praça ampla
pejada de tendas multicoloridas,
mesas, cadeiras, vazias agora,
mui cedo, ainda, começo da hora,
... pensando nas visitas do dia anterior,
fausto grandeza, esplendor,
palácio imponente, MUSEU grandioso,
não tão formoso, paredes vítreas, opacas,
mesmo no CENTRO, palavras gravadas,
JUDEU eminente... quanta dor,
sofrimento e morte, sua sorte,
no campo do desencanto... estertor...
atarefamento na exposição de produtos,
comestíveis, frutos,
confeccionamento de tantos outros,
odores adocicados, frituras também,
sorrisos, enchidos,
quantos pernis, salsichas tão fartas,
rapaz que as comercializa, andando de cá para lá,
aquecimento, entre um pão,
cerveja na mão,
sentado no chão,
mastigando a preceito,
vontade,
um jeito,
um bem estar, um gosto,
no final de Agosto,
cidade tão linda, sabores de cerdo,
convite, acerto,
publicidade a rodos,
gente que surge, começo da hora,
passámos, provámos,
fomos embora,
... pensando nas visitas do dia anterior,
fausto grandeza, esplendor,
palácio imponente, MUSEU grandioso,
não tão formoso, paredes vítreas, opacas,
mesmo no CENTRO, palavras gravadas,
JUDEU eminente... quanta dor,
sofrimento e morte, sua sorte,
no campo do desencanto... estertor...
com movimento,
restaurante que cativa,
consulta-se a lista,
interpela-se empregado, pergunta pensada,
inglês universal,
em terra germânica, coração dum pesadelo,
passado recordado,
posto de lado,
carne branca grelhada,
acompanhamento,
de preferência, um frango, um galo,
devaneio, puro intervalo,
certeza digestiva,
idade avançada,
sorriso aberto, perceptível, concreto,
deduz, pela pronuncia,
origem do cliente,
arranha espanhol, fala português,
outras línguas, também,
que sim, que tem,
era uma vez...
em terra estranha, fala como barreira,
empregado poliglota,
fronteira aberta,
canseira,
... pensando nas visitas do dia anterior,
fausto grandeza, esplendor,
palácio imponente, MUSEU grandioso,
não tão formoso, paredes vítreas, opacas,
mesmo no CENTRO, palavras gravadas,
JUDEU eminente... quanta dor,
sofrimento e morte, sua sorte,
no campo do desencanto... estertor...
como se fora hoje, recordo o sabor
dos panados de frango no prato,
da salada, a condizer,
da impecabilidade,
no servir,
do falar, do sorrir,
esplanada,
com feirinha ali ao pé,
odor de salsichas em profusão,
tendas coloridas, pernil de porco,
quase na hora do almoço,
... pensando nas visitas do dia anterior,
fausto grandeza, esplendor,
palácio imponente, MUSEU grandioso,
não tão formoso, paredes vítreas, opacas,
mesmo no CENTRO, palavras gravadas,
JUDEU eminente... quanta dor,
sofrimento e morte, sua sorte,
no campo do desencanto... estertor...
incrédulo, prossigo... vendo, comparando,
aceitando o PRESENTE,
a manifestação em frente à CATEDRAL,
mesas e bancos corridos junto ao mercado aberto,
tão perto,
casinhas dos enchidos, dos pernis, das salsichas,
dos costados, lombos inteiros,
tábuas variadas de queijos,
canecas de cerveja em punho,
simpatia do empregado poliglota,
hospitalidade,
do frango ou do galo,
empanado, saboroso,
da verdade,
dia belo, solarengo... tão formoso,
terra estranha que encanta,
memória que conserva,
reserva, reserva...
língua como barreira,
fronteira aberta,
canseira!!!...
Sherpas!!!...