
quando vejo no concreto,
alma que geme, pensamento fechado,
ferido e condoído, escrevo calado,
fora das vulgaridades comezinhas,
logo me encontro… quanto desencontro!!!... Sherpas!!!...
... vergonha!!!...
... castrados por imbecis, lá vamos,
rendidos a mercados abertos,
redundância d´enganos,
discursos, engodos perversos,
caras inexpressivas perante
quem, pela passividade, imolamos
quais cordeiros sacrificados à ganância,
deusa da loucura que s´instalou,
caminhada d´horror já pensada,
fera intolerante que sentimos,
vendo, indiferentes, porque permitimos
às figuras que se revezam nos feitos
porque líderes, quando eleitos,
chama que se apaga, desconcerto,
terra distante que comanda,
estratégia que s´afina, desmanda,
objectivo quase atingido, interesse,
maldição que s´abate sobre inocente,
entristece,
sofrimento desgarrado, tão perto,
soslaio de quem olha o abjecto,
títeres macabros que destinam
futuros que s´encurtam, espezinham,
dança d´esqueletos tétricos
lembrando, do passado, outros épicos
já mortos, enterrados, desajustados
na época que receia, atemoriza,
aceita, envergonha, porque castrada,
mal conduzida, enganada,
aflição que paira, teatro permanente
da injúria, negação constante do que se pretende,
distanciamento de quem não s´importa,
consente,
mal que semeia, provoca
pavor, como sistema instituido que se sente,
trejeitos, choros, enquadramento,
sangues que brotam em borbotão,
imbecis com mortos em provimento
nos vivos q´inda há p´ra abater,
neste, naquele momento,
como regra alternativa na função
dos que s´alçaram ao Poder,
justas injustas como solução,
triste bocado, périplo da globalização
quando se mata,
alivia perdas, s´obtém ganhos de mercado,
torna matança tão normal, sensação,
atitude que gera desconforto a quem está sujeito,
no terreno do maior confronto
tomando papel de vítima que s´imola,
doce ninho que s´arruina,
provoca fuga, desolação,
escasso valor na vida que termina,
centenas delas, muitos milhares,
enfatiza, resumindo, no “expert” que analisa,
justifica como jogada de quem determina,
carniceiro que vem a terreiro
com pantominas buriladas,
discurso de quem se não culpa
d´abatidos, duras chagas,
conveniência de quem oculta,
resenha que faz, quando desdenha,
não há mal que lhe não venha,
estrela que ostenta, sua sombra,
estigma de que se não livra,
indiferente a castrados, pura carniça,
aceso da guerra, fauce medonha,
terror que avulta... nossa vergonha!!!... Sherpas!!!...
terça-feira, 12 de agosto de 2008
... foi quase tudo!!!...
… foi quase tudo,
neste, no outro Mundo,
assim pensa quando se adentra,
coitado,
tão desfasado,
não sendo nada,
matéria infecta, fechada,
mente pouco lúdica,
bonacheirão,
luzidio,
quase rebenta,
balofo,
boneco que não replica,
aceita o que lhe dão,
incha,
desincha,
consoante o quinhão,
daquela mão aberta,
seu dono,
patrão,
vazio,
corrompido,
delambido,
sem vergonha assumido,
situacionado,
bastante inclinado,
sujeito trespassado,
transversal
como qualquer animal de carga,
quando se encarrega,
irracional,
besta com gesso na mente,
massa informe,
desconforme,
não pensa
no que lhe dão,
porque razão,
em qualquer situação,
obediente,
quer ser tudo no Mundo,
ir ao fundo,
não olhando para os esmagados,
coitados,
trapo sujo, utilizado,
bem arrumado,
quadrado,
obtuso,
confuso,
ao mando… depois de mandado!!!... Sherpas!!!...
neste, no outro Mundo,
assim pensa quando se adentra,
coitado,
tão desfasado,
não sendo nada,
matéria infecta, fechada,
mente pouco lúdica,
bonacheirão,
luzidio,
quase rebenta,
balofo,
boneco que não replica,
aceita o que lhe dão,
incha,
desincha,
consoante o quinhão,
daquela mão aberta,
seu dono,
patrão,
vazio,
corrompido,
delambido,
sem vergonha assumido,
situacionado,
bastante inclinado,
sujeito trespassado,
transversal
como qualquer animal de carga,
quando se encarrega,
irracional,
besta com gesso na mente,
massa informe,
desconforme,
não pensa
no que lhe dão,
porque razão,
em qualquer situação,
obediente,
quer ser tudo no Mundo,
ir ao fundo,
não olhando para os esmagados,
coitados,
trapo sujo, utilizado,
bem arrumado,
quadrado,
obtuso,
confuso,
ao mando… depois de mandado!!!... Sherpas!!!...
... filho do terceiro Afonso!!!... (antiga)
… sem me sujeitar a cronologias, indo como gosto… ao sabor dos gostos, do pensamento, do vento, quando sopra, da inspiração de momento, claro!!!...
… filho do terceiro Afonso de Portugal, que teve de abdicar em prol do filho, por doença… cedo começou a governar, o que fez tudo, quanto quis, el-rei D.Dinis!!!... Teve um reinado longo e pródigo, desdobrando-se em vários sectores fundamentais, na sociedade de então, desenvolveu a marinha, mandou plantar vastos pinhais, ali para as bandas de Leiria, protegeu as letras, as artes e, fundamentalmente… a agricultura, a lavoura, daí o cognome de Lavrador, sem nunca ter lavrado, sem lavra, sequer!!!... Ainda combateu contra o castelhano mas… depois de obter Serpa e Moura, deixou-se dessas lides!!!... Grande impulso na cultura, escreveu cantigas de amigo, deu origem ao primeiro estatuto da Universidade, a Carta Magna Priveligerium, mandou traduzir obras várias!!!... Homem sensível, avisado!!!...
… teve algumas quezílias com a Santa Sé, por questões de terras, de poderios do clero, apoiou cavaleiros portugueses da Ordem de Santiago, alterou o nome dos Templários para Ordem de Cristo!!!... Implementou as feiras, a exploração de minério, as exportações, incentivou a cultura… corte afamada na sua época, em toda a Península Ibérica!!!... Distribuiu terras, fundou aldeias e vilas!!!...
… casou com uma tal Isabel de Aragão, mulher de muitas virtudes!!!... Desta união surgiram dois filhos, Constança e Afonso, mais tarde o IV, tão nosso conhecido… como Bravo, o da batalha do Salado!!!... Doutras mulheres, várias… outros sete surgiram, conhecidos como bastardos!!!... Era um senhor rabo de saia, pelos vistos!!!...
… Isabel de Aragão, conhecida como Santa pelos milagres que praticou, pela caridade que praticava!!!... São rosas… Senhor, dizia ao marido quando por ele passava com o regaço cheio de esmolas, alimentos e moedas que distribuía pelos mendigos, pelos pobres que a perseguiam, expectantes!!!... “Apesar de tudo, Isabel era muito piedosa e passou grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Conta-se que, certa vez, a rainha, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido o seu regaço com pães, para os distribuir. Tendo sido apanhada pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha limitou-se a responder: «São rosas, Senhor!». Com efeito, ao abri-lo, teriam brotado rosas do regaço, ao invés dos pães que escondera. Este evento ficou conhecido como milagre das rosas. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a morte.”
… depois da morte do marido recolheu-se a um convento de Coimbra, Santa Clara-a-Velha, dele saindo… só para evitar guerras, como piedosa que era!!!... Morreu em Estremoz e está sepultada no Convento já referido!!!... Tempos de lavouras e… milagres, é evidente!!!... Sherpas!!!...
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
... decrepidez!!!...
... o sol ainda não tinha aparecido na ruinha
tão reduzida,
na casinha tão velhinha,
quase ruína,
na porta, única entrada, também saída,
no postigo, quase cerrado,
reduzido, gasto, tão velho como o velho,
alto, magro, arrastando os pés, trémulo,
sombra imensa do passado,
roupas em desalinho,
tão sózinho,
ralos cabelos encanecidos, alvura como neve na serra
que perdura,
não se enterra,
resistente que se aferra no tugúrio que já foi casa,
já foi lar, já foi berço, já foi família,
já foi bulício, encantamento,
todas as coisas do Mundo,
risadas ao desafio,
traquinices dos mais novos, conselhos,
anelos,
paixão incontrolada, quantos sonhos, desejos,
foi rumo, foi caminho, foi meta, foi ilusão,
foi recanto, foi descanso,
foi diversão,
foi ajuntamento,
tal como o tempo que se esvai,
quando a noite cai,
foi o que deixou de ser,
repetição que se torna constante,
desvario,
passagem como voragem,
ruga que surge na cara,
crescimento dos que não param,
homens que são agora,
dispersão dos que vão embora,
visita intermitente,
saudade,
lágrimas que surgem, por vezes,
doenças que agastam,
quantos ralhos, quantas fezes,
penúrias, desencantos,
aflições com muitos prantos,
retalhos que vão marcando
enquanto tudo vai passando,
faltas que incomodam,
auxílios que se imploram,
preces que saem da boca,
cabeça alerta, correria tonta,
casal que se aconchegava
no lar que era uma casa,
mais nova, resplandecente,
agora em queda,
quase esgotada
como corrida que termina
de quem correu numa vertente,
rangido nos gonzos que chiam,
corpo encarquilhado,
alguidar de plástico na mão,
ruinha sem sol, tugúrio sem cal, quase caído,
porta com postigo,
solidão como castigo,
resistência de quem teima,
grossa toleima,
trapos enrugados, pingando,
que vai ajeitando no cordel, estendedor,
com molas que coloca a custo,
sem susto,
destino com grande dor,
sem filhos, sem netos,
estertor,
mulher que o deixou há pouco,
final que antevê, quadro que enche a ruinha,
triste lugar, tanta ruína,
mente d´alguém que resiste,
insiste,
memórias que tem,
aos montes,
tão longe, dispersas as fontes,
apontamentos que se esvaem também,
tão só... quase nada,
sendo ninguém!!!... Sherpas!!!...
tão reduzida,
na casinha tão velhinha,
quase ruína,
na porta, única entrada, também saída,
no postigo, quase cerrado,
reduzido, gasto, tão velho como o velho,
alto, magro, arrastando os pés, trémulo,
sombra imensa do passado,
roupas em desalinho,
tão sózinho,
ralos cabelos encanecidos, alvura como neve na serra
que perdura,
não se enterra,
resistente que se aferra no tugúrio que já foi casa,
já foi lar, já foi berço, já foi família,
já foi bulício, encantamento,
todas as coisas do Mundo,
risadas ao desafio,
traquinices dos mais novos, conselhos,
anelos,
paixão incontrolada, quantos sonhos, desejos,
foi rumo, foi caminho, foi meta, foi ilusão,
foi recanto, foi descanso,
foi diversão,
foi ajuntamento,
tal como o tempo que se esvai,
quando a noite cai,
foi o que deixou de ser,
repetição que se torna constante,
desvario,
passagem como voragem,
ruga que surge na cara,
crescimento dos que não param,
homens que são agora,
dispersão dos que vão embora,
visita intermitente,
saudade,
lágrimas que surgem, por vezes,
doenças que agastam,
quantos ralhos, quantas fezes,
penúrias, desencantos,
aflições com muitos prantos,
retalhos que vão marcando
enquanto tudo vai passando,
faltas que incomodam,
auxílios que se imploram,
preces que saem da boca,
cabeça alerta, correria tonta,
casal que se aconchegava
no lar que era uma casa,
mais nova, resplandecente,
agora em queda,
quase esgotada
como corrida que termina
de quem correu numa vertente,
rangido nos gonzos que chiam,
corpo encarquilhado,
alguidar de plástico na mão,
ruinha sem sol, tugúrio sem cal, quase caído,
porta com postigo,
solidão como castigo,
resistência de quem teima,
grossa toleima,
trapos enrugados, pingando,
que vai ajeitando no cordel, estendedor,
com molas que coloca a custo,
sem susto,
destino com grande dor,
sem filhos, sem netos,
estertor,
mulher que o deixou há pouco,
final que antevê, quadro que enche a ruinha,
triste lugar, tanta ruína,
mente d´alguém que resiste,
insiste,
memórias que tem,
aos montes,
tão longe, dispersas as fontes,
apontamentos que se esvaem também,
tão só... quase nada,
sendo ninguém!!!... Sherpas!!!...
... deixar rolar o tempo!!!...
… deixar rolar o tempo, de mansinho,
como quem não quer, indiferente,
enrolado no seu canto, pouca gente,
abstraído, descontraído, pequenino,
filósofo da vida, sem filosofia,
um encanto, uma harmonia,
uma desistência, uma apatia,
mais que falência, um baixar os braços,
derrotado, logo à partida,
num buraco sem saída,
calabouço enorme, atoleiro,
pântano que nos engole,
que nos deglute, que nos sorve,
borracha que o apaga,
pandemia virulenta, praga,
que o intriga, não mastiga,
quando o desliga,o despreza,
que o esmaga, quando lhe chega,
o convence, ludibria,
com sorrisos de hipocrisia,
o apanha no lodaçal,
numa atitude vazia,
naquele momento, no local,
entregue à indiferença,
numa descrença,
deixando rolar o tempo,
devagar, devagarinho,
enrolado… no seu cantinho!!!...
… passam factos, passam ventos,
passam casos, assobia o temporal,
neste imenso lodaçal,
deixando o tempo passar,
numa sensaboria amorfa,
quão diminuto, disfarçado,
não há mal que o torça,
não se sente incomodado,
muda o jeito facial,
engole em seco, empanturra,
quando se sente, empurra,
mansamente, muda de lugar,
aquieta-se, esconde-se,
passa despercebido,
evola-se, esvanece-se,
cada vez… mais encolhido,
pouca coisa, pequenino!!!...
… passam carros e carretas,
agitam-se os excelsos,
por motivos bem diversos,
no meio de tantas provetas,
experiências laboratoriais,
no seio dos mais iguais,
soam alguns gritos, revoltas,
incendeiam-se opiniões,
juntam-se bandos, multidões,
desfilam bandeiras, escoltas,
cerram-se algumas portas,
abafam-se as revoltas,
impõem-se regras diferentes,
calam-se bocas, surgem silêncios,
oprimem-se muitas gentes,
pagam os inocentes,
reina a confusão total,
mesmo ali, bem enrolado,
homem sem opinião,
mente oca, vazia, indiferente,
apagado, no seu cantinho,
encolhe os ombros, não liga,
tão agastado, mansinho,
tudo lhe passa… ao lado!!!... Sherpas!!!...
Subscrever:
Mensagens (Atom)