terça-feira, 9 de setembro de 2008

... de borla... é mais barato!!!...

... lobos na serra!!!...




... juntam-se lobos na serra, locais recônditos, refúgios,
arvoredos densos, sombrios, palavras, desafios,
congeminações, jogadas, embustes,
revolteiam falcões, abutres,
ajustam-se afinamentos,
peças deslumbrantes, rolamentos,

maquinaria que se concerta
num absurdo que avoluma, entretenimentos,
alcateia que afila garras, abarca fauna rara, faminta, que agrega
globalização que não despega,

predadores que causam dores quando perseguem, instigam,
quando devoram, mastigam
espécies de vária ordem, bovinas, ovinas, caprinas,
apascentam, não explodem, alguns temores, débil receio
de quem os sente pelo meio,

tarefa de remedeio, vales desprotegidos,
não abençoados, não ungidos,
andam lobos pela serra ao abrigo de falhas, da guerra
dos falcões que ofertam receio,
sob égide de abutres das carnificinas,

humildes que passam agruras, fomes, falhas, casebres,
distanciados das amplas farturas,
inalcançáveis, nas alturas,
ocultos nas serranias, tristezas, mordomias,
confrontos que nos abismam
quando devoram... mastigam!!!... Sherpas!!!...

... fortaleza!!!...



... fortaleza inexpugnável, sobranceira,
cimo do alcantilado,
altaneira,
paredes espessas, pedregulhos enormes como muros,
incontáveis assédios repeliu, vindos de tanto lado,
defesa, abrigo,

escondidos de apetites do inimigo,
protegidos de acutilâncias, murros,
salvaguardando vidas, evitando mortes, feridos,
impantes na sua valia,
lá iam,
rotina tão normal, aceite, tempos idos,
viviam,
comiam, bebiam, multiplicavam raça,
engrossavam hostes,
no interior, aliviados,
o tempo passa,
sem percalços, sem custos,
fortes que eram,
sem sustos,

tornaram-se fracos, dum momento para o outro,
Mundo que avança
não descansa,
mentes que buscam
rebuscam,
confrontos inexistentes,
reapareceram,
por sobre aqueles vigorosos mastodontes,
barreiras grossas, contentoras de ataques,
um que outro objecto estranho, sibilino, esvoaça,
cai na praça,
provoca estrondo,
deita fumaça,
expele pedaços de metais, pedras que se cravam nos corpos,
originam mortos,

causa estranheza
na fortaleza,
debandada descontrolada,
chamas que surgem,
sons que rugem,
debilitados, num repente,
deixaram de ser tudo, vida parada,
interrogações que confundem,
fraca segurança, pequena gente,
raivas, fúrias,
destruição dum mito que se extinguiu,
como nunca se viu,
monte altaneiro que ruiu,
medos choros, lamúrias,

incontáveis destroços,
inversão duma situação,
evolução,

nova era de destruição,
arcabuzes, bacamartes,
canhões rudimentares sobre rodas,
da guerra,
outras artes,
estranhos objectos que soltas
numa contenda tão desigual
sobre fortes que se tornam fracos,
desilusões, rostos estupefactos,
débeis nos seus quartéis,
advento daquele pó escuro que inflama,
deflagra,
objectos esquisitos que cospem fogo,
matam,
desaforo,

quebra de regras que tinham,
quando atacavam,
vinham,

escadas, cordas, geringonças de madeira,
arremesso de pedras, azeites ferventes,
armas cortantes, massas, gritarias, exaltamentos,
setas que saíam das aljavas, voavam pelos ares,
de qualquer maneira, coragem, demência,
excrescência doutras guerras, ventos propícios,
azares,
ferros, aços resplandecentes,
valentias duvidosas,
heroicidades curiosas,
bestas como os cavalos resfolegantes,
chagas, lágrimas, gozos permanentes,
vítimas inocentes,

fortaleza no cimo do monte,
altaneira,
última,
derradeira barreira,
ruína do que do que já não serve,
visita que diverte,
pensa o turista que a observa,
fotografa,
reserva!!!... Sherpas!!!...