quinta-feira, 27 de novembro de 2008

... charro!!!...



... gangas puídas nos fundilhos,
esbranquiçadas nas coxas, alguns rasgões nos joelhos,
sem dobras,
rojando pelo chão, alguns esfiapados atilhos,
nos altos,
sem preconceito, abertos no peito,
um que outro enfeite, com, sem jeito,
despreconceito na juventude que tudo abraça,
mostrando sonhos,
esperanças, nacos de carne entumecida,
gozando,
fremente na rijeza que sente,
desbragada,
convite para qualquer convidada,
na turba que se junta no concerto,
quanto aperto,

relva viçosa, poltrona de momento,
grupo tão denso no agregado que os une,
entronca naquele espaço,
braços erguidos
seguindo música consoante ritmos,
alguns espasmos,
coro que entoa poemas sabidos,

sorrisos de quem curte,
charro que passa,
cervejola na mão, graçola que guincha,
olhos de garça,
cabelos diversos,
imitações de quem salta, comanda emoções,
cavalo à solta que relincha,
garanhão em plena representação,
tão juntos, dispersos,
afastados que rejeitam, convictos,
em união,
convenções,
princípios dum hino, cúmulo d´ ilusões,
aquém dos milhões,

quando nos pomos,
tal como somos,
virtuosos, inocentes, irmanados pela displicência
no trajar, no falar, na maneira de ser,
sorrimos,
compomos,
enfatizamos quadros d´assombro,
sentimos decência,
repelimos o que agasta,
que tanto afasta,

não queremos,
esquecemos víboras que são monstros,
elevamos o melhor,
saudamos um porvir diferente,
nuvem esbelta, brilhante,
radiante madrugada,
gotinha espelhante,
orvalho de espanto,
longe do pranto,

renascer duma crença,
comunhão abrangente,
calças puídas, fundilhos no chão,
rasgões nos joelhos,
olhares tão doces, charro que passa,
idade que avança, surge a desgraça,
carnes frementes,
desejos imensos... pensares inocentes,
excessos que duram,
instalam, misturam,
tornam dependentes!!!... Sherpas!!!...

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