terça-feira, 11 de novembro de 2008

... País dos... palácios, das mansões!!!...



País de Sintra e de Cascais,
do Estoril, da marginal,
dos palácios estatais,
das mansões, do capital,
dos condomínios fechados,
das vivendas com relvados,
das quintinhas e dos quintais,
dos montes alentejanos,
do desrespeito aos animais,
das mistificações, dos enganos,
das televisões e das novelas,
dos jornais e das revistas,
do Balsemão que manda nelas,
do Rangel e dos vigaristas,
do palhaço duma Nação,
baixo, gordo e forrado,
que, à base do palavrão,
se considera engraçado,
País da competição,
com “jeep´s” ou com bolinhas,
onde há sempre um campeão,
nas veredas ou entre linhas,
nos “green`s” com buraquinhos,
na Quinta do Lago ou Vilamoura,
onde se criam meninos
e o dinheiro se estoura,
na contradição presente,
dum País que se contradiz,
nos riquinhos que são gente
e a gente que nos diz
a miséria que está presente
nas barracas da ralé,
no Fim do Mundo, no Ventoso,
nos que só andam a pé,
no que é menos formoso,
no que não é Perú ou Patinha,
Aroeira ou Azeitão,
nem a Quinta da Marinha
ou qualquer casa de estadão,
em Sintra, Estoril ou Cascais,
bem longe de palácios estatais!... Sherpas!!!...

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