…no passado, nos tempos das descobertas, quando chegados, quando em terra, desconhecida, estranha, diferente, houve gentes, houve sempre, primeiros que deram passos, que encontraram outras, bárbaras no proceder, com costumes muito primitivos, atrasados, vivendo na escuridão, segundo ritos muito seus, próprios daquelas criaturas, naqueles tempos, noutras alturas!!!...Imbuídos de boa fé, com ânsia e ambição, misturando fé com ganância, logo ali fizeram lei, colocando pedra, ou padrão, marcando território, fazendo possessão!!!...E, assim nasceu, com o desbravar de terras estranhas, muito afastadas de nós, nos tempos dos nossos avós, lá para o século XV, o Império Português… depois colónias!!!...Instalámo-nos durante séculos, quase cinco, por completo, para os indígenas, ocupação, grande noite, a escuridão!!!...No meio de barbaridades, de mentiras, de verdades, lá fomos coabitando, até que…foi-se, por pressões doutras Nações, por cansaço de muitas guerras, por quebras de teimosia!!!...Já passou, é passado, já esquecido, posto de lado, bem ou mal, é discutível, afinal, éramos donos do que já era ocupado… pelos naturais, seres mais atrasados, em tudo, nossos iguais!!!...
Por caminhos tortuosos/por montes, sendas e vales/lugares difíceis, custosos/sombrios, prenhes de males/numa hora bem tardia/quase ao escurecer/com uns restinhos de dia/no começo do anoitecer/em terras estranhas, diferentes/inóspitas, primitivas/pobres, com poucas gentes/solos secos e arenosos/com pouca vegetação/onde viviam, teimosos/agarrados à tradição/pessoas e jumentos/duma tribo, quase em extinção/cruel, sem sentimentos/muito perto dum vulcão/causa de seus sofrimentos/que veneravam, com devoção/que alimentavam com oferendas/doutros seres, doutras vidas/dos que, por lá, se aventuravam/dos que menos se protegiam/dos que vão e pouco duram/dos que por ali surgem/ dos que pretendem afrontar/o insólito, o desconhecido/dos que gostam de enfrentar/vencedor ou vencido/os chamados aventureiros/homens de rija têmpera/de todos, sempre os primeiros/colonizadores da terra/simples pioneiros/amantes da paz, com guerra/audazes, sempre primeiros/em terras estranhas, distantes/homens diferentes, na coragem/que se portaram como gigantes/perante o perigo, perante a voragem/na vida que nos consome/que nos devora, nos esquece/que nos pode matar à fome/que nos ignora, nos fenece!!!...
…há os que ainda não esqueceram, os que tentam regredir, os saudosistas doentios, os que, por manias, por birras agarotadas, de crianças malcriadas, choram o brinquedo perdido, esbracejam, berram e gritam, porque sempre gostaram, porque se não ficam, nem convencidos, nem crentes, pobres coitados, insanas gentes, neste cantinho pacato, pouca coisa, terra bem curta, a nossa, a lusa…antes, deslumbrados, mais sonhando, do que acordados, preferem entregar-nos a um vizinho manhoso, com intuitos de grandeza, numa Ibéria mais que escabrosa, não segura, não formosa, federação, sem sentido, aglomerado, amalgamado, ao arrepio das vontades, mentindo com tantas verdades (???...), sorrindo, imbecilmente!!!...Para onde nos conduzem, o que nos induzem, realmente, qual o caminho, qual a intenção, porque se não vão…busquem, por si sós, o El Dorado, como antigamente, não se fiquem, saiam, que vão em Paz…a nós, tanto faz!!!...Anexação???...Não!!!...
…com guerras, com conflitos, com matanças, com bombas e explosões, com mortes, aos milhões, com Hitleres, com Mussolinis, com Francos, com Salazares, por via da violência, do obscurantismo, do nazismo, da xenofobia retrógrada, dos Poderes que se impõem, da falta de diálogo, com perversão, por meio de ditaduras de caca, das pseudo e das reais, por parte dos que se julgam mais, por caminhos ínvios e controversos, foram e são avessos, à vontade de todo um Povo!!!...Modernamente, com hipocrisia, com mentiras ocasionais, negócios e acordos de treta, à sombra dum liberalismo selvagem, apanágio da extrema-direita, da extremada, a mais irracional, a que tudo vende ou dá, ao capital…vamos concretizando o sonho das excrescências já referidas, numa Europa mais que alargada, rendida, não convencida, por deslumbrados, a prazo, que, sem tino, já visionam…o que denomino como desatino, uma Ibéria desequilibrada, mais inclinada para Castela, subserviente a essa gente, que se faz chamar por Espanha!!!...
…Um abraço do Sherpas!!!...
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