terça-feira, 9 de outubro de 2007

... efémera... ilusão!!!... (antiga)

…tal como um grão de pó na extensa poeira que se alastrou, a humanidade, ínfima, insignificante, tão sem valor, tão vulgar, de nomeada fugaz, ilusória, anónima, tantos biliões, neste Mundo de confusões, com casos revoltantes, mordazes, do que os homens são capazes, bicho raro e cruel que vive, destroçando, enquanto vai construindo, mutilando, matando, ferindo, em constante contradição, encolhido, diminuído, perante Algo desconhecido, periclitante na sua arrogância, que se esbate e abate, perante ele próprio, a consciência, quando a usa, quando pensa, assim todos nos encontramos… reles, coisinhas poucas, poeiras que se esfumam na atmosfera, se dissipam, se dissolvem, se apagam, se esquecem, porque fenecem:

- Tal como raios demolidores/com clarões intensos, faiscantes/reis, donos, senhores/assoberbados, vaidosos, pujantes/criaturas metamorfoseadas/impantes, no acumulado/diferentes, muito alteradas/esquecidas do seu extracto/das partes que são, fragmentadas/ridículas, ínfimas, de facto/parcas figuras, assolapadas/reles humanos, efémeros/que passam, se esfumam/heróis, santos, cobardes, feros/anónimos que pouco duram/que pouco ou nada perduram/nos milénios que se avizinham/nas histórias que se descuram/nos casos que se apinham/no pouco rasto que vão deixando/nos gestos, atitudes, ganâncias/nos que, muitas vezes, vão calcando/nalgumas extravagâncias/aberrantes, sem sentido/reis, donos, senhores/que, por se terem esquecido/abusam dos seus poderes/exigindo regalias, favores!...

…as glórias, o poder da fama, a fama do poder, a ambição desmedida, a soberba, a vaidade exacerbada, a ilusão enorme que se têm, quando grandes, importantes, excelências no seu auge, adulados como Deuses, não deixam de ser o que são, pequenos rasgos faiscantes, lampejares fulminantes, cintilações muito fugazes, pormenores momentâneos, pequenos apêndices, grãozinhos de poeira, nos caminhos, no caminhar, na história da humanidade… onde foram senhores, animais enormes, desconformes, dum passado muito longínquo, não por feitos, por construções ou por livros mas, pela sua imponência física, de espantar, restam só vestígios ténues e raros, fósseis, bem fossilizados, ossos carcomidos, petrificados, deixaram-nos, vai para uns milhões de anos atrás, umas centenas de milhão, para ser mais preciso…com ilusões, com confusões, com imaginações… do que eram, do que foram, do que já não são…e que possantes e brutas eram as bestas!!!...Mais próximas, no tempo, tantas e tantas civilizações, evoluídas, as da história antiga, florescentes, com grandezas e defeitos, das quais alguma coisa copiámos, quanto a organização da sociedade, a profundos pensamentos, dos seus pensadores mais conceituados, à apreciação das obras de arte que, até nós, chegaram, dumas que outras construções que restaram, as mais resistentes, as que perduraram, como as pilhas Duracele (as que duram e duram!!!...), as inscrições, as escritas, cuneiformes ou não, pistas gastas do passado, recuado, nos mostram, em pormenor, quanto representam estes grãos de poeira que, somos nós, convencidos e soberbos, por estes cinquenta a sessenta anitos de avanços, de recuos, de chacinas, de incompreensões, de crimes tremendos e horríveis, de tontarias alarves de ignorantes e prepotentes, dessas gentes, as tais, cada vez mais iguais a elas próprias…pobres tristes, gentes das glórias, sem elas, esvanecidas, esquecidas, que fenecem, aos poucos… Sherpas!!!...

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