sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

... figurões... os de sempre!!!... (antiga)

...é saudável, de aplaudir, de incentivar, até, o critério de escolha do fórum da siconline... o escolhido desta semana, pouco conhecido, pelo menos por mim,(tive prazer de o ficar a conhecer...) teve uma palmadinha nas costas, um empurrão, um afago, um motivo para continuar escrevendo, para fazer o melhor que se pode fazer, a fim de mostrar o que pensa ou sente, aos outros, aos que o lêem, hoje em dia e, no futuro...com que emoção, no passado, não muito recente, apresentava compilações de poesias minhas, em concursos, os jogos florais das autarquias e, com que desilusão ficava, quando me fui apercebendo, que os escolhidos, os premiados, em geral, eram sempre os mesmos, os que, antes da escolha, já estavam escolhidos, como a pescada que, antes de o ser, já o era...o Mundo é feito de mudança e, para ser mais comestível e agradável, deve assentar nesse princípio, fundamental para mim e para tantos... dar o lugar aos outros, em todos os campos, em todos os sectores, é básico, humano, compreensível, aceitável...pena é que, nas letras e nas artes, no desporto, na política, para não falar doutras áreas, as mais diversas e variadas, não se comportem dessa maneira e nos atirem constantemente, no dia a dia, durante meses, anos, décadas, quase uma vida inteira, com os mesmos carolas de sempre, os cromos bacocos que, pela constância, quando os vemos com tantos falsos brilhos, famosos de perder o fôlego, os enjoemos, aos poucos e...cada vez mais...sou pela abertura das portas, pelas oportunidades, poucas que sejam, aos pouco ou nada conhecidos e a favor da arrumação sistemática, nas prateleiras, dos que, só de vê-los ou de ouvi-los, os figurões de topo, já chateiam...quando mais jovem, em defesa dos anónimos, nos quais me incluo, dos insignificantes e vulgares, sentindo-me injustiçado num jogo floral dum Município qualquer deste País, escrevi e mandei este poema, que dedico ao ganhador desta semana:

- Concursos manipulados/perspectivas, sem fundamento/sistemas já implantados/promessas, leva-as o vento/júris esclarecidos, de valor/duma total isenção/que sabem, em pormenor/os que, na ocasião/merecem leitura, atenção/pondo de lado, excluindo/uma resma, um montão/obras que, entrando, saindo/não precisam de ser lidas/servem só para numerar/ir armazenando, com tempo/para mais tarde entregar/aos que, por um momento/pensaram chegada a hora/da saída do anonimato/do que ri, do que chora/do que sofre, do caricato/do autor de tantas caras/do que escreve os sentimentos/daquelas figuras tão raras/que descrevem sofrimentos/nas poesias, nas prosas/nos SENTIRES tão isentos/nos cheiros das lindas rosas/nas estéticas do belo, formoso/nas dores profundas, tensas/deste mundo vivo, fogoso/de gentes, terras imensas/onde nos sentimos pequenos/tão sozinhos, isolados/nem muito mais, nem muito menos/postos de parte, marginalizados!...

...penso que é a altura mais indicada para se acabarem com os ídolos com pés de barro, de desmistificarmos certas personagens que, pelo facto de se alcandorarem a certas posições, se eternizam, se pavoneiam, se incham, como pavões, convencidos e deslumbrados com eles próprios, numa de bacoquice saloia, serôdia e sem vergonha, de atrasados mentais, de burrice muito própria de quem se sente bem albardado e toma o gosto de albardar os outros...é tempo de dar patadas e...de criar novos valores porque, os velhos, estão gastos e...apestam... Sherpas!!!...

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