terça-feira, 4 de maio de 2010

... tudo e... NADA!!!... (antiga)


… o nada e o tudo, meu amigo,
na abrangência dos termos,
quando me ponho comigo,
não sendo dado a pensamentos filosóficos,
não pretendendo ultrapassar conhecimentos,
não deixam de ser o que somos,
o que queremos ser, antes de sermos,
depois de atingidos os objectivos,
tendo ou sendo tudo,
neste naco onde nos entretemos,
nesta vida imaginada,

fantasia que se avoluma,
se desconforma no tamanho,
simples coisa que se arruma,
poeira que se sopra, espalha,
memória, na memória doutros,
distorções daquilo que fomos,
neste périplo que fica marcado,
caminhada tão curta, escassa,
quando envelhecidos, já gastos,
lembrando passos dados,
nos apercebemos que somos nada,

no meio de tanta caminhada,
engrandecidos, adulados,
rejeitados por donos de tudo,
coisinhas poucas, no fundo,
perante excelsos ou medalhados,
estátuas imorredouras
cinzeladas na pedra que perdura,
obra que pouco dura,

tacanhos de pensamento,
convencidos do momento,
quando me proponho, aprofundo,
alguns foram tudo, não sendo,
muitos foram nada… sendo Mundo!!!... Sherpas!!!...

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