sábado, 15 de agosto de 2009

... as gordas com... "rally paper"!!!...

... arquitectura do NEOLÍTICO!!!... (antiga)

… uma ida ao campo, no Alentejo… por esta altura, final de Inverno quase Primavera, calor espantoso, por vezes, preenche-nos de gozo, de satisfação, pelos verdes em quantidade, pelos campos coloridos com a suas flores que despontam, com matizes variados, pelos pássaros que volteiam e nos encantam com seus chilreios, pelos troncos seculares e retorcidos das oliveiras velhas, pelos cheiros que nos rodeiam, pelos sons dos chocalhos que se ouvem de alguns animais que pastam nas redondezas, pelo silêncio que, num contraste repentino, nos invade, nos faz pensar, recolher em nós, pensar no que fomos, no que somos!!!... Cansativo pelo desnivelado das terras, pela falta de sombras, campinas a perder de vista, poucos montados, terrenos de cultivo, celeiro de Portugal diziam nos tempos do ditador… cevada, aveia e trigo, um que outro olival!!!... As azinheiras e os sobreiros foram, em grande parte, substituídos pelos eucaliptos e pinheiros, árvores de desenvolvimento rápido, melhor negócio… estupidez tão grande ou mais do que a dos cereais!!!... Agora, terras votadas ao abandono, vendidas aos espanhóis, destinadas a pastos vedados… onde se alimentam animais de grande porte, vacas, cavalos e bois, alguns rebanhos de ovelhas, porcos pretos, sem pastor, porqueiro ou vaqueiro, quase desolação!!!... Não dá para entender!!!...

… enfim, depois duns passos, tão naturalmente… deparei com um monumento megalítico já conhecido, uma anta ou dólmene, arte funerária dum passado longínquo, pedras enormes que nos espantam pela grandiosidade, pela imensa vontade de prolongar a memória através dos séculos de algum ou alguns indivíduos de extracto superior, depois de mortos porque… nestas coisas da vida e da morte, mesmo a milhares de anos atrás, quatro ou cinco mil anos a.c. ou mais, período neolítico no final, já se fazia distinção entre os mais e os menos, pois então!!!... Fase da pedra lascada, dos medos tremendos, da ignorância total, ainda… rabiscos confusos, imagens de bichos no interior das covas, sons guturais que se foram transformando em comunicação numa fala difusa!!!... Busca de bagas e de frutos, descobertas ocasionais, avanços lentos mas seguros, o fogo que manobravam desde há mais de 500 000 anos, a roda que os movimentou nesta idade mais próxima que menciono, a do neolítico, 3500 anos a.c., a necessidade de se tornarem sedentários pelos animais que domesticaram, pelo pastoreio que iniciaram, pelas plantas que aprenderam a cultivar, pelo armazenamento das mesmas em épocas de escassez, continuando a viver em buracos de pedra, uma que outra casa rudimentar, divisão única, materiais existentes, ali à mão, pedras que se amontoavam, necessidade de defesa, aproximação uns dos outros, agregados mais numerosos apelidados de castros ou citânias!!!... Os Deuses eram muitos, os medos inumeráveis, a morte um mistério, a fecundação… um meio de subsistirem, de serem mais e fortes, a vida reduzida por animais desconformes, por confrontos com outros grupos, por carências ou calamidades que surgiam!!!...

… mais adiante, no meu passeio… pedra gigante e erecta, não anta ou dólmene, não homenagem aos mortos, espécie de falo portentoso, menir lhe chamam os arqueólogos, preito e gratidão aos Deuses da fertilidade, da fecundação, dependência e vontade de prosseguirem na sua caminhada naquela grande escuridão, entre gestos e quebras e requebros do corpo… lá se iam entendendo, fazendo destrinça entre os mais e os menos, consoante as valias, alguns teres e haveres, quando agregados, que já acumulavam… sobras para… repastos, excessos que tinham nos animais, nos cereais!!!...

… em busca de melhor sorte, de terras mais produtivas, de melhores condições de vida… por cá se instalaram, aglutinaram com os que estavam, vindos do centro da velha Europa, os Celtas que recordamos, com os seus Deuses, com os seus mitos, com as suas lendas, com os seus hábitos, modos de vida, aguerridos, guerreiros às vezes… protegendo tudo de seu… e fez-se luz, metal que se descobre, idade do Bronze, sons que se percebem, sinais que se gravam nas pedras, nos tijolos, nas peles dos animais, sociedade mais perfeita… maior entendimento, história a sério, com registo e tudo!!!... Desta para a do Ferro… um saltinho duma cobra, tribos organizadas, chefias a sério, classes distintas, raças diferentes… ecos que nos chegam desses tempos recuados, que nos emocionam, nos fazem sonhar, Celtas e Iberos, Celtiberos… nos Montes Hermínios os Lusitanos, saltos tamanhos… perdão vos peço amigos arqueólogos, historiadores de nomeada, investigadores a preceito, por esta irreverência minha, recordações que me assolam quando deparo com estas enormidades!!!...

“… do alto destas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam” exclamava um naco de gente, Imperador Francês na altura, Napoleão Bonaparte de seu nome… aos seus soldados, embasbacado com as construções de Gizé, templos para e dos mortos, para Faraós, somente!!!... Para além da morte… sempre assim foi desde a antiguidade muito remota, pré-história dos megalíticos, antas, dólmenes e menires espalhados pela Península Ibérica, por Stonehenge, na Inglaterra, também!!!...”

“A Idade do Ferro se refere ao período em que ocorreu a metalurgia do ferro. Este metal é superior ao bronze em relação à dureza e abundância de jazidas A Idade do Ferro vem caracterizada pela utilização do ferro como metal, utilização importada do Oriente através da emigração de tribos indoeuropéias (celtas), que a partir de 1.200 a.C. começaram a chegar a Europa Ocidental, e o seu período alcança até a época romana e na Escandinávia até a época dos vikings (em torno do ano 1.000 d.C).”

… por cá nos fomos arranjando, por outros lados se foram espalhando, desenvolvendo civilizações mais aperfeiçoadas… ao longo da larga bacia do Mediterrâneo, lembramos os Gregos, os Romanos, os Egípcios, os Fenícios, os Cartagineses, os Assírios, os Caldeus, os Eritreus, os Sumérios… terras de Babilónia, Pátria da palavra escrita, vilmente destruída por petróleo e afins, no século que vivemos, o do “conhecimento”!!!...

… nas outras partes do Mundo, bem afastadas, desconhecidas… civilizações ricas, deslumbrantes, se iam desenvolvendo, também!!!...

… por ganâncias, por impérios que se não contêm, que se alargam, se expandem… bateram-nos à porta, tentaram, tanto insistiram que venceram, por cá se instalaram… tempos de romanização, senhores que se não integraram, dominaram!!!... “Todos os caminhos… iam dar a Roma”… diziam, até que os povos do norte, não reconhecidos, chamados de bárbaros… acabaram por destruir aquele Império!!!... Foi a vez dos Vândalos, Alanos e Suevos… seguidos dos Godos que se dividiram em Ostrogodos e Visigodos que nos trouxeram a religião Cristã por altura do rei Recaredo!!!... Em convulsão constante, sujeitos estivemos sempre, tal como estamos agora, com a estória da Iberização… do norte de África, os Árabes tomaram quase toda a Península, ficámos sujeitos às Astúrias, somente!!!... Por aí, até à reconquista… à fundação, à monarquia absoluta, tantos pormenores, tantos altos e baixos, primeira República, Estado Novo com Ditadura, Revolução dos Cravos, segunda República… desde há trinta e poucos anitos!!!...

… ena pá, quantos saltos dou… tudo isto por causa dum pedregulho enorme com que deparei, num passeio que dei aqui à porta, campos limítrofes de Elvas, claro!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...

... há palavras tão intensas!!!...




… há palavras tão intensas que,
quando as pensas,
não te limitas a levá-las,
não as calas,
ou as escreves, ou as escondes no pensamento,
por instantes… por momentos!!!...


… escolhes local apropriado,
quando falas,
quando mostras o que intentas,
descrevendo imagens que possuis,
quando intuis,
sob formas bem diversas,
quando comentas,
quando baralhas, quando compões,
com versos que arrimas,
quando te entreténs,
descarregas, tira-las de cima,
com empenho, encantamento,
passam por ti, não as deténs,
nem escravas, nem reféns,
de intensas que elas são
te provocam… emoção!!!...


… são portentos, quando entoadas,
ditas no lugar exacto,
próprias, adequadas,
são revoltas, são recados,
são mimos, são floreados,
soam como bofetadas,
quando surgem, inesperadas,
bem merecidas por quem,
não as pensa… não as tem!!!...

… há palavras tão intensas,
proferidas, bem sonantes,
maravilhas que são imensas,
mesmo isoladas, são gritantes,
poemas duma palavra só,
num encontro, deslumbramento,
pai, mãe, filho ou… avó,
amor, paixão, sofrimento!!!...


… transparência, amizade,
entrega com muita verdade,
renuncia em prol de alguém,
adeus, com muita saudade,
abraço a quem nada tem,
dor, humilhação, sofrimento,
esgar, morte, firmamento,
universo com raiva, com guerra,
mesmo aqui, em nós… mais longe, noutra terra!!!...


… compreensão, humildade,
tão fora da realidade,
palavras que nos consomem,
que nos embalam, embevecem,
martirizam, quase matam,
quando elas não se calam,
quando se dizem… proferem!!!...

… palavras lindas que afagam,
tão doces, rutilantes,
intensas nos seus amores,
próprias dos apaixonados,
deitam chispas, resplendores,
brilhos que cegam, quando pertos,
são namorados, são cegos,
imbuídos de coisas boas,
tantos, por tantos lados,
finas cantigas ou… loas!!!...


… convencimentos com propósitos,
enganos, outros negócios,
materialismos impuros,
palavras que são logros,
quando desviados, quando jogos,
na perfídia, na mentira,
jogada que se atira
que se inventa… que retira
qualquer poema, que não encaixa,
fazendo da mulher, meretriz,
vergonha que nos rebaixa,
quando se engana, se baixa,
o nível da conversa,
quando se detesta, como simples remessa,
fora de qualquer matriz,
sem intensidade nenhuma,
fazendo péssima… figura,
na palavra que se emprega,
quando se fala… se diz!!!...

… há palavras tão intensas
que, quando as pensas,
não te limitas a levá-las,
não as…
calas!!!... Sherpas!!!...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

... as gordas com... música de MILHÕES!!!...

... por razões que a RAZÃO não entende!!!...

… por razões que a razão não entende,
quebra repentina duma linha que se prolonga,
interrupção que suspende
percurso que se atalha,
ínvias confusões,
dúbias explicações,
quando se manipula, se esconde,
se desvirtua o que se não sente,
sem apelação nem delonga,
palavras de ocasião, amostragem de muita palha,
acessórios convenientes
que deturpam vontades, mentes,
inviabilizam caminho mais decente,
auscultação que atrapalha,
pontinhos do desencanto,
néscios que se ignoram,
cépticos que se rejeitam,

empobrecidos por causas inexistentes,
serviçais dum espaço que se alargou,
deturpou,
escárnio nas dúvidas de tantas gentes,

mais afastado me sinto,
sendo o que sempre fui,
insignificante mas distinto,
mais reduzido no que pensava
quando me considerava,
sentindo,

como quem intui,
vislumbro a derrocada que se avizinha,
longínquos dos que lhes dão posições,
servindo quem manobra milhões,

canhestros que empilham legislação
favorável a prováveis patrões,
desvinculados do que foram,
já não são,
inocentes, enquanto peroram,
lá vão,
destinando futuros de império que se desenha,
desdenha,

valores que se atiram pelo chão,
voto que não vota, revolta,
remendo,
posição minha sobre referendo,
pretendo,
como único,
diferente cidadão,

desilusão sobre certo servicinho
de Lisboa, cidade à toa,
comezinho,
beiços que lambuzam, devaneios,
quantos receios,

impropérios que agitam coração,
sentires, desespero, frustração,
esperança que rui, desmorona,
sujeição ao elevado,
sem razão,
igualdade que não tem,
clube privado,
orientado,
detestado noutras ocasiões,
guerras, multidões, destinos cruéis,
soldadesca nos quartéis,
armas em riste,
mal maior… tão triste,

fusão numa federação consentida,
para lamentar,
sem auscultação,
democracia de brincar,
sujeição,
escrita remetida,
aplaudida por quem a tem,
não serei ninguém,
nada me dirão,
imporão???... Sherpas!!!...


... tento ser racional!!!... (antiga)

… tento ser racional, pontuo o meu caminho com discernimento, fazendo a minha cabeça consoante aquilo que penso… bem longe do que me apontam, quando descrevem ou contam, não fazendo parte de qualquer espécie de agremiação, sendo livre de verdade, mais ainda na situação em que me encontro, aposentado pela idade, escrevendo quando me apetece, fazendo aquilo que gosto, desgostando do que não gosto, criticando o que não acho justo tendo uma espécie de impulso, para os outros o melhor de todo o MUNDO pois com ele me confundo, parcela insignificante sem qualquer pretensão, sendo tal como sou, conduzido por sentimentos, iluminado por emoções, dando valor à vida, curta pausa tão pequenina!!!...

… vou vivendo… apreciando ou depreciando, sendo crítico feroz do que é injusto, do que é mentira, do que é hipócrita, do que se vangloria, do que se pavoneia, do que se julga por obras atrozes e feias!!!... Pacifista por opção… essa a minha condição, agradecendo todos os dias, os minutinhos que tenho, apreciando o que me rodeia neste MUNDO tão conturbado, cheiinho de escumalha que tresanda, que se mantém ou deita fora!!!...

… aconteceu, não ponho nos píncaros porque… o futuro nunca se sabe, embora a esperança seja imensa, viragem histórica, lição de democracia plena num País que quis ser Império, tremendo desidério, ganância de todo o tamanho, republicanos que se esfumaram perante eles próprios, americanos, perante quem os foi seguindo, chorando, depreciando, esquecendo louros passados apesar dos bons recados de quem os idolatra, menciona, segue como cão de fila, rabinho a dar a dar, apesar de… não esclavagistas, Abraham Lincoln como tocha permanente, bonequinha do Rio Hudson que se alça desde há alguns anitos atrás, oferta francesa, farol que se perverte vezes por outras, como sabemos!!!...

… ocidental, como tantos, não reconhecendo… pelos defeitos em forma de guerras, matança tão intensa, ódio que não tenho, conhecedor do que não conheço pessoalmente, através de livros, de história, de filmes em catadupa, seu percurso que não desculpo quando gravoso para outros!!!... Um País como qualquer outro… potencialidades incomensuráveis, polícia de todos, do MUNDO, sem aval para isso!!!... Pátria de muitas mentes, pessoas diversas, valores e muitos saberes, fanáticos e dementes, descoberta de tanta coisa, albergue dos sonhadores, meio passo para a eternidade, recuo de tudo, inverdade, contra-senso quando penso!!!...

… os instalados, republicanos com danos, contavam com inversão de voto causado pelo efeito Bradley, como já aconteceu pelos idos de 1982 no Estado da Califórnia, racismo puro e duro contra negros, contra brancos, complexidade existente, resquícios de passado não tão distante assim, que se mantém, Klu Klux Klan q´ainda existe, em declínio acentuado, a estória da supremacia branca, como sabemos!!!... Alavancados por esse “trunfo” certos “parolos “ da Europa, “bendita” direita xenófoba q´acredita, ainda rumava nesse sentido, cartada final… pensava!!!... Saiu-lhes o tiro pela “culatra”… surtiu o efeito negativo Arnold Schwarzenegger/McCay/Bush, descontentamento com guerras, recessão da Economia, santo dinheiro maldito, maior capacidade d´Obama, descrédito nas mentiras e seus adoradores, mudança que se pretendeu, vassourada na “escumalha” anglo-saxónica de maus princípios, vassourada que s´aguarda por cá, a qualquer momento!!!...
… já tinha acontecido por aí… sucedeu mais uma vez, reconciliação com eles próprios, reconciliação com o MUNDO!!!... De maneira ligeira… enquanto divago, aguardando com expectativa!!!... Abraço… oh _____________________, do Sherpas!!!...

... num acrescento, falando com o coração nas mãos... aqui para nós, como gosto, tentando mostrar o que aquele enorme País produz em mim, constantemente!!!... Além do Obama que me prendeu, cativou e cativa, esperança que se mantém... na semana passada fui ver dois filmes que me faltavam, em dois dias seguidos, americanos como sempre, hábito antigo!!!... Vi o Mamma Mia, devorei-o, recordei, fiquei de bem comigo, com a América, com a Humanidade em geral... não bati palmas no fim, vieram-me lágrimas aos olhos, coisas da idade, creio!!!... No outro dia vi o W... não digo mais senão ofendo!!!... Dá para ver, não dá???...