terça-feira, 11 de novembro de 2008

... as gordas com... lutas radicais!!!...

... País dos... palácios, das mansões!!!...



País de Sintra e de Cascais,
do Estoril, da marginal,
dos palácios estatais,
das mansões, do capital,
dos condomínios fechados,
das vivendas com relvados,
das quintinhas e dos quintais,
dos montes alentejanos,
do desrespeito aos animais,
das mistificações, dos enganos,
das televisões e das novelas,
dos jornais e das revistas,
do Balsemão que manda nelas,
do Rangel e dos vigaristas,
do palhaço duma Nação,
baixo, gordo e forrado,
que, à base do palavrão,
se considera engraçado,
País da competição,
com “jeep´s” ou com bolinhas,
onde há sempre um campeão,
nas veredas ou entre linhas,
nos “green`s” com buraquinhos,
na Quinta do Lago ou Vilamoura,
onde se criam meninos
e o dinheiro se estoura,
na contradição presente,
dum País que se contradiz,
nos riquinhos que são gente
e a gente que nos diz
a miséria que está presente
nas barracas da ralé,
no Fim do Mundo, no Ventoso,
nos que só andam a pé,
no que é menos formoso,
no que não é Perú ou Patinha,
Aroeira ou Azeitão,
nem a Quinta da Marinha
ou qualquer casa de estadão,
em Sintra, Estoril ou Cascais,
bem longe de palácios estatais!... Sherpas!!!...

... os convidados!!!...


... entra com uns considerandos,
umas graças bem actuais,
aviva casos, descortina meandros,
faz-nos rir dos “mais iguais”,
conversa com os convidados,
meio a rir, meio a brincar,
ora os mantém sentados,
como os põe logo a cantar,
não os aflige, não os magoa,
dá-lhes força para aguentar
aquele teste, aquela loa,
a fingir, a sério, a dançar,
pois o “bobo” não perdoa
e o público sempre a puxar,
com família e muitos amigos,
bem focados, sempre a sorrir,
protegidos dos muitos perigos
que surgem e que hão-de vir,
naquele palco tão imenso,
tão aberto e muito denso,
tão concentrado de malícia,
onde tudo se esfumaça
numa onda de alegria,
numa conseguida chalaça,
numa breve fantasia,
numa farsa, pura magia,
num ridículo que se desfaz
de quem foi, de quem é capaz,
dum convidado amedrontado,
figura bem conhecida,
que, depois de ser confrontado,
levou aquela de vencida,
a loa, o teste, a farsa,
concreta e bem conseguida
pelo cómico que investe,
pelo bobo da nossa vida,
pelo palhaço com que se veste,
este homem irreverente
que se ri, que se sente
um rosto de tanta gente,
uma voz dos que muito calam,
que pensam e pouco falam,
dos milhões e tantos tais
que são, um pouco, menos iguais!... Sherpas!!!...