domingo, 25 de julho de 2010

... TODOS iguais???... (antiga)

…há os que se aborrecem, os que, por tudo terem, aos montões, se refugiam nos milhões, com acções, fundos e obrigações…convencidos, com eles próprios, pobres bacocos, não se enxergam!!!...Há os que, pelo meio, vão tirando, sempre vai dando, com alguns devaneios, tiram partido do que a vida lhes vai proporcionando…aos poucos!!!...Há os que, embora queiram…não conseguem, nada têm, os que, com migalhinhas, vão vegetando, aguentando, como se nada, com fome, com miséria, aos montões, muito longe dos primeiros, a quilómetros dos segundos, não são gente…são zero!!!...

Todos iguais???...


Todos iguais, todos diferentes,
nesta profusão, nesta variedade,
neste mundo de tantas gentes,
nesta complexa humanidade,
de tantas cores, tantos tamanhos,
de físicos perfeitos, aberrantes,
com falhas, com alguns enganos,
com defeitos, por vezes, gritantes,
obras, imaginadas, dum só obreiro,
dum Deus que nos inventou,
que nos pôs à prova, primeiro,
depois nos abandonou,
à nossa sorte, ao nosso destino,
num desafio, num desatino,
numa prova alucinante,
como quem julga, como quem tenta,
como um Ser extravagante
a experimentar o que inventa,
abrindo-nos todas as portas,
dando-nos todas as chances,
com voltas, reviravoltas
tanto agora, como dantes,
na caminhada da existência,
desta vida que se prolonga,
em abundância ou falência,
neste período, nesta ronda,
com trabalhos, com canseiras,
com doenças, com tristezas,
com carismas, com asneiras,
com dúvidas, com certezas,
com certos prazeres, alegrias,
com constantes fúrias, guerras,
com raivas, berrarias,
com doces remansos, acalmias,
com falhas, quebras, manias,
com tudo o que nos completa,
com o que nos faz como somos,
magros, gordos, fortes, atletas,
espertos, vagos, tarecos, sonsos,
com tantas, tantas inclinações,
todas elas, puras invenções,
dum Supremo Criador
que, no meio de tantas aberrações,
Se sente único Senhor
do miserável, do abastado capitalista,
do iletrado, do impante doutor,
do desmesurado machista,
do encarniçado folgazão,
do traste, do imbecil, do arrivista,
do empreendedor timoneiro,
do que se julga sempre primeiro,
diferente do mundo inteiro,
do que é menos que igual,
daquele que também é gente,
por isto, por aquilo, pelo tal,
pormenor, pequeno defeito,
anormalidade que é normal,
curto erro, num ser perfeito,
nesta tão complexa humanidade,
com tanta gaffe, com tanta verdade,
obra dum só Criador,
único Deus, único Senhor!...

…Sherpas!!!...

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