Brincadeiras
Um cão que salta e brinca,
uma criança que o desfruta,
um latido, um ganido que fica,
um pulo, um simulacro de luta,
satisfação plena dos dois,
naquele jogo consentido,
amizade que perdura, depois,
dum para outro amigo,
na brincadeira, nos pulos, na alegria,
no gosto que os mantêm unidos,
neste, noutro e noutro dia,
de dois seres compreensivos,
jovens e abençoados,
comungando todos os prazeres,
dois amigos, dois seres,
bem juntos, identificados,
mas, o tempo passa,
o menino foi crescendo,
o cão já não salta, já não caça,
a amizade foi desaparecendo,
o rapaz já não brinca,
o cão já não corre,
ronceiro, fica e dorme,
amolengado, velho e lento,
olha, por vezes, o companheiro
dum passado, menos cinzento,
mais brilhante e prazenteiro,
quando o tinha, por inteiro,
ao rapaz que era menino
e amigo de brincar,
bem pequeno, pequenino,
quando podia saltar,
correr, brincar e ganir,
gozando o prazer da companhia,
do seu amigo, com alegria,
quando era pujante e cachorro,
quando latia e ladrava, em coro,
com as palavras e gritarias
do pequeno, das alegrias,
do menino que já cresceu,
do amigo que já perdeu...
... Sherpas!!!...
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