sexta-feira, 11 de abril de 2008

... ensopado de borrego!!!...

…ensopado de… borrego!!!...

…mesa alongada, tosca,
bancos corridos, conversas,
ao lume, gato que se enrosca,
lugares vazios, tripeças,
petisquinhos vários,
queijos, paios, azeitonas,
copos, jarros, na mesa…nos armários,
pipas altas, enormes, matronas,
presenças de destaque, no lagar,
um sussurro, um cantar,
um sorriso, uma gargalhada,
um dito, uma fumarada,
cigarros que se acendem, se apagam,
copo que se entorna, que escorre,
ensopado que aparece, odores que se espalham,
tumulto que se acalma…que ocorre (???...),
tempo de degustação, sabores,
males que se afastam, olores,
momentos, silêncios, instantes,
barulhos, cantares… tanto agora, como dantes!!!...

…ensopado de borrego, na altura,
no tempo da erva fresca, na Primavera,
pelo Alentejo, bênção, gostosura,
com tinto da região, o que se espera,
sabor, cheiro, paladar, supremo manjar,
carnes tenras, saborosas, borregos jovens,
perdição dos Deuses, requinte dos homens,
um dos pratos apreciados, degustados,
neste recanto do Paraíso,
com sabor a cravinho, um cadinho,
com pão escuro…um aviso, alentejano,
batatinhas, aos bocados, bem quentinho,
uma lareira…bem à vista,
acesa, fulgurante…num recanto,
faz deslizar o vinho,
faz-nos sentir…um encanto,
um gozo no viver, no conviver,
partilhando nossos sentires,
nossas vidas, nossos prazeres,
surgindo, por vezes, o canto,
arrastado, pausado, em comunhão,
esquecendo o choro…o pranto,
em união,
por momentos, por instantes,
tal como antes,
numa fraterna almoçarada, num jantar,
num petisco,
numa adega, num lagar,
num pretexto, conjugação de vontades,
emoção… só visto,
amálgama de desejos, dores, sofrimentos… beijos,
encarnação de…tantas verdades,
sentados à mesa, com um copo,
com um canto,
com ensopado de borrego,
lareira… num recanto,
satisfação…enlevo!!!... Sherpas!!!...

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