... reposição de COISAS minhas, actuais e antigas, algumas fotografias!!!... Sherpas!!!...
sábado, 1 de março de 2008
... é um facto!!!... (antiga)
… é um facto, pelo que me vou apercebendo, espécie de confessionário desculpabilizante de qualquer disparate, de qualquer extravagante!!!... É evidente, não haja dúvidas disso, quanto a modos diversos de governação, com ou sem estadão, por intermédio do laranjal, com vendas extraordinárias, negociatas mil, compras de submarinos, de helicópteros, de armas diversas, de blindados e quejandos… utilizando todos os meandros, habilidades mil, pareceres, estudos diversos, com má cara, com sorrisinhos de treta, tanto dantes, como agora, para nosso mal!!!...
… o défice de 6,83%… não existe, simplesmente!!!... Novidade, espanto… plasmado me quedo!!!... Então como é???...
… mesmo agora, há bocadinho, a sumidade das finanças, do que fugiu lá para Bruxelas, afirmou, alto e bom som que… o dito, perante os televisores, telespectadores vários, dispersos por todo o País, não existe, perante a Judite, com explicações do camano, com palavreado adequado, explicações muito dela, deixando-nos confusos, tremendamente baralhados!!!... Afinal como é???... Estamos numa situação difícil, com um défice enorme, justificador de sacrifícios, de cortes em certos direitos, reformas só atingidas mais tarde, cortes nas vitalícias, aumentos de IVA, de combustíveis… ou não???... O senhor Governador do Banco de Portugal teria feito, as contas, mal???... O senhor deputado Jorge Coelho exagerou perante a comunicação social, quando se referia ao descalabro???... Não entendo nada!!!...
… confessionário desculpabilizante, a RTP com a Judite… estamos muito piores do que dantes, tal como afirma a ex-excelsa ministra das Finanças do Zé Manel, o fugitivo!!!...
… a forma como o Governo utilizou o referido, não falando da TANGA, antes dos 6,83% (… impossíveis, difíceis de digerir, negados… até, assim o garante!!!...), simples pretexto, engano, como afirma a excelência, veio complicar mais a situação, a presente, a que se sente, como quem mente!!!... Quem mente, afinal… perguntamos nós???... Continuam com as despesas, arrecadam mais receitas, não recorrem a extraordinárias, como opção… completamente o contrário do que advoga!!!... O essencial, todos concordamos… é a redução da despesa, ao nível mais elevado… o que se não vê!!!... No presente contexto não valia a pena o aumento dos impostos, dos combustíveis, falando de encenação, a existente… dos rosados, os da governação!!!... A rigidez da despesa piorou, assim o afirmou!!!...
… lembrou os congelados, torceu o nariz às vitalícias… outra estratégia, outro défice, certamente!!!...
… a consolidação orçamental é feita através da redução da despesa, não da receita, com números e percentagens, com mentiras e verdades, com políticas diferentes… reafirma, falando da terapia, a de partida, da doença inexistente… os tais 6,83%!!!... Enfim, como é???... O senhor Governador do Banco de Portugal cometeu asneira, induziu os portugueses em erro, deliberadamente, o partido do Poder camuflou, propositadamente, com outras intenções???... Estamos tramados com estes políticos que brincam com os dinheiros que nos pertence, como se fosse deles, objectos abjectos, de somenos importância… tão importantes para a vida de cada um de nós, quando se desculpam na RTP, impunemente, como quem mente, como quem fala verdade!!!...
… ministros das finanças, tantas contradanças, ziguezagues esquisitos… deduções absurdas, tão diferentes umas das outras!!!...
… estou a ouvi-la na Grande Entrevista, respeito-a, respeito-os todos, não os entendo, todos… todinhos de consciência tranquila, carregados de dúvidas e angustias mil, tarefa difícil quando Governo, bem mais fácil agora, tarefa muito mais simplificada, num Governo que não governa, assim o diz… fazendo cada um, o que muito bem entende fazer, com uma oposição muito mais positiva, a do laranjal!!!... Políticas do P.S., cada vez mais chegadas às políticas já praticadas, as apeadas… com algumas excepções, as SCUT,s e as extraordinárias!!!... Scut,s… inevitabilidade futura, portagens à vista, assim o afirma, segura, não formosa, Manuela… pela verdura!!!... Enfim, não quero ouvir mais!!!... Se andava baralhado, mais baralhado fiquei!!!... Contas claras e transparentes, pois é, bem queria, gostaria… mas, não!!!...
… enfim, a atitude bombástica de Jorge Coelho, catastrófica, quando pronunciada… tomando o défice excessivo como cavalo de batalha é que, não consegue engolir, a Dama de Ferro, quando ministra, agora… já não tanto!!!...
… ainda a ouvi, lá ao longe… porque me afastei, desinteressei, comentar os impostos sobre o vício, propiciadores de contrabando futuro, bom negócio para os que se governam de tais actividades, concordar com tudo quanto penaliza a função pública, inclusive o congelamento da progressão automática, quanto a escalões, na docência, noutras funções, mostrar o seu descontentamento quanto à quebra dos sigilos!!!... Sempre foi muito sigilosa, tal como os seus companheiros de partido!!!... Maneiras de proceder quanto a dinheiros, pertença deles, pensam eles… herdeiros que são dos mais abalizados, pobres bacocos apeados!!!... Quanto a políticas do seu partido, muito domésticas, internas… cometidas no passado foi, como costuma ser… comedida e reservada, velha raposa que é, sem grandes emoções, favoráveis ou não!!!... Foi assim… a confissão, quedou mais desculpada, ganhou simpatias ou não!!!...
… entretanto, por cá, pela Europa, num anfiteatro mais alargado… ficámos a saber que o Governador do B.P. se governa muito bem, que o Freitas do Amaral, poderá ser a escolha socialista, quanto à Presidência da República, que na Europa não se entendem, quanto à Constituição, todos concordam, cada vez mais adiada, com a Dinamarca em consonância com a França, com a Holanda, com a Inglaterra e, no respeitante a fundos, os de coesão… não no-los dão, os que pretendíamos, cortam-nos uma talhada, não tão grande, afirmam os que suam as estopinhas, lá por Bruxelas, em trabalho, em passeio, como se nada!!!...
… magoada, em certas alturas, com palavras duras de Sua Exª. o Presidente de todos os portugueses, claro… não é de ferro!!!... Entretanto, com medidas dela, continuadas por Bagão, agora com Luís Campos e Cunha, a sociedade civil está… em ebulição, pois então!!!... Sherpas!!!...
... é o País que temos!!!... (antiga)
…é o País que temos, afirmamos, quando rematamos conversas relacionadas com o que vai mal, com o que não se endireita e…ficamos por aí, simplesmente!!!... Muitas vezes, escolhemos a melhor atitude, a mais cómoda, alheamo-nos, tornamo-nos indiferentes, gentes que se aquietam, que se não importam…faça chuva, faça sol!!!... Tanto num caso, como no outro, quanta irracionalidade, quanta ignorância, quanto caos…ajudamos a construir, quando entregues, como estamos, nas mãos dos políticos que temos, de todos os quadrantes, de todas as famílias (…políticas, claro!!!...), com excepções, os que, ainda, nos tentam, nos prometem algumas ilusões!!!...
…o partido da alternância, o que, pela sua dimensão, é oposição, de facto…com a falta de líder, ultimamente, não tem cumprido o seu papel, mantém-se amorfo, apagado, com guerrinhas internas que se justificam, por enquanto e…para nosso mal, temos estado entregues ao profundo desnorte dum partidozeco, representativo de 1,9%, ou menos…quiçá, de intenções de voto dos portugueses, consoante as últimas sondagens, pequena fatia do que somos, como população, como País!!!... Digo que temos estado entregues a estas excelências porque, como todos sabem, melhor do que eu, nos Ministérios mais importantes, decisores…temos gentes desta Amostra de partido que tem abalado este cantinho, com negócios de treta, com colocações de favor, com decisões mais partidárias e políticas do que…governativas!!!... Como origem…aquela cabecinha pensadora, a do líder mais polémico e extremado, para as direitas, que alguma vez pertenceu a um elenco do Poder!!!...
… a estratégia, estou farto de o escrever, tanto que…já chateia, extorquir o máximo de dinheiro possível aos que sempre foram extorquidos, beneficiando os de sempre, os do cimo!!!... Por estas políticas erradas e erráticas, vamo-nos degradando, cada vez mais, a olhos vistos…em todos os sectores, os públicos, com desculpas esfarrapadas!!!... Agora são os computadores que pagam as favas!!!... As culpas morrem solteiras, somos uma democracia estranha, pequena parcela duma Europa esquisita, com doses cavalares de…solteirões, para não lhes chamar outros nomes!!!... Gosto de ser moderado!!!...
…auto-elogiam-se, quando erram, conformam-se a eles próprios, quando pecam, desculpam-se, com desfaçatez mas…mantêm-se, para nosso mal!!!... Agradecidos que estamos a Sua Excelência…pela continuidade, na trapalhada!!!... Ainda os oiço afirmar que o Estado, somos todos, que somos, como Estado…uma pessoa de BEM!!!... Discordo, em absoluto!!!... No meio de nós, disfarçadamente, pululam os maus pagadores, seres aberrantes e parasitários, os fujões, bem de vida, com muito pastaréu, os que não pagam impostos, de acordo com as suas mais valias!!!... Em contrapartida, a carneirada, a controlada…é esmifrada, cada vez mais, com requintes maquiavélicos, quiçá!!!... Além de pagar e bem, ainda por cima, quando paga indevidamente e pode recuperar algum do que lhe foi retido, mediante requerimentos, exposições, telefonemas, romarias sem fim…por repartições estatais, esbarra, sistematicamente, com obstáculos inverosímeis, difíceis de ultrapassar!!!... Sou testemunha disso porque, há mais de três anos que tento, por todos os meios, recuperar dinheiros a que tenho direito!!!... Como eu…quantos milhares de incautos, de vítimas???... O que está a dar, para acautelar, para justificar o que não dão…desculpa esfarrapada, valha-me Deus, ao que chegámos, a já célebre falha informática!!!...
…pergunto se, para sermos governados como estamos sendo, necessitamos de Governo???... Ele não existe em relação aos cidadãos!!!... Só se personaliza, se mostra, nas grandes negociatas, nas colocações de favor, nos brutos ordenados e reformas que se proporcionam a eles próprios!!!... Tão parasitas, como os fujões…da mesma espécie, da mesma extirpe!!!... Estamos entregues…à bicharada!!!... Sherpas!!!...
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
... coisas de... dinheiros!!!... (antiga)
…aos amigos do Fórum do Parlamento, no Sapo…aos que me compreendem, porque sim, uns, antigos conhecidos, de longa data, outros, não tanto, que não mereço…a quem, do fundo da minha alma, agradeço!!!...
…não, não vou mudar, antes, continuo…desta vez, com muitos pesos, poucas medidas, as que se não tomam, as que nos obrigam, as que nos aviltam, as que nos diminuem, aos poucos, como se nada!!!...Mas, por favor, com toda a consideração que me merecem, porque os respeito, a meu modo, a meu jeito…não me tomem como educador, como uma referência parda, esquisita, à falta doutras, as inexistentes, as outras gentes, as alapadas, ao Poder, agarradas, como lapas!!!...Também não pretendo catequizar, qual papagaio virtual, nem parecido, nem igual, ao dos domingos, na televisão, aos da quadratura, em círculo, ao das terças e…noutros dias, pagos para satisfazer, pagos a bom dinheiro, parcial ou por inteiro!!!...Não quero, não me sinto digno de tal…não pretendo, tal condição, pois então!!!...
…não passo do que sou, um simples anónimo, vulgar, um aposentado que pensa, que se indigna, que se rebela, que grita, que berra, quando, por várias razões, amarguras de boca, confusões, faltas de moral, pouca ou nenhuma dignidade, afina, mais forte, com muita ou pouca sorte, com acerto ou desacerto!!!...Discordo porque…não concordo!!!...Que bem gostaria ser… aplaudido, admitido, por Gregos e Troianos, ser amado por Deus, ungido pelo Diabo!!!...Tarefa árdua, difícil…impossível, pois é!!!...Vivemos num Mundo, mais que repartido, muitas vezes, com injustiças mil, as que existem, as que verificamos, para nosso mal!!!...Por essas razões e outras, mais que muitas, não me filio, embora admita e compreenda os que o são, num partido qualquer, com o que se identificam, pois então!!!...
…servir de bandeira, desculpem-me mas, não!!!...Quem sou eu, reles insignificante, sem modéstia excessiva, com verdade!!!...Um non stop, talvez, está em mim, vai-me ao jeito!!!...Um impulsionador…já não tenho idade para esses trotes, ando de mansinho, aos poucos…ou eu não fora alentejano, não é???...Com dissabores, com furos nos pneus, na caminhada, nesta, na estagnada, está mais que visto!!!...País das simulações…com confusões, aos montões!!!...Com disparates…puros enganos, tamanhos!!!...Com vozes que se alteiam, como a minha, como a vossa, amigos meus!!!...País de muitos pesos…com poucas medidas, faladas, legisladas, escondidas!!!...
…e…já agora, deixem-me contar, mais uma vez, duas estórias que…dizem mais alguma coisa, sobre o que somos, sobre o que não somos!!!...
…coisas de dinheiros, coisas de impostos, coisas de direitos, coisas de deveres…tantas COISAS!!!...Já lá vão tantos anos, quando ia fazer campismo para o Algarve, uma eternidade, quase!!!...Como sempre, levava alguns patacos, sob a forma de cheque, que convertia em dinheiro, numa agência bancária de Loulé!!!...Certa vez, ia levantar cinco contos, cinco mil escudos, algum, na altura, uma fartura!!!...No momento em que o Caixa me estava a entregar o dinheiro, por descuido, por engano, passou-me para as mãos, lestamente contados, cinquenta contos, cinquenta mil escudos!!!...Recebi-os, contei quarenta e cinco mil escudos, devolvi-lhos e disse:
-Só quero os cinco mil escudos que me pertencem!!!...Ele, apercebeu-se do erro e, balbuciante, agradeceu-me!!!...Foi um facto, bem real, passado há muitos anos atrás, comigo!!!...Não sou melhor, nem pior mas, prezo muito a honestidade, a verdade, por isso, sou como sou!!!...
…deram-me o que não me pertencia…devolvi, pois então!!!...
…por questão de venda de umas humildes casas que o falecido pai dum amigo meu lhe deixou, por má informação, na altura, por ignorância total de tal, no IRS que preenche, todos os anos, pouca COISA, sempre pago, porque, quando o faz…já lá o têm, descontam-lho na fonte, não declarou mais valias!!!...Não foi intenção, foi má informação, foi ignorância dele…e dos seus!!!...Mais tarde pagou as ditas…com juros de mora, uma barbaridade!!!...Entretanto soube, tomou conhecimento duma lei, quiçá, lei Mateus que…segundo dizia, em relação a determinado ano, os penalizados com juros de mora, com a feitura dum requerimento ao Chefe da Repartição de Finanças da sua residência fiscal, teriam possibilidade de reaver mais de dois terços dos juros referidos, os de mora!!!... Os que o meu amigo pagou… por má informação, por ignorância dele, podem crer!!!...
…passaram-se anos, entretanto já enviou uma exposição, a fim de fazer avançar o processo!!!...Passaram-se mais uns tempos!!!...Já contactou com os serviços respectivos…mas, não, nada feito!!!...Na mesma, como a lesma!!!...
…ao meu amigo, prometeram…deu os passos indicados, não deu em nada, até hoje, claro!!!...Dois pesos, duas medidas!!!...O Estado…pessoa de bem???... Duvido!!!...
…são estas COISAS… que não percebo!!!...Temos deveres, temos direitos!!!...Num Estado democrático, de direito…tratam-nos assim, como se nada, a toda a gente!!!... É por estas e…por outras que, não acredito na…evolução!!!...COISAS de dinheiros, minudências ou excrescências, tanto faz!!!...Mas, quem sou eu???...Sherpas!!!...
…não, não vou mudar, antes, continuo…desta vez, com muitos pesos, poucas medidas, as que se não tomam, as que nos obrigam, as que nos aviltam, as que nos diminuem, aos poucos, como se nada!!!...Mas, por favor, com toda a consideração que me merecem, porque os respeito, a meu modo, a meu jeito…não me tomem como educador, como uma referência parda, esquisita, à falta doutras, as inexistentes, as outras gentes, as alapadas, ao Poder, agarradas, como lapas!!!...Também não pretendo catequizar, qual papagaio virtual, nem parecido, nem igual, ao dos domingos, na televisão, aos da quadratura, em círculo, ao das terças e…noutros dias, pagos para satisfazer, pagos a bom dinheiro, parcial ou por inteiro!!!...Não quero, não me sinto digno de tal…não pretendo, tal condição, pois então!!!...
…não passo do que sou, um simples anónimo, vulgar, um aposentado que pensa, que se indigna, que se rebela, que grita, que berra, quando, por várias razões, amarguras de boca, confusões, faltas de moral, pouca ou nenhuma dignidade, afina, mais forte, com muita ou pouca sorte, com acerto ou desacerto!!!...Discordo porque…não concordo!!!...Que bem gostaria ser… aplaudido, admitido, por Gregos e Troianos, ser amado por Deus, ungido pelo Diabo!!!...Tarefa árdua, difícil…impossível, pois é!!!...Vivemos num Mundo, mais que repartido, muitas vezes, com injustiças mil, as que existem, as que verificamos, para nosso mal!!!...Por essas razões e outras, mais que muitas, não me filio, embora admita e compreenda os que o são, num partido qualquer, com o que se identificam, pois então!!!...
…servir de bandeira, desculpem-me mas, não!!!...Quem sou eu, reles insignificante, sem modéstia excessiva, com verdade!!!...Um non stop, talvez, está em mim, vai-me ao jeito!!!...Um impulsionador…já não tenho idade para esses trotes, ando de mansinho, aos poucos…ou eu não fora alentejano, não é???...Com dissabores, com furos nos pneus, na caminhada, nesta, na estagnada, está mais que visto!!!...País das simulações…com confusões, aos montões!!!...Com disparates…puros enganos, tamanhos!!!...Com vozes que se alteiam, como a minha, como a vossa, amigos meus!!!...País de muitos pesos…com poucas medidas, faladas, legisladas, escondidas!!!...
…e…já agora, deixem-me contar, mais uma vez, duas estórias que…dizem mais alguma coisa, sobre o que somos, sobre o que não somos!!!...
…coisas de dinheiros, coisas de impostos, coisas de direitos, coisas de deveres…tantas COISAS!!!...Já lá vão tantos anos, quando ia fazer campismo para o Algarve, uma eternidade, quase!!!...Como sempre, levava alguns patacos, sob a forma de cheque, que convertia em dinheiro, numa agência bancária de Loulé!!!...Certa vez, ia levantar cinco contos, cinco mil escudos, algum, na altura, uma fartura!!!...No momento em que o Caixa me estava a entregar o dinheiro, por descuido, por engano, passou-me para as mãos, lestamente contados, cinquenta contos, cinquenta mil escudos!!!...Recebi-os, contei quarenta e cinco mil escudos, devolvi-lhos e disse:
-Só quero os cinco mil escudos que me pertencem!!!...Ele, apercebeu-se do erro e, balbuciante, agradeceu-me!!!...Foi um facto, bem real, passado há muitos anos atrás, comigo!!!...Não sou melhor, nem pior mas, prezo muito a honestidade, a verdade, por isso, sou como sou!!!...
…deram-me o que não me pertencia…devolvi, pois então!!!...
…por questão de venda de umas humildes casas que o falecido pai dum amigo meu lhe deixou, por má informação, na altura, por ignorância total de tal, no IRS que preenche, todos os anos, pouca COISA, sempre pago, porque, quando o faz…já lá o têm, descontam-lho na fonte, não declarou mais valias!!!...Não foi intenção, foi má informação, foi ignorância dele…e dos seus!!!...Mais tarde pagou as ditas…com juros de mora, uma barbaridade!!!...Entretanto soube, tomou conhecimento duma lei, quiçá, lei Mateus que…segundo dizia, em relação a determinado ano, os penalizados com juros de mora, com a feitura dum requerimento ao Chefe da Repartição de Finanças da sua residência fiscal, teriam possibilidade de reaver mais de dois terços dos juros referidos, os de mora!!!... Os que o meu amigo pagou… por má informação, por ignorância dele, podem crer!!!...
…passaram-se anos, entretanto já enviou uma exposição, a fim de fazer avançar o processo!!!...Passaram-se mais uns tempos!!!...Já contactou com os serviços respectivos…mas, não, nada feito!!!...Na mesma, como a lesma!!!...
…ao meu amigo, prometeram…deu os passos indicados, não deu em nada, até hoje, claro!!!...Dois pesos, duas medidas!!!...O Estado…pessoa de bem???... Duvido!!!...
…são estas COISAS… que não percebo!!!...Temos deveres, temos direitos!!!...Num Estado democrático, de direito…tratam-nos assim, como se nada, a toda a gente!!!... É por estas e…por outras que, não acredito na…evolução!!!...COISAS de dinheiros, minudências ou excrescências, tanto faz!!!...Mas, quem sou eu???...Sherpas!!!...
... balelas!!!... (antiga)
…quando me tocam nos trapinhos, não me importo… indeléveis pergaminhos, fraldas de camisa, mostro-a toda, à dita!!!... Sou pródigo no mostrar… tanto, como no escrevinhar, cioso com certos termos, com expressões, muito minhas… dão-me alegria, proporcionam-me gozo, quando as repito, até à exaustão, pois então!!!... Repetitivo… admito!!!...
…balelas, meu caro… não me vou com elas, é evidente!!!... Conhecer-me… ná!!!... Gostaria mas, para isso… teria de ler muita coisa minha, neste e em muitos outros fóruns mais, de há três, vai para quatro anitos, para cá… talvez!!!... Nuns… fui perseguido, denegrido, amesquinhado, enrolado com suspeições de treta, por intermédio duma coisa escura, negra, medonha e, pelos vistos, insisti, persisti, cá me encontro, continuo, igual a mim mesmo, como sempre fui, tal e qual!!!... Estou mostrando a fralda… da camisa, de livre e espontânea vontade, pura verdade!!!...
… dou-lhe pistas, se as quiser… basta indagar, para me conhecer, afinal!!!... Havia um fórum libertíssimo, sem barreiras, sem fronteiras, sem empecilhos… o da T.S.F., na Internet, o que fecharam, não sei porquê!!!... Muito para lá escrevi… respeitando, respeitando, sempre!!!... No fórum da Visão… também participei, por lá andei, encontrei monstros, muito piores do que o Mostrengo, estou a ser justo, soube suplantá-los, coloquei-os no lugar devido, abandonei… porque era coartado, não gosto!!!... No da SIC davam prémios, punham-nos em relevo, ao longo duma semana, em evidência!!!... Ganhei uma resma deles, por lá conheci, tanto como no da Visão… alguns dos que por aqui pululam… tive um pesadelo, uma coisa escura e negra, péssima, lodosa, medonha, como já disse atrás… levantou-se uma confusão, à qual fui, completamente alheio e… terminou, acabou!!!... Paralelamente a este, o do Sapo… por gosto, por afeição (…quer dizer simpatia, está bom de ver!!!...), além dos blogs, individuais, muito meus, partilho outros fóruns, no momento, agorinha mesmo!!!... Estou mostrando os meus trapinhos… indeléveis pergaminhos, cheio de boa intenção!!!...
… encontrei, em campos adversos, com ideias contrárias às minhas, pessoas íntegras, respeitáveis, sabedoras profundas do que escreviam!!!... Alguns… abusavam, com gráficos, com estudos, com citações de falecidos!!!... Enfim, desapareceram!!!… Por vezes, tenho saudades deles, quiçá!!!... Está a ver… para me conhecer, teria de ler, muita escrevinhadela minha!!!... Era obra!!!... Há quem desista… ao fim de 2 ou 3 mil comentários reduzidos, por considerarem muito!!!... Nunca os contei mas, pelo que tenho, pelo que guardei… coerente comigo próprio, sem mentiras, sem lamas, sem ser corneta de ninguém, devo ter, bem grandes, imensos… mais de dez ou doze mil!!!...
… seria tarefa árdua, pesada… com muitas reticências, com muitas lamúrias, entediantes, como escreve, como diz!!!... Todas elas, as referidas… baseadas na realidade, mais que verdades, dúvidas que, com o tempo… se concretizaram, me deram a razão!!!... Não sou bruxo, não acredito neles… mas que os há, calculo que sim, como dizem e escrevem os espanhóis, à maneira deles, é evidente!!!...
… em relação ao Santana, ao Sócrates… não pretendo ir por aí, talvez me excedesse em relação ao mulherio!!!... Julgava, por mim penso… dar-lhe galões, no grupo a que pertence, o das toiradas, o dos fados, o dos garanhões (… com respeito… sem partilhar dessas ideias, confesso!!!...)!!!... Se ofendi, faço como ele… peço desculpa (… não sei… se já pediu!!!...)!!!... Penso que as pessoas, com o que têm… fazem, em liberdade, o que muito bem entenderem!!!... Não deixam de ser… o que são!!!... Ponho um ponto… na questão!!!... Com lamas, com tramas… não me entendo, não compreendo!!!... Muito mais escreveria mas… mais balelas, as minhas, tal como as do Mostrengo, por muitas que fossem, não adiantaria!!!... Por aqui… me quedo, por enquanto!!!...
… quanto a iluminados, convencidos e outras coisas mais… são despropósitos, sem fundamento algum, quanto a mim!!!... Sobre os fujões… sei que é difícil de engolir mas, fugiram os dois!!!... O Zé Manel Barroso, nas suas funções… só se beneficiou a ele próprio, colocou atrás das costas, carradas de problemas, um País em recessão e… obsequiou, como só ele sabe, um amigo (???...)!!!... Guterres, pelo incómodo provocado por uma oposição de terra queimada, a de Durão, ainda me lembro… fez o mesmo, pois então!!!... Não há voltas a dar… ao que aconteceu, nem com loas, nem com mentiras, nem com lamas, nem com tramas, é evidente!!!... Enfim… coisas do camano!!!... Sherpas!!!...
…balelas, meu caro… não me vou com elas, é evidente!!!... Conhecer-me… ná!!!... Gostaria mas, para isso… teria de ler muita coisa minha, neste e em muitos outros fóruns mais, de há três, vai para quatro anitos, para cá… talvez!!!... Nuns… fui perseguido, denegrido, amesquinhado, enrolado com suspeições de treta, por intermédio duma coisa escura, negra, medonha e, pelos vistos, insisti, persisti, cá me encontro, continuo, igual a mim mesmo, como sempre fui, tal e qual!!!... Estou mostrando a fralda… da camisa, de livre e espontânea vontade, pura verdade!!!...
… dou-lhe pistas, se as quiser… basta indagar, para me conhecer, afinal!!!... Havia um fórum libertíssimo, sem barreiras, sem fronteiras, sem empecilhos… o da T.S.F., na Internet, o que fecharam, não sei porquê!!!... Muito para lá escrevi… respeitando, respeitando, sempre!!!... No fórum da Visão… também participei, por lá andei, encontrei monstros, muito piores do que o Mostrengo, estou a ser justo, soube suplantá-los, coloquei-os no lugar devido, abandonei… porque era coartado, não gosto!!!... No da SIC davam prémios, punham-nos em relevo, ao longo duma semana, em evidência!!!... Ganhei uma resma deles, por lá conheci, tanto como no da Visão… alguns dos que por aqui pululam… tive um pesadelo, uma coisa escura e negra, péssima, lodosa, medonha, como já disse atrás… levantou-se uma confusão, à qual fui, completamente alheio e… terminou, acabou!!!... Paralelamente a este, o do Sapo… por gosto, por afeição (…quer dizer simpatia, está bom de ver!!!...), além dos blogs, individuais, muito meus, partilho outros fóruns, no momento, agorinha mesmo!!!... Estou mostrando os meus trapinhos… indeléveis pergaminhos, cheio de boa intenção!!!...
… encontrei, em campos adversos, com ideias contrárias às minhas, pessoas íntegras, respeitáveis, sabedoras profundas do que escreviam!!!... Alguns… abusavam, com gráficos, com estudos, com citações de falecidos!!!... Enfim, desapareceram!!!… Por vezes, tenho saudades deles, quiçá!!!... Está a ver… para me conhecer, teria de ler, muita escrevinhadela minha!!!... Era obra!!!... Há quem desista… ao fim de 2 ou 3 mil comentários reduzidos, por considerarem muito!!!... Nunca os contei mas, pelo que tenho, pelo que guardei… coerente comigo próprio, sem mentiras, sem lamas, sem ser corneta de ninguém, devo ter, bem grandes, imensos… mais de dez ou doze mil!!!...
… seria tarefa árdua, pesada… com muitas reticências, com muitas lamúrias, entediantes, como escreve, como diz!!!... Todas elas, as referidas… baseadas na realidade, mais que verdades, dúvidas que, com o tempo… se concretizaram, me deram a razão!!!... Não sou bruxo, não acredito neles… mas que os há, calculo que sim, como dizem e escrevem os espanhóis, à maneira deles, é evidente!!!...
… em relação ao Santana, ao Sócrates… não pretendo ir por aí, talvez me excedesse em relação ao mulherio!!!... Julgava, por mim penso… dar-lhe galões, no grupo a que pertence, o das toiradas, o dos fados, o dos garanhões (… com respeito… sem partilhar dessas ideias, confesso!!!...)!!!... Se ofendi, faço como ele… peço desculpa (… não sei… se já pediu!!!...)!!!... Penso que as pessoas, com o que têm… fazem, em liberdade, o que muito bem entenderem!!!... Não deixam de ser… o que são!!!... Ponho um ponto… na questão!!!... Com lamas, com tramas… não me entendo, não compreendo!!!... Muito mais escreveria mas… mais balelas, as minhas, tal como as do Mostrengo, por muitas que fossem, não adiantaria!!!... Por aqui… me quedo, por enquanto!!!...
… quanto a iluminados, convencidos e outras coisas mais… são despropósitos, sem fundamento algum, quanto a mim!!!... Sobre os fujões… sei que é difícil de engolir mas, fugiram os dois!!!... O Zé Manel Barroso, nas suas funções… só se beneficiou a ele próprio, colocou atrás das costas, carradas de problemas, um País em recessão e… obsequiou, como só ele sabe, um amigo (???...)!!!... Guterres, pelo incómodo provocado por uma oposição de terra queimada, a de Durão, ainda me lembro… fez o mesmo, pois então!!!... Não há voltas a dar… ao que aconteceu, nem com loas, nem com mentiras, nem com lamas, nem com tramas, é evidente!!!... Enfim… coisas do camano!!!... Sherpas!!!...
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
... como uva saborosa!!!...
… como uva saborosa,
quando se mastiga, se aprecia,
deleite que nos engrandece,
prazer maior, eflúvio permanente,
catarse do pensamento,
aproximação da quimera,
no meio de tantos entes,
gostinho que permanece,
mesmo quando ausente,
cachos doirados que evolam
do rosto que se não esquece,
olhos negros, tão doces,
seios redondos, pujantes,
como uvas inebriantes,
mascadas nos lagares,
encantos de tantos lares,
etéreos… embriagantes!!!...
… são uvas, Senhor, doces sabores,
corpos perfeitos de garça,
nos socalcos das encostas,
quando expostos ao Sol,
relíquias, dissabores,
contrastes dos meus amores,
que se instalam, não passam,
fluidos, doces promessas,
cama feita, mesas postas,
alvuras de perdição,
servidos em grandes travessas,
loucuras que nos subjugam,
odores que permanecem,
visões que se… não esquecem!!!...
… planta da perdição,
líquido que jorra nos copos,
fruto com cachos, com bagos,
do Paraíso, pedaço de emoção,
troncos grossos, bem postos,
torneados como os corpos,
morenos, acastanhados,
lugar dos nossos pecados,
cabelos esverdeados,
bem negros, ondeando
ao sabor dos ventos, nas fragas,
nas roupas com que te tapas,
esbelta, airosa, inebriante,
metade que nos completa,
quando se bebe, se adula,
bago excelso, extravagante,
cacho que escorre pelos ombros,
efeito que se adora, perdura,
meigos encantos, encontros,
fantasia que nos inebria,
fonte da vida… alegria!!!... Sherpas!!!...
... como se deve escrever!!!... (antiga)
Como se deve escrever, sem reticências, nem repetições, vou tentar clarificar a minha posição, neste e noutros Fóruns, onde, por vezes ou quase sempre, me encontram. Não sou político de carreira, nunca o fui. Sempre me deixei embalar pela canção dos atrás mencionados. Após o 25 de Abril de 1974, tal como muitos, quase todos, fui aprendendo, com os erros dessa classe, a política, alguma coisa sobre o que pretendia e pretendo, para mim e para os meus concidadãos.
Infelizmente, embora afirmem o contrário, não passaram de sonhos e esperanças vãs porque, o que sonhei, o que esperei, não foi conseguido.
Passados mais de trinta anos, cheguei à conclusão que, com hipocrisia, com mentira, com vaidade, com egoísmo, só se posicionaram bem, a eles próprios, dando algumas sobras, poucas, aos mais carentes, aos necessitados, aos que os colocavam e colocam no Poder!
Achei que era um escândalo, um abuso gravoso, ignóbil, perverso, razão pela qual me resolvi aparecer, com o nick de Sherpas, alguma veia poética, muita verdade no que escrevo, com estórias verídicas, dando o jeito a alguns, os espertos cá do sítio, para não molestar, para não incomodar muito, acicatando, somente.
Inventei a escrita diferente, a que me identifica, aquela de que abdico, hoje, para me clarificar, perante os que me lêem, os que me crêem, os que me detestam, os que me contestam, os que, hipocritamente, me dão, por vezes, palmadinhas nas costas e, fui em frente! Claro, sou um “non stop”, não sou um educador, nem um perpetuum mobile, não pretendo fazer a cabeça de ninguém, sou eu próprio, um aposentado, penso que, com ideias minhas, que se revolta perante o que vê, o que vai vendo e ouvindo, um inconformista!
Muitas armadilhas, nestes antros, como alguns lhes chamam, enfrentei e, por mim, sempre lhes dei a volta por cima, respeitando, porque respeito, qualquer ser, seja homem, seja mulher, seja nódoa, seja verme, seja hipócrita, seja bacoco, seja ridículo, seja parvo ou esperto. Está em mim, sou assim! Por vezes, crédulo de mais, outras, nem tanto.
Deparei com manipuladores, com papagaios, como lhes chamo, repetidores de fantasias, curtos de vista, egoístas, pouca coisa, sem sentimentos, sem alma nem coração, simples carteiras abertas, as de ocasião, por baixo de bandeiras, as que arvoram, os que me revoltam, os que me incitam a escrever, sem parar, não tentando educar, num movimento constante, continuado…sou um aposentado, dos que pensam, porque os há, por vezes, inconformado.
Se, comigo, procedem de pé atrás, com outras intenções, tenho pena, sinto dó, desses insensíveis, pobres imbecis que, com manhas e ardis, tais políticos de pacotilha, não se enxergam, não se redimem, antes, me afligem e, dou comigo, no meu nick, com escrita muito própria, com poesia, com estórias, verídicas, do presente, do passado, insistindo, insistindo sempre, sem pretensões, que não estas, de limar certas arestas, denegrir o que não presta, como se fosse uma missão.
Escrevendo como deve ser, sem reticências, nem repetições, só quis esclarecer!
Pelo que se faz chamar de Sherpas, um abraço.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
... andante!!!...
... andante, cavaleiro medievo, fraca figura,
projecto que não descura,
ridícula aparência, elmo que se transfigura,
tosca semelhança, repetitiva, mal preparada,
pau de virar tripas que se não cura,
direito, fatinho a preceito,
sorridente, grande trupe que se atropela,
não interpela,
usufrui de restos que vão ficando,
povoa pegadas recuadas,
satisfeita com leve brisa que fica,
cheiro daquele corpo que passa
majestática graça,
perante os sem camisa,
pelas fraldas,
nas liças em que labutas,
curto intervalo, uma pausa,
vozes que se animam, não abruptas,
maviosas, quase serviçais,
tendo como ganho, como causa,
muitos mais,
curvados, com palmas que soam,
entoam,
fraca pujança dos desvalidos,
pacatos, sofridos,
mal pagos, não comidos,
contidos naquela justa,
plenos naquilo que têm
que lhes cai tão bem,
que se ajusta,
molda como carapaça,
tamanho privilégio que deles vem
donde provém,
ninguém,
ufanos, quando pensam, admiram
aquele pouquinho que lhes caiu,
nunca tal coisa se viu,
ouvem disco partido,
repetido,
final da contenda,
pior o soneto que a emenda,
glorificado ao infinito,
só descrito, depois de visto,
campanha que se trama,
gentio que chama,
romaria continuada,
na lama,
charco que se adensa, sem nada,
batráquios que já não rabeiam
aquietam,
não incendeiam,
oceano de águas mansas,
acalmia que antecede o que se segue,
tolerância que apodrece,
aceita, quando esquece,
conquistas que se vão fazendo,
turba que já não é chusma alvoroçada,
olhos que admiram,
comentam,
memória que quase se perdeu,
temendo,
desgraça que se arruma,
aperto de mão,
satisfação,
bandeira que se agita perante,
quadro degradante,
cores garridas que não lutam,
empurram,
acotovelam,
não atropelam
aceitam,
levantam mais alto,
engolem orgulhos, incham peito,
tão perfeito,
com tanto defeito,
armadura reluzente,
espada que agride quando se dispõe,
ilusões com que compõe,
pobre gente,
experimentação que continua,
na rua,
deslocalização dum símbolo,
passeio que satisfaz,
tanto faz,
pedaço dum bolo,
amargo de boca na cara dum tolo,
pretexto concertado,
objectivo atingido,
plano mais que estudado,
sorriso fingido,
palavra de ocasião,
palmada de amigo, afeição,
tristeza que sinto,
desilusão,
cavalgada que passa,
torneio que se repete,
personaliza, investe,
cara com máscara de sonso,
elmo reluzente,
de tão contente,
cariz de quem diz o que diz,
contradiz
perante a desgraça,
notícia que ouço,
boneco que fica,
se estica,
completa com gosto,
mantendo o bem posto!!!... Sherpas!!!...
... a velha miserável...
… a velha miserável que via passar,
continua passando,
mais miserável, mais velha,
o drogado acabado, quase pele e osso,
continua esquelético,
mais acabado, drogado,
a prostituta que se vende na rua,
continua na rua,
quase nua,
ainda se vende, ainda é prostituta,
o desempregado, sem destino, atarantando,
continua teso,
sem cheta,
soturno, incerto, desempregado,
… o pagador de impostos, classe média acabada,
vai-se apagando,
classe que fica mais baixa,
vida azarada,
continua pagando impostos,
grandes desgostos,
o tipo rico que aparece na televisão,
cada vez mais rico,
cada vez mais na… televisão,
vai sorrindo, aparecendo, falando,
forrado, com ilusão,
mediático, aplaudido,
sendo trapalhão,
venerado pelo político,
… a criança sem eira nem beira,
pobre, sem pais, abandonada,
foi encaminhada para instituição,
espécie de prisão,
continua pobre, desamparada,
títere, boneco de feira,
por vezes, diversão,
notícia que se atira,
sem pais,
como outras mais,
… o político de qualquer quadrante,
extravagante, aldrabão,
no Poder, na oposição,
quadro degradante,
quando não faz, de incapaz,
porque mente,
cada vez se interessa mais por ele,
somente,
luzidio o carro, bonita pele,
conservado,
bem colocado,
… o emigrante que deixa o País,
busca saída, procura vida,
já não conta para a estatística
porque não fica,
reduz o número, aumenta a confiança,
quanta jactância
quando se diz,
logro que aumenta quando comentam,
até intentam,
sedução com intenção,
dinheiro que vem,
que sabe bem,
… a compra que se não fez, já se não faz,
pobre rapaz,
rapariga que espiga,
tanto faz,
música precisa,
concreta, concisa,
gargalhada na hora,
vamos embora,
tristezas que se colocam debaixo do tapete,
como um foguete,
rápido o gesto,
amor, afecto,
puro joguete,
embrulhos, engulhos,
futuros sombrios,
quão poucos brios,
… contentor da desgraça à porta do supermercado,
atulhado de restos, de sobras,
quantas esmolas,
passados de prazo que se deitam fora,
lágrima que chora,
quem vê, se condói,
sombras da noite, fomes e misérias,
são restos também,
de quem nada tem,
dependurados, rebuscando sôfregos,
lixos e sacos,
quanto nos dói,
baixos segredos,
tristes recados,
sociedade doente,
tempo que passa,
já não chora, vai embora,
modifica-se, aceita… indiferente,
… o doente, o desvalido, o dependente,
cuidados e desvelos,
família que se esforça,
que supre qualquer falha,
gente valente,
arranja energia, puxa cabelos,
transforma quereres,
inventa saberes,
revira obstáculos, segue o caminho,
amores e carinho,
jura baixinho,
sofre a dobrar,
consegue calar,
… o indigente, vítima do sistema,
da bebida que ingere,
do vício que acalenta,
continua na mesma,
ossos no chão,
deambula, pedindo,
rouba, por vezes,
goza o que lhe dão,
hermético, sofrido,
na solidão,
imbecilizado… vai sorrindo,
… mais um Natal, promessa caída,
vida que se esgueira, vida rendida,
continuidade tão igual,
rotina que se instala, teima,
males que se agravam, grossa toleima,
hipocrisias mil,
canção em vinil,
passado chorado,
presente amargado,
futuro aqui tão perto,
negro, complicado… incerto!!!... Sherpas!!!...
continua passando,
mais miserável, mais velha,
o drogado acabado, quase pele e osso,
continua esquelético,
mais acabado, drogado,
a prostituta que se vende na rua,
continua na rua,
quase nua,
ainda se vende, ainda é prostituta,
o desempregado, sem destino, atarantando,
continua teso,
sem cheta,
soturno, incerto, desempregado,
… o pagador de impostos, classe média acabada,
vai-se apagando,
classe que fica mais baixa,
vida azarada,
continua pagando impostos,
grandes desgostos,
o tipo rico que aparece na televisão,
cada vez mais rico,
cada vez mais na… televisão,
vai sorrindo, aparecendo, falando,
forrado, com ilusão,
mediático, aplaudido,
sendo trapalhão,
venerado pelo político,
… a criança sem eira nem beira,
pobre, sem pais, abandonada,
foi encaminhada para instituição,
espécie de prisão,
continua pobre, desamparada,
títere, boneco de feira,
por vezes, diversão,
notícia que se atira,
sem pais,
como outras mais,
… o político de qualquer quadrante,
extravagante, aldrabão,
no Poder, na oposição,
quadro degradante,
quando não faz, de incapaz,
porque mente,
cada vez se interessa mais por ele,
somente,
luzidio o carro, bonita pele,
conservado,
bem colocado,
… o emigrante que deixa o País,
busca saída, procura vida,
já não conta para a estatística
porque não fica,
reduz o número, aumenta a confiança,
quanta jactância
quando se diz,
logro que aumenta quando comentam,
até intentam,
sedução com intenção,
dinheiro que vem,
que sabe bem,
… a compra que se não fez, já se não faz,
pobre rapaz,
rapariga que espiga,
tanto faz,
música precisa,
concreta, concisa,
gargalhada na hora,
vamos embora,
tristezas que se colocam debaixo do tapete,
como um foguete,
rápido o gesto,
amor, afecto,
puro joguete,
embrulhos, engulhos,
futuros sombrios,
quão poucos brios,
… contentor da desgraça à porta do supermercado,
atulhado de restos, de sobras,
quantas esmolas,
passados de prazo que se deitam fora,
lágrima que chora,
quem vê, se condói,
sombras da noite, fomes e misérias,
são restos também,
de quem nada tem,
dependurados, rebuscando sôfregos,
lixos e sacos,
quanto nos dói,
baixos segredos,
tristes recados,
sociedade doente,
tempo que passa,
já não chora, vai embora,
modifica-se, aceita… indiferente,
… o doente, o desvalido, o dependente,
cuidados e desvelos,
família que se esforça,
que supre qualquer falha,
gente valente,
arranja energia, puxa cabelos,
transforma quereres,
inventa saberes,
revira obstáculos, segue o caminho,
amores e carinho,
jura baixinho,
sofre a dobrar,
consegue calar,
… o indigente, vítima do sistema,
da bebida que ingere,
do vício que acalenta,
continua na mesma,
ossos no chão,
deambula, pedindo,
rouba, por vezes,
goza o que lhe dão,
hermético, sofrido,
na solidão,
imbecilizado… vai sorrindo,
… mais um Natal, promessa caída,
vida que se esgueira, vida rendida,
continuidade tão igual,
rotina que se instala, teima,
males que se agravam, grossa toleima,
hipocrisias mil,
canção em vinil,
passado chorado,
presente amargado,
futuro aqui tão perto,
negro, complicado… incerto!!!... Sherpas!!!...
... a grande farra!!!... (antiga)
A grande farra, é verdade, “la grand bouffe” como dizem os franceses... é ao que estamos assistindo, vai para trinta anos, todos nós, os portugueses normais, os cidadãos anónimos, os que pagam sempre, os que não têm nem nunca tiveram qualidade de vida, na saúde, na educação, na segurança, na infância e na velhice... impávidos e serenos vamos assistindo, porque disso se trata, à bela vida, “La belle vie” dos que, mediante artimanhas bolsistas e golpes menos claros, se alcandoraram a posições cimeiras, no aspecto económico, claro está, porque a maior parte das vezes são os que mais males possuem a nível saúde porque os fartanços nunca fizeram bem a ninguém e, com a pança cheia, morrem mais cedo mas, morrem felizes...benza-os DEUS. É uma vida santa, a vida destes senhores, os que, por acumularem muitas energias com grandes comezainas e vidas sedentárias, as têm de gastar nos ginásios da moda, nas piscinas privadas ou do clube, nas maquinetas que compraram e têm nos seus palacetes, ou a brincarem com bolinhas no golfe, no ténis e noutras brincadeiras mui similares... por vezes agarram nos seus jipes de grande potência e vão até ao Alentejo participar nalguma brincadeira colectiva e tal como nas outras, dão-se taças e prémios uns aos outros e...tudo bem. Vidas santas e preenchidas que não lhes dá tempo sequer para olharem à sua volta, para as reles criaturas que, para sobreviverem têm de trabalhar no duro, utilizando a mente ou o físico, a fim de obterem algumas migalhas que porventura sobrem das enormes e desconformes mesas destas criaturas, abençoadas pela fortuna e, na maioria dos casos, muito crentes e praticantes, os tais que não passam pelo fundo duma agulha, os que têm menos sorte que qualquer elefante, pois é... há também um grande grupo desta fauna, os mais jovens, que frequentam assiduamente as festarolas do “jet” e se entretêm a deambular pelo Mundo, em grupos e viaturas próprias ou nos Jumbos, Concords ou nos TGV, saltitando de capital em capital, de continente em continente, estrapaceando o que os velhotes lhes dão, sem consciência do que fazem porque, eles, coitados, eles nasceram para isso mesmo, são compulsivos irracionais nos gastos que praticam, sem sentimentos, não humanos, outra espécie de gente, gente que não presta. Lá vão aparecendo nas revistas da especialidade, num ou noutro programa de tipos finos, assistem a espectáculos dignos da sua condição, longe da turba, longe do vulgo, de costas viradas para o MUNDO, enfim, muito bonito mas sem sumo, como se costuma dizer... nestas suas deslocações, claro, utilizam o melhor que há, em hotéis, em restaurantes, tudo, mas tudo, de cinco estrelas para cima porque é ao que estão habituados nos seus palacetes, nas suas quintas, nos seus duplex, nos condomínios cerrados a sete cadeados, muito privados, onde fazem a sua vidinha de aviário. Outras vidas, outros mundos, redomas muito apartadas do exterior, do real, do dia a dia dos que trabalham e se conformam com algumas migalhas... destes, mediante o que observam, há muitos que ambicionam este estilo de vida e por, parasitismo ou outros meios, conseguem usufruir algo mais do que os vulgares e, como lacaios subservientes, lá se vão desenrascando...depois, ah, depois, aparecem os, como numa democracia qualquer que se preze, deslumbrados pelo PODER e, incluídos num bando político de centro ou de direita, até mesmo de esquerda, inscritos como tal, com toda a ambição a funcionar tentam alcançar o POLEIRO e...quando o alcançam, é vê-los, na aprendizagem rápida dessa boa vida, da BELLE VIE, misturados na grande farra, la grand bouffe, em comezainas de fartar, bem arreados, muito bem instalados, transportados com todas as porras em carrinhos de topo, último modelo, utilizando os palacetes públicos como excelências que passaram a ser, gastando à tripa forra porque o que gastam não é deles e...é como o outro, habituados como ficam a tratar só com milhões e milhões, a lidar com a gentinha de berço, os tais imprestáveis que, quando nasceram já o eram, tal como a pescada, a praticarem o ténis, o golfe, a fazerem umas piscinas, a frequentarem os ginásios de clubes muito privados, os tais, a serem assediados por tudo quanto é meio de comunicação, sempre em viagens de representação nacional em proveito pessoal, claro, depressa, mesmo muito depressa se esquecem do que prometeram antes de serem eleitos e...tratam a ralé com um certo distanciamento, com arrogância até, para não dizer com desprezo...enfim, entram na grande farra, de esquerdas, de centros ou de direitas porque se vão substituindo sistematicamente, a eles e aos seus clientes, os boys ou os laranjas, os laranjas ou os boys, todos muito BEM de vida, misturados com o Jet porque este, embora não lhes ligue muita importância, sempre vai beneficiando, beneficiam sempre, um bocadinho ou um pedação, consoante o quadrante político e...a farra continua, continua, vai-se prolongando já vai para trinta anos e as migalhas vão caindo, poucas, pouquinhas, os miseráveis vão aumentando, Les Misérables, como nos tempos de Victor Hugo, agora, com mais tecnologia, os télélés, os que sugam e vão sugando as perras aos bacocos, tal como outros brinquedos que pesam no orçamento dos que não vivem, dos que sobrevivem, vegetam, porque não dá para mais e lá no cimo, numa redoma, no Olimpo, os endeusados, os que, pelo dinheiro, se afastaram da ralé, desta mísera gente, esquecida, enganada, vigarizada e...adulada em tempos de eleições... porca miséria esta, tristeza de vida para os que saíram duma ditadura de quarenta e tal anos para caírem numa democracia de treta que só consegue dar um bom modus vivendus aos que não precisam, aos que já o têm, aos amigos, aos clientes e a eles próprios, os eleitos, as excelências...mas que grand bouffe, mas que grande farra, mas que dolce vita a destes insensatos destes políticos que só fazem asneiras, atrás de asneiras e só dão umas migalhas ao POVO enquanto se banqueteiam à grande e à francesa... tenho pena que estes factos sejam reais, verídicos, confirmados, agravados e não resolvidos porque, neste País, o fosso que separa os ricos dos que nada têm é cada vez maior perante a insensibilidade dos que já pertenceram à classe dos mais desfavorecidos mas que se conseguiram libertar dela...é bem verdade o provérbio que diz que nunca sirvas quem já serviu pois parece que conseguem ser ainda piores dos que estão habituados à vassalagem de geração em geração... sou dos que gostariam que os governantes tentassem puxar os de baixo para cima, os que não admitem a caridadezinha e as boas palavras, de boas intenções está o inferno cheio, dos que acreditam que o Sol quando nasce é para todos, dos que não olham só para o próprio umbigo, dos que, egoisticamente, se estão nas tintas para quem sofre, para quem não tem, contra, visceralmente, os carreiristas, os ambiciosos que não olham a meios para atingirem os seus fins, os pouco dignos, os amorais ou imorais arrogantes que se consideram diferentes ou superiores aos vulgares e normais, sou, por natureza, contra as grandes farras de alguns e as barrigas vazias da maioria e...não pertenço a nenhum bando, não tenho nenhuma bandeira, só tenho a minha consciência que tem consciência que muita COISA vai mal neste cantinho que poderia estar mais equilibrado e...não está...acabem com as farras e tentem remediar o que está mal feito, acabem com as mordomias, dêem o exemplo, sejam honestos convosco e com quem vos colocou no PODER...
... a cunha!!!... (antiga)
... ao fim de dois anos complicados, marcando passo e fazendo continência a gente desconhecida, espécie de cumprimento, perfilado e submisso, simples número com uma diagonal nos ombros, mais tarde com dois vês, confrontados com um invertido, encarnados, bem visíveis... depois da recruta e da especialidade, pura verdade!!!... Dei recrutas a soldados, fazia o que qualquer sargento do quadro fazia, mal pago... era mais barato, com mais substância intelectual, formação académica obtida antes de ingressar naquela coisa que nunca se deu bem comigo, militar mais que forçado, indignado quase sempre!!!...
... passados dois anos ascendi a furriel miliciano, sem ser por engano... com guia de marcha adequada, enviaram-me para a Guiné, não integrado em companhia ou pelotão, muito menos em batalhão, na qualidade de individual disponível em qualquer ocasião, render quem acabasse a comissão!!!... Já contei, retomo o fio à meada... numa barcaça mista, géneros, irracionais, civis e militares, o Alfredo da Silva que navegava com costa à vista, fazendo paragens e abastecimentos por parcelas do nosso vasto território ultramarino, d´aquém e d´além mar, arquipélagos da Madeira e de Cabo Verde, lá chegámos ao porto de Bissau, terra quente e húmida, estranha para um estranho que chegava com malas e... uma missão (???...) imposta!!!... Alguém reparou em mim, me encaminhou para a traseira dum camião militar que se dirigia para o Q.G. Onde teria de me apresentar!!!...
... arranjei instalação adequada num barracão onde dormia, como companheiros de quarto, imensa caserna, mais umas dezenas alargadas... em camas cobertas por mosquiteiros!!!... Começou a minha comissão de serviço, sem viço, sem graça, continuidade daquela complicação onde me tinham metido desde os vinte, já cumpridos e com mais dois, esperando por outros dois naquele “Paraíso”... pena a que me tinham condenado!!!...
... não vou descrever mais, só sei que... perdida e sempre recordada num bolso da fardamenta, levava uma cartinha de recomendação dum Primeiro Sargento, amigo do meu pai, para outro amigo, colega dele em serviço naquela província ultramarina, espécie de cunha apropriada, descanso dos meus progenitores, encosto, influência que talvez surtisse algum efeito!!!...
... os primeiros dias foram longos, difíceis de passar, aos caídos e sem funções, aguardando ordens, à disposição de quem necessitasse dos meus serviços, rendição individual, claro!!!... Via passar os outros, encostava-me a uma coluna de cimento frente à sala de sargentos, olhava para os jagudis em cima dos mangueiros, respirava aquele ar denso e húmido, quente e abafado, matava um que outro mosquito mais sedento do que tinha nas veias, sangue fresco da metrópole, coisa boa, apreciava os naturais nas suas vestes miseráveis, os seios das mulheres que não tinham vergonha do que tinham, mostravam sem pudor, por carências de toda a ordem, hábitos antigos, as lavadeiras que vinham buscar a roupa aos militares, todos os dias, à mesma hora, camisa ensopada de suor, algum frescor nas pernas que trazia ao léu, calções militares, meias verdes e sapatos adequados com boina castanha na cabeça... uma lindeza que ainda recordo quando aprecio fotografias passadas, bem mais novo e sujeito a todas estas travessuras que me impunham, quando dispunham!!!...
... numa dessas tarde de “fare niente” sem ocupação, deambulando por ali, olhando com enfado o ambiente estranho em que me encontrava, bebendo uma Cuca, cervejola da altura, emborcando um uísque baratinho com soda, coisa fina e na moda, falando com quem encontrava a jeito... ainda perdido e confuso, apalpei o bolso da camisa e afaguei a minha “cartinha de recomendação” alívio dos pais amados que tinha deixado para trás, descanso deles, ilusão que mantinham, quando ma entregaram, alguma esperança minha... sempre seria um “empurrãozinho” por parte do amigo do amigo do meu criador, parte dele que fui, que era, que continuava sendo em terras africanas, dor de alma, afastamento, quanta saudade já sentia!!!... Pensei nela, interroguei-me sobre o destino a dar-lhe!!!... Sempre tive algum receio de contar com os outros para resolver a minha vida, nunca fui favorável a “cunhas”, sentia e sinto alguma repugnância por esses actos mas... como dádiva e empenho dos meus pais, sossego dos mesmos, sentia um certo impulso em resolver o assunto, encaminhar a recomendação para o sítio certo, resultasse ou não resultasse, encargo que tinha, obrigação moral que me viria a beneficiar ou não!!!...
... assim me encontrava, num daqueles dias custosos de passar, encostado a uma coluna de pedra e cal, mesmo em frente à sala de sargentos, congeminando comigo próprio... nesta e noutras situações que se me deparavam nos primeiros dias de Guiné, ainda sem colocação, sujeito à rendição individual em que me encontrava, às ordens da CCS do QG, um desconhecido no meio de imensos desconhecidos, fardado ainda por cima, sem vontade própria, às ordens dos ombros que pesavam mais, batendo a “pala”, perfilando-me, ouvindo o “nosso Furriel” displicente e arrogante de quem o pronunciava com desdém, sargentos “lateiros” ou acima deles, profissionais das guerras, carreiristas fardados, governo deles que não meus!!!...
... coincidência ou não, repente que tive... espécie de intuição quando a tirei do bolso e me encaminhei para junto dum primeiro sargento que se encontrava por ali, encostado como eu a outra coluna do alpendre, gordo e farto, palitando os dentes, meio ensonado, petrificado pela modorra do início de tarde, grasnar dos jagudis no cimo dos mangueiros, alguns passantes, indígenas e militares, camisas ensopadas pelo suor, picadas de mosquitos como norma, lugar comum, hábito que ainda estranhava quando os esborrachava com uma palmada repentina, batendo a continência, pedindo licença para quem, do alto da sua posição, graduação mais elevada, mal se mexeu, entreabriu os olhos e... permitiu, perguntando-me o que pretendia!!!...
... disse-lhe o que se passava, o que me atormentava, a recomendação que levava para um primeiro sargento, de que não me recordo o nome, por parte dum amigo comum que mencionei!!!... Foi como um toque de varinha mágica, personalizou-se, com mais agrado apresentou-se como sendo o endereçado, pediu-me a carta, abriu-a, leu-a com atenção, perguntou-me pelo amigo, dobrou-a com muito cuidado, meteu-a no bolso da camisa e... disparou:
... olhe, meu amigo... em terra de cegos, quem tem um olho é rei!!!... Virou-me a costas!!!... Quedei embasbacado!!!... Mais tarde verifiquei que me tinha dado a melhor ajuda que me poderia dar, fez-me abrir os olhos, ver que a vida não era pêra doce, que tinha que me desenrascar por mim próprio!!!... Daí para diante foi o que fiz, arranjei colocação, ascendi no lugar, no respeito que tinham por mim, impus-me... aos poucos e, mais tarde, tive oportunidade de pagar o “favor” a esse senhor, quase da mesma maneira ou pior, sem intuito de vingança, cumprindo o dito à letra!!!...
... decerto se lembrou que... em terra de cegos, quem tem um olho é rei, posição inversa da primeira, necessitando de encosto e eu, cantando de galo!!!... Cá se fazem, cá se pagam!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...
... passados dois anos ascendi a furriel miliciano, sem ser por engano... com guia de marcha adequada, enviaram-me para a Guiné, não integrado em companhia ou pelotão, muito menos em batalhão, na qualidade de individual disponível em qualquer ocasião, render quem acabasse a comissão!!!... Já contei, retomo o fio à meada... numa barcaça mista, géneros, irracionais, civis e militares, o Alfredo da Silva que navegava com costa à vista, fazendo paragens e abastecimentos por parcelas do nosso vasto território ultramarino, d´aquém e d´além mar, arquipélagos da Madeira e de Cabo Verde, lá chegámos ao porto de Bissau, terra quente e húmida, estranha para um estranho que chegava com malas e... uma missão (???...) imposta!!!... Alguém reparou em mim, me encaminhou para a traseira dum camião militar que se dirigia para o Q.G. Onde teria de me apresentar!!!...
... arranjei instalação adequada num barracão onde dormia, como companheiros de quarto, imensa caserna, mais umas dezenas alargadas... em camas cobertas por mosquiteiros!!!... Começou a minha comissão de serviço, sem viço, sem graça, continuidade daquela complicação onde me tinham metido desde os vinte, já cumpridos e com mais dois, esperando por outros dois naquele “Paraíso”... pena a que me tinham condenado!!!...
... não vou descrever mais, só sei que... perdida e sempre recordada num bolso da fardamenta, levava uma cartinha de recomendação dum Primeiro Sargento, amigo do meu pai, para outro amigo, colega dele em serviço naquela província ultramarina, espécie de cunha apropriada, descanso dos meus progenitores, encosto, influência que talvez surtisse algum efeito!!!...
... os primeiros dias foram longos, difíceis de passar, aos caídos e sem funções, aguardando ordens, à disposição de quem necessitasse dos meus serviços, rendição individual, claro!!!... Via passar os outros, encostava-me a uma coluna de cimento frente à sala de sargentos, olhava para os jagudis em cima dos mangueiros, respirava aquele ar denso e húmido, quente e abafado, matava um que outro mosquito mais sedento do que tinha nas veias, sangue fresco da metrópole, coisa boa, apreciava os naturais nas suas vestes miseráveis, os seios das mulheres que não tinham vergonha do que tinham, mostravam sem pudor, por carências de toda a ordem, hábitos antigos, as lavadeiras que vinham buscar a roupa aos militares, todos os dias, à mesma hora, camisa ensopada de suor, algum frescor nas pernas que trazia ao léu, calções militares, meias verdes e sapatos adequados com boina castanha na cabeça... uma lindeza que ainda recordo quando aprecio fotografias passadas, bem mais novo e sujeito a todas estas travessuras que me impunham, quando dispunham!!!...
... numa dessas tarde de “fare niente” sem ocupação, deambulando por ali, olhando com enfado o ambiente estranho em que me encontrava, bebendo uma Cuca, cervejola da altura, emborcando um uísque baratinho com soda, coisa fina e na moda, falando com quem encontrava a jeito... ainda perdido e confuso, apalpei o bolso da camisa e afaguei a minha “cartinha de recomendação” alívio dos pais amados que tinha deixado para trás, descanso deles, ilusão que mantinham, quando ma entregaram, alguma esperança minha... sempre seria um “empurrãozinho” por parte do amigo do amigo do meu criador, parte dele que fui, que era, que continuava sendo em terras africanas, dor de alma, afastamento, quanta saudade já sentia!!!... Pensei nela, interroguei-me sobre o destino a dar-lhe!!!... Sempre tive algum receio de contar com os outros para resolver a minha vida, nunca fui favorável a “cunhas”, sentia e sinto alguma repugnância por esses actos mas... como dádiva e empenho dos meus pais, sossego dos mesmos, sentia um certo impulso em resolver o assunto, encaminhar a recomendação para o sítio certo, resultasse ou não resultasse, encargo que tinha, obrigação moral que me viria a beneficiar ou não!!!...
... assim me encontrava, num daqueles dias custosos de passar, encostado a uma coluna de pedra e cal, mesmo em frente à sala de sargentos, congeminando comigo próprio... nesta e noutras situações que se me deparavam nos primeiros dias de Guiné, ainda sem colocação, sujeito à rendição individual em que me encontrava, às ordens da CCS do QG, um desconhecido no meio de imensos desconhecidos, fardado ainda por cima, sem vontade própria, às ordens dos ombros que pesavam mais, batendo a “pala”, perfilando-me, ouvindo o “nosso Furriel” displicente e arrogante de quem o pronunciava com desdém, sargentos “lateiros” ou acima deles, profissionais das guerras, carreiristas fardados, governo deles que não meus!!!...
... coincidência ou não, repente que tive... espécie de intuição quando a tirei do bolso e me encaminhei para junto dum primeiro sargento que se encontrava por ali, encostado como eu a outra coluna do alpendre, gordo e farto, palitando os dentes, meio ensonado, petrificado pela modorra do início de tarde, grasnar dos jagudis no cimo dos mangueiros, alguns passantes, indígenas e militares, camisas ensopadas pelo suor, picadas de mosquitos como norma, lugar comum, hábito que ainda estranhava quando os esborrachava com uma palmada repentina, batendo a continência, pedindo licença para quem, do alto da sua posição, graduação mais elevada, mal se mexeu, entreabriu os olhos e... permitiu, perguntando-me o que pretendia!!!...
... disse-lhe o que se passava, o que me atormentava, a recomendação que levava para um primeiro sargento, de que não me recordo o nome, por parte dum amigo comum que mencionei!!!... Foi como um toque de varinha mágica, personalizou-se, com mais agrado apresentou-se como sendo o endereçado, pediu-me a carta, abriu-a, leu-a com atenção, perguntou-me pelo amigo, dobrou-a com muito cuidado, meteu-a no bolso da camisa e... disparou:
... olhe, meu amigo... em terra de cegos, quem tem um olho é rei!!!... Virou-me a costas!!!... Quedei embasbacado!!!... Mais tarde verifiquei que me tinha dado a melhor ajuda que me poderia dar, fez-me abrir os olhos, ver que a vida não era pêra doce, que tinha que me desenrascar por mim próprio!!!... Daí para diante foi o que fiz, arranjei colocação, ascendi no lugar, no respeito que tinham por mim, impus-me... aos poucos e, mais tarde, tive oportunidade de pagar o “favor” a esse senhor, quase da mesma maneira ou pior, sem intuito de vingança, cumprindo o dito à letra!!!...
... decerto se lembrou que... em terra de cegos, quem tem um olho é rei, posição inversa da primeira, necessitando de encosto e eu, cantando de galo!!!... Cá se fazem, cá se pagam!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...
domingo, 24 de fevereiro de 2008
... já cheguei a uma fase... (antiga)
…cheguei a uma fase que, por farto e contristado, já não está em mim culpar a classe política que nos conduz, quando no Poder, que nos induz e nos entretém, tentando convencer, quando na oposição, procedendo de modo calculado, estrategicamente delineado, face a eleições, as que se sucedem e os mantêm, eleitos ou não, claro!!!… Quase que desisti, falo por mim, por agora e na hora!!!... Vou ficando saturado de atitudes, de palavreados insensatos, de trocadilhos chocarreiros e hipócritas, sempre os mesmos… para não destoar, politiquices de treta, sem conteúdo algum, repetitivos, abusivos, tal como dos que, como eu, (… farto de mim???... Não creio!!!..) se entretêm falando ou escrevendo, tomando como base as excelsas personagens, possuidoras de ideologias demagógicas e populistas, algumas… mais sérias e construtivas, outras, muito poucas!!!... Caímos num impasse, num descrédito total, ficámos baralhados, confundidos, por mim falo, é evidente!!!... Tento ser coerente comigo próprio, manter determinada linha de pensamento, alinhar por e com… alguns, que me parecem mais honestos, dignos e éticos mas, com o tempo, depois de os avaliar, desisto… por falta de merecimento de quase todos, em geral!!!... Afinal, não deixam de ser o que são… políticos profissionais e eu, pobre de mim, simples e vulgar escrevinhador, pessoa sem valor algum, aos poucos, vou desacreditando, cada vez mais!!!...
“Governo proibido de comprar carros e edifícios em 2006
Foram divulgadas, pelo Executivo, as regras para o Orçamento de 2006. De entre as medidas que vão ser tomadas para reduzir a despesa pública, na administração central, consta a proibição de compra de viaturas e de edifícios.”
… faz levantar o astral, um pouco, quiçá!!!...
… há um período, muito curto e fugaz, em que nos valorizamos, nos consideramos, cidadãos livres e democratas!!!... Altura única e preciosa, isolada, de tempos a tempos, com ou sem contratempos, esporadicamente… aquela em que, os que ainda se vão em futebóis, como eu, como mais alguns, quando cumprimos… como deve, o tal dever cívico, o de colocar a cruzinha no boletim, encaminhando-o para a urna respectiva, na junta de freguesia a que pertencemos e, depois… feitos basbaques, aguardamos, com ansiedade, o resultado das eleições, porque delas se trata, pensando que ganhámos ou que perdemos, que ficámos bem ou mal posicionados, sendo ou não militantes, não tendo nada que ver com o assunto, simples e modestos simpatizantes, crentes e crédulos, expectantes nos quedamos!!!... Nessas alturas, pelo acontecimento, ganhamos um pouquinho de capricho, de incentivo!!!… Aguardamos, esperançosos e risonhos, que a consciência dos que se dedicam a essas práticas se revele como um bem colectivo, um facto positivo, frutuoso, em benefício da Nação, a de todos, nossa e dos políticos, sem excepção, numa verdadeira democracia, naquela em que teimo acreditar, para meu bem, para meu mal, já não sei bem onde me situar!!!... Lá vamos… uma e outra vez, insistimos, persistimos, teimamos!!!... Em vão, pelos vistos!!!...
“Cinquenta fogos activos
O incêndio de Pampilhosa da Serra continua a ser o mais preocupante
Neste momento há 50 incêndios por circunscrever, em Portugal. O fogo que lavra em Pampilhosa da Serra continua a ser o mais preocupante.”
… ficamos de rastos, é evidente!!!...
… vou ficando farto e desiludido, garanto!!!... É que, passados que são trinta e tantos anos de tentativas, ainda não acertámos, pelos vistos!!!... Quanta vontade tenho de ver o meu País, tal como o penso, tal como o sinto, mais equilibrado, solidário e social, sem parasitas da política, carreiristas de curtas vistas, egoístas dos sete costados, aldrabões de primeiríssima água!!!... Quanta vontade, meu Deus!!!... Bem sei que a política… é coisa feia, plena de malabarismos, de mentiras, inverdades, pouco ou nada transparente, embora afirmem o contrário, especialmente os que dela se governam!!!... Bem sei que, por mais promessas que nos façam, os ditos… chega uma determinada altura que tudo negam, dão uma desculpa qualquer, igualam-se aos que combatem, sendo, com ligeiras alterações, indeléveis, esbatidas, feitos da mesma massa, políticos, como deve, (… tão pouco são amigos dos próprios amigos e camaradas, como sabemos!!!...), bem sei que gente desta, no horizonte, tem em grande destaque… honrarias mil e mordomias aos pontapés, benesses em barda, muito acima do cidadão vulgar, gozando de privilégios exacerbados, quanto a imunidades e impunidades!!!... São uns excelsos, governam-se bem, têm futuro prometedor, segurança assegurada… não lhes falta nada!!!... Sobra-lhes o paleio, tal e qual!!!...
“SIC
Sócrates elogia trabalho dos bombeiros
Primeiro-ministro garante também apoio às populações e autarquias afectadas
O primeiro-ministro, José Sócrates, elogiou hoje o trabalho dos bombeiros portugueses num "fim-de-semana terrível" de incêndios que levou o Governo português a pedir ajuda à União Europeia”.
… garantias e… elogios, com fartura!!!... Vamos ver no que dá!!!...
… para chegar a este ponto de descrença, quanto a política e a políticos, muitos foram os figurões que, para isso, contribuíram!!!... Quantas vezes não os tenho criticado, quantas vezes não os aponto como autênticas nódoas da nossa democracia???... Tantas que, por demasiadas… já aborreço!!!... Pelo sim, pelo não… não resisto:
- “Desenvolvimento pressupõe participação"
João Jardim apela à participação dos portugueses no desenvolvimento
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, defendeu hoje a participação activa dos portugueses no desenvolvimento do país.” SIC
… sim, é por este e por outros do mesmo calibre que… cheguei a esta fase, farto e contristado!!!... Mas, podem crer, como teimoso que sou, não desisto… INSISTO!!!... Sherpas!!!...
... incorpório!!!...
…incorpóreo, volátil, distinto,
tantas vezes me disfarço,
que, por vezes, não distingo
o que vejo, o que faço,
quando imagino, invento,
quando me coloco, me personalizo,
quando intento, quando penso,
quando me sinto, me realizo,
quando reflexiono, sem sono,
sobre vidas tão diversas,
tão distantes, tão dispersas,
que, por mim, não preciso,
pensando com juízo,
liberto, sem dependências,
concreto, tão real,
apartado das excelências,
as que provocam o mal,
as incapazes, ineficazes,
sem valias, de pouco siso,
faladoras imprecisas,
pouco realizadoras,
mágicas, sem magias,
disfarçadas de protectoras,
simples… prometedoras!!!...
… se, de mim, dependera,
a cura de todos os males,
o equilíbrio total,
a justiça social,
em todo o Mundo, na esfera,
sendo mais alma, sentimento,
não hesitaria um momento,
far-me-ia plural,
acorreria, com presteza,
tal bombeiro responsável,
com carinho, com certeza,
sendo samaritano inevitável,
uma sombra protectora,
um alimento certo, durável,
um abrigo, uma cura, ombro amigo,
daria a quem necessitasse,
como figura acolhedora,
tudo o que trouxesse comigo,
a quem, disso… precisasse!!!...
de me dividir, de me dar,
numa fuga, numa corrida louca,
veloz, prestável, coisa rara,
acudir aos inocentes,
proteger os mais carentes,
alimentar todas as bocas,
ser, não sendo… imponente,
feliz pelo devir,
distribuindo meiguices, sorrisos,
todos os que fossem precisos,
num constante ir e vir,
numa azáfama pertinente,
oportuna, adequada,
de ser imensas gentes,
gostaria de ter mil caras,
sendo tudo… não sendo nada!!!... Sherpas!!!...
... era uma saída!!!...
… era uma saída, um refúgio,
na minha juventude, naquele recanto,
quanto sonho, quanto encanto,
quantos livros lidos, imagens portentosas,
carinhos, doçuras, caminhos,
amores, ciúmes, ódio doentio,
vinganças, tramas, palácios,
aventuras espantosas,
fervilhavam na minha mente,
quando iniciava, me embrenhava,
folheando, freneticamente,
montes e montes de calhamaços,
amigos do peito, abertos, francos,
esquecido dos outros, recatado,
por ali, naquelas escadas, sentado,
feitas de madeira, com patamar,
mesmo no meio, o meu local,
que davam para uma ampla varanda,
na minha velha casa, quase adolescente,
crédulo e crente,
ávido de tudo que se me deparava,
quando escrito e descrito,
imerso, sonhador… devorava,
lendo, vivendo, sendo,
cavaleiro andante, enamorado,
audaz viandante, aventureiro, soldado,
paragens remotas, exóticas, paisagens repletas
de várias personagens… amigas dilectas!!!...
… deixava a rua, deixava os amigos,
buscava companheiro mais digno, certeiro,
mais dado comigo, bem juntos, unidos,
momentos de prazer, naquele recanto,
sentado nas escadas que levavam à varanda,
lugar sossegado, bem apartado,
leitura que se alarga, que nos comanda,
hábito antigo, jovem, pouca gente,
parado no tempo, imenso gigante,
dono do saber, enquanto lia, pensava,
tudo abarcava, quando sentia,
feliz, contente,
solitário, ausente,
naquelas escadas, enquanto vivia,
outras vidas, outras terras, outros procederes,
maneiras, vestimentas de quantos seres,
falares diversos, costumes estranhos,
peripécias diversas,
costumes, pensares, filosofias,
meus sonhos cativos… doces manias!!!...
… quando lembro, sinto dor profunda,
recordo aquelas horas, aquelas fugas,
leitura nas escadas, lugar isolado,
imerso, calado,
uma luz me afaga, me inunda,
um sorriso se desenha nos meus lábios,
quantas guerras, quantas turras,
só lês livros, romances, aventuras,
não te dedicas, não te aplicas, não estudas,
pais aflitos que me admoestavam,
quando, por acaso… me encontravam!!!...
… foi hábito, dedicação aturada,
relação que mantive, que mantenho até,
naquelas alturas, naquela escada,
vontade enorme, promessa, acto de fé,
conluio, apego, puro desvelo,
entrega total, livros, meus donos,
objectos divinos, albergues de sonho,
quando os folheio, quando me disponho,
cheiro intenso a papel, folhear constante,
palavras gritantes, saberes que me dão,
me formam, nesta união,
simbiose perfeita… pura paixão!!!... Sherpas!!!...
estreitas e íngremes, com dois lanços,
na minha juventude, naquele recanto,
quanto sonho, quanto encanto,
quantos livros lidos, imagens portentosas,
carinhos, doçuras, caminhos,
amores, ciúmes, ódio doentio,
vinganças, tramas, palácios,
aventuras espantosas,
fervilhavam na minha mente,
quando iniciava, me embrenhava,
folheando, freneticamente,
montes e montes de calhamaços,
amigos do peito, abertos, francos,
esquecido dos outros, recatado,
por ali, naquelas escadas, sentado,
feitas de madeira, com patamar,
mesmo no meio, o meu local,
que davam para uma ampla varanda,
na minha velha casa, quase adolescente,
crédulo e crente,
ávido de tudo que se me deparava,
quando escrito e descrito,
imerso, sonhador… devorava,
lendo, vivendo, sendo,
cavaleiro andante, enamorado,
audaz viandante, aventureiro, soldado,
paragens remotas, exóticas, paisagens repletas
de várias personagens… amigas dilectas!!!...
… deixava a rua, deixava os amigos,
buscava companheiro mais digno, certeiro,
mais dado comigo, bem juntos, unidos,
momentos de prazer, naquele recanto,
sentado nas escadas que levavam à varanda,
lugar sossegado, bem apartado,
leitura que se alarga, que nos comanda,
hábito antigo, jovem, pouca gente,
parado no tempo, imenso gigante,
dono do saber, enquanto lia, pensava,
tudo abarcava, quando sentia,
feliz, contente,
solitário, ausente,
naquelas escadas, enquanto vivia,
outras vidas, outras terras, outros procederes,
maneiras, vestimentas de quantos seres,
falares diversos, costumes estranhos,
peripécias diversas,
costumes, pensares, filosofias,
meus sonhos cativos… doces manias!!!...
… quando lembro, sinto dor profunda,
recordo aquelas horas, aquelas fugas,
leitura nas escadas, lugar isolado,
imerso, calado,
uma luz me afaga, me inunda,
um sorriso se desenha nos meus lábios,
quantas guerras, quantas turras,
só lês livros, romances, aventuras,
não te dedicas, não te aplicas, não estudas,
pais aflitos que me admoestavam,
quando, por acaso… me encontravam!!!...
… foi hábito, dedicação aturada,
relação que mantive, que mantenho até,
naquelas alturas, naquela escada,
vontade enorme, promessa, acto de fé,
conluio, apego, puro desvelo,
entrega total, livros, meus donos,
objectos divinos, albergues de sonho,
quando os folheio, quando me disponho,
cheiro intenso a papel, folhear constante,
palavras gritantes, saberes que me dão,
me formam, nesta união,
simbiose perfeita… pura paixão!!!... Sherpas!!!...
estreitas e íngremes, com dois lanços,
... a diferença é enorme!!!...
… a diferença é enorme,
entre os que comem, os que têm fome,
os que desbaratam fundos,
percorrem Mundos,
juntam riquezas,
fumam charutos, caros e raros,
rodeiam banquetes, nas suas mesas,
vestem do bom, com fartura,
fazem sorrisos, cara dura,
tal como se faz… tal como se fez!!!... Sherpas!!!...
quando escondem, não confessam,
dão palmadinhas reconfortantes,
aos seus iguais, aos extravagantes,
numa influência vergonhosa,
corrupta, promíscua, dengosa,
esquecendo o que são, uma passagem,
entregues que estão, imensa voragem,
calcando os humildes, não dando perdão,
que se enganam, acumulando,
cifrão, atrás de cifrão,
mais milhão, menos milhão,
mostrando, sem parcimónia…ostentando!!!...
… é enorme, a diferença,
entre os que não comem, os que não têm fome,
muito acima de credos, de qualquer crença,
aviltamento, desprezo, outro nome,
disfarçado de aparência, quando excelência,
elevado, rodeado pelos mais dilectos,
quem provoca a pobreza, é excrescência,
quem a ignora, a não chora, abjectos,
sem formação alguma,
ver um barraca, uns tarecos,
mulheres, homens indefesos,
sem tostão, mais que tesos,
num Mundo à parte, excluídos,
tratados como foragidos,
não engrandece seja quem for,
provoca mágoa, provoca dor,
dá oportunidade, mais uma valia,
sobre aqueles pobres, dali tirados,
mais uns terrenos, negócio, fantasia,
logros, promessas… depois de chutados!!!...
… a diferença, não se justifica,
entre a riqueza e a miséria,
alguns, com tudo, com excessos,
herdados, criados ou… adversos,
mais que contestados,
quando não justificados,
num desequilíbrio profundo, degradante,
tal como dantes, nos tempos do tratante,
pouco mudámos,
depois de ver, avaliar,
só temos o privilégio de falar,
de escrever o que nos passa pelo toutiço,
ah… e de votar,
quando nos sentimos, como ficámos,
ganhou o meu, o teu… perdeu,
foi o que nos valeu,
depois volta ao mesmo,
com cartilha repetitiva, a esmo,
esquecendo, vivendo sem viver,
sofrendo, com o que se não deveria ver,
nesta democracia de brincar,
sempre em, frente, sem alterar,
errando, uma e outra vez,
são hipócritas, quando rezam,
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