terça-feira, 4 de março de 2008

... estou na fossa!!!...




… estou na fossa, em baixo,
como pretendam, como entendam,
cabisbaixo,
é bom que compreendam,
pouco me importa,
nas tintas, revirado do avesso,
confesso,
sem paciência, de cara torta,
por inconveniências, excrescências,
biltres aviltantes,
minudências,
algo pesporrentes, extravagantes,
sem crédito algum,
de somenos valia,
comezinhos,
todos juntos… não valem um,
tão pouco valor, nenhuma simpatia,
bacocos, tropeços… reles escaninhos!!!...

… não é meu jeito,
não possuo tal defeito,
creio que não me estou… ultrapassando,
quando me aquieto, pensando,
sem jeito,
abismado e inquieto,
não travesso, como gosto,
mais parado, contrafeito,
sentindo-me maldisposto,
por uma simples banalidade,
diga-se de verdade,
nestas atitudes, nestes dizeres,
nestas posturas… nestes escreveres,
falsas confirmações, aversões,
da dualidade que em mim existe,
que persiste,
que teima, como tormento,
que me persegue, que me segue,
como maldição, não afirmação,
sombra de quem segue
um destino… uma ilusão,
uma sociedade a esmo, incólume,
com toda a gente, sem fome,
risonha, sorridente,
na esperança, uma ambição que se sente,
um objectivo… bem activo,
persuasivo!!!...

… quanta razão,
quanta justificação,
para a fossa em que me sinto,
podem crer, não minto,
quanto desgosto,
quando me ponho maldisposto,
quanto sofrimento,
no momento,
cabisbaixo e tristonho,
quando assim me ponho,
quando deixo de ser, como sou,
alguém que acabou,
que se sente revirado do avesso,
tão contrário, quando comparo e penso,
sobre gentes e vidas,
calcadas, ultrajadas, mal digeridas,
depois de comidas,
vilmente enganadas, claro,
sem antropofagia, é evidente,
numa de tramas e manhas,
não é raro,
é norma, em tanta gente,
a das mentiras… tamanhas!!!... Sherpas!!!...

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