domingo, 13 de abril de 2008

... pareceres!!!... (antiga)




… pareceres, opiniões, ideias… cada um tem as que tem, com bases sólidas, com conhecimentos, escudadas em boas informações, assentes em compêndios apropriados, tanto faz, boas ou más, o que interessa é apresentá-las, deitá-las para fora, acicatar, zurzir os que se alcandoraram e, por comodismos ou interesses, às vezes… não atam, nem desatam, numa pasmaceira confrangedora, depois de bem instalados, como norma, como hábito antigo!!!... De habituados, já… pouco ou nada reagimos, encolhemos os ombros, desinteressamo-nos, rematamos com a frase, mais que estafada:

- A política… é para os políticos!!!... Será???... Me parece que não, decididamente!!!...

… quando começam, os que se alternam no Poder, podem crer, aos poucos me vou apercebendo disso mesmo, da estratégia, sempre a mesma, muita conversa, muita promessa, cara séria, compenetrada!!!... Quase, quase que acreditamos!!!... Acreditei, mais uma vez!!!... Ainda creio, alguma coisa!!!... Deixarei, se continuar desta maneira, por esta senda… de acreditar, cada vez mais e mais, até os considerar, completamente iguais aos que substituíram, aos que foram apeados, numa real democracia, igualdade plena, entre os ditos, pelos feitos, devidamente identificados, igualados, assumidos, de facto, pelo que não fizeram, não vão fazendo!!!... O discurso da Tanga não existiu, que se bateu e rebateu no défice exacerbado, com coro completo, por parte do excelso do Banco de Portugal, por Sua Excelência, o Presidente… todos nos apercebemos disso mesmo, que nos faltaram com o prometido, pela situação financeira, pela crise profunda, carregando nos de sempre, completamente exacto!!!... Apetece-nos encolher os ombros e dizer, mais uma vez, desinteressados:

- A política… é para os políticos!!!... Será???... Me parece que não, decididamente!!!...

… medidas urgentes, receitas aos molhos, pela maneira mais fácil, com os indirectos, combustíveis e IVA, entre outros mais, reformas tardias, gradualmente… com idades avançadas, mantendo no trabalho os que, quando chegada a altura, batem as botas, não dão despesa, não beneficiam, tirar algum aos que, num determinado passado, foram reformados com reformas decentes, podendo usufruir, como deve, perdendo direitos, igualados aos que no activo, em termos de IRS, pagam bem, vão pagar melhor… numa indiferença total pela idade, pela falta de segurança em relação ao que se alcançou, que agora se perde, como manobra de sacarem mais algum, aos que, pela idade… como eu, por mais que tentem, não entendem, simplesmente!!!... Algumas lambuzadelas, adoçares de boca, quando falam das regalias dos políticos, com as suas reformas, ao fim de doze anos, vitalícias, outros cortes, rupturas de mordomias e benesses, que se outorgaram a eles próprios, numa intenção de moralização, perante a opinião pública, a que os mantém, a que os apeia, na altura indicada, apropriada!!!... Não passaram disso, simples arremedos!!!... Já se fala de recuos… perante tais avanços!!!... Palavra de honra!!!... Vem-nos ao pensamento a posição mais cómoda, a do desinteresse:

- A política… é para os políticos!!!... Será???... Me parece que não, decididamente!!!...

… quanto a colocações dos rapazes, os do bando em funções… é como sempre foi, um descalabro!!!... Tanto que, até os que ainda agora, há poucochinho tempo atrás, faziam o mesmo… despudoradamente, como quem mente, como quem esquece, como quem, de repente, passou à situação de amnésia total, tentando convencer, com o mal dos outros, mal deles… também, agora criticam, como maneira de estar na oposição, num ciclo vicioso, aberrante, sem sentido algum!!!... É o papel deles, afinal mas, no meio disto tudo vão-se desculpando com algumas extravagâncias, as que mantêm, as que não deitam fora, as que arrecadam, numas farturas de dinheirama que, quando nos apercebemos disso mesmo, nos envergonhamos, nos escandalizamos!!!... Tal como, mal comparando… a série de lugares que se perdem, que se preenchem, num frenesim, tal como atrás referi, fazendo recordar um jogo infantil, o das cadeiras, quem vai ao ar, perde o lugar, mudança delas, é evidente, com ou sem indemnização, muitos milhões, milhares deles, um espavento, nos dois bandos que se alternam, que se não machucam muito, pelos telhados, os de vidro, delicados, mui débeis, muiiiito… proveitosos, apetitosos, claro!!!... E perante este… painel, muitas vezes me ponho a questão:

- A política… é para os políticos!!!... Será???... Me parece que não, decididamente!!!...

… é vê-los, sem desmazelos, estendendo a mão, ao invés dos desgraçados, dos sem nada, concertando vencimentos, posições, tanto cá, como por lá, para as bandas de Bruxelas, nas nossas contas internas… entre os que saem, entre os que entram, deslumbrados pelos milhões, como se nada, indiferentes, numa repetição constante, desgastante, já vista, discutida, falada… mais que falada!!!... A partir de 700, passando por 2000 ou 3000, chegando aos 6000, 10000 contos ou mais, num desvario, numa insensibilidade profunda, perante o sem nada, o posto de lado, como norma, maneira de estar!!!... Palavra de honra!!!... Mais uma vez penso, me ponho a pergunta… pertinente:

- A política… é para os políticos!!!... Será???... Me parece que não, decididamente!!!...

… Sherpas!!!...

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