sábado, 8 de dezembro de 2007

... sinto!!!... (antiga)

… sinto-me, ligeiramente, aliviado… quando tento ser moderado, no que escrevo, claro!!!... Se, por acaso, puser de lado, toda esta moderação, que pavor, que aflição…que horror!!!... Quedo indefeso, vulnerável pois… por todos os lados, se me acercam sôfregos sugadores, aliviadores de carteiras incautas, com sorrisos benévolos, com sentires beatificados, plenos de boas intenções…tão inclinados, completamente descambados para o mesmo lado, enviesados, com obsessão tremenda, não a do passado, esta…mais moderna, a que, aparentemente, se apena, que se intitula de nova, sendo velha, sendo gasta, com um fito, com um objectivo, o mesmo… do anterior!!!... Por mais que tentem disfarçar…não enganam!!!... Temos, queiramos ou não…de nos precaver, desconfiar, delatar o que nos vai no âmago, no íntimo, quando nos sentimos, como sentimos!!!...

…é que, pelo perfil de cada um, pela família política a que pertencem, pelo trabalho já realizado, o do passado, estamos, tal e qual, como dantes, salazarentos, em retrocesso constante!!!... Houve (…estão-se extinguindo, aos poucos!!!...) uma classe social, a média alta, e… uma outra, a média baixa que, mediante poupanças, mediante equilíbrios orçamentais, os familiares, é evidente, soube alcandorar-se a uma situação cómoda, quase desafogada!!!… Pouca coisa, quando comparados com os tais, os das reformas de 18 000 Euros, com os que sempre se governaram através dos partidos, através das políticas activas, quando eleitos, quando clientes, quando chupistas, passo o termo, alivio a…expressão, é um facto!!!... Os das ditas classes, são alvos, são poços sem fundo, quanto a dinheiros sacados, quanto a impostos sobre impostos, a multas que dobram, que triplicam, quanto a poupanças que se esboroam…com obrigações, com pagamentos em excesso, com taxas do arco-da-velha, com juros que não compensam, que castigam, que diminuem, que minimizam…vorazmente, com incidência, permanentemente, vai para três anos, com estes modernos, os mesmos da tanga, sem distinção…são iguais, já são velhos, velhos de mais!!!...

…repito-me, quando grito a minha indignação, dizem… que uso chavões!!!... Eles lá sabem!!!... É com eles!!!... Que me sinto perseguido, que me sinto roubado, tal como tantos…é o que constato!!!... Seja pelo Estado, seja pelo Banco, seja pela Seguradora…os agravamentos, têm sido sistemáticos, não seduzem, antes…reduzem!!!... Tempos houve que os referidos eram credíveis, se preocupavam com o bem-estar das populações, em geral!!!... Também havia falhas, também havia gralhas, também havia amanhanços… por parte destas entidades!!!... Não eram tão evidentes, não eram tão constantes, não eram tão hipócritas e inábeis, como os de agora, porque, estes, estão…inclinados para uma fatia reduzida da população, cerca de cinco por cento, os que beneficiam, os que comem à tripa forra, os que não são molestados, tal como os próprios, os que se governam, usando e abusando, com impunidade, com imunidade, com incompetência, pelo facto de pertencerem a um grupo muito restrito…o da excelência!!!...

…a classe média está a ser destroçada, massacrada, pagando os desvarios, o laxismo, o deslumbre, as mordomias de gentes irresponsáveis!!!...
…não me conformo, sinto-me perseguido, sinto-me roubado, acossado, sinto-me patrão, sem ser…pagando uma barbaridade em impostos, em aumentos de bens de consumo, de combustíveis, de taxas que não moderam, agravam, de juros que se não dão, se prometem…se ficam por aí!!!... Pertenço ao grupo que aguenta…esta trapalhada, pagando!!!... Os que não pagam, os que fogem ao Fisco…continuam, como se nada!!!... Entretanto, as excelências… vão vendendo bocados, grandes bocados, do que nos pertence a todos, do que era do Estado, com as extraordinárias!!!... Não resolveram, não resolvem nada, pelo que vejo, pelo que leio, pelo que oiço!!!... São chavões???... São repetições???... Concordo porque, do vosso lado, por parte dos eleitos…também se ficam por palavras, com poucos ou nenhuns feitos!!!... Quando me aperceber de algo de positivo, neste desgoverno…mudarei o meu jeito de escrever, serei mais cordato, mais moderado, prometo!!!... Hoje…é domingo!!!... Sherpas!!!...

... dualidade esquisita!!!... (antiga)




…dualidade esquisita, esta…a dos tempos modernos, quanto a religiões, quanto a políticas, quanto a saberes, quanto a indivíduos, pois então, os que prestam e…os que não prestam, simplesmente, sem mais!!!...Entrámos, por força da economia, num triste dilema, numa situação de impasse, de estagnação absoluta, de avanços e recuos, assumidos ou não, tal a indecisão…da figura primeira, mediática dos sete costados, demagogia pura, quanto a políticas experimentais, as que, muito a medo, ao invés, por vezes, com denodo, com arrojo… se arremessam para os cabeçalhos dos jornais, para os noticiários das televisões…para ver no que dá, com tremenda incúria, com espavento, irresponsavelmente, experimentação, quiçá!!!...

…maniqueus, arrivistas, quanto a religiões, quanto a políticas!!!... Ambições, mais que muitas, curtas vistas, pouca escolha, entre o bem, ou o bom, como entre o mal, ou o mau!!!... Maniqueísmo puro, simplista, irracional, nosso mal, mal do Mundo inteiro, quanto a fundos, quanto a dinheiros!!!... Aventesmas modernas, as que nos diminuem, as que nos espantam, as que nos atemorizam!!!... Mostrengos pouco diáfanos, quanto a sapiências, como excelências, com uma população, por inteiro, prostrada a seus pés, pouco críveis, dentro das suas extravagâncias iluminadas olhando, com sobranceria, uma multidão de ineptos…simples minudências, aparências descartáveis, pouco rentáveis, miragens, imagens difusas, obtusas!!!...

…tantos estudos, tantos pareceres, tantos colóquios, tantos manuais escritos, obras publicadas, valentes calhamaços, a nível País, a nível europeu, a nível mundial, sobre o mesmo, o de sempre…a economia, esta, a que anda pelas ruas da amargura!!!... Sumidades empoladas, com cátedra, sem serem mágicas, claro…com as suas mesinhas, com as suas tácticas, com os seus estratagemas, falando, divagando, uma e outra vez, quantas (???...), não sei, já lhes perdi o conto, sobre dinheiros, sobre milhões, sobre a dita… na industria, no comércio, no turismo, inseguros, incertos, pouco espertos…erram sempre, ou quase!!!... Quanto à agricultura, à pesca, já desistiram, com a integração, com os subsídios…sumiram, deixaram de existir!!!...

…é ouvi-los, quando… do alto da sua jactância, convencidos por completo, no que dizem, no que afirmam, pespegam opiniões absurdas, sobre o que desconhecem, o que ignoram porque, queiram ou não, não são, não sabem!!!... Cada um sabe de si, do seu ofício, da sua arte, da sua profissão e, quanto a mim…fica-se por aí, sem mais!!!... Sobre economia, como todos lidamos, um pouco, com dinheiros, poucos, simples tostões…é raro o que não tem, conhecimentos ligeiros, básicos, essenciais, nada mais!!!... Quem se orienta e sabe lidar com tostões, com um pouco de boa vontade e a devida oportunidade, também saberia, desde que se propusesse e tivesse oportunidade disso, mesmo sem pareceres alheios, lidar com milhões, milhares deles, pois então, sem tantos erros crassos, disparates profundos, desnortes completos, pouco ou nada…ecléticos!!!...

…o mal, o grande mal, reside nisso, precisamente, o de não darmos valor aos saberes dos outros, nas políticas, nas religiões, nas profissões, autênticos maniqueus, por mim ou…contra mim, arrivistas de trazer por casa, irracionais, nada mais!!!... Quantas vezes, a solução para os nossos males, não está nas mãos dos outros, de terceiros, de alheios…dentro das suas capacidades, amplas verdades, mais valias, diferentes das nossas, quando falhas, quando inoperantes, quando ineficazes, pouco capazes!!!... Cada um…vale por si, dentro dos seus conhecimentos, dentro das suas funções…por mais comezinhas que sejam!!!... Quando tenho problemas de canos, de torneiras, cá em casa…um canalizador, para mim, com os seus saberes, é um Senhor, sem favor!!!... Tal como um electricista que, ao me resolver situações relacionadas com a sua função, merece todo o meu respeito e…consideração!!!... Ponho neste pedestal, todos e cada um, desde mecânicos, passando por ferreiros, agricultores, professores, varredores, médicos, economistas, advogados, jardineiros e…políticos, quando capazes!!!...

…denego, rejeito, em qualquer arte, em qualquer profissão, o incompetente, irresponsável, o hipócrita, mentiroso, o falso, traiçoeiro, o arrivista, maniqueísta e…outros tantos, os assoberbados, convencidos e…deslumbrados, pobres coitados, bacocos, simplesmente!!!... A humildade é uma bênção imensa, qualidade, por excelência!!!... Mal dos que a não possuem!!!... Somos Deuses…na Terra, pena que, uns, se considerem mais que…outros!!!... Ninguém é de ninguém, todos somos de…todos, é evidente!!!... Sherpas!!!...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

... Necha!!!... (antiga)




…muitas vezes, por associação de ideias, de nomes, de estórias aqui contadas, sem intenção, como recordação, simplesmente, utilizando chavões ou não, a meu jeito, claro…dá-me para relatar coisas, dum passado, já distante, o de dantes, muito pior do que o de agora, o que muitos, saudosamente, apelidam de…tempos da lavoura e, outras tretas mais!!!... Podem estar descansados que não é meu propósito, por agora, voltar a tema já gasto, ultrapassado, posto de lado!!!...

…foram casos, são reflexos fugazes que, queira ou não, me assolam o pensamento, episódios vários, passados comigo, com gentes que brincavam, que se cruzavam, por vezes, no meu caminho, em terra pequena, de todos conhecidas…nos meus tempos de gaiato, a milhas de televisões, de leitores de cassetes e de DVD,s, de computadores, de play stations, de tudo o que, nos nossos dias…é normal, natural, entretém, obsessão até…direi!!!...

…os brinquedos não se compravam, faziam-se, com os materiais que tínhamos mais próximos, na rua, nos campos, em casa…restos de telhas, de tijolos, pedras, arames, latas vazias de conserva, paus, alguns pedaços de madeira, a bicharada dos campos e…muita, muita imaginação!!!... Claro, havia excepções!!!... A dos meninos, nos seus grandes casarões!!!...

…tal como agora, (…duma maneira mais sofistificada!!!...) formavam-se bandos, consoante a rua, consoante a proximidade, independentemente de classes sociais, os mais normais ou…de acordo com elas, inconscientemente!!!... Recordo-me que, por vezes, havia brigas entre os ditos que…se resolviam com uns engalfinhamentos, umas cabeças partidas, uns arranhões!!!... Nada de grave, próprio da idade, dos tempos…diferentes, mais saudáveis, embora miseráveis, para muitos, os dos pés descalços!!!...

…nestas guerras de rua, com muito alvoroço, com muita gritaria…distinguiam-se três elementos que, todos temiam, pela valentia, pela agressividade!!!... E, daí a minha recordação, eram conhecidos por todos, entre eles, como o Necha, o Nacho e o Nanacho!!!... Eram descendentes de famílias bastante carenciadas, com muitos irmãos, vítimas da vida, extracto mais baixo, entre os baixos, habituados a valerem-se por eles, de garras bem afiadas, sempre de prevenção e, aos poucos, atingiram esse estatuto, o de intocáveis, o de temidos por todos!!!... Depois de crescido, pela ordem natural da vida, deixei de os ver!!!... Passados uns anitos bem largos, quando me fizeram tropa, sem vocação, quando me enviaram para o Ultramar, por obra do acaso…vim encontrar, cumprindo o seu dever, à força, dois deles, já homens, como eu… o Necha e o Nanacho!!!...

…o tempo é cruel, não pára, não perdoa, vai-se arrastando, vai-se extinguindo, vai-nos afastando desses momentos, os da infância e…por acaso, sem intenção de polemizar, longe de mim tal ideia, lendo…aqui no Fórum, algo que se assemelha, voltei a ser criança, a desses tempos bem diferentes, os da penúria intensa, os que muitos recordam com saudade, pela fartura, outros…pela saudade das diabruras, das brincadeiras, das amizades, dos temíveis, nas pandilhas…especialmente, os já referidos, que… espero, estejam vivos, a quem…se, por acaso, tiverem conhecimento deste meu escrito, envio um abraço, bem forte, esquecendo alguma pedrada que me deram, alguma sova que me propinaram, na altura!!!...

…por nós, em plena liberdade, num Mundo mais seguro, no contacto com os outros, com a própria vida…íamos ganhando defesas, íamos aprendendo, endurecendo!!!... Os que, como eles, mais pobres entre os pobres…mais ainda, mais endurecidos se tornavam, umas feras…sem rival, temidos!!!... Isto, há uns tempos, num Universo mais pacífico, sem tanta ganância, sem tanta hipocrisia, sem tanta mentira!!!...

…nos tempos que decorrem, os presentes, para as crianças… o melhor do Mundo, concordo, desde que os pais possuam meios, pertençam a classes sociais médias ou elevadas, todos os cuidados são poucos, autênticas redomas de vidro, em volta dos pingentes, com razão, pela perversidade, pela adversidade, pela crueldade…pelas armadilhas que se lhes deparam, a qualquer momento, num instante!!!... Mas, há sempre um mas, nisto e em tudo!!!... Há o reverso da medalha, tanto agora, como dantes!!!... Nesta sociedade desequilibrada de paizinhos que ganham milhões, doutros que se governam com uns tostões e muitos outros que…nem isso, só miséria, com frutos, com rebentos, mal abrigados, ao relento, sem carinho, ao desprezo, com carradas de frustrações…surgem os Nechas modernos, os Nachos actualizados, os Nanachos desprezados, os párias dum País, deste que se diz Europeu, do século XXI!!!... Sozinhos ou em bandos, vão fazendo os seus estragos, vítimas da situação, dum sistema desigual, roubando, massacrando, matando…tentando, por eles próprios, obter o que nunca tiveram, sequer, a parte material da questão, destruindo-se irremediavelmente…perante a incúria de quem não quer ver, de quem se não interessa um pouco, de quem está bem, tal como os seus, de quem se limita a distribuir umas simples migalhinhas, fazendo uma caridadezinha, insignificante, comezinha!!!...

…é o quadro vigente, passadas umas décadas, com evolução, claro…natural, dado os tempos, num Portugal desigual, pobre, miserável, sem cheta, com aumento de criminalidade, sem verdade, com hipocrisia, por parte de quem se não enxerga, de quem se limita, convencidos que estão…do que não são, dos que se governam, dos que viram costas a esta terrível situação, com tantos Nechas, Nachos e Nanachos…por tantos lados!!!... Sherpas!!!...

... somos NADA!!!... (antiga)

…custa a…engolir!!!...


…felizmente, já passado!!!...Tive esse problema, durante uns tempos, penoso para mim, para a minha família, em geral!!!...Com alimentação adequada, novos hábitos, é evidente…o mal foi-se, mas… deixou marcas, lembranças, fez-me escrever sobre o referido, apercebi-me que, quando não temos saúde, não somos nada!!!...Indefesos, vulneráveis, é como nos sentimos…podem crer!!!...

Ao comer, por vezes, engasgo,
tenho dificuldade em deglutir
fico de olhos abertos, de pasmo,
nervoso, parado, sem engolir,
tudo se me tolda, enegrece,
no meu corpo, no meu espírito,
tão somente me apetece
dar um urro, dar um grito,
mas, de repente, acontece
que o mal-estar desaparece
e, num repente, sem eu querer
o que me fazia sofrer
maldizer a minha sorte
dá-me alívio, descanso
torna-me saudável, forte
esquecendo logo o meu pranto
meu desejo enorme
de resolver este percalço
que, tenha sede ou tenha fome,
desfaz os projectos que faço
me leva a considerar
que há quem viva, quem coma
sem, nisto, tão pouco pensar
pelo facto simples, banal
de nada lhes alterar
o suco interno, estomacal,
que, aliado ao hiato,
já, de há muito, herniado
me interrompe, fica parado,
o peixe, a carne, o pato,
qualquer tipo de prato,
esquisito, elaborado,
que, para mim, são barreiras
difíceis de ultrapassar,
severas, cruéis fronteiras
que me levam a pensar
que há quem viva… para comer
há quem coma… para viver,
um dilema muito agastante
que, num dia, num instante,
poderia tentar resolver
com auxílio de um tratante
que me fizesse sofrer
a fim de ver, investigar
como me havia de cortar
encharcando-me de drogas,
depois de provas e provas,
fáceis, difíceis, morosas,
nos impessoais consultórios,
nos agonizantes laboratórios,
desses profissionais ferozes
que, como carrascos algozes,
vão fazendo experiências
em nome de tantas ciências
discutíveis, imprecisas
que ceifam tantas vidas
que lhes são postas nas mãos,
quando úteis, bem sãos,
são devidamente encaminhados
para outros sítios, outros lados!!!...

…depois do mal passado, outro galo canta, claro!!!... O passado, já passou!!!... Agora, somos o que somos, não o que fomos…num pedaço, num mau bocado!!!... A vida é assim, como uma roda gigante, vai rodando, rodando, ora em cima, ora em baixo!!!...Coisas!!!...

…com individualidades ministeriáveis, muitas vezes, duvidáveis…com antecedentes controversos, fracos currículos, poucas personagens, alapadas, como se nada, sem bom senso, irresponsáveis…fracas competências, como excelências!!!... Outras, com atitudes prepotentes, tentando comportar-se, como gentes… desautorizadas, logo a seguir, nas poucas medidas tomadas…pequenos nadas!!!... O chefe do pelotão, não ao que economia se refere, com avanços, com recuos, com emendas em cima dos joelhos, consensual, casual…não fazendo caso, não dando importância, aparentemente, sem jactâncias!!!... Com rentrée mais produzida, coisa esmerada, mais fina…agora, como Universidade de…fim de Verão, pois então!!!... Dá um ar de cultura, não dá???...


…a situação política actual, é tal e qual…um hiato, simplesmente!!!...Custa a engolir mas, passa!!!... Mais depressa do que muitos pensam, julgo eu…claro!!!... A ditadura foi longa, nos tempos do Salazar, do Caetano mas…passou!!!...Essa, sim…foi algo mais grave do que um hiato!!!... Isto, de agora, é uma questão de momento, basta querer!!!... Não há populismos, nem demagogias intensas, que nos convençam, conhecemo-los…de ginjeira!!!... Não esqueçam…hoje, é domingo, claro!!!...Sherpas!!!...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

... nos princípios da... monarquia!!!... (antiga)




...nos princípios da monarquia, no séc. XII, nos tempos de Afonso, o primeiro, quando nos rebelámos e firmámos como Nação independente, alijando a incómoda carga dos castelhanos, utilizando todos os esquemas, as guerras e...as falsas promessas, sobressaiu uma figura de homem vertical, pela honestidade e inteireza, pelos princípios que o norteavam, o professor do jovem e truculento rei do futuro reino independente que, à época, ainda era e só, condado, apenas condado, mais um dos que prestavam vassalagem a Castela, Egas Moniz...não sei porquê nem como, mas o certo é que, umas vezes por outras, esta personalidade do séc.XII assola-me o pensamento e...tal como um filme do Spielberg, revejo-o, na sua majestade, de corda ao pescoço, com a família, pronto a pagar, pela quebra do que havia prometido, pelo que o jovem e agressivo Afonso tinha mandado para as urtigas, o prestar vassalagem a Castela...homem honesto e de uma só palavra, inteiro para a época, exemplo para os vindouros...tenho de reconhecer que dos dois, do Afonso e do Egas Moniz, é difícil fazer uma escolha criteriosa e justa pois o primeiro, com a sua juventude e irreverência, senão rebeldia, mediante todos os estratagemas utilizados, deu-nos um bem precioso, a liberdade, a independência, a identidade como Nação, perdida mais tarde, por altura dos Filipes espanhóis, época sombria e de pilhagem que perdurou por cerca de sessenta anos durante os quais tudo, o que tínhamos de bom, nos foi sonegado ou destruído até ao episódio do tristemente famoso Miguel de Vasconcelos, da época, atirado por uma janela do Paço da Ribeira, traidor e deslumbrado que, deu fruto...agora também os há, os que prestam vassalagem ao Aznar e ao rei João Carlos e Cª. Mas, como ia dizendo, devemos o nosso País, desde há oitocentos anos, ao rei Afonso, o primeiro, nunca esquecendo, por nunca, a figura ímpar da honestidade, da palavra dada, do que, pela falta de cumprimento, não dele mas do seu ex-aluno, punha a sua vida e a dos seus, nas mãos do castelhano...velhos tempos, bons tempos, grande raça, tremenda coesão, unidade enorme, objectivo único, grande Nação... no seu despontar. Passados estes oito séculos, por via do dinheiro, do deslumbramento de quem nos administra, não consigo vislumbrar rastros, leves que sejam, de homens com dignidade, com princípios, com ambição, honestos e verticais, como o rei Afonso ou como o Egas Moniz e, embora tenha receio de me enganar e estar a levantar falsos alarmes, recordo-me muito do desgraçado período dos Filipes, da duquesa de Mântua e do deslumbrado Miguel de Vasconcelos pois a época actual é muito semelhante a essa, a do séc.XVI, com visitas do Aznar ao cantinho Luso, para ver como as coisas andam e, umas passeatas assíduas das cabeças coroadas espanholas, pai e filho, por esta espécie de condado das terras de Espanha, mais uma futura região autónoma dos nuestros hermanos, vuestros que no mios...tudo isto devido a um Durão Barroso que se passeia pelo Mundo, com a corda ao pescoço, sem o aval da família, o Povo Português, que não é visto nem achado...e, lá vamos, cantando e rindo, não sei para onde, em más companhias ou...atrás e a abanar o rabinho de satisfação, sempre, mas sempre, com sorrisos de deslumbração bacoca e...em bicos de pés...porque será???...É a opinião deste insignificante e vulgar cidadão anónimo que...pensa com pessimismo e sem... ismos, porque não deixa de ser o que é, um livre pensador...
Ah!...É verdade!...Homens como o Egas Moniz, cumpridores da palavra dada, homens de uma só palavra, já não existem, foi chão que deu uvas e...homens com ambição nacional, de independência total, com objectivos precisos e concisos, como o rei Afonso que fazia as suas guerras mas que não entrava nas guerras dos outros a abanar o rabo e sequioso dos despojos, também já não há porque, os que há, preferem o facilitismo e viver na sombra das grandes mentiras internacionais, infelizmente e para mal de todo um Povo que se não identifica com determinadas atitudes mas, que nada pode fazer, porque lhe não passam cartão...

…um abraço do Sherpas!!!...

... escrever ao sabor do... pensamento!!!... (antiga)

...escrevinhar, ao acaso, pelo simples facto de me sentir bem, quando o faço, por concordar com o que escrevo, por me rever nos pensamentos que me assolam a mente, por tirar partido do que concretizo, escrevendo, por criar algo que não existia, antes de o fazer... escrevinhar, por escrevinhar... um modo de estar na vida, como outro qualquer, um gozo, um sonho que se realiza, uma fantasia, uma mania ou...um entretenimento... o que quiserem :


- Escrever ao sabor do pensamento/deixar divagar a mente como uma corrente/fruir o ar, como uma lufada de vento/pensar, no momento, tal como se sente/comparar uma montanha escarpada/com uma vaga descomunal de mar/com uma floresta virgem, cerrada/com algo mui difícil de alcançar/trocar sensações diversas e raras/expurgá-las nos seus recônditos profundos/porque, quanto mais puras, mais caras/mais límpidas, em locais imundos/em todas as suas facetas diversas/de ascetas penitentes, de beatos convictos/de escórias dejectas e imersas/na profunda escuridão das lendas e dos mitos/na profanação do belo e etéreo/que nos assola a cada instante/quando rola o pensamento/divagando como o vento/numa corrente que se liberta livremente/quando se pensa, como se sente/comparando aves multicolores/com vinhos frutados, de vários sabores/com gentes estranhas, fantasmagóricas/destorcidas, enormes, alegóricas/montanhas e vales formosos/com a rude obra humana/templos e edifícios famosos/com paisagem idílica que nos chama/que nos leva a sentir Olímpicos/junto dos Deuses que adoramos/das cruzes, das estátuas, dos trípticos/daqueles com quem nos comparamos/na nossa simplicidade de mortais/venenosos, falsos e cruéis/bem piores dos que vegetam como animais/inferiores às prostitutas nos bordéis/criaturas comidas e avassaladas/no íntimo e nas carnes dilaceradas/usadas na voragem egoística/de quem compara, utilizando/tudo o que vê, tudo o que estraga/tudo o que desperdiça, porque vai usando/como uma epidemia, como uma praga!...

... cuidado com os vorazes, com os predadores deste Mundo... eles podem criar riqueza mas, por muita que criem, não abdicam dela, dão só umas migalhinhas e...nunca se fartam... tal como os pescadores, ou os caçadores que, quando mais animais apanham, mais animais querem apanhar... são insaciáveis e... só pensam neles e nos deles, ultrapassando tudo e todos... simples opinião dum insignificante e vulgar cidadão anónimo que, a maior parte das vezes, se revela um autêntico escreve (fala) barato... Sherpas!!!...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

... justiças e... injustiças!!!... (antiga)




...justiças e injustiças, escutas legais ou ilegais, razões e não razões, consciência ou falta dela, são, mais ou menos, as confusões que nos mantêm boquiabertos e suspensos do que virá futuramente cair sobre esta pobre democracia que, embora o tempo passe, não há meio de proporcionar algo de bom aos portugueses... as clubites acentuam-se, a nível futebol e político, para mal dos que lhes são indiferentes, dos que lhes passam ao lado e...é lamentável que, perante tanto espectáculo, tanto circo, o Povo não exija pão, não exija justiça, não exija liberdades e garantias, não exija razão, a razão dos que devem ser conscientes do que fazem. A justiça humana, tal como o próprio ser humano, é falível e compreende-se que falhe, o que me parece não existir é a coragem de admitir tal facto e mais grave ainda é a intenção, talvez bem intencionada, por parte dum partido minoritário, insignificante, de manipular (ou não???) a dita cuja por parte dum ministério, de magistrados e inspectores demitidos com a inclusão doutros, de maior confiança (publicado em todos os meios de comunicação ) para o líder desse grupo, líder esse, com graves suspeições sobre os ombros, arrastando-as como se duma cruz se tratara e com um passado jornalístico pleno de jogadas maquiavélicas, destruidoras de muitos políticos, inclusive duma governação por inteiro ( o folhetim era semanal, no Independente). Figura diabólica,(???...) populista e demagógica, sem ética nem moral, imprescindível, no entanto, para a manutenção, a qualquer custo, desta actual administração que, até agora, não nos recuperou da Tanga, antes nos colocou em situação bem mais negra e pessimista. A justiça anda atarefada,(parece, não é???...) e o Senhor Presidente da República apela à serenidade e à confiança, em vão, penso eu de que... quanto às escutas legais ou não parece-me que, desde que fundamentadas, muito bem , em relação a determinados indivíduos, melhor ainda, a líderes de partidos na oposição, é um caso grave, de extrema gravidade e faz-me lembrar os tempos da outra senhora... será que estamos a regredir???...Parece-me bem que sim!...No meio de todas estas trapalhadas há os que têm razão, os que têm razão para desconfiar, os que fundamentam as suas razões noutras molhadas do passado, orquestradas por certo senhor, razões muito fortes para não acreditarem, para não terem confiança, para perderem a serenidade porque os que querem ter razão, os do sentido de Estado, já a perderam há muito, com provas dadas desde há um ano para cá e de todo um historial triste, bem triste de verdade. Ao fim e ao cabo resta-nos a consciência, a consciência de quem, porventura, ainda tenha consciência que com a sua falta de consciência, arrisca-se a crucificar, na praça pública, todas as instituições e, bastante pior, a justiça e... a democracia, a nossa jovem democracia... Sherpas!!!...

... espanhóis!!!... (antiga)




...irra que é demais!...vou deixar de vos aborrecer com as minhas escrevinhadelas, por uns tempos, com esta me fico...ouvi, há uns tempo atrás, uma repórter duma televisão portuguesa, pública ou privada, não sei bem, afirmar com todas as letras que a nossa avenida da Liberdade, nela, na avenida, português, mesmo português, só tínhamos a estátua pois tudo o resto, zonas comerciais, bancos, seguradoras pequenas e médias lojas de moda, as boutiques de roupa de marca e, algumas coisas mais, tinham, todas, mas todas, como donos, os nuestros hermanos, os espanhóis... é verdade, pois muitas vezes o confirmei, nas minhas passeatas, a pé, pela cidade mais linda da Europa, quanto a mim, que as conheço quase todas, com umas ligeiras excepções, a minha linda Lisboa, a Lisboa dos sonhos de todos os portugueses e de todos os galegos que emigram mais para a nossa capital do que para Madride, sabe-se lá porquê???... é triste reconhecermos que, os nossos políticos em geral, em matéria de economia, de dinheiros, vão sempre pelo caminho mais fácil e menos perspicaz, a favor dos espanhóis porque, eles, os espanhóis, na actualidade ganham sempre... ganharam com a banca, com as seguradoras, com o vestuário, com os géneros alimentícios, com os materiais de construção, eu sei lá, instalaram-se cá em força, de corpo e alma e, pelos vistos, gostam muito, ainda mais com a passividade e a conivência dos nossos pobres administradores, uns frouxos, uns deslumbrados, uns Migueis de Vasconcelos que não sabem, nem tentam, travar tal invasão, antes a incentivam... palavra de honra, quem é que fica convencido com as tais patacoadas do Durão que em relação a este problema, que se agudiza, se limita a afirmar que pertencemos à União Europeia, um grande espaço livre de pessoas, de mercadorias e de qualquer outro tipo de interesses e que os portugueses, em Espanha, podem fazer o mesmo. Tenho lido e ouvido da parte de pessoas mais esclarecidas e abalizadas do que eu que, os nuestros hermanos quando vendem produtos deles aos outros, no pasa nada, mas em sentido contrário parece que há alguns impedimentos a nível central, Madride, embora não o digam e, a nível população espanhola é o que todos sabemos, gostam muito de nos virem extorquir dinheiro, com as negociatas deles, claro, de nos roubarem o peixe e o marisco, lajes e granitos de muros e de casas velhas, como se estivessem em casa deles e de nos brindarem com as porcarias que não desejam para eles, águas poluídas, através dos rios de grande curso, comuns aos dois países, e o fuel do Prestige que, graças a Deus e à Srª. de Fátima, não nos afectou... são assim os nuestros hermanos!... Agora, parece que o ministro da economia com a anuência do primeiro dos ministros, querem apostar no turismo que, além das exportações, parece ser uma saída para a crise(???...). Pergunto eu, sabendo a apetência dos espanhóis pelas nossas águas, pelas nossas areias, pela nossa costa alentejana, pelo nosso Alentejo e Trás-os-Montes, províncias pobres mas plenas de potencialidades por explorar, pelas nossas Pousadas, por tanto que nós temos de BOM e que, por enquanto, ainda nos pertencem, se não teriam sido ordens emanadas pela excelência do Aznar, vindas de Madride, a fim de serem seguidas à recta por estes nossos políticos de treta, subservientes e deslumbrados por Torre de Molinos ou por Benidorme e outros antros espanhóis de turismo em massa que tudo destroi e nada poupa... estaremos condenados, no futuro e não só no Algarve, com flamengos e olés durante toda a noite, até de madrugada, arruinando o que ainda preservamos e mantemos como reservas do bom senso e do equilíbrio...conheço toda a geografia espanhola e, no Verão, onde o turismo de massas se implantou, não dá prazer nenhum nem tão pouco agrada ao Menino Jesus, não falando da péssima qualidade das suas águas, especialmente as do Mediterrâneo, onde não é raro ver, antes pelo contrário, juntamente com os banhistas, resíduos fecais humanos... está bem, as excelências, os que podem pagar bem, não deparam com essas situações pois afloram as praias, muito ao longe, a bordo dos seus iates... valente aposta esta, a do turismo, ao mando de quem, do Aznar e dos interesses espanhóis, como sempre???... Tristes e pobres administradores estes que nos caíram em cima...não sou xenófobo, nem tão pouco nacionalista fanático, penso que todos ganhamos com a diversidade mas, espanhóis, meu Deus, espanhóis convencidos e orgulhosos de que, tal como na época das descobertas, só pensam em sacar o oiro (ao bandido, como dizia o outro???...) e logo depois, de regresso a casa, com os alforges plenamente cheios, indiferentes na totalidade para o facto de aplicarem, ou não, algum em proveito dos portugueses a quem estão habituados a dar sobras ou produtos de inferior qualidade???...Como bem os conheço não me vou em cantigas dos que, dizem deles próprios, "somos los mas grandes..." Sherpas!!!...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

... ia passando por entre as mesas... do café!!!... (antiga)




… ia passando por entre as mesas do café olhando, faminto, para os copos, para as garrafas, para os pratos, figura cadavérica, rapaz ainda novo, velho… pelas agruras do Mundo em que se afundava, o da tóxico-dependência, descurando o que o estômago lhe exigia, encaminhando para a veia, qualquer moeda, quaisquer trocos que arrecadava na arrumação de carros, na pedincha continuada!!!... Fora criança, teve pais amantíssimos, teve amigos, colegas e companheiros de estudos, de aventuras, de travessuras… foi crescendo, fez-se adolescente, desviou-se do caminho que ia seguindo, normal, quando comparado com o que está estabelecido para os jovens, agora novos e dependentes, quase irresponsáveis… depois, num repente, homens com obrigações, pais de família, trabalho destinado, quando o obtêm, dificuldades ou obstáculos que se deparam a todos, com raras excepções, os menininhos, chamemos-lhes assim!!!...

… ele tinha pertencido a este último grupo, o dos menininhos… com tudo, ou quase tudo, algumas carências afectivas, alguns excessos materiais, um desequilíbrio que provocou a hecatombe, a fuga p´rá frente, o mergulho no escuro!!!... Tinha acompanhado o seu percurso de vida, ainda o recordava nos seus bons tempos, fogoso e alegre, despreocupado, quase sempre bem acompanhado com raparigas de estalo, com rapazes de idêntico calibre, grupo que fazia furor, que estava na berra, que conseguia concretizar sonhos e fantasias, as mais diversas, num País tão carenciado como o nosso, fugiam à regra, futuro garantido… na certa!!!...

… os pais idolatravam-no mas, pelas obrigações sociais, pelos entretenimentos que mantinham, pelas actividades que executavam, pelas viagens continuadas… descuraram o melhor, não o acompanharam devidamente, não perceberam o que se passava com o rebento!!!... Pequeno príncipe rodeado de luxos, boas roupas, dinheiros bastos, carros adequados para a altura mais indicada, de grande cilindrada, desvarios bem diversos, clubes, pub,s e concertos musicais, saídas para o estrangeiro, faltas constantes às suas obrigações, experiências de todo e qualquer tipo, sem fronteira, até que…. numa de constante desafio, quis experimentar também… fumou, snifou, injectou!!!...

… Mundo novo se lhe abriu, sensações, visões hiperbólicas, tudo perfeito, sentido de leveza total, desapego de quanto o rodeava, fuga da realidade que, por vezes… mesmo com tanta facilidade, se lhe deparava, uma leve dor de cabeça, um desinteresse que o acabrunhava, a falta dos progenitores, a ausência do carinho que desejava, a sensaboria da vida que levava, a busca do que ainda não tinha!!!... Alcançara tudo isso através daqueles charros, daqueles pós que aspirara, mais tarde… do que metia na veia, com uma facilidade dos demónios, através da entrega duns cobres, do dinheiro que lhe sobejava!!!... Impelido por terceiros, por companheiros… pensando bem, concluía que não, sequência infernal, pura consequência, um calhar, algo que tinha de acontecer, que… aconteceu, simplesmente!!!...



… o corpo habituou-se, quando faltava a dose, reagia, provocava desconforto… pedia mais e mais, a dependência foi-se agravando, o dinheiro escasseando, desprendeu-se de tudo quanto possuía, roubava em casa dos pais, vivia dentro daquela ratoeira, ciclo escabroso, tenebroso… reduzidos horizontes, objectivo sempre o mesmo, aliviar aquela falta que o assaltava, o escravizava cada vez mais!!!... Transformou-se por completo, os pais… preocupados tardiamente, começaram a fazer alguma coisa em prol do filho!!!... O dito, estava descontrolado… afundado naquela devassidão, Mundo sujo, degradado, sem valores, sem dignidade, arrumado pelas ruas, pelos cantos, pelas casas arruinadas, no meio de lixos e dejectos, misturado com sombras como ele, de agulha espetada na veia ou… buscando o que o corpo pedia, insistentemente!!!...

… falar dos esforços dos progenitores, dos desgostos provocados, das soluções para o caso… dos internamentos em casas de recuperação, quintas de desintoxicação, das vontades aparentes, das recaídas, seria um contra-senso da minha parte!!!... Há muito tempo o não via, chorava o desespero dos pais, a infelicidade do filho… a vida foi-se processando, com todos os altos e baixos, dentro dos parâmetros normais e anormais, para mim, para os outros e num escape, numa pequena pausa, num curto intervalo… estando eu sentado numa esplanada qualquer tornei a vê-lo, quase irreconhecível, qual fantasma macabro, olhos desorbitados, mão estendida, não balbuciando palavra, sequer… olhando todas as mesas, com gula, de esfomeado que estava!!!...

… num rompante, ligeiro, deslocava-se a uma mesa onde apanhava um resto duma torrada que não foi comida, um bolo abandonado por quem não o apreciou, uma bebida que não foi consumida até ao final, uma água no fundo duma garrafa, uma cerveja que ficou num copo, de mesa em mesa, aspirador humano… com voracidade, tudo engolia, indiferente ao olhar dos que o iam perseguindo e pensando na degradação humana daquele ser famélico que continuava de mão estendida, parando, sem palavra, andando de mesa em mesa!!!... Poucos lhe deram… sabiam qual o caminho do dinheiro!!!... Depois de o reconhecer, entristecido, pespeguei-lhe uma certa quantia na mão aberta que, logo se fechou, nem olhou… virou costas e fugiu!!!...

… foi, certamente… comprar a dose que o corpo lhe pedia!!!... Vidas tão iguais, quantas mais, quantos filhos sem pais, que… nunca foram!!!... Sherpas!!!...

... como sombras!!!...

… como sombras esbatidas na parede,
foram vidas, copos vazios sem sede,
vendo passar o tempo que se ergue,
inclemente,
como obstáculo que se visualiza,
suaviza,
caminhares que pararam de repente,
um não fazer, sem querer,
indolente vontade que se agita,
que não grita,
se sujeita como sombra que se desenha,
levemente,
naquela rua pejada de gente,
naquele recanto do desencanto,
arrastando a sua sorte
quase às portas da morte,
grupo que se completa emudecido,
olhando,
vendo passar, com tempo, sem grito!!!...

… leve gemido,
palavra suspensa se solta,
conversa que esmorece,
que murcha, fenece,
que esquece,
recorda dores, agruras,
venturas,
saudades que já foram,
sem rede,
protecção que se pretende,
copos vazios, sem sede,
vidas com sombras esbatidas,
pensares que te perseguem
se erguem como obstáculos,
paredes erguidas,
sombras que seguem,
na tua frente,
figuras ágeis do passado,
tentáculos
a que te agarras… quando paras!!!...

… quando te encostas, sem respostas,
conversas tidas, interrompidas,
tuas mãos postas,
orações reprimidas,
esgares, dores,
na face, nas costas,
no rosto dos outros,
sentidas,
com tempo, sem grito,
gemido contido,
imagens tolhidas,
conversas sem som, palavras escassas,
quando olhas… quando passas!!!...

… suspensas,
esbatidas… nem pensas,
são restos, são sombras,
são grupos, aos molhos,
com quem te encontras,
por onde passas… os olhos!!!... Sherpas!!!...

domingo, 2 de dezembro de 2007

... quadros!!!...

Quadros


Uma criança que chora,
uma mãe que a consola,
um velho triste q´implora,
um jovem que se isola,
quadros bem degradantes
para quem já tinha pensado
que, só dantes, muito antes,
num Mundo posto de lado,
aconteciam estas cenas,
obscuras, sujas, obscenas,
noutras épocas, doutras feras,
sanguinários chacais,
terríveis, medonhos animais,
senhores de todas as guerras,
megalómanos assassinos,
donos de tantos destinos,
destruidores prepotentes
de terras, de povos, de raças,
maléficos, pobres doentes,
criadores de desgraças,
norteados por ambições,
por credos, por religiões,
por valorização de moedas,
por negócios inconfessáveis,
por tantas e tantas merdas,
tão baixas, tão miseráveis,
tão comezinhas e rasteiras
que se esquecem das crianças,
das mulheres ainda solteiras,
das mães consoladoras,
agastadas, sofredoras,
dos velhos que só imploram
e dos jovens, sós, que choram!...

Elvas, 12 de Abril de 1 999


Sherpas!!!...

... Senhor Cristo!!!...

Senhor Cristo


Uma reza, uma entrega,
um esquecer da razão,
uma verdade que se nega,
um pedido, um perdão,
uma humildade aparente,
uma data que nos consome,
um encontro, uma gente,
tanta mulher, tanto homem,
uma dívida que se sente
numa promessa que se paga,
Àquele Ser, Àquele Ente,
que se acarinha, que se afaga,
que se adula e se passeia,
numa prece, numa procissão,
numa cidade bem cheia
de tanta fé, de coração,
de amor, de fraternidade,
de aparente humildade,
em busca de um perdão,
quando nos consome a verdade,
quando se nos abate a razão,
quando vergamos, quando sentimos,
quando paramos, quando fugimos,
quando escondemos, quando pensamos,
quando queremos, aos que amamos,
numa entrega, numa reza,
numa fé que não nos nega,
que nos aceita e faz viver,
Naquele Homem, Naquele Ser!...


Elvas, 20 de Setembro de 1 999


Sherpas!!!...