segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

... avalancha!!!...



... local aprazível, Éden na Terra,
uniformidade nas querenças,
equilíbrio que deslumbra, não cerra,
sorrisos permanentes, aceitação do que pensas,
diversos que fossem naquele ermo imenso,
brancuras tão extensas,

mantos de alvura por montes, por vales,
penhascos cerrados, abismos de medo,
tendas montadas, mais abrigados,
comidas sofridas, pequenos os males,

gosto de quem gosta,
quase segredo,
bocas que sopram hálitos gelados,
céu carregado, tão próximo do alto,
rugido do vento,
agrura que sobra,

estampido que soa, raio que cai,
pedra que solta,
que cai, rebola,
rola,

quando desce
se torna maior,
arrasta a brancura, desmanta seu manto
da serra que desnuda,
cor que muda,
são rolos enormes, barulhos de horror,
conversa que cessa, ideias iguais,
tão débeis, tão trémulos,
se enovelam,
caem,
tão cheios, na sua pequenez, de pavor,

não pronunciam sentenças,
falhos nas certezas,
nivelam sentires tão grandes
perante manifestação tamanha,
tão fera, feia e ancha
p´ró vale se abalança,
grande manta branca que se desmancha,
tapa,
como temerosa avalancha,

arredores,
seres imóveis,
sossobram características anteriores,
provoca paisagem diferente,
repentinos previsíveis,
consequência de raio que se solta,
vida que se esvai,
não volta,

se abate sobre quem está,
decisão que se não toma, não dá,
silêncio sepulcral,
maldição colossal!!!... Sherpas!!!...

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