quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

... bebo!!!...



… como nascente de água pura,
cristalina,
remanesce em ti minha sede enorme,
meu pecado, minha menina,
sequioso,
deserto de pensamentos que mantenho,
fixo no teu todo, no teu rosto,
fulcro do meu desgosto,
sustentáculo que retenho na minha existência pequenina,
vulgar,
perante amor tão portentoso,
dedicação dum escravo adornando um pedestal,

tentação,
fruição que me sustém porque me segue,
embota meus sentidos, sempre a pairar,
perdido nos meandros da multidão,
tão só,
sede que me avassala, me sonega,
cala,
obstrui qualquer tipo de sensação,
vontade intensa de te beber, garganta seca pelo pó,
nó górdio que me impede, cega,
loucura, paixão, mansidão
apascentando a dor,
final de tensa refrega,

mendicante em terras de fartura,
nascente de água pura,
verdejantes campos em tempo de sequia, flor que ruboresce,
fantasia que em mim cresce,
formosura,
complemento que sustenta quando intenta,
brota, rebenta,
doença que se ofusca, desaparece,
minha cura,
elixir p´ra tanta amargura!!!... Sherpas!!!...

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