sexta-feira, 22 de agosto de 2008

... escrever como uma erupção dum vulcão!!!...



… escrever, como erupção dum vulcão,
como torrente de lava que se espalha e queima,
como massa incandescente, fervilhante, que se derrama,
magma petrificada,
depois de expelida, vomitada,
causadora de medos, horrores,
de fugas, de pavores,
provocando ajuntamento, multidão,
inquieta. temente, que não teima,
desiste, foge, enquanto clama,
se agita, grita, temerosa,
com alguns haveres, chorando,
pregando os olhos, recuados, vidrados,
num lar que deixa, arrastando
dores, sofrimentos, lamentos,
numa corrida desenfreada, aloucada,
alguns, parados,
numa atitude muda… congelada!!!...


… intervalo, como quando sobejo,
como quando paro,
quando quero, quando vejo,
quando reparo,
criação, inventiva, imaginação,
não sai do âmago, onde sinto,
este torvelinho que me anima,
que me impulsiona, me empurra,
me chuta, faz rolar,
como lava que se espalha, queima,
quando rola na encosta, nos cai em cima,
nos perturba, nos agita,
turba imensa que não pensa,
temerosa… grita,
como uma chama… tão intensa!!!...

… quem avalia a emoção, a poesia,
quem se atreve, quem intenta,
quem compara, não repara,
quem denigre, hipocrisia,
quem contém tal corrente,
quem justifica sentimentos,
que estalam, que rebentam no momento,
pobres asnos, repelentes, quando zurram,
paro e penso, não reparam
que a lava incandescente,
tudo incendeia, não massacra,
já rocha dura e firme,
mais se afirma, quando passa,
deixa marca profunda em muita gente,
que se não subjuga, quando sente,
porque a erupção é tremenda,
dá frémitos e gozos,
quando enfrenta… sem repousos!!!...Sherpas!!!...

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