sexta-feira, 17 de abril de 2009




... dei "o dito por não dito"... tal como qualquer político, NÃO sendo!!!... Já TWITTO... novamente!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

... as gordas com... "cargos" políticos!!!...

... areia!!!...



... longo areal, quase deserto, junto ao mar,
sentado num espaço mui reservado,
castelo d´areia, fantasia em evolução,
depunha tudo, imaginava por imaginar,
quando crescesse, quase esquecido dos outros,
mais adultos, em grupo, falatório acalorado,
catraios como ele, ali ao lado, desvairados de todo,
d´acordo com energias que degastavam
na perseguição duma bola colorida, desafio,
confronto ao cair da tarde, tão afastado de tudo,
no seu Mundo,

sonhava enquanto brincava com areia amolecida,
formas que criava, descoberta de cena mais arrojada,
torres com alguns dragões, sentinela na guarita,
soldadesca bem postada, cumes bem aguçados,
visão futurista do que projectava com matéria tão perecível,
curvas numa imaginação incrível
que o resguardava daquele entorno,
apartado dos mais crescidos,
recuado dos jogos, dos mergulhos nas águas mansas do mar,
isolado daquela amalgama de gente,
tão diferente,

quando crescesse,
queria ser,

compenetrado na realização do seu pensar,
areia que deixa cair aqui,
um bordão que desafia lei da gravidade,
construção que faz um todo,
quase irrealidade,
complexo tão distinto do que imaginara,
descoberta da forma, da textura, enquadramento adequado,
do que pensara, criara extasiado,
sombra que alonga, sol que escasseia,
tons escurecidos que alardeiam, quase desfiguram,
enobrecem, não descuram,

queria ser,
quando crescesse,

bola que passa rente,
quase arruina obra que absorve seu pensamento,
irritado, corpo que freme porque teme fim do que sonha,
alívio que sente,
desfocado por um momento,
retorna ao isolamento,
dedicação ao que gosta,
entrega que se recompõe, não há mal que se não recomponha,
final do seu desafio, quase aposta,
olha aquela estrutura d´areia,
embevecido, enquanto se recreia,

quando crescesse,
queria ser,

criatura pequena, princípio com marca do destino,
ausente,
matéria débil que acumula nas figuras, nas construções,
casas, palácios, castelos,
monstros, guerreiros, alados cruéis, desfigurados,
junto ao mar, por ali espalhados,
surgidos do nada, do tudo que o preenche,
mãozinha hábil, olhos ávidos, quantos cuidados,

queria ser,
quando crescesse,

alguns gritos lá longe, aqui pertinho,
seu refúgio, seu encanto, seu ninho,
sururu dos outros que falam de tudo, de nada,
final do dia de praia, areal extenso,
areia molhada,
resultado daquilo que pensa,
fervilhando ideias, recreação na sua cabeça,
imaginação,
ilusão na entrega a que se dedica,
quando, isolado, por ali fica,

quando crescesse,
queria ser,

quantas luas, quantos sóis, tudo que passa,
recua o tempo, avança a vida,
reviravoltas com alguns regressos,
entretenimentos que se tornam grandes sucessos,
pinturas d´escândalo, esculturas d´assombro,
construções tão nobres, avenidas, pontes,
porque cresceu, assim o fez,
era uma vez,

na continuidade daquele sonho,
estudos, encontros, casuísticos acontecidos,
amores queridos,
carreira que se concretizou,
grande resenha do que passou,
acontecimentos cumulativos,
tantos activos,

queria ser,
quando crescesse,
um ter de ser,

se acontecesse,
talvez se desse como profissão,
espanto na criação,
resultado dum percurso que se iniciou
naquela altura, quando pequeno, no areal imenso,
solitário, dedos à solta,
algo ficou,
imaginação tão rica,

apontamento com caminho certo,
quando crescesse,
que bem lhe fica,
premonição,
como destino... grande arquitecto!!!... Sherpas!!!...

... arroubos poéticos!!!...



… arroubos poéticos, êxtases, enlevação, enlevo,
liberdades que se permite, quando critica patéticos,
quando se diminui, se admite,
se procura, quando insiste,
quando tira ou… dá relevo, quando se considera o mesmo,
quando não finge, restringe,
se julga pouca coisa, quando se avalia a esmo,
sem ser um fingidor,
provocando mágoa, dor,
quando berra, feito blasfemo,
inconformado, deslocado,
quando descreve pássaro que poisa,
flor de cores belas, vivas,
quando fala de ódios, de amor, quando se sente apartado,
num cantinho, redutor, escondido, temeroso, com pavor,
perante as maleitas do Mundo, que não compreende, que detesta,
com pensar tão profundo, que o agasta, arresta,
que enfrenta… que contesta!!!...

… pobre poeta, coitado, não está bem em nenhum lado,
deslocado, imbecilizado,
quase posto de lado,
da verdade, fez seu lema, doença de que enferma,
quando sincero a valer, quantos não faz sofrer,
sofredor, não fingidor,
com o sofrimento dos outros, seja lá onde for,
universal, abrangente,
quanto lhe passa na mente,
nos instantes, nos encontros, fugazes, bem repentinos,
com pensares… com desatinos!!!...

… sinceridade, punhal que trespassa, que arrasa, que fere, que mata,
quando se aventa, quando traça,
marca que queda, ferida, tão sentida, tão profunda,
que não altera, que não muda,
hipocrisia que abunda, falsidade que enxameia,
dos que vegetam, insanos,
que não atalha, alteia,
avoluma a fantasia, cruel, oca, vazia,
redundante, prepotente… alegoria!!!... Sherpas!!!...