sábado, 21 de fevereiro de 2009

... amargo de boca!!!...



... nas pregas das palavras enviesadas que atiram,
recônditos esconderijos onde disfarçam
espumas avulsas sem sentido,
sobra de cerveja que jorra do copo,
se acumula em recipientes,
despiciente, quando as instilam,
cálculos medonhos, bem sombrios,
chocolate amargo com travo com que fico,
quando as acumulo em recantos de desencanto,
avaliando mente, chorando corpo,
encanecido pela longeva caminhada
do prepotente que manipula,
engana,
do inocente que maltrata,
arrasta,

fúrias, tormentos de intempérie avultada,
ciclones medonhos me confundem,
incontidas sensações me arrebatam o sossego,
acumulo desprezo por quem ignora,
quem mente
perante quem desdenha,
quando se desenha,
não chora,
punho firme com que comanda
barcaça desvairada,
sem rumo,
perante arruaça, perante o Mundo,
manifesto que propõe quando impõe,
grandeza tão pequena que desmembra,
contrapõe,
ganha maleita, enferma,

desvario duma sociedade de incapazes
perante bestas tão vorazes,
antanhos que reacendem dúvidas,
incertezas,
incréus se alevantam ameaçadores
nas urbes onde se juntam,
gritam
zangas, aflições, chagas, dores,
mostram raivas,
incitam,

descontrole que adocica,
bebida que consome,
frescura momentânea que retém
quando disfarça miséria, fome,
não mostra o que ainda tem,
envergonhada,
oh Pátria minha amada,
quando ela passa
humilde na enganadora desgraça
que se oculta,
numa retenção sem hipótese de fuga,
discriminação,
sabor amargo, chocolate bem quente,
com travo,
cerveja que jorra no copo,
espumas que se deitam fora,
sobras, pouca gente,
cartilagem que não sustenta,
carapaça,
protecção inexistente,
ignora,
quando se comanda não chora,
firme na decisão que arvora,
sem escapatória, lá vamos,
gemendo... aguentamos!!!... Sherpas!!!...

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