… meticulosamente, esquadrinho os astros,
reparo nas estrelas que parpadeiam cintilações,
nuvens que ensombram minhas visões,
recolho imagens, sossego meu desassossego,
introverto pensamento,
mantenho face virada para espaços,
lá no alto, no infinito,
tento descortinar,
atiro um grito,
som ridículo na solidão,
dor que trespassa a cervical,
aguda, incomodativa pela posição,
teimo no propósito que me impus,
sinto-me mal,
busco caminho, procuro saída,
resposta para esta minha vida,
débil criatura que aventura,
ponto que apaga na imensidão
que se reduz
perante ingratidão,
composição que não encontra explicação,
amontoado de células, tecidos de várias matérias,
água que evapora, compõe
estranha espécie que se julga
porque pensa,
massa encefálica que permite,
quando se considera, assim insiste,
assim o crê,
quando repara, compara consoante o que vê,
prisma tão próprio,
digno de dó,
imaginação transformada num nó,
labiríntica situação,
opróbrio,
insensatez, desconforto,
perguntas que me tolhem, alucinam,
inclinam,
fazem olhar espaços abertos,
noites escuras, astros confusos,
rastos nas noites,
silêncios que quebro,
gritos que dou,
tão só!!!... Sherpas!!!...
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