segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

... porque concordo... em absoluto!!!...

... passo a citar:

"Saturday, December 15, 2007 9:00 AM
Tratado de Lisboa
O líder do PS e primeiro-ministro tem ponderosas razões políticas para rejeitar a obrigatoriedade de um referendo ao Tratado de Lisboa. Assumiu, com os seus parceiros europeus, o compromisso de levar à prática, a nível comunitário, uma ratificação o mais rápida possível e sujeita ao menor risco de factores imponderáveis. Tem, ainda por cima, a responsabilidade acrescida de haver sido um dos principais obreiros do acordo e da sua entrada em vigor (ficou-lhe bem o elogio isolado que fez a Angela Merkel, artesã maior do novo Tratado). A conjugação de posições com o Presidente da República, que se opõe a este tipo de referendo, evitar-lhe-á um conflito institucional desgastante num ano pré-eleitoral e politicamente difícil para o Governo. E o Parlamento tem, além de total legitimidade democrática, uma maioria confortável para ratificar o Tratado europeu.

Em contrapartida, José Sócrates dispõe de um outro conjunto de valiosas razões para entregar ao voto dos portugueses a legitimação do Tratado reformador. Mostraria cumprir o que prometeu, retirando argumentos aos seus adversários políticos. Deixaria o PSD, que mudou alegremente de posição, sem espaço de manobra e a seu reboque. Obteria uma vitória eleitoral em que o triunfo do ‘Sim’, mais a mais com um Tratado nomeado de Lisboa, estaria claramente assegurado à partida. Colocaria o Presidente da República na posição de, mesmo contrafeito, não ter margem política para poder inviabilizar o referendo.

Indo aos pontos decisivos. José Sócrates terá o rasgo de se elevar acima do consenso anti-referendo não assumido pelo directório europeu, chamando o eleitorado português a pronunciar-se – assim reforçando a sua imagem pessoal no plano internacional e a individualidade do país? Mais importante: em nome da ética política, irá respeitar o compromisso que assumiu, em mais de uma ocasião, perante os portugueses?
Ou sente que não tem estatuto nem dimensão para contrariar a ordem europeia e irá obedientemente acatar o consenso anti-referendo? Alegando farisaicamente que esta versão compacta do anterior Tratado nada tem a ver com o original e mudou mesmo de natureza?
Ao que tudo indica, num caso e noutro, Sócrates já atirou a toalha ao chão."

... in Directo (jal@sol.pt)

... sem mais!!!... Sherpas!!!...

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