quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

... louvo!!!... (antiga)




… louvo, como já escrevi logo de início, o trabalho de certos profissionais das televisões generalistas, pela aproximação que fazem deste Povo, espalhado pelo Mundo, emigrante de hoje, de ontem, de sempre, levados pelos fracos recursos que possuem na terra que os viu nascer, pelas largas aspirações com que sonharam, com que sonham, como gentes que são, maravilhosos diamantes perdidos, espargidos por terras tão distantes, morrendo de saudades imensas, reduzidos a curtos períodos de férias, consumidos, compungidos e frementes!!!... Pelas imagens que lhes chegam, que lhes lembram, doces encantos, doces sabores, palavras entoadas no português de Camões, graças e chalaças de tempos perdidos, cromos que teimam em apresentar, como nossos, como eternos, são conduzidos, habilmente, por artistas consumados, aos tempos já passados, através de quadros repentinos, bem diminuídos… fazendo recordar como era, como se consegue ser, ainda… com poucas ou nenhumas alterações, para emigrante ver, para emigrante recordar, para entretenimento de velhos, de velhas… uma perfeição!!!... Parados no tempo, como convém!!!...

… povo que lavas no rio!!!... Lá se vão vendo, num retrocesso… algumas fitas do Vasco Santana, da Beatriz Costa, congelando mentes, não proporcionando cultura e conhecimentos, mantendo!!!...

… pois, todos os que praticam esta árdua tarefa, a que se prolonga ao longo das manhãs, das tardes, limitam-se a cumprir o trabalho que lhes destinam, com denodo, com afinco, fazendo derramar lágrimas e choros, praticando uma caridadezinha pelo caminho, dando um pequeno exemplo, uma acção caritativa, apelativa… incitando à participação dos mais forrados, dos que, só por acaso… vêem os ditos programas porque, num patamar bem diferente, têm acesso a outras diversões, espectáculos bem diversos e excelsos, concertos, óperas, cinema e teatro, televisões pagas, muitos canais, compra e leitura de livros em chusma, de jornais, de revistas, dando passeios intermináveis, indo até ao estrangeiro, como turistas, de largas vistas, não presos e condenados a um lugar, comprando e vestindo de acordo com os tempos, comendo à tripa forra, sem folclores à mistura, tão pouco receitas caseiras, domésticas, dos tempos dos avós, dos pais, mais requintadas e diferentes!!!... Sempre assim foi, dizem alguns… continuará sendo, pergunto???...

… povo que lavas no rio!!!... Lá se vão vendo, num retrocesso… algumas fitas do Vasco Santana, da Beatriz Costa, congelando mentes, não proporcionando cultura e conhecimentos, mantendo!!!...

… maneira de estar, tratamento de rebanho pouco ou nada qualificado, interesses bem demarcados por parte de quem orienta este caminho, esta sebenta, este encargo, fardo pesado, conjunto de interesses, concentração de meios, de gentes, de dinheiros… sei lá eu!!!... Concentração???... Faz-me lembrar, longe de mim… tal pensamento, aqueles campos do passado, bem concentrados, lado a lado, empilhados… por questão de raça, por selecção, com intenção, apropriação indevida, nos anos trinta, quarenta, aquando da besta em forma de gente, exterminados, por cremação, vergonha maior, crise bem funda, anos de ódios, de guerras insanas, vítimas tamanhas!!!...Tudo se orientava, com estratégia, com frieza e crueldade, pura verdade… tendo em vista uma concentração de países, um alargamento, o de momento, um poderio, um desvario, com campos e afins, espezinhando direitos, calcando e queimando pessoas, destruindo tudo, numa loucura avassaladora!!!...

… povo que lavas no rio!!!... Lá se vão vendo, num retrocesso… algumas fitas do Vasco Santana, da Beatriz Costa, congelando mentes, não proporcionando cultura e conhecimentos, mantendo!!!...

… concentração, qualquer coisa como, em época de crise, quando se concentram dinheiros, interesses, vontades liberais… quanto a meios, quanto a poderes dos mais abastados, congeminados, não exterminando… despedindo de qualquer jeito, afastando, dando origem a insegurança que se avoluma, a futuro que se não visiona, a fuga intempestiva, convulsiva, frenética, nada eclética, dando origem, noutras terras distantes, a situações bem degradantes, escravos modernos, por aqui, por ali… nesta Europa que se conforma, que se aquieta, em relação aos seus concidadãos, aos mais humildes, pois então!!!...

… povo que lavas no rio!!!... Lá se vão vendo, num retrocesso… algumas fitas do Vasco Santana, da Beatriz Costa, congelando mentes, não proporcionando cultura e conhecimentos, mantendo!!!...

… ganâncias de então, ganâncias de agora, concentração de poderes, de meios, sem… campos de concentração, sem Kapos polacos, pois então… tempos modernos, outros elementos, os de momento, entertainers, sedutores da tela, uns senhores, one man/woman show, com palavreados mil, aproximadores de toda uma populaça, divina raça, feita emigrante, lá longe, distante… curtindo emoções, saudades várias, ouvindo árias, anedotas e contos, falando baixinho, com lágrimas… até!!!... Coisas que penso, neste momento, tempos de crise… a que me aflige, sendo fatalista, sendo português, não arrivista!!!... Já agora, antes que esqueça, dia de estreia do filme de João Botelho, o fatalista, sem propagandear… de ir ver, de pensar um pouco, neste mundo incréu e louco!!!... Sherpas

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