… grupos numerosos ao sabor das ondas,
desistiram,
fugiram do ambiente que rejeitam,
mole imensa de líquidos,
sobras, vertidos,
não mar azul
transparente
com que sonhas,
bandos de gaivotas que o enfeitam,
cardumes de peixes, moluscos, crustáceos,
mamíferos amigos,
aqueles cetáceos
que são arrastados pelos ventos,
pelas águas putrefactas,
grandes massas
que se agitam,
adulteradas,
horizontes que se alongam,
costas que banham,
onde se assanham
pequenos entes,
donos de tudo,
desprezando o próprio Mundo,
casa dos vivos que se suicidam,
vontades que tomam,
quando em grupos,
fugindo da promiscuidade,
alimento que não têm,
mantendo equilíbrio,
com brio,
por outra razão,
quando morrem nas praias desertas,
amostragem de horror,
completa exaustão,
desperta
sentimentos de culpa,
quando nos advêm,
perante imagens trágicas
que nos assustam,
esforços que fazemos,
tememos,
tentamos evitar
concertação de morte colectiva,
término da vida,
decidida,
mamíferos como nós,
são fugas,
determinação, pesadelo,
naquele cotovelo,
baía fechada,
bem apartada,
cemitério escolhido,
desistência,
vertido
nas areias doiradas,
águas paradas,
ambiente falido,
oceano de engano,
esgoto… tamanho!!!... Sherpas!!!...
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