sábado, 14 de junho de 2008

... as gordas com... a EUROPA, às voltas!!!...

... bairro de lata!!!...



... já me imiscuí por paragens dantescas de miséria,
olfactei odores pouco agradáveis,
chusma de excluídos, maleita séria,
vi cenas de pobreza extrema,
passei por barracos feitos de chapa, de latão, de cartão,
cirandei pela sala principal destas gentes,
a rua que os abriga,
doença grave que se não cura, sempre na mesma,
o esgoto que corre bem ao meio,
de fome,
grande barriga,
regato onde brincam crianças quase nuas,
sorridentes com todos os dentes,
cabeças à chuva, ao vento, ao sol,
sociedade desconforme,

apesar da boa intenção,
proferida por quem governa, que afirma,
ridículo encartado,
quando se perfila
perante os que lhe dão relevo,
mavioso enlevo,
qualquer câmara de televisão,
pasquim com tiragem suficiente, orquestração,

homens sentados, velhos, novos,
batendo cartas, pensativos,
trapos que são lavados em águas sujas, ali à porta,
gestos repetitivos,
som que se atira, mais forte, estridente,
chamamento, ameaça,
gritos aflitivos,
lancinante apelo a um Deus que ignora
quem sofre, quem pena, quem chora,

uma risota, uma chalaça,
encolher d´ombros,
aceitação,
passar do tempo naqueles escombros,
ruinhas estreitas, amontoado d´almas,
fumaça que se solta dum braseiro aceso,
sardinha assada, pequeno acervo
para tanta boca à mingua,
saliva na boca, papila que lembra, ponta da língua,
dali emerjo,
afluo,
recuo,

sítios parecidos, favelas que se aglomeram,
pessoas que esperam
quando desesperam,
sorte ou destino que se abate,
fúria que arrasta,
tortura que mata,
chuvada que passa,
rio que engrossa, lençol lamacento que se estende,
submerge o que encontra,
se mostra na montra,
milhares que se apagam,
rostos inexpressivos
mais mortos que vivos,
sombras indefinidas tão desvalidas,

são corpos, são mortos
de fome, plenos de desgraça,
foice que cega, terrífica que... passa,

sempre assim foi, continuará sendo,
não se importando, lá vão,
enquanto, gemendo,
desvalidos se encostam aos montes,
lugares perdidos pelos continentes,
sobras, restos,
horrendos manifestos
duma civilização que se perdoa
quando entoa
oração a preceito, num templo,
evoca ou avoca em seu proveito,
esquecendo defeito,
aquilo que vejo, agora contemplo,

memória que fica,
passagem que marca,
fúria que sinto num bairro de lata!!!... Sherpas!!!...

... balelas!!!... (antiga)

…quando me tocam nos trapinhos, não me importo… indeléveis pergaminhos, fraldas de camisa, mostro-a toda, à dita!!!... Sou pródigo no mostrar… tanto, como no escrevinhar, cioso com certos termos, com expressões, muito minhas… dão-me alegria, proporcionam-me gozo, quando as repito, até à exaustão, pois então!!!... Repetitivo… admito!!!...

…balelas, meu caro… não me vou com elas, é evidente!!!... Conhecer-me… ná!!!... Gostaria mas, para isso… teria de ler muita coisa minha, neste e em muitos outros fóruns mais, de há três, vai para quatro anitos, para cá… talvez!!!... Nuns… fui perseguido, denegrido, amesquinhado, enrolado com suspeições de treta, por intermédio duma coisa escura, negra, medonha e, pelos vistos, insisti, persisti, cá me encontro, continuo, igual a mim mesmo, como sempre fui, tal e qual!!!... Estou mostrando a fralda… da camisa, de livre e espontânea vontade, pura verdade!!!...

… dou-lhe pistas, se as quiser… basta indagar, para me conhecer, afinal!!!... Havia um fórum libertíssimo, sem barreiras, sem fronteiras, sem empecilhos… o da T.S.F., na Internet, o que fecharam, não sei porquê!!!... Muito para lá escrevi… respeitando, respeitando, sempre!!!... No fórum da Visão… também participei, por lá andei, encontrei monstros, muito piores do que o Mostrengo, estou a ser justo, soube suplantá-los, coloquei-os no lugar devido, abandonei… porque era coartado, não gosto!!!... No da SIC davam prémios, punham-nos em relevo, ao longo duma semana, em evidência!!!... Ganhei uma resma deles, por lá conheci, tanto como no da Visão… alguns dos que por aqui pululam… tive um pesadelo, uma coisa escura e negra, péssima, lodosa, medonha, como já disse atrás… levantou-se uma confusão, à qual fui, completamente alheio e… terminou, acabou!!!... Paralelamente a este, o do Sapo… por gosto, por afeição (…quer dizer simpatia, está bom de ver!!!...), além dos blogs, individuais, muito meus, partilho outros fóruns, no momento, agorinha mesmo!!!... Estou mostrando os meus trapinhos… indeléveis pergaminhos, cheio de boa intenção!!!...

… encontrei, em campos adversos, com ideias contrárias às minhas, pessoas íntegras, respeitáveis, sabedoras profundas do que escreviam!!!... Alguns… abusavam, com gráficos, com estudos, com citações de falecidos!!!... Enfim, desapareceram!!!… Por vezes, tenho saudades deles, quiçá!!!... Está a ver… para me conhecer, teria de ler, muita escrevinhadela minha!!!... Era obra!!!... Há quem desista… ao fim de 2 ou 3 mil comentários reduzidos, por considerarem muito!!!... Nunca os contei mas, pelo que tenho, pelo que guardei… coerente comigo próprio, sem mentiras, sem lamas, sem ser corneta de ninguém, devo ter, bem grandes, imensos… mais de dez ou doze mil!!!...

… seria tarefa árdua, pesada… com muitas reticências, com muitas lamúrias, entediantes, como escreve, como diz!!!... Todas elas, as referidas… baseadas na realidade, mais que verdades, dúvidas que, com o tempo… se concretizaram, me deram a razão!!!... Não sou bruxo, não acredito neles… mas que os há, calculo que sim, como dizem e escrevem os espanhóis, à maneira deles, é evidente!!!...

… em relação ao Santana, ao Sócrates… não pretendo ir por aí, talvez me excedesse em relação ao mulherio!!!... Julgava, por mim penso… dar-lhe galões, no grupo a que pertence, o das toiradas, o dos fados, o dos garanhões (… com respeito… sem partilhar dessas ideias, confesso!!!...)!!!... Se ofendi, faço como ele… peço desculpa (… não sei… se já pediu!!!...)!!!... Penso que as pessoas, com o que têm… fazem, em liberdade, o que muito bem entenderem!!!... Não deixam de ser… o que são!!!... Ponho um ponto… na questão!!!... Com lamas, com tramas… não me entendo, não compreendo!!!... Muito mais escreveria mas… mais balelas, as minhas, tal como as do Mostrengo, por muitas que fossem, não adiantaria!!!... Por aqui… me quedo, por enquanto!!!...

… quanto a iluminados, convencidos e outras coisas mais… são despropósitos, sem fundamento algum, quanto a mim!!!... Sobre os fujões… sei que é difícil de engolir mas, fugiram os dois!!!... O Zé Manel Barroso, nas suas funções… só se beneficiou a ele próprio, colocou atrás das costas, carradas de problemas, um País em recessão e… obsequiou, como só ele sabe, um amigo (???...)!!!... Guterres, pelo incómodo provocado por uma oposição de terra queimada, a de Durão, ainda me lembro… fez o mesmo, pois então!!!... Não há voltas a dar… ao que aconteceu, nem com loas, nem com mentiras, nem com lamas, nem com tramas, é evidente!!!... Enfim… coisas do camano!!!... Sherpas!!!...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

... as gordas com... lockout incontrolado!!!...

... de mãos dadas!!!...




… de mãos dadas, naquele planalto,
bem no cimo, olhando o horizonte,
difícil acesso, inverso,
quando subindo, um excesso,
esforço penoso, calculado,
já pensado, cá em baixo, desejo,
antevisão da amplidão, lá do alto,
doce sensação, ambição, anseio,
mal me vejo, quando penso,
contigo ao lado, doce enleio,
vontade que faço, enquanto ascendo,
subindo, ajudando, sorrindo,
de socalco em socalco,
vamos indo,
descansando, penando, sofrendo,
esforço voluntário, objectivo,
atingindo o cume, chegando ao cimo,
olhando a planura que se estende,
que se prolonga, se prostra, se rende,
nos reduz, num contraluz,
diminui, pela grandeza,
pela beleza que nos inunda, realeza,
num trono natural, buscado,
depois de elevados, conduzidos,
de mão na mão, bem unidos,
embevecidos, lugar conquistado,
Paraíso… encantado!!!...

… acolhedor, ponto, referência,
pedaço de terra, monte, altura,
planura quase inacessível, atingível,
esforço que se comete, exigência,
com que dificuldade, agrura,
empreendimento custoso, visível,
satisfação plena, isolamento completo,
longe de tudo, fora do Mundo,
sossego que nos rodeia, repleto,
males que afasta, esquece,
ódios e guerras, invejas, soberbas,
tudo se esbate, desaparece,
do alto onde subimos, terras ermas,
paragens de sonho, bem elevadas,
somos Deuses, somos superiores,
por instantes, simples nadas,
tão iguais… tão inferiores!!!...

… conquistámos os céus, chegámos bem alto,
de degrau, em degrau,
subindo, com gosto,
num entardecer, o Sol quase posto,
vimos a Terra, pintada a esmo,
tudo no sítio, espalhada no horizonte,
num planalto bem ermo,
afastados do caos, bem longe,
dos males que nos afligem, perseguem, até,
que nos instigam, massacram,
nos tiram a fé,
arruínam, arrasam,
pestilentos, controversos,
destroem, trucidam, matam,
insensíveis, sangrentos,
quereres de vulto… por teres, espaventos,
por tristes momentos!!!... Sherpas!!!...

... começámos!!!... (antiga)




…começámos, então, com pequenas incursões, estadias curtas, género excursões em grupo, aqui ao pé, mais ao longe…atrás duma sombrinha, duma varinha, dum ou duma guia, ouvindo história, ouvindo memória, muita dela já sabida, pelos livros, os adequados, claro!!!...Um aborrecimento, um sacrifício, enfim…passou-se e, desta maneira, conhecemos Andorra, Benidorme, ou bebe e dorme, segundo o tipo de vida que lá se faça, Roma e um círculo de trezentos quilómetros à volta, visitando igrejas, mosteiros, monumentos, vendo estátuas, ruínas… continuando ouvindo história, pela voz dos profissionais, os guias turísticos, sempre atrás dum jornal enrolado, duma sombrinha, duma varinha, encaminhados, encarneirados!!!...Do mesmo modo, uma aberração, visitámos a Grécia, navegámos no mar Egeu, estivemos em Hidra, salvo erro, há quantos anos, Deus meu!!!...Foi uma fartura, uma repetição da história antiga, no local, melhor dizendo…nas ruínas, onde os factos se passaram!!!...Ficámos saturados…desse tipo de viagens e, demos-lhe a volta!!!...

…começámos por Espanha, com carro próprio, sós, os dois, como entendíamos, como sabíamos, indagando, aos poucos!!!...Para o sul, pela Andaluzia, pelas praias atlânticas e mediterrâneas, com instalação em hotéis, procurados no momento, na hora da chegada!!!...Mais para o centro, subindo para nordeste, até Barcelona, cidade digna, bela, bendita…dos meus amores!!!...Por terras de Leão, por terras de Castela, até à Galiza, à la Coruña, pelas Astúrias, por Cantábria, pelo País Basco…pela Catalunha, como já mencionei…pelas muitas Espanhas, desta Espanha, continuidade da Península Ibérica, terra vasta, de muitas línguas, de muitos usos e costumes, com alguns picos geográficos, sociais, políticos!!!...Cada viagem, no nosso carro, como gostamos, libertos, sem imposições, com inteira liberdade…aprendemos muito, conhecemos bastante, mais do que em qualquer compêndio de história, mais do que com qualquer espécie de guia, com sombrinha, com jornal enrolado ou…com uma varinha!!!...

…mais tarde, mais experientes, fizemos a primeira grande viagem da nossa vida, com um casal amigo, de automóvel, durante trinta e tantos dias…atravessámos toda a Espanha, de noite, pela fresquinha, era Verão, já lá vão vinte e tantos anos, fomos por essa Europa fora, passando o Canal da Mancha, num grande barco, de Calais a Dôver, conduzindo pela esquerda, subindo o território inglês, indo até à Escócia, regressando e…continuando, passando por França, por Holanda, por Alemanha, a democrática e a federal, com muro de Berlim, nas portas de Brandenburgo, por Áustria, por Suiça, por Itália…uma fartura, até à antiga Jugoslávia, usufruindo as grutas de Postojna, visitando Ljublejana e Rijecka, os nomes podem estar mal escritos, escrevo-os como os pronuncio, no momento, sem me dignar, sequer, consultar um mapa para me certificar, tal o entusiasmo…com que escrevinho estas palavras!!!...Recordações de uma viagem grande, de sonho, de pasmar!!!...Era a primeira…desta maneira, conduzindo um Mercedes, o dos meus amigos, companheiros nossos, na dita!!!...Desculpem lá!!!...Eu depois conto…está bem???...Abraço do Sherpas e BOAS VIAGENS!!!...

terça-feira, 10 de junho de 2008

... as gordas, no dia da raça (???...) com... ricos!!!...

... exigir e... denunciar!!!... (antiga)

…exigir e… denunciar, duas palavrinhas pequenas, de somenos importância, apenas!!!... Quanto a significado, quanto a resultado, desde que levadas a sério, com intenção de mudar, com vontade de melhorar… quantos e quantos benefícios, não nos trariam, certamente!!!... A nossa sociedade está impregnada de pequeninos, de gentes que, por uns tostões, por uns sorrisos, por umas simples palmadinhas nas costas, por um emprego a preceito, por um favor, por um jeito… se deixam levar no bote, se deixam enrolar, se transformam em canídeos, de rabinhos a dar a dar, satisfeitos com eles próprios, nas suas vidas direitinhas, acomodadas, conformadas, como se nada!!!... É um facto… um evidência, a subserviência ao patrão, a quebra de espinha, quando curvada, à excelência, o favorzinho que se aguarda, com emoção, a tal lei da rolha, lei da cunha, a abnegação, a entrega total a quem nos dá migalhas, nos proporciona bem-estar, aparente!!!... 

… tornamo-nos egoístas, de curtas vistas, quedamo-nos pelo nosso entorno, pelo âmbito restrito a que pertencemos…. esquecemos quem somos, vamos sendo, uns vendidos ou comprados, manipulados, ao jeito dos que puxam os cordelinhos, bonequinhos de S. Aleixo, marionetas, simplesmente!!!... Foi assim, durante muitos e muitos anos, em tempos da ditadura… continuou sendo, continua!!!... É simples, basta ver, basta entender, basta perceber!!!… A complexidade, desta triste e lodosa verdade, a nível sociedade civil, a nível partidos políticos, é um facto, tanto no Poder Central… como no mais distanciado, no local, nas autarquias, nas freguesias, nos futebóis, tantos e tantos sóis, com planetas circundantes, com cometas, com estrelas brilhantes ou cadentes… indiferente!!!... 

 … o que tem a massa, o que tem a pasta, desde que mal formado… manobra, põe e dispõe, impõe, como Deus Omnipotente, como energia sobranceira, primeira, perante os que… não exigem, se contentam com as migalhinhas que lhes dão, numa aparente igualdade!!!... Tanta e tanta inverdade!!!... Não vou, com estas minhas palavras escritas, está bom de ver… incitar ao levantamento nacional, como o outro, ainda há dias, nem tão pouco tenciono mudar maneiras de pensar!!!... Cada um pensa, como bem entende, desde que pense… como gente!!!... Parasitário… indiferente, egoísta com as suas coisinhas e com os seus, completamente apartado do que o rodeia, é que não!!!... Eis a questão!!!... 

Exigir… pelo bem colectivo, que as coisas mudem, que levem outro caminho, que vivamos numa democracia, de facto, para ser exacto!!!... … dá pena constatar que o nosso País, agora mesmo, com peias, com loas, com patranhas, com mentiras… por não exigir, vai cair, uma vez mais, no conto do vigário (… talvez não… está nas nossas mãos!!!...) !!!... Eles estão aí, à americana, fazendo chicana!!!... Distinguir o trigo do joio, exigindo uma sociedade equilibrada, normal, sem discrepâncias!!!... Exigir… porque é nosso direito, está em nós, desde que queiramos!!!... 

Nós, não somos o todo, somos uma pequena parcela!!!... Se olharmos para o nosso umbigo, esquecendo o do outro… a coisa vai agravar, qualquer dia, quando menos esperarmos, vai cair em cima da nossa cabeça, também!!!... Exigir… é preciso!!!... … denunciar, a outra palavra que, só de a escrever… me faz arrepiar, me sinto constrangido, diminuído!!!... Não, não é nesse sentido, o de dar com a língua nos dentes, na altura menos indicada, menos conveniente, duma maneira indecente!!!... Nem pensar!!!... Não sou favorável a bufos, na gíria do bom malandro, nos grupinhos de treta, nos marginais, com regras, com posições, com ilusões!!!... 

Compreendo-os, embora não partilhe, claro!!!... São outras denúncias, as que, se forem feitas… muito contribuirão para o equilíbrio harmonioso da sociedade a que pertencemos!!!... Denunciar o traficante, o ilegal, o que foge ao Fisco, o que manipula as contas, o que não as apresenta, o que não passa factura, o que joga à parte, o que se governa não pagando, como deve… o que governa mal, quando Poder, o que não respeita os cidadãos, os que, pelo proceder… também o não são, a pobreza, a miséria, a doença, a indigência, o desleixo, o laxismo, o abuso, a justiça que se não pratica, que é morosa, a irresponsabilidade que campeia, a incompetência, o compadrio, a corrupção… entre outras tantas!!!... Que o Mundo vai mal, lá dizia o A. Aleixo!!!... 

Penso que agora… é a hora de pôr em prática, fazendo, concretizando estes dois verbos, pequeninos, simples palavras, coisas de nada, de capital importância, de enorme significado: - EXIGIR e DENUNCIAR, pois então!!!... … queremos uma sociedade equilibrada, justa, sem mazelas graves, as que se arrastam, as que continuam, as que se eternizam!!!... Vai sendo tempo… com verdade!!!... Portugal merece!!!... Pensamentos, momentos, reflexões… simplesmente!!!... Exigindo, denunciando e… fazendo manguitos, como os do Zé Povinho, figura sempre actual, a do Mestre Rafael Bordalo Pinheiro, morto, vai para cem anos, faz agora… sempre presente, como gente, de corpo inteiro, é evidente, não simples amostras… como as que nos querem dar!!!... 

 …denunciar, sem intenção de nos transformarmos em queixinhas, fazendo a nossa obrigação de cidadãos conscientes, de gente que sabe o que quer, não substituindo o papel fundamental do Estado, o de fiscalizar, o de ser eficaz e cumpridor… no seu papel!!!... Exigir e denunciar… para obtermos uma sociedade justa e digna, equilibrada, moderna, do século XXI, sem exclusão social, em qualquer zona do País!!!... Está em nós… ao nosso alcance!!!... Assim o queiramos… no dia 20FEV 2 005!!!... Vamos ver no que dá!!!... Sherpas!!!...

... estava um dia de calor!!!... (antiga)




… estava um dia de calor, como tem sido norma, abafado, molengão e eu… com aquele maldito desejo, vontade que me perseguia, desde há uns tempos atrás, recordação de sabores, doutros dias, quando mais novo, em tertúlia amena, doce cavaqueira, com petisquinho a preceito, bem acompanhado de cerveja fresca, em tubos ou imperiais, canecas disparatadas, que bebia voluptuosamente!!!... Sempre gostei… sem abusos, com conta, peso e medida, é evidente!!!... Nunca fui para borracheiras, alegrote, quando muito… vezes por outras, claro!!!...

… e, aquele maldito desejo, me perseguia constantemente!!!...

… fui levar a minha mulher e a minha cunhada à praia, desta vez dispensei o local, o fresco do mar que sempre me maravilha, me encanta, me atemoriza… quando penso!!!... De caminho, com aquela cisma, virei o volante do carro para um determinado cantinho de petiscos e de copos, não me contive, quase fui obrigado, tal a vontade, a recordação do sabor, sozinho, não em tertúlia premeditada, combinada, com intenção de satisfazer apetites, como deve!!!...

… a gula, desta vez… foi mais forte, impôs-se!!!...

… estacionei a viatura pertinho da esplanada, meia tarde, quente e molengona!!!... Dei uns passinhos, entrei, perguntei se tinham o que me andava a perseguir, o tal pitéu, nada mais do que amêijoas, (… das pretas, mais carnudas e saborosas!!!... ) feitas num fiozinho de azeite, com muito alho e coentros, bem temperadas, com molho grosso e guloso, regadas com sumo de limão!!!... Sempre apreciei bivalves, mais estes, preparados à maneira!!!... Disseram-me que sim… exultei!!!... Ia satisfazer um gosto, um desejo, fazer de conta que era novo… de novo, empinar umas imperiais, pois então!!!... Sentei-me, expectante!!!... Olhei ao meu redor e vi que… a dita esplanada tinha pouca gente, dois ou três casais, dois rapazes, mais à frente, ali ao pé!!!...

… lá veio o rapazito, empregado de serviço, com uma imperial fresquinha!!!... Dei-lhe um pequeno sorvo, saboreei!!!... Passado um instante surgiram, como por obra de milagre, as causadoras das minhas agruras gustativas, tão lembradas e desejadas!!!... Tinham bom aspecto, mais um pãozinho torrado… uma maravilha!!!... Há quanto tempo, meu Deus!!!... Sublimação!!!... Fui petiscando e bebendo, não muito… acompanhando, com regra, a esmo, com gosto, deliciado!!!...

… o desejo, foi-se satisfazendo, aos poucos!!!...

… no meio de tudo isto, ali ao pé, surgiram duas velhotas, já entradotas, na casa dos oitenta e tais, ainda brejeiras, desenxovalhadas, cheias de calor, falando em voz alta, uma com a outra!!!... Uma delas encaminhou-se para uma mesa, puxou duma cadeira, sentou-se, convidou a amiga!!!... Esta, temerosa e humilde… ainda recusou, apresentou as suas razões mas, com a insistência da amiga, acabou por fazer o mesmo, comentando para os dois rapazes que estavam por ali!!!... Um deles, sorrindo, fez-lhe um sinal de concordância, incentivou-as!!!... Por lá ficaram!!!... Estava mais fresco, tal e qual!!!...

… entretanto, quando pedi a segunda ou terceira imperial (… não passei desta, garanto!!!...) disse ao empregado para levar duas águas frescas às idosas, para pôr na minha conta, com a recomendação expressa… de lhes dizer que era oferta da casa!!!... Ele compreendeu as minhas razões, assentiu e lá apareceu com duas garrafas de água e dois copos!!!... As velhotas estranharam, perguntaram e o rapazito lá lhes disse o que eu lhe tinha pedido, que era obséquio da cervejaria!!!...

… duas garrafas de água, numa esplanada, numa tarde quente e abafada… para duas velhotas, na casa dos oitenta e tais!!!... Pobres e temerosas, gente humilde… não habituada!!!...

… aceitaram as ditas, recusaram os copos, guardaram-nas no saquito das compras… por lá se quedaram!!!... Terminei o meu repasto, contente comigo próprio, pelo petisco, pelo gesto, pela satisfação dum desejo antigo!!!... Paguei, meti-me no carro… fui buscar a minha mulher e a minha cunhada à praia, ali perto!!!... Coisas!!!...

… Povo que… lavas no rio!!!... Sherpas!!!...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

... as gordas com... lockout!!!...

... alma que se eleva da TERRA!!!...

… alma que se eleva da terra, se perde na justa, na guerra,
no confronto estrondoso das armas que se cruzam,
se chocam,
cavalos esbaforidos, velozes, tão leves, contrastes,
fúria desvalida com que embates,
metais que transportas,
quando encontras postura cerrada,
na vida pujante que sentes, encontro com mortes,
crinas esvoaçantes, alucinação repentina, ventos que cortas,
fragor imenso, troar dos cascos, gritos, rasgos,
beleza brutal, elevação dum corpo pesado, quando te portas,
quando transportas, tão natural, leveza tão forte,
cavalo alado, mitológico, Pégaso indomável,
fantasia que recria a fortaleza dum ser
com vida, perante a morte!!!...

… tempos de luta, correrias loucas,
embates estrepitosos, armaduras se amolgam,
reduzem tua ligeireza,
sob um Sol que se esconde, envergonhado,
na singular beleza,
incontida leveza de quem se lança, impetuoso,
na refrega dos homens, fúrias, zangas,
com que te conduzem, quando te esganas,
ocultando debilidades, duras realidades,
com que caprichas loucuras, inverdades,
dos que te conduzem p´rá morte,
essa a tua sorte,
irreversível destino, final ingrato,
duro trato,
contrário ao trote caprichoso, doçura inefável,
toques no dorso, crinas ao vento,
cascos tão leves,
salto invejável,
cavaleiro de momento,
elegância que sempre mostraste nas curvas do corpo,
requebros, meneios com que nos serves,
quando em passeio,
teu jeito, propenso, natural anseio,
todo um inverso daquele terror,
esvoaçando num ímpeto, sem custo ou temor!!!...

… não consigo separar imagens que me assolam,
animal tão belo, companheiro de corridas,
percursos que o imolam,
nobrezas sentidas,
locais tão diversos, vigores que te elevam, isolam,
esforços colossais, remansos que inebriam,
pujança que torna leves qualquer esforço cometido,
beleza que manténs, na paz ou no perigo,
porte majestoso, velocidade incontida,
quando veloz, recrias
leveza dum corpo que se entrega, já morto,
vontade perdida,
esvoaçantes, ao vento, tuas crinas castanhas,
tons que se misturam, belezas tamanhas,
teus trotes, teus toques, teus cascos tão fortes,
da terra te elevam, sons duma guerra,
relinchos comiserados, passeios atinados,
requebros, meneios… outros anseios,
contrastes, enganos, almas perdidas,
fugas e gestos… fúrias e vidas!!!... Sherpas!!!...

... alinhavar umas palavras!!!...




… alinhavar umas palavras,
arrumá-las, ao meu jeito,
com mensagem, com defeito,
palavras, com que lavras,
sonhos, ilusões, sentimentos,
num impulso, num repente,
em ocasiões, em momentos,
quando, como gente,
me sinto irmanado, solidário,
com a humanidade, em geral,
pensativo, solitário,
tentando aliviar,
minha dor, meus lamentos,
pelas chagas, pelo mal,
que vislumbro, em redor,
seja lá onde for,
por onde a tristeza, pairar!!!...

… dá-me para isto, confesso,
um molenga, mais que professo,
nasci assim, não mudo,
sofro por nada, por tudo,
não tenho emenda, admito,
pelos males, deste Mundo,
barafusto, berro e grito,
pretendo endireitar o torto,
afastar o imundo, o tosco,
acabar com o morticínio,
enaltecer o belo, o harmonioso,
enterrar o assassínio,
o perverso, o horroroso,
o promíscuo, o corrupto,
o pecaminoso, o imundo!!!...

… que está mau, dizemos,
pouco, ou nada… fazemos,
insistimos, criticando,
discutindo e falando,
pouca coisa, quase nada,
quando a vida, de tão virada,
se torna confusa, agressiva,
hábito, norma… permissiva,
hipócrita, de vencida,
cada vez mais pesada,
insensível, bem cruel,
bem amarga, como fel!!!...

… palavras, com que lavras,
textos teus, com intenção,
quando escrevinhas, quando alinhavas,
sentimentos e… emoção!!!... Sherpas!!!...

domingo, 8 de junho de 2008

... de borla... é mais barato!!!...

... viver!!!...



…viver dos outros, a vida,
triste consolo, grande ilusão,
vida monótona, vida rotina,
vida sem mágoas, sem paixão,
viver sem sonhos, sem fantasia,
sem amores, sem ódios, amorfo,
vida de sonsos, sem alegria,
vida sem vida, vida de morto,
viver enclausurado no convento,
sem um estímulo, como um frade,
vida interior, viver para dentro,
vida sem vida, vida de padre!!!...


…viver sem compartilhar,
sem repartir, sem oferecer,
sem dividir os sentimentos,
viver a vida, só por viver,
sem discórdias, sem contratempos,
sem satisfações, sem prazer,
viver bem, só por momentos,
viver por querer, sem crer,
viver sem nunca acreditar,
viver sem fé, ateu até morrer,
vida vazia que dá que pensar!!!...


…viver, por viver, uma vida inteira,
sem amores, sem uma família,
viver sem outros… à nossa beira,
vida isolada, vida em vigília,
vida pensada, muito fechada,
vida sem vida, da vida… sem nada!!!... Sherpas!!!...


... Tejo passado!!!... (antiga)

...ao meu País, que adoro, à minha cidade Lisboa, que amo, ao Tejo, sua moldura incomparável e bela, às suas gentes...essas gentes, as simples, as que tornaram grande, o nome de Portugal, no passado e, certamente, o engrandecerão, no futuro...com a humildade de quem se julga um insignificante e vulgar cidadão anónimo português:


-Há já muito tempo atrás/nestes sapais do nosso Tejo/viam-se tão poucas coisas más/não como agora as vejo/viam-se bandos de aves raras/gaivotas, flamingos e patos/as margens eram mais claras/belas ostras para nossos pratos/o marisco era muito, diversificado/o peixe abundava, havia faina/barcos de pequeno e grande calado/colhidas as velas, quando o vento amaina/plenas e coloridas, com vento forte/salpicavam as águas, como borboletas/era um rio vivo, cheio de sorte/um grande armário, muitas gavetas/um despensário, pronto a servir/corpos e almas, nas imediações/natureza prenhe, sempre a sorrir/fonte de inspiração e de ilusões/escrito e cantado pelos poetas/habitado por almas fortes e simples/prenuncio de tantos profetas/muito antes das descobertas/porto de abrigo, acolhimento/de partida, dos marinheiros/navegantes do sentimento/de comerciantes, de dinheiros/especiarias, gentes estranhas/espécies de muitos animais/de manigâncias e artimanhas/de andorinhas e pardais/retumbante e poderoso/no seu abraço com o mar/de todos, o mais formoso/neste cantinho, Portugal!...

...era assim, um rio, um caminho, um meio de alcançar outros Mundos, um rumo a seguir, no passado, uma vontade férrea de sabermos mais sobre o que não sabíamos!!!... Fomos enormes, demos novos Mundos ao Mundo... epopeia grandiosa, contra todos os elementos, contra a fúria dos oceanos, contra o tenebroso desconhecido que nos acobardava e nos acicatava, simultaneamente...o Atlântico foi o caminho, no passado e...agora???...será???... não será a altura de invertermos os passos, de nos virarmos para a Europa, aqui tão perto, com independência, sem servilismos, mantendo a nossa soberania???... É sempre tempo de repensarmos o que fizemos, é sempre tempo de apostar forte noutros valores, não descurando os nossos interesses e os dessas gentes que fizeram o País, os simples, os vulgares, os esforçados, essas gentes, grandes gentes...virados para a Europa sem descurar o mar que, queiram ou não, é nosso, é português, é Portugal!!!... Aos americanos já demos bastante de nós, os emigrantes, uma talhada significativa de portugueses que foram contribuir para o que os States são actualmente e...ponto!!!... Sherpas!!!...