quarta-feira, 23 de julho de 2008

... quantas sobras!!!...


… o homem, usando outros homens
mais desvalidos,
noutras eras, noutras alturas,
agruras,
mediante ordens,
loucuras momentâneas,
impantes, convencidos,
diferentes, endeusados,
sempre se prestaram a grandes cometimentos,
com avultados espaventos,
trabalhos forçados,

carnes e nervos,

esqueletos, às vezes,
trevas, trevos,
bestas de carga,
ignorâncias retumbantes, dores, fezes,
ralés, escórias,
multidões para queimar,
chicotes brandidos,
tão cingidos,
empurravam pedras desconformes,
levantavam,

esforços enormes,

que outros pensavam,
enquanto vivos, adorados,
depois de mortos,
conjecturavam
túmulos, sendas,
labirintos, servos,
alimentos, riquezas,
prolongamento das regalias,
superior a palácios,

tendas,

quando comparados,
custos, acervos,
reino dos mortos,
guardados os corpos,
embalsamados, singelezas,
esforços,
contendas,
périplo num mar de sonhos,

milenares se ostentam

saqueados com subtilezas,
vãs, quando nos pomos,
nos seus objectivos, quando vivos,
Faraós dos Egiptos,
carcaças, múmias, hieróglifos,
mostras de museu,
palhaços contidos,
motivos de riso,
não como eram… pó, poeira,
nem como fomos,
imensas, as obras,
sobre tantas sobras!!!... Sherpas!!!...

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