domingo, 22 de junho de 2008

... as gordas com... ruas, que falam!!!...

... está cinzento!!!...




… está cinzento, faz um pouco de frio,
já choveu, parece que tem tendência para mais,
olho pela janela, lá fora, até me arrepio,
sinto o vento que passa, por detrás da vidraça,
interiorizo, entristeço, tempo que não mereço,
não oiço o chilreio dos pardais,
o Sol não brilha, escondido por densas nuvens,
castelos densos, imensos, outonais,
o tempo mudou, mostra outra cara,
a bolinha não para,
gira que gira, sem parar, assim penso,
na sua caminhada, apartada das tragédias, pequenas peças,
das alegrias, das festas,
destas criaturas, imaturas,
que se julgam donas dela,
quando não a tratam… com cautela!!!...


… não se desvia um milímetro da órbita,
cumprindo, na perfeição, sua tarefa,
ignorando quem a habita,
na elipse perfeita, fazendo vénia à estrela,
que a aquece, que a afaga, que a esquece,
fazendo parte, como as mais,
bolas maiores, menores, intensas,
neste conjunto mais próximo, sistema,
nosso Universo, o mais conhecido,
através de estudos, de pequenos saltos,
de vistas com lentes, com satélites artificiais,
simples… meros percalços!!!...


… reduzidos avanços tecnológicos,
ciências do ignorante convencido,
agarrado à Terra, nesta esfera, nesta bola,
que não pára, que gira, que rebola,
na trajectória que lhe está destinada,
albergando uma confusão de loucos ideológicos,
de sacros, santos teológicos,
que se amalgamam, que se massacram,
que se julgam, quando pensam, quando clamam,
donos do que não lhes pertence,
imbecis, imberbes, inocentes,
na tarde fria, cinzenta, lá fora,
sinto o vento que passa… por detrás da vidraça,
a minha alma sente comiseração… chora!!!... Sherpas!!!...

... dia de jejum!!!...




… dia de jejum, de abstinência,
de reflexão, de contenção,
em relação a qualquer excelência,
como manda a tradição,
um dia não, bem negativo,
quanto a proibição, redutivo,
imensa solidão, quando nos conduz,
não apelativo, pouco se produz,
quando, por regras que se não quebram,
quase tudo nos negam,
relatividades, dificuldades,
barreiras, socalcos,
fronteiras com que esbarro,
imbuído de vontades,
pleno de retórica, de percalços,
olho, escolho, leio… paro,
tristes horizontes, minhas fontes,
quedas, mudas, realidades
com que me afronto,
com as quais me indisponho,
ligações, que não são pontes,
quebradas, partidas, impostas,
por motivos, por razões,
um simples… virar de costas,
por causa das eleições!!!...

… de política que se pratica,
que nos interessa, que nos motiva,
nem um pouco, sequer,
venha ela, donde vier,
está proibida, por lei,
dia de introversão,
de profunda reflexão,
estou ciente… bem sei,
uma que outra notícia,
frouxa, mole, que se arrasta,
dum MIT qualquer, tecnológico,
negociata que se afasta,
que retrocede, pedagógico,
imperativo, que se alastra,
controverso, analógico,
investimento que se aceita,
que se denega, que se rejeita,
quanta discussão, quanto enfrentamento,
no instante, no momento,
mais umas escutas, um Poleiro,
Procurador perseguido,
do alto do seu canteiro,
fala, como se fosse arguido,
situação repetida, até à exaustão,
perante toda a Nação,
na Assembleia… pois então!!!...

… uns futebóis que nos agitam,
que nos enlevam, nos distraem,
uns resultados que nos animam,
uns lugares que se esvaem,
que tristeza de dia, fraca consolação,
por causa da proibição,
num dia lindo, soalheiro,
nem frio, nem quente, nem chuvoso,
ameno, pasmaceiro,
curto, pelo Inverno, auspicioso,
um pardal que depenica,
verdes que ressaltam nos campos,
milhares de flores, que despontam,
um amor, uma corrida, uma genica,
miríficas visões, primaveris,
nas mentes saudáveis, juvenis,
amores que despontam, que surgem,
que avassalam, que nutrem,
espaços, seres primevos,
tão distantes, noutros enlevos,
bem longe do que se avizinha,
nesta entrega, com que se prima,
pensamento acirrado, bem obrigado,
reflexão profunda, que dura, que anseia,
quem, porventura… premeia!!!... Sherpas!!!...