segunda-feira, 26 de novembro de 2007

... como punhais... afiados!!!...




… como punhais afiados,
como chapadas, na cara,
entre palavras, palavreados,
verdade que se não encara,
simples arremessos, confessos,
arranhares simples, garatujas,
caretas, jeitos, tropeços,
dos que correm, pequenas fugas,
logo param, meditabundos,
tão pequenos, confusos,
mediante máquina enorme,
que, quanto mais come, mais tem fome,
se não condói, nem lamenta,
perante quem intenta,
portar-se como um homem,
voz grave, altissonante,
pena fina, na escrita,
quando escreve como um gigante,
quando se aquieta, não se irrita,
se esconde, se tapa, se resguarda,
precavido, mais que rendido,
no seu canto, na sua farda,
tão pequenino que é,
subserviente… com libré!!!...

… palavras, leva-as o vento,
amizade tão disfarçada,
repentes, pontapés,
resguardando posto, provento,
pior ficar sem nada,
figuras com rodapés,
protecções em abundância,
no meio da extravagância,
do salamaleque inusitado,
por vezes, posto de lado,
perante os que o secundam,
com afagos, carícias mil,
já dos tempos do vinil,
coisa pouco usual,
nos dias que correm, actuais,
considerados anormais,
entre parceiros, companheiros,
camaradas e quejandos,
lá no fundo, nos meandros,
nas intrigas palacianas,
campo fértil em manhas,
tão avultadas… tamanhas!!!...

… quantos esconjuros, conjurados,
tramas bem planeadas,
de há muito, arrastados,
nas conversas, conversadas,
no escuro, nas esquinas, nos recantos,
sem lágrimas, choros, prantos,
com objectivos, bem precisos,
como punhais bem afiados,
quantas e quantas punhaladas,
nas costas, nos costados,
quando não acauteladas,
sem valores, sem juízos,
certeiros, incisivos,
inesperados, ainda mais,
repentinos, pouco usuais,
num dado momento, sem lamento,
com um único intento,
projecção duma figura,
sombria, um pouco escura,
que se projecta no tempo,
num espaço desadequado,
já perdido… já passado!!!... Sherpas!!!...

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