sexta-feira, 5 de setembro de 2008

... incidente!!!...

... ao longo da ponte em obras, devidamente entaipada, carreirinho protegido,
rede que dificultava visionamento, tela translucida esverdeada,
ligeiramente esfarrapada,
buracos, cimentos, ferros, suores, homens fortes, bem feros,
curiosidades com tantas sobras,
formigueiro contínuo, alguma paragem no caminho,
desapontamento, fomos do princípio ao fim, ouvindo barulhos, berros,

ferramentas na labuta diária daquela luta,
sob calor intenso, naquele preciso momento,
como noutras por ali, perto de mim, recuperação, alindamento,
quando recordo, assim o penso,

depois do atravessamento dou com personagem avantajada,
numa nesga aberta, parada,
operário ou segurança,
com sorriso mais indicado,
com palavreado,
com gesto, adentro meu braço atrevido, câmara indiscreta que avança,

logo sou reprimido,
num arengar esquisito, palavras em borbotão, magiares,
outros sons, outros falares,
numa irritação descontrolada que me faz recuar,
reprimida a intenção, projecto descontinuado, olho, sem tão pouco falar,

increpado por enfurecido, cão de fila mais que fulo,
quase me faz dar um pulo,
arrefeço contenda bruta, mantenho, não vou à luta,
afirmo que não pretendo confusão perante tanta exaltação,

companheira que increpera, vem à liça, minha defesa,
grita contra energúmeno, logo se posta, Joana D´Arc,
perante tão possante bruto, naquele local, quase no parque,
entre casual fenómeno, acalmo, logo afasto,
trio tão curioso, boneco que se desejou,
faena que terminou, perante aquele furioso,
nunca tal se passou,

increpado em língua estranha, naquela tarde pastosa,
apêndice que avançou um pouco, porta entreaberta, uma nesga,
figura bronca, tamanha, enfurecida, gravosa,
gesticulando como louco, como quem tenta, como quem pesca,
tentativa vã, cortada pela raiz,
quando metia o nariz,

gente estranha que se afronta,
criatura que se irritou, nada deu, acabou,
episódio que já passou,
incidente de pouca monta!!!... Sherpas!!!...

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