… anda tudo ao contrário,
por muito que tente encarar,
desde o reles salafrário,
até à estética natureza,
que nos deve encantar,
na repetição cíclica, harmoniosa,
dos seus tempos climatéricos,
sendo diferente, formosa,
no período devido, indicado,
sem câmbios atmosféricos,
bruscos, inesperados,
alterada a Primavera,
aquela que se esperava,
para um triste Inverno,
chão lamacento, molhado,
nuvens carregadas, sombrias,
quão surpreso me quedo,
ao vislumbrar um Sol tímido,
logo de início, ao princípio,
que, envergonhado, se esconde,
num repente, quando foge,
sem ruído, sem gemido,
afundado num precipício,
de chuvadas, ventanias,
intempéries, mudanças bruscas,
mudando tempos que buscas,
enganando perspectivas,
augúrios, fantasias,
escritos já preparados,
sem sentido, de trocados,
decididamente… anda tudo ao contrário,
tal como, o reles salafrário!!!...
… aquele imbecil, consciência pesada,
com mortes e mortes às costas,
de carteira recheada,
posicionado lá nas alturas,
mediante padecimentos, agruras,
sofrimentos infligidos, sem pena,
a terceiros desvalidos,
esmagados, bem sofridos,
despedaçados, num ápice,
por inteligentes cavernosas,
destruidoras incomensuráveis,
à distância dum botão,
carregado por um louco, como opção,
líder duma só Nação,
sem alma, nem coração,
nódoa que incendeia o Mundo,
conduzindo-nos bem para o fundo,
aplaudido por estafermos,
disfarçados, sempre os mesmos,
que, quando falam, congeminam,
ludibriam, determinam,
com sorrisinhos amarelos,
suas grandezas, seus destinos,
seus ódios, seus descaminhos,
dizendo-se o que não são,
numa tremenda contradição,
fazendo todo o contrário,
como eficazes que são,
almas sujas de… salafrário!!!...
… não compreendo o tempo, as pessoas,
a harmonia planetária, agora… parafernália,
as que se mostram cordiais, boas,
criminosas de mãos limpas,
espécie de monstros, alimárias,
subtis, enganadoras,
tão excelsas, controversas,
detentoras de Poderes, de haveres,
democratas, democratizantes,
quando matam, quando destroem,
quando desdizem, o que fizeram,
como entenderam, como quiseram,
donos do absurdo, do tétrico,
estragando o bonito, o estético,
alterando estações, como a Primavera,
que se aguardava… que se espera,
numa voragem avassaladora,
como Deuses da guerra, insensíveis,
destruidores, bem afastados… invisíveis,
nódoas ferozes, algozes,
quando se… contradizem!!!...
… como uma pancada numa bola,
uma tacada a preceito, com raiva desatada,
assim tratam tanta gente,
baixinha, sem proventos, pontos insignificantes,
ao alcance desses tratantes,
tão dependentes duma esmola,
duma bala que os carregue,
duma bomba que deflagre,
dum missíl que despegue,
duma guerra, dum ataque,
desses senhores do desvario,
da destruição concertada,
uma débil chama, um pavio,
uma coisinha de nada,
um simples começo, um princípio,
uma morte desejada,
uma matéria despedaçada,
milhares de seres, por um fio,
ao alcance de dejectos extravagantes,
todo o contrário do decente,
que se apaga, de repente,
por quereres, por ganâncias,
alçadas ao domínio, como gigantes,
irascíveis, degradantes,
bestas que se não enxergam,
que não quebram… não vergam!!!...
… tempos, gentes tão diferentes,
estranhas, frias, calculistas,
gélidos, sombrios, os dias,
futuros inquietantes, aberrantes,
egoísmos que crescem, avassalam,
que se adonam, que se não contentam,
que engolem, quando deglutem,
não se apenam,
quando se enfurecem,
envenenam,
enquanto destroem, matam,
nunca se fartam,
há vermes, que não são inermes,
andam ao contrário,
não entendem,
consideram o Mundo, como adversário,
quando exploram, quando mentem,
quando arruinam… não sentem!!!... Sherpas!!!...
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