... reposição de COISAS minhas, actuais e antigas, algumas fotografias!!!... Sherpas!!!...
sábado, 9 de fevereiro de 2008
... como bando de galinhas...
… como bando de galinhas alvoroçadas,
em galinheiro assolado, invadido,
perante raposa voraz, gulosa,
agressora famélica, atenta, desperta,
com esvoaçares de asas, debandadas,
cacarejar aflito, repetido,
de galo, contristado, diminuído,
ave possante, bem formosa,
que se esconde, não se afecta,
deixando o poiso, local de alerta,
inchado, colorido, vaidoso,
com cantares de vitorioso,
em tempos de acalmia, perante as pobres,
tão isolado, encolhido,
quanto te isolas… enquanto sofres!!!...
… adversário bem forte, pela frente,
sentindo garras, sentindo dente,
nervoso, inseguro, como galinha,
bico caído, baixinho,
enrolado com elas, como uma pinha,
temeroso, num cantinho,
galinheiro que se agita, formigueiro,
bicharada alvoroçada,
raposa gulosa, matreira, faminta,
animal feroz, que se agita,
olhando de soslaio, com pinta,
uma e outra vítima,
saboreando, com deleite, o banquete,
muito antes, porque se antecede,
com gozo, um primor,
fazendo sofrer, sem dor,
galo e galinhas,
juntos… como pinhas!!!...
… galinheiro pacato, com galo,
de rompante, com estalo,
algazarra, confusão,
raposa ou raposão,
como fábula, já contada,
quebra do remanso, da ilusão,
fuga precipitada,
cacarejares vários,
doutros galos, de galinhas diversas,
com precipitação, com pressas,
asas que se agitam,
que se enfunam,
aves que temem, que fogem,
que se apinham,
que se congregam, afundam,
umas nas outras, que rinham,
diminuídas, confundidas,
espavoridas… muito antes de feridas!!!...
… não há escape, não há saída,
força de bloqueio imponente,
é o fim de toda uma vida,
na boca aberta, no dente,
da raposa gulosa, voraz,
matreira, sem apelação,
sem guarda alerta, galo capão,
enrodilhado a um canto,
nervoso, agastado,
vencido, desencanto,
capoeira avassalada… triste fado!!!... Sherpas!!!...
FORÇAS DE BLOQUEIO???...NÁ!!!... NÃO CREIO!!!...
... as pessoas!!!... (antiga)
… as pessoas, todas elas sem excepção, valem pelo que são, pelo que mostram, pelo que intentam, pelo que valem, independentemente do peso da carteira, do clube a que pertencem, desde a nascença, por convencimentos, por idolatrias, ocas e vazias, sem sentido algum!!!... Quantos conheço, de vários estratos sociais, com dinheiros ou tesos, com outros ideais, mais endireitados, mais canhestros, não posicionados, mais à esquerda, radicais ou não, sem interesse algum por políticas, por políticos, indefectíveis, doentios, não dando o braço a torcer, fazendo sofrer alheios, parceiros, aos próprios… indiferentes, perante realidades, verdades insofismáveis, simplesmente… pessoas???... Com elas me dou bem porque, quando os abordo, contorno, faço conversas distintas, não imponho, mostro o que pretendo para os mais infelizes, os mais dignos de atenção e, caso curioso… por caminhos diversos, comungamos das mesmas ideias, porque bem formados, muito longe de egoísmos, de ganâncias, continuando o que sempre fomos, de direitas, de esquerdas, sem intenções partidárias, simpatizantes ou… desligados de tudo que se assemelhe com luta política, fazendo a sua vidinha, apartados, não ligando!!!...
… que bonito que é o respeito pelas pessoas, especialmente das que nada possuem, das que, por motivos vários… da vida, foram apartadas!!!... As mais modestas, não são diferentes das outras, das endinheiradas, absolutamente iguais… só têm essa diferença, a da carteira, mais nada!!!... Quantas carteiras aviadas de maneira ignóbil, menos honesta, quantas outras… à base de trabalhos e canseiras!!!... Quando se começa, logo à partida… desde que não seja em redoma, em berço de oiro, só se conta com a inventiva, com o sacrifício, com a orientação!!!... Muitos começam assim… outros, não!!!... Negócios mal parados, concertados, aplicações esquisitas, branqueamento de capitais, quando sujos, quando imundos!!!... Congeminações e manipulações… entre galinfões, corrupções activas, promiscuidades, fugas ao fisco, compadrios, influências… excrescências, ganâncias que se avultam, que se tornam enormes, desconformes, que geram bichos caretas, no meio de tantas tretas!!!... Surgem tipos diferentes de pessoas, autistas convictos, grandes artistas da aldrabice, nódoas permanentes, bem diferentes… das pessoas que respeito, sendo ricas ou não, uma perfeição, quanto a comportamentos!!!... A música torna-se repetitiva porque o mal persiste, avulta, não se colmata, não se apaga!!!...
… as pessoas, salvo algumas excepções… valem pelo que são, pelo que mostram!!!... As referidas, fazem um País, o tal que se contradiz!!!... Não somos tão mal amantes da Pátria que nos viu nascer, que nos alberga, há em todos nós… uma profunda idolatria por Portugal, basta atentarmos na alegria espelhada nos rostos dos emigrantes, quando voltam, quando vêm de férias, por uns dias apenas, quando nos confrontamos com equipas contrárias, em termos de futebóis, de outras actividades desportivas, quando fazemos algo que nos preenche, que nos enaltece o ego!!!... Somos tão bons ou melhores, do que qualquer outro POVO EUROPEU mas, no que concerne a dirigentes políticos, a maior parte das vezes, quiçá… não escolhemos os mais eficientes e capazes, daí a revolta sempre latente, à flor da pele!!!... Depois, disso me culpo também… por embarcar, por ir atrás, os nossos meios de comunicação não são isentos, servem interesses individuais ou colectivos, bem conhecidos de todos nós!!!...
… dão-nos uma imagem catastrófica do nosso cantinho bem amado, somos os piores em tudo, até na poluição, como escreves _________… sem razões fundamentadas, sem bases concretas!!!... Qual a intenção, não sei explicar!!!... Numa coisa somos bem diferentes em relação aos nossos parceiros, por isso me bato, por isso escrevo, quando vejo, quando sinto, quando olho e me apeno… temos e desprezamos muitas pessoas, fazemo-las pobres e miseráveis, mantemo-las assim, desde que me conheço!!!... Em números redondos ascendem aos milhões, dois, quase três!!!... Algo vai mal, em Portugal e, não é com paninhos quentes e patriotismos bacocos que nos endireitamos, queiramos ou não!!!... Como sempre, gostei do que li, certo e objectivo, tal como as interferências do ponto de vista, entre outros!!!.... Há males maiores, quanto a políticos medíocres em Portugal, na Europa, a nível Mundial… no que respeita ao social, à pobreza extrema, à miséria que se arrasta, aos velhos desvalidos, às crianças desprotegidas, aos excluídos por crenças, por raças, aos menos válidos!!!... Factos… são factos!!!... As pessoas… ah, as pessoas!!!... Abraço do Sherpas!!!!...
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
... retrógrados e modernaços!!!... (antiga)
… retrógrados e modernaços, difícil fazer a destrinça nos tempos que correm, dados os bons exemplos que temos, a actuação positiva (… deixa-me rir!!!...) dos políticos vigentes, a nível mundial, um descaro, uma vergonha, políticas de guerras e conflitos, como nos tempos da barbárie, a mais abjecta, completa… pelos maus resultados humanitários, é evidente, quando nos escandalizamos com as imagens que nos assolam, que nos perseguem, que não nos consolam, que provocam pesadelos de medo, de horror, de pavor!!!... Globalização mercantilista, economicista, elevação ao cume mais elevado do dinheiro e seus mentores, tendo o petróleo como base sustentatória, triste estória, poluente, cruenta e cruel, colocando ao mais baixo nível a pessoa, como indivíduo, como Deus na Terra, feito à sua imagem e semelhança, quando botam palavreado, quando botam discurso, quando fazem políticas modernaças, simples chalaças!!!...
… falhas imensas no âmbito europeu, um descalabro, um desvario, um alinhavar de coisas mal cozinhadas, uma solidariedade de mentira, um desequilíbrio profundo, entre parceiros… os dos dinheiros e os tesos, líderes de brincar mantendo posições, botando chavões, querendo mostrar cara séria, quando entrevistados, coitados, espremidinhos… não valem a ponta dum caracol!!!... Os modernaços, seguidores do campeão das gaffes, bridges assumidas, conseguidas à base da lambarice, até agora, pelos vistos, pelo que me é dado observar, como pouca coisa que sou… não provaram nada!!!... São assim!!!...
… quanto aos caseiros, domésticos, internos, os nossos bem amados e adulados dirigentes, no amplo leque que nos apresentam, liberais, novos ou antigos, direitistas dos sete costados, saudosistas ou não… com renovação pelo meio, esquerdistas de brincar, fazendo jeito, praticando artes bem diferentes, quando governo, esquerdistas mais clássicos, retrógrados, como lhes chamam… quem os teme, de esquerdas mais finas, de caviar, sem freio na língua, delatando situações de privilégio, benesses, mordomias e interesses dos profissionais alternativos, invictos e convencidos das suas práticas, bem forrados, pelos vistos, nem vale a pena falar… tanto o tenho feito, por amor de quem gosto, efectivamente, do Povo a quem me honro de pertencer, não os tenho em boa estima, não os coloco num altar, não os idolatro, não os renego, não os bajulo, critico-os quando vejo que há razão para isso!!!...
… modernaços e retrógrados, triste dilema de quem não pensa por si, de quem tenta levar a água ao seu moinho, de quem se julga maior e diferente, no meio de tanta gente!!!... Ainda me recordo da Moderna, dos modernos, doutras modernices bem actuais… não me consigo esquecer, embora tente!!!... Por vezes comparo modernices de agora, com essas, as ditas… as que fizeram gastar montes de tinta, as que se quedaram em águas de bacalhau e fico triste!!!... Se se recuasse um pouco mais, ou se se adiantasse… quiçá o desenrolar dessas situações, como de outras, afinal, dessem o que todos esperavam que dessem!!!... Mas, não!!!...
… até, nas autarquias, com estas modernices de agora, tão longe dos tempos recuados, não retrógrados, sérios de verdade, dignos de corpo inteiro, se admitem candidaturas de arguidos… a lugares autárquicos que, até aposto, conseguirão ganhar, como se nada!!!... E, espanto meu, sem retrógrados, no que respeita a idades… em tempo de Presidenciais, cairíamos numa pasmaceira, sem eira, nem beira!!!... Valham-nos os velhotes!!!... Os modernaços adulteraram éticas, dignidades, valores, exemplos, pendores… promiscuiram-se, de tal modo, que deram em corrupção avultada, por tudo quanto é sítio!!!... Estamos mal e… vamos de mal a pior!!!... Modernaços e retrógrados… que embaraço e embaraçoso, valha-me Deus!!!...
… entre retrógrados, com PREC do passado, com fugas para o Brasil, com debandada de dinheiros e… modernaços, corruptos criativos, como lhes chamam, quando os proclamam, destrutivos e invictos, apreciadores de Ferraris e Jaguares, de vivendas espampanantes, de bons hotéis, resorts de luxo, com greens e pancadinhas nas bolinhas, de viagens inacabadas, constantes, mediante dinheiros de todos, fortunas de momento, de espavento, considerados, por eles próprios, como os donos dos anéis (… que palermice!!!...) não sei bem qual a diferença!!!... Um gatuno, tipo que se apropria do que lhe não pertence, fino ou mais vulgar, não deixa de ser o que é… quando desonesto, é evidente!!!... É a destrinça que faço, numa igualdade tremenda, quase ao milímetro, por certo, depois de me pôr a pensar!!!... Conjecturas minhas, claro!!!... Sherpas!!!...
... continuamos não sendo!!!... (antiga)
… continuamos não sendo, parecendo… simplesmente!!!... Bem que eu gostaria de viver numa real democracia, ser cidadão respeitado e respeitador, viver em harmonia com parceiros de crenças e ideologias bem diferentes das minhas, sem aqueles arremessos de certos e determinados burgessos, os que me levam a desejar o que não tenho, provavelmente… o que não sou!!!... Não posso deixar de ser português, por cá nasci, por cá tenho vivido, por cá me moldei, numa osmose perfeita, aglutinando qualidades e defeitos, exercendo pressão em contrários, quando as sinto em mim, ripostando, invectivando, condimentando-me, evitando-me… não chegando a extremos, não está em mim!!!... Lá está ele na cantilena de sempre, pensarão alguns dos que me lêem, falando de si próprio!!!... Que querem, a pessoa que melhor conheço, de todas… sem dúvida alguma, sou eu!!!... Logo que me levanto, quando faço as minhas abluções matinais… é a que primeiro me olha, nos olhos, profundamente!!!... Depois, por acréscimo, surgem as outras, conhecidas, amigas e… públicas, políticas ou não, as das notícias permanentes, as que teimam em me massacrar os sentidos, neste Mundo sem sentido, complexo e desvairado, para mal de tantos, pelos vistos!!!...
… enfim, coisas do Diabo… mais para aqueles que, consoante a última notícia governamental, irão ver seus nomes de caloteiros ao FISCO, bem publicados na INTERNET!!!... Concordo… porque sou dos que pagam logo à partida, dos que aguentam estes disparates todos, sem piar, sequer!!!... Só discordo num ponto que, para mim… seria essencial, de bom-tom, de honestidade total, estatal!!!... Por parte do Estado também poderiam editar, publicar ao lado ou logo a seguir, o imenso rol das dívidas do dito aos cidadãos, nos que me incluo, sou credor dessa entidade abstracta, o Estado, que somos todos, bem iguais nos deveres e nos direitos mas, quanto a pagamentos, a recebimentos, não parece… há diferenças abissais!!!...
… com a estória das presidenciais, com candidatos das esquerdas, com um isolado da direita, o vencedor apregoado, muito antes das referidas se terem realizado, com muito espectáculo quando se desloca, com apoios inverosímeis, com vontades exacerbadas por parte de certa classe de gente, a prepotente, dizendo-se isento e independente, não o sendo, é evidente… mais uma vez nos mostramos como somos, torcendo, tentando impor aos outros o que queremos, disso me culpo também, com pouca intensidade, diga-se a verdade porque… embora queira, tanto me faz, ser menina, ser rapaz!!!... Sei que com Cavaco, andarei crispado e com tabus permanentes, numa guerra permanente com determinado tipo de gente!!!... É que ainda vivemos no grande reino do futebol, da clubite, da bandeirite aguda, efervescente… da peta congeminada, altamente vulgarizada por certos treinadores de bancada!!!... Restos dum passado que teima em se quedar!!!... Depois das eleições… logo se verá, ao longo do mandato nos aperceberemos do que nos saiu na rifa!!!... Já tivemos um 25 de Abril… se preciso for, teremos outro!!!...
… entretanto há um processo criminal que se arrasta, vergonha minha, vergonha nacional, sem fim à vista, com imensas vítimas, outros tantos culpados, os julgados e os escondidos, abafados… do conhecimento de todos mas, pelo sim, pelo não, postíssimos de lado, de excelsos que são!!!... Autêntica perversão!!!... Que País!!!...
… cruzes duns, cruzes doutros… com cruzes me confundo, com cruzes se originam cenas, se inventam notícias e falácias, se arranja escarcéu, se abanam estruturas, se lembram laxismos, abandonos, incúrias, quantas penúrias!!!... Claro que somos republicanos, laicos e democratas!!!... Como laicos não temos de ostentar em salas de aulas, públicas ou privadas, símbolos duma só religião, daquele Cristo, homem pregado numa Cruz, depois de morto e bem morto, com lanças e golpes, numa profusão… perante os inocentes!!!... Já em pequeno, aluno de escola primária, me perguntava o que teria feito o homem, quando o olhava, coisa morta, sacrificada, ali à frente, bem patente, no meio de dois velhos soturnos e acinzentados!!!... Depois, com o tempo, mais velhinho… lá me esclareceram!!!... Quantas cruzes na vida de cada um, quantos sacrificados com o desemprego, com miséria e fome???...
… lá surgiu a caridadezinha, personificada no Banco Alimentar Contra a Fome!!!... De aplaudir o obra feita pelos voluntários mas, por mim falo… num País a sério, não deveria existir!!!... Verdadeiro Estado Social, por inteiro, com regras e com feitos… estou para ver!!!... Cerca de duzentos mil que passam fome, mais um milhão e meio dos que se envergonham, dos que nada têm, dos que vegetam!!!... Ainda há quem, tendo mundos e fundos… queira mais e mais!!!... Para, no final… tal como o outro, depois de morto, deixar uma fundação!!!... Ridículo e caricato!!!... Por mais que tente, não compreendo!!!... Coisas!!!... Sherpas!!!...
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
... louvo!!!... (antiga)
… louvo, como já escrevi logo de início, o trabalho de certos profissionais das televisões generalistas, pela aproximação que fazem deste Povo, espalhado pelo Mundo, emigrante de hoje, de ontem, de sempre, levados pelos fracos recursos que possuem na terra que os viu nascer, pelas largas aspirações com que sonharam, com que sonham, como gentes que são, maravilhosos diamantes perdidos, espargidos por terras tão distantes, morrendo de saudades imensas, reduzidos a curtos períodos de férias, consumidos, compungidos e frementes!!!... Pelas imagens que lhes chegam, que lhes lembram, doces encantos, doces sabores, palavras entoadas no português de Camões, graças e chalaças de tempos perdidos, cromos que teimam em apresentar, como nossos, como eternos, são conduzidos, habilmente, por artistas consumados, aos tempos já passados, através de quadros repentinos, bem diminuídos… fazendo recordar como era, como se consegue ser, ainda… com poucas ou nenhumas alterações, para emigrante ver, para emigrante recordar, para entretenimento de velhos, de velhas… uma perfeição!!!... Parados no tempo, como convém!!!...
… povo que lavas no rio!!!... Lá se vão vendo, num retrocesso… algumas fitas do Vasco Santana, da Beatriz Costa, congelando mentes, não proporcionando cultura e conhecimentos, mantendo!!!...
… pois, todos os que praticam esta árdua tarefa, a que se prolonga ao longo das manhãs, das tardes, limitam-se a cumprir o trabalho que lhes destinam, com denodo, com afinco, fazendo derramar lágrimas e choros, praticando uma caridadezinha pelo caminho, dando um pequeno exemplo, uma acção caritativa, apelativa… incitando à participação dos mais forrados, dos que, só por acaso… vêem os ditos programas porque, num patamar bem diferente, têm acesso a outras diversões, espectáculos bem diversos e excelsos, concertos, óperas, cinema e teatro, televisões pagas, muitos canais, compra e leitura de livros em chusma, de jornais, de revistas, dando passeios intermináveis, indo até ao estrangeiro, como turistas, de largas vistas, não presos e condenados a um lugar, comprando e vestindo de acordo com os tempos, comendo à tripa forra, sem folclores à mistura, tão pouco receitas caseiras, domésticas, dos tempos dos avós, dos pais, mais requintadas e diferentes!!!... Sempre assim foi, dizem alguns… continuará sendo, pergunto???...
… povo que lavas no rio!!!... Lá se vão vendo, num retrocesso… algumas fitas do Vasco Santana, da Beatriz Costa, congelando mentes, não proporcionando cultura e conhecimentos, mantendo!!!...
… maneira de estar, tratamento de rebanho pouco ou nada qualificado, interesses bem demarcados por parte de quem orienta este caminho, esta sebenta, este encargo, fardo pesado, conjunto de interesses, concentração de meios, de gentes, de dinheiros… sei lá eu!!!... Concentração???... Faz-me lembrar, longe de mim… tal pensamento, aqueles campos do passado, bem concentrados, lado a lado, empilhados… por questão de raça, por selecção, com intenção, apropriação indevida, nos anos trinta, quarenta, aquando da besta em forma de gente, exterminados, por cremação, vergonha maior, crise bem funda, anos de ódios, de guerras insanas, vítimas tamanhas!!!...Tudo se orientava, com estratégia, com frieza e crueldade, pura verdade… tendo em vista uma concentração de países, um alargamento, o de momento, um poderio, um desvario, com campos e afins, espezinhando direitos, calcando e queimando pessoas, destruindo tudo, numa loucura avassaladora!!!...
… povo que lavas no rio!!!... Lá se vão vendo, num retrocesso… algumas fitas do Vasco Santana, da Beatriz Costa, congelando mentes, não proporcionando cultura e conhecimentos, mantendo!!!...
… concentração, qualquer coisa como, em época de crise, quando se concentram dinheiros, interesses, vontades liberais… quanto a meios, quanto a poderes dos mais abastados, congeminados, não exterminando… despedindo de qualquer jeito, afastando, dando origem a insegurança que se avoluma, a futuro que se não visiona, a fuga intempestiva, convulsiva, frenética, nada eclética, dando origem, noutras terras distantes, a situações bem degradantes, escravos modernos, por aqui, por ali… nesta Europa que se conforma, que se aquieta, em relação aos seus concidadãos, aos mais humildes, pois então!!!...
… povo que lavas no rio!!!... Lá se vão vendo, num retrocesso… algumas fitas do Vasco Santana, da Beatriz Costa, congelando mentes, não proporcionando cultura e conhecimentos, mantendo!!!...
… ganâncias de então, ganâncias de agora, concentração de poderes, de meios, sem… campos de concentração, sem Kapos polacos, pois então… tempos modernos, outros elementos, os de momento, entertainers, sedutores da tela, uns senhores, one man/woman show, com palavreados mil, aproximadores de toda uma populaça, divina raça, feita emigrante, lá longe, distante… curtindo emoções, saudades várias, ouvindo árias, anedotas e contos, falando baixinho, com lágrimas… até!!!... Coisas que penso, neste momento, tempos de crise… a que me aflige, sendo fatalista, sendo português, não arrivista!!!... Já agora, antes que esqueça, dia de estreia do filme de João Botelho, o fatalista, sem propagandear… de ir ver, de pensar um pouco, neste mundo incréu e louco!!!... Sherpas
... escrever sobre o Abril!!!... (antiga)
“… escrever sobre o Abril, sobre o mês da revolução, sobre o dia dos cravos… recordar o passado, ano da inversão, naquele longínquo 1 974, fim duma ditadura, início dum sonho, duma utopia, do que se chama democracia, para mim e agora, seria uma grande tentação!!!...”
… não esqueço, mantenho o que sempre pensei a respeito, nem quero lembrar o antes, aqueles tempos de escuridão, de guerras no Ultramar, de polícia política, a PIDE de má memória, a perseguição dos que divergiam do instituído, a censura nos escritos, nos pensares, o isolamento em que vivíamos, apartados de todos… orgulhosos, tal como alguns tontos ainda ambicionam, pelo que lhes vou lendo, não sabendo distinguir porque, para bem deles, não viveram nessas alturas, não foram vítimas!!!... Que tristeza ser usado como uma coisa qualquer, ser atirado para uma guerra injusta, sendo pacífico e contra elas, perder, dum momento para o outro, a sua identidade… passar a ser carne para canhão, simplesmente!!!... Sei do que falo, passei por isso… fui tropa à força, ao longo de quatro anos da minha vida, dois no Continente e… outros dois, na Guiné!!!... Não me senti cómodo, antes pelo contrário!!!... Diga-se, de passagem, que a minha formação e conhecimentos eram os da época, mui reduzidos, escassos, só lia o que me deixavam ler, só sabia o que eles entendiam que deveria saber, a liberdade era e foi sempre, ao longo dessa noite imensa, inexistente!!!... Pensamento único, forçado, está bom de ver, ainda por cima… com declarações e juras anticomunistas, podem crer!!!... Mesmo que tivéssemos ideias próprias, que tentássemos saber algo mais do Mundo que nos rodeava, esforços vãos… éramos avisados que corríamos riscos, sabíamos que as nossas vidas estavam por um fio, controladinhos da Silva, que não podíamos sair da norma, uma carneirada perfeita e sem jeito algum!!!... Sofri na pele, no espírito, fui obrigado a jurar o que não entendia, na altura… que fartura, minha e de todo um Povo subjugado!!!...
… estávamos fartos, tristes e pobres, isolados… sob a pata do Botas, do Marcelo, seu sucessor, com guerras no Ultramar, com resultados drásticos, em mortos, em estropiados!!!... Pior ainda, mortos de pensamento… salvo raras excepções, os perseguidos políticos, massacrados no corpo, sujeitos a sevícias de arrepiar!!!...
“… escrever sobre o Abril, sobre o mês da revolução, sobre o dia dos cravos… recordar o passado, o ano da inversão, naquele longínquo 1 974, fim duma ditadura, início dum sonho, duma utopia, do que se chama democracia, para mim e agora, seria uma grande tentação!!!...”
… repito porque sinto, como verdade absoluta, o que escrevo… porque tantos o fizeram, em prosa, em poesia, senhores avultados das letras, dos saberes, cantos e lamentos, esperanças e hinos, sinais que auguravam promessas que se não cumpriram na totalidade, como desejávamos, como pretendíamos, a tal sociedade solidária e justa, fraterna, através daquele exemplo extraordinário, uma revolução e um cravo, vermelho retinto!!!... Escrevo e afirmo, casual… flor da época, símbolo escolhido num País de brandos costumes, formação excelsa, sem tiros, nem mortos… alguns dissabores, alguns amargores, fugas em barda, expropriações descontroladas, Verão quente, ameaça constante, tudo repentes, ódios vomitados, gritos e berros, muitos temores!!!... Andámos aos zigues, aos zagues, fomos aprendendo, ainda estamos aprendendo… mantemos imperfeições, gozamos do que temos, acabaram-se as guerras, falamos do que queremos, escrevemos como entendemos, lemos o que não podíamos, somos nós mesmos… com inteira liberdade, embora pobres, na sua grande maioria!!!... Benesses e mordomias, abusos de facto… para políticos de ocasião, para espertos de eleição, muita promiscuidade, bastante corrupção que, com o tempo, se irão diluindo, por vergonha de quem as pratica, por justiça mais eficaz, quando capaz!!!...
… já passaram trinta e poucos anitos, desde então… com tanta criação, com tanta imaginação, montes e montes de escritos de exaltação, tanto em prosa, como em poesia!!!... Somos assim… uns sonhadores!!!...
“… escrever sobre o Abril, sobre o mês da revolução, sobre o dia dos cravos… sobre o 25 de Abril de 1 974, seria tentação!!!...”
… claro que recordo, tenho e mantenho boas recordações, como outras… ingratas e sujas, nódoas aproveitadoras das liberdades que lhes deram, os desenrascados do costume, os que regressaram dos Brasis, de outras partes do Mundo… para onde fugiram quando as coisas estavam mais quentes, pobres e tristes gentes, alguns disfarçados, por cá se mantiveram, estão acordando, quando invectivam, depreciam aquilo que foi, aquilo que é, aquilo que continua sendo… grande acontecimento, amargura dum POVO, libertação total, quebra das grelhas, sonho lindo, risonho, alguma desilusão, vendo as coisas como estão!!!... Alguns bocatas se rebelam, quando impõem, quando rejeitam, quando temem uma flor… vermelha que seja, que atribuem a um partido, o que é de todos, sem excepção!!!... Variadas maneiras de pensar a vida, de fazer a política, das esquerdas extremadas, passando por todos os quadrantes… às direitas de antes, extremadas e vingativas, odientas, até… alguns dos frutos que se colheram desse dia, gratos que deveriam estar, em lugar de contestar tal data, quão pataratas que são!!!... Não os entendo, desmereço-os, enjeito-os, rejeito-os… do coração, pela hipocrisia, pela mania, pelos ódios, pelas guerras que apoiam, pois então!!!... Quão agradecidos deveriam estar pelo acontecido naquele dia… graças a ele, às amplas liberdades, chegaram onde estão, têm tudo na mão, menos o cravo vermelho, verdadeiro cravo na garganta, que os emperra, que os espanta, que os atemoriza, quiçá!!!... O cravo, o Abril… como sempre, estão presentes, embora alguns tontos, os rejeitem!!!...
“… escrever sobre o Abril, sobre o mês da revolução… seria tentação!!!...” Sherpas!!!...
… não esqueço, mantenho o que sempre pensei a respeito, nem quero lembrar o antes, aqueles tempos de escuridão, de guerras no Ultramar, de polícia política, a PIDE de má memória, a perseguição dos que divergiam do instituído, a censura nos escritos, nos pensares, o isolamento em que vivíamos, apartados de todos… orgulhosos, tal como alguns tontos ainda ambicionam, pelo que lhes vou lendo, não sabendo distinguir porque, para bem deles, não viveram nessas alturas, não foram vítimas!!!... Que tristeza ser usado como uma coisa qualquer, ser atirado para uma guerra injusta, sendo pacífico e contra elas, perder, dum momento para o outro, a sua identidade… passar a ser carne para canhão, simplesmente!!!... Sei do que falo, passei por isso… fui tropa à força, ao longo de quatro anos da minha vida, dois no Continente e… outros dois, na Guiné!!!... Não me senti cómodo, antes pelo contrário!!!... Diga-se, de passagem, que a minha formação e conhecimentos eram os da época, mui reduzidos, escassos, só lia o que me deixavam ler, só sabia o que eles entendiam que deveria saber, a liberdade era e foi sempre, ao longo dessa noite imensa, inexistente!!!... Pensamento único, forçado, está bom de ver, ainda por cima… com declarações e juras anticomunistas, podem crer!!!... Mesmo que tivéssemos ideias próprias, que tentássemos saber algo mais do Mundo que nos rodeava, esforços vãos… éramos avisados que corríamos riscos, sabíamos que as nossas vidas estavam por um fio, controladinhos da Silva, que não podíamos sair da norma, uma carneirada perfeita e sem jeito algum!!!... Sofri na pele, no espírito, fui obrigado a jurar o que não entendia, na altura… que fartura, minha e de todo um Povo subjugado!!!...
… estávamos fartos, tristes e pobres, isolados… sob a pata do Botas, do Marcelo, seu sucessor, com guerras no Ultramar, com resultados drásticos, em mortos, em estropiados!!!... Pior ainda, mortos de pensamento… salvo raras excepções, os perseguidos políticos, massacrados no corpo, sujeitos a sevícias de arrepiar!!!...
“… escrever sobre o Abril, sobre o mês da revolução, sobre o dia dos cravos… recordar o passado, o ano da inversão, naquele longínquo 1 974, fim duma ditadura, início dum sonho, duma utopia, do que se chama democracia, para mim e agora, seria uma grande tentação!!!...”
… repito porque sinto, como verdade absoluta, o que escrevo… porque tantos o fizeram, em prosa, em poesia, senhores avultados das letras, dos saberes, cantos e lamentos, esperanças e hinos, sinais que auguravam promessas que se não cumpriram na totalidade, como desejávamos, como pretendíamos, a tal sociedade solidária e justa, fraterna, através daquele exemplo extraordinário, uma revolução e um cravo, vermelho retinto!!!... Escrevo e afirmo, casual… flor da época, símbolo escolhido num País de brandos costumes, formação excelsa, sem tiros, nem mortos… alguns dissabores, alguns amargores, fugas em barda, expropriações descontroladas, Verão quente, ameaça constante, tudo repentes, ódios vomitados, gritos e berros, muitos temores!!!... Andámos aos zigues, aos zagues, fomos aprendendo, ainda estamos aprendendo… mantemos imperfeições, gozamos do que temos, acabaram-se as guerras, falamos do que queremos, escrevemos como entendemos, lemos o que não podíamos, somos nós mesmos… com inteira liberdade, embora pobres, na sua grande maioria!!!... Benesses e mordomias, abusos de facto… para políticos de ocasião, para espertos de eleição, muita promiscuidade, bastante corrupção que, com o tempo, se irão diluindo, por vergonha de quem as pratica, por justiça mais eficaz, quando capaz!!!...
… já passaram trinta e poucos anitos, desde então… com tanta criação, com tanta imaginação, montes e montes de escritos de exaltação, tanto em prosa, como em poesia!!!... Somos assim… uns sonhadores!!!...
“… escrever sobre o Abril, sobre o mês da revolução, sobre o dia dos cravos… sobre o 25 de Abril de 1 974, seria tentação!!!...”
… claro que recordo, tenho e mantenho boas recordações, como outras… ingratas e sujas, nódoas aproveitadoras das liberdades que lhes deram, os desenrascados do costume, os que regressaram dos Brasis, de outras partes do Mundo… para onde fugiram quando as coisas estavam mais quentes, pobres e tristes gentes, alguns disfarçados, por cá se mantiveram, estão acordando, quando invectivam, depreciam aquilo que foi, aquilo que é, aquilo que continua sendo… grande acontecimento, amargura dum POVO, libertação total, quebra das grelhas, sonho lindo, risonho, alguma desilusão, vendo as coisas como estão!!!... Alguns bocatas se rebelam, quando impõem, quando rejeitam, quando temem uma flor… vermelha que seja, que atribuem a um partido, o que é de todos, sem excepção!!!... Variadas maneiras de pensar a vida, de fazer a política, das esquerdas extremadas, passando por todos os quadrantes… às direitas de antes, extremadas e vingativas, odientas, até… alguns dos frutos que se colheram desse dia, gratos que deveriam estar, em lugar de contestar tal data, quão pataratas que são!!!... Não os entendo, desmereço-os, enjeito-os, rejeito-os… do coração, pela hipocrisia, pela mania, pelos ódios, pelas guerras que apoiam, pois então!!!... Quão agradecidos deveriam estar pelo acontecido naquele dia… graças a ele, às amplas liberdades, chegaram onde estão, têm tudo na mão, menos o cravo vermelho, verdadeiro cravo na garganta, que os emperra, que os espanta, que os atemoriza, quiçá!!!... O cravo, o Abril… como sempre, estão presentes, embora alguns tontos, os rejeitem!!!...
“… escrever sobre o Abril, sobre o mês da revolução… seria tentação!!!...” Sherpas!!!...
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
... pairando entre o real e o absurdo!!!...
… pairando num vasto absurdo,
qual pássaro encantado em voo que realiza,
olhando tudo,
maravilhado,
confuso,
cores relaxantes nos tons que produzem,
inebriantes,
coloridas,
são recantos, são vidas,
tudo o que, em mim, se concretiza,
se amalgama, se reduz,
engrandecido naquilo que produz,
amor, paz que reluz
na suplica duma mão carente,
dedos trémulos, mendicantes,
acariciando colos doutra gente,
ausentes,
pesadelo momentâneo,
imagens vagas,
aparentes,
inflectindo o gesto,
espontâneo,
de tão presto,
maquinal… extemporâneo!!!... Sherpas!!!...
qual pássaro encantado em voo que realiza,
olhando tudo,
maravilhado,
confuso,
cores relaxantes nos tons que produzem,
inebriantes,
coloridas,
são recantos, são vidas,
tudo o que, em mim, se concretiza,
se amalgama, se reduz,
engrandecido naquilo que produz,
amor, paz que reluz
na suplica duma mão carente,
dedos trémulos, mendicantes,
acariciando colos doutra gente,
ausentes,
pesadelo momentâneo,
imagens vagas,
aparentes,
inflectindo o gesto,
espontâneo,
de tão presto,
maquinal… extemporâneo!!!... Sherpas!!!...
... são más recordações!!!...
… são más recordações, momentos passados,
revisitados,
cúmulo de emoções, estranha sensação de quem já viveu,
defuntos que voltam quando se olham,
quando se choram,
tempos que soltam,
espectáculos que exibem, imagens que assolam,
histórias que fingem,
memória da mata,
picada de medo, coluna serpenteante,
tropas à força, petardo que soa, rebentamento,
estilhaços que passam,
corpos que caem,
tiros repetidos, gritos,
gemidos,
sangue que jorra, membros decepados,
olhos com raiva, pedaços virados,
incomodados, longe de tudo,
pobres soldados, párias do Mundo,
arma na mão,
ombro no ombro, camaradagem tão sólida,
pedra na estrada,
lama que atola, suor que gela,
arrepios por nada,
receios encrespados,
destinos tão tristes, mãe que se recorda,
anos de escola, amigos de então,
estendidos no chão,
ouvidos despertos,
corpos cobertos,
camuflado em acção, disfarces tão pertos,
hordas enormes,
são brancos, são pretos,
são gritos, aflição,
não é diversão, foram cenas de pranto,
desencantos na guerra,
longe da terra,
folhagem tão densa,
tão pouco se pensa
com arma na mão, soldados sem raiva,
dever, obrigação, mente de Pátria ofendida,
luta pela vida,
estendidos no chão,
choro, reza,
perdão,
convulsão, lágrima escondida,
espectáculo que mostra, esconde, diverte,
ocasião,
renega, perverte!!!... Sherpas!!!...
revisitados,
cúmulo de emoções, estranha sensação de quem já viveu,
defuntos que voltam quando se olham,
quando se choram,
tempos que soltam,
espectáculos que exibem, imagens que assolam,
histórias que fingem,
memória da mata,
picada de medo, coluna serpenteante,
tropas à força, petardo que soa, rebentamento,
estilhaços que passam,
corpos que caem,
tiros repetidos, gritos,
gemidos,
sangue que jorra, membros decepados,
olhos com raiva, pedaços virados,
incomodados, longe de tudo,
pobres soldados, párias do Mundo,
arma na mão,
ombro no ombro, camaradagem tão sólida,
pedra na estrada,
lama que atola, suor que gela,
arrepios por nada,
receios encrespados,
destinos tão tristes, mãe que se recorda,
anos de escola, amigos de então,
estendidos no chão,
ouvidos despertos,
corpos cobertos,
camuflado em acção, disfarces tão pertos,
hordas enormes,
são brancos, são pretos,
são gritos, aflição,
não é diversão, foram cenas de pranto,
desencantos na guerra,
longe da terra,
folhagem tão densa,
tão pouco se pensa
com arma na mão, soldados sem raiva,
dever, obrigação, mente de Pátria ofendida,
luta pela vida,
estendidos no chão,
choro, reza,
perdão,
convulsão, lágrima escondida,
espectáculo que mostra, esconde, diverte,
ocasião,
renega, perverte!!!... Sherpas!!!...
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
... grandes homens!!!...
… muito antes dos mencionados,
depois de vistos,
acabados,
sofrimento dos que os fizeram,
sobras de todo um passado,
bem depois,
mediante erros que cometeram,
ainda há pouco,
tempo menos recuado,
esforços bem concentrados,
fomes, sacrifícios, mortes,
quantas, quantas sortes,
escravos como os de então,
obras de estadão,
para a posteridade,
convencimentos,
massacres, sentimentos,
amálgama sempre presente,
matéria infecta,
exaustão,
grande dor que se sente,
exaltação,
ficam de pé, ostentando,
povos que se vão espezinhando,
nomes de líderes carismáticos,
enlouquecidos,
enigmáticos,
pó, poeira, esquecimento,
glória de momento,
espavento,
… grandes homens, grandes obras,
quantos escravos, quantas sobras???... Sherpas!!!...
... arte de bem navegar toda a vela!!!...
… arte de bem navegar toda a vela,
segurança e enlevo, destino certo,
aqui, ao longo da costa, bem perto,
parecem gaivotas brancas, aos bandos,
espalhadas pelas águas mansas do rio,
com empenho, em desafio,
ninguém desdiz, certamente,
lá vão, alegremente,
risonhos, peito aberto,
manuseiam aparelhos, cordas, lemes,
esvoaçam,
quando passam,
ouvem-se gritos, gargalhadas,
súbitas disposições, revoadas,
tão diferente daqueles tempos primevos,
tronco seco que bóia,
tresloucado, corrente abaixo,
perante estupefacção duma espécie de macaco,
nu, especado, confuso, cabeludo,
outra estória,
com osso portentoso numa das mãos,
cavaco tosco, grosso, disforme,
era coisa enorme,
apelativo, interrogativo,
coçou cabelos densos em desalinho,
escancarou olhos, associou
torvelinho no seu pobre cérebro,
sentou, parou… olhou, olhou,
nada saía, dificuldade colossal,
pobre espécime, animal,
sapiens homo nos seus passos primeiros,
luzinhas dispersas que despoletam, inquietam,
quantas noites perdidas na caverna,
grunhidos, som que propaga,
imagem que permanece, tronco seco que passa,
bóia e vai embora, afasta da berma,
tenta fazer, experimenta, concretiza,
abre as pernas, põe em cima,
desloca… realiza,
esburaca, quando escava, torna cómodo,
impulsiona, dá velocidade, remos, vento,
uma descoberta, invento, um intento,
arte que se desenvolve,
quando resolve,
saber que se aprofunda, cérebro que se inunda,
tempos actuais,
muito mais, em arte se torna,
tronco seco que bóia, que voa, paranóia,
desafio, encantamento num dado momento,
arte de bem navegar toda a vela,
sem ser obra poética de desdizer,
cometimento,
avanço que permitiu o que nunca se viu,
ultrapassando a Taporbana,
Oriente aqui tão perto,
tendo tudo como certo,
evolução, com osso enorme na mão,
tronco seco, tosco… confusão!!!... Sherpas!!!...
segurança e enlevo, destino certo,
aqui, ao longo da costa, bem perto,
parecem gaivotas brancas, aos bandos,
espalhadas pelas águas mansas do rio,
com empenho, em desafio,
ninguém desdiz, certamente,
lá vão, alegremente,
risonhos, peito aberto,
manuseiam aparelhos, cordas, lemes,
esvoaçam,
quando passam,
ouvem-se gritos, gargalhadas,
súbitas disposições, revoadas,
tão diferente daqueles tempos primevos,
tronco seco que bóia,
tresloucado, corrente abaixo,
perante estupefacção duma espécie de macaco,
nu, especado, confuso, cabeludo,
outra estória,
com osso portentoso numa das mãos,
cavaco tosco, grosso, disforme,
era coisa enorme,
apelativo, interrogativo,
coçou cabelos densos em desalinho,
escancarou olhos, associou
torvelinho no seu pobre cérebro,
sentou, parou… olhou, olhou,
nada saía, dificuldade colossal,
pobre espécime, animal,
sapiens homo nos seus passos primeiros,
luzinhas dispersas que despoletam, inquietam,
quantas noites perdidas na caverna,
grunhidos, som que propaga,
imagem que permanece, tronco seco que passa,
bóia e vai embora, afasta da berma,
tenta fazer, experimenta, concretiza,
abre as pernas, põe em cima,
desloca… realiza,
esburaca, quando escava, torna cómodo,
impulsiona, dá velocidade, remos, vento,
uma descoberta, invento, um intento,
arte que se desenvolve,
quando resolve,
saber que se aprofunda, cérebro que se inunda,
tempos actuais,
muito mais, em arte se torna,
tronco seco que bóia, que voa, paranóia,
desafio, encantamento num dado momento,
arte de bem navegar toda a vela,
sem ser obra poética de desdizer,
cometimento,
avanço que permitiu o que nunca se viu,
ultrapassando a Taporbana,
Oriente aqui tão perto,
tendo tudo como certo,
evolução, com osso enorme na mão,
tronco seco, tosco… confusão!!!... Sherpas!!!...
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