… quando, tenra idade ainda… tomamos como exemplo,
observando cuidadosamente, aprendendo,néctar dos DEUSES, maná,
mais velho, parente, próximo, somos induzidos,
quedamos com marca, ficamos moldados,
negativa, positivamente...
para sempre,
devidamente protegidos,
“verificando estado das colmeias, no prado, fumigando abelhas, retirando favos,
lentamente...ensinamentos, bem vincados na nossa mente, transportando quadros para divisória,
retirando mel por centrifugação...
todo um senhor, como apicultor,
… formamos personalidade própria, a nossa, ao longo do tempo,
resto da nossa vida...mesmo depois de desaparecido, lembramos, com saudade,
recordação tão doce,
o que nos deu, o que nos trouxe, episódio marcante,
passadas que foram décadas...
como se fora ontem,
há dois dias, dois anitos apenas,
indiferente,
como ferro ardente,
duras penas, acontecimentos dispersos,
reversos… continuidade,
pura verdade…
… os que acumulam anos, resma deles,
quando parados, disponibilidade...
têm tendência, mui digna, agradável, de olhar para trás,
comparar com o presente...
distinguir, quando melhor ou… pior,
… graçola, simplesmente, curiosidade vivificante,
repetição do que gostou,
marcou...
ajudou a aperfeiçoar seu <> eu <> ego, fazendo eco,
clarividência assombrosa, creio...
sobre passando tudo, todos,
emergindo...
por fim, tal como era, tal como veio,
filme antigo que se visiona, outro cariz, outrossim,
impressiona…
rodeado de mobílias distintas, cobrindo com verniz,
fazendo como diz”
… passa comigo, passa com outros como eu,
mesmo nível etário... não sendo otário,
sonhador, imaginário, coração nas mãos, alma na ponta da língua,
tempos de míngua...
recordatório permanente, com meus irmãos,
como fui, continuo sendo,
sempre...
bem acordado, lembrando,
sem estar nos braços de MORFEU,
muito antes, muito antes…
“bem cozida em recipientes enormes, prensada, depois de seca,
cortada em cubos, transformada em rolhas, buchas, palmilhas,
matéria prima, a cortiça”
… alturas há, determinados locais do meu ALENTEJO,
quando passo, paro, comparo,
vejo...
como era, como foi, já não está,
guerra de destruição sem quartel,
recordação...
campo florido, gramínias diversas,
altura própria... dispersas,
lençóis extensos, coloridos a perder de vista,
pinturas maravilhosas d´outrora,
não estando agora...
mais diminutas, pontuadas, reduzidas,
menos insectos que... abundavam,
completavam…
… cumpriam sua natural função, poisando nesta, naquela, na outra flor,
por momentos, como quem beija,
seu interesse...
sua ilusão, transmitindo pólen, fertilizando,
entrecruzando...
sucesso, polinização, perfeição…
de papelão, simples papel,
trabalhador compulsivo, máquinas de vulcanizar...
OLIVA, OLIVA… que formosura,
cursos de corte apropriados,
mais tarde contratados,
fabriqueta de confecção...
com “napas” fazia fardas para tractoristas,
compra terrenos, umas casitas”
“não fugindo ao tema, minha formação,
minha aprendizagem, minha marca, quase me escapa,
meu exemplo, como
atarefada abelhinha...campos, gado, pastagem no vale, m´ocorreu, por simples acaso,
cambalacho... sociedade,
nas feiras em que se personalizava,
juntando, comprando, vendendo,
comerciante, industrial, lavrador, ganadeiro,
pequeno hortejo junto ao poço, homem abelhudo,
um sabe tudo...
tanques de rega, seu enlevo, perdição, azeitona, aquando da recolha,
azeite, na casa dos filhos”
… agricultura moderna, mais produtiva,
que desespera...
incentiva nos ganhos chorudos, altera normas, modifica “MUNDOS”
tão importantes...
concretizando sonho de sempre, fundamentais,
dantes... eram essenciais,
desesperadamente calcados, considerados,
agora... rejeitados,
insectos de variadíssimas espécies,
formas, feitios...
empecilhos que urgia dizimar, desafiante
ocupação...
do que estava bem, equilibrado, mezinhas várias, químicas a preceito,
com muito defeito,
liquidaram a seu belo prazer, como quiseram,
modificaram,
sem receio,
sementes diferentes…
“muitas ideias, desejo de ver o MUNDO,
a trouxe-mouxe, fosse o que fosse, desculpa louvável,
atalhado, ainda no meio,
acabar com a fome, recolheu à terra da verdade,
intolerável”
dos sete ofícios, loja maior em que vendia tudo,
resultado,
homem de CRISTO, praticante,
vendia tudo...
papel pardo, d´embrulho, atrás das tábuas, ajudando,
vendendo pequenas porções, arráteis,
livrinho dos assentos, dívidas, meios ou quartos,
tão parcos...
quanto preconceito, vergonha, tão pobrezinhas as vidas,
minha tristeza, engulho, não foi exemplo,
pretexto da minha fuga...
descalços e nus, os clientes,
como abelhinha atarefada, convívio com estas gentes,
entre vidas que comparo,
reparo,
pai fenomenal, monumento, minha saudade, meu exemplo”
… pagando o justo pelo pecador, muita FÉ, grande EXEMPLO,
pagando todos, SAUDADE tão grande,
grosseiros, tolos…
entra em mim profunda tristeza, quando comparo,
quando reparo...
quando olho, quando vejo, no meu local de sempre,
no meu ALENTEJO...
na minha pintura a esmo, no meu quadro favorito,
quase dou um grito... quanto me aflijo,
lençóis extensos coloridos, sons alvos de cigarras, de grilos,
zumbir de mosquitos, abelhas, gafanhotos,
libelinhas nos charcos, sapos aos saltos...
nas lojas antigas, coaxar de rãs,
quão mortificadas, perdidas, águas límpidas da ribeira,
natureza plena, arvoredo florido,
polinização a preceito,
sem defeito…
homens, natureza, em uníssono,
bem precioso, quando lembro, pouco vejo neste ALENTEJO que trago,
bem guardado... bem guardado,
menos cheiroso, mais acinzentado, maltratado,
terra pequena, vilarejo,
sementes transformadas, por homenzinhos que alteraram,
ganância como objectivo...
destruíram, modificaram, seres vivos tão necessários,
abelhas no colmeal,
TEMPO,
enxames a perder de vista…
assim vai… o lamaçal,
num MONSANTO que se estende, corroendo equilíbrio vivente,
num PORTUGAL que se não entende,
todo o MUNDO,
confuso... confuso!!!... Sherpas!!!...
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