quarta-feira, 22 de outubro de 2008

... as gordas com... roubo d´ideias!!!...

... vassalagem!!!...



…profusão de pensamentos,
ideias díspares, constantes,
bem preenchidos, os momentos,
nos locais, nos instantes,
mais controversos… diferentes,
destes seres, destes mutantes,
senhores de tantas gentes,
do Universo, do Mundo inteiro,
das criaturas inocentes,
das vespas dum vespeiro,
dos rochedos altos… disformes,
das flores dos canteiros,
das plantas que dão os comes,
das manadas de carneiros,
dos bichos ferozes das selvas,
dos bois, das vacas, dos bezerros,
das plantas daninhas, das relvas!!!...


…dos que são menos que senhores,
dos indigentes, nas trevas,
dos estúpidos, dos estupores,
dos que pouco pensam, das levas,
dos recrutados, das multidões,
dos rebanhos, das presas,
dos que se enganam… aos montões,
da irracionalidade, sem defesas,
da matéria dura… pura,
dos que não se sentam nas mesas,
dos que, a vida, descura
e põe… na triste vassalagem,
como um escravo, simples pagem,
dos que são assolados, por momentos,
sempre… em qualquer altura!!!...


…catadupas de pensamentos,
numa ideia suja… impura,
que faz vergar os joelhos,
nas pernas… nos artelhos,
aos fracos, aos indefesos,
a toda, qualquer criatura,
feita de matéria dura e… pura!!!... Sherpas!!!...

... zangado se mostra!!!...



… zangado se mostra, lá fora,
quando assobia, quando sopra,
enfurecido, molhado,
manhã cinzenta, chuvosa,
pessoas incertas, casas sombrias,
janelas cerradas, ruas vazias,
conchego dos lares, vento que rola,
chuva que cai, barulho constante,
mendigo escondido, num portal qualquer,
figura que aflige, caricatura,
trapo, vida ruinosa,
que se encolhe, que se evola,
ideias paradas, uma cruz, um penar,
espelho ultrajante,
que esquece, não quer,
quanto sofrer, quanta amargura,
manhã de Outono, tudo molhado,
princípio que se espera,
duro, cruel, mortífero,
para o desamparado,
sem eira, nem beira,
indigente, pobre… só, consigo!!!...

… cantilena, áspera, sonante,
rola o vento, caustica o desgraçado,
espalha gotas frias da chuva,
numa dança tétrica, crua,
tornando o quadro degradante,
ali no portal, andrajoso, tolhido,
pela intempérie, pelo frio,
quanto se reduz, molhado,
quase porta, quase portal,
simples ponto final,
escasso acidente, mero mortal,
abandono, desamparo,
incúria, vento que soa, que uiva,
água que o inunda,
quanto se afunda,
abrigo reduzido, mero amparo,
rua vazia, deserta, portas fechadas,
janelas bem cerradas,
casas sombrias,
portas sem alma… casas vazias!!!...

… ficou a imagem, ficou a dor,
num passo apressado, alguém abrigado,
no seu abafo, no guarda-chuva,
moeda que dá, qual desculpa,
sentindo, partilhando o pavor,
tempo que vem, chuva que cai,
frio presente, posto de lado,
réstia, sobra, escumalha,
humanidade esquecida, vento que uiva,
partilha sem dádiva, sem amor,
gesto, sobra, moeda,
simples tralha,
indigente que queda,
sem abrigo, com frio,
todo molhado, isolado… sem pio,
amostra de gente,
humilhação dos aconchegados,
casas sem alma, janelas cerradas,
mal abrigados.
portas… fechadas!!!... Sherpas!!!