…para aliviar a pressão da presente situação, num País que se não encontra, que se diz e contradiz, num desnorte avassalador, com opiniões diversas, dispersas, de tantos doutos doutores, em leis e outros misteres, com profundas sapiências, dotados de vontade, com inclinações díspares, contraditórias, nos seus arengares mediáticos, onde, como pavões inchados, espalham saberes, interpretações múltiplas, sobre tudo, sobre nada, quando tudo dizem, dizendo nada, do que se intenta saber, como deve, com dever…pouco claros, com transparência, enrodilham todo o baralho, dão cartas, voltam a dar, perante toda a Nação, numa grande confusão, nestes casos complicados, quase presentes aos julgados, mais uma vez adiados, com inocentes e…culpados…porque não abstrair, pôr de lado a trapalhada, congelada, adiada, por uns anos mais alargados, regressar a tempos passados, fechar no esquecimento, este tão triste momento, onde se joga com finura, a verdade que se procura, a culpa de quem abusou???...O tempo vai passando, com futebóis à mistura, desportos com fartura, concursos e novelas, com mais um brother alienante, tanto agora como dantes, enquanto a fita se desfia, nos jornais, nas tv,s, onde não existem pardais, nem colinas, nem montes, lá longe, no sossego, bem fora do nosso emprego, bem cedinho, bem cedo, na vastidão dos nossos campos, ouvindo os sons, os cantos, recreando nossos olhos, com belezas sem par, aos molhos, a fartar:
- De madrugada, quando me levanto/quase de noite, bem cedinho/abro a janela, oiço o canto/de várias aves, pertinho/muito mais madrugadoras/sempre alegres, joviais/não se importando com horas/porque são simples pardais/vivendo cada momento/na sua curta existência/com total empenhamento/saboreando a vivência/desse escasso período/partilhado, já esquecido/nos meus tempos de miúdo/d´outro tempo, já vivido/na minha terra de origem/pequena, no Alentejo/onde nasceram e vivem/pessoas que, há muito, não vejo/que, comigo, partilharam/essa entrega, essa paixão/que nos deram, nos mostraram/nos campos, a ilusão/a natureza mais pura/o belo e harmonioso/o que sempre dura, perdura/o singelo, o mais formoso/os cantos da passarada/os verdes da vegetação/os cheiros da madrugada/os acordes duma canção/o silêncio alto, gritante/a brancura nívea, total/o vermelho, mais berrante/das papoilas, em geral/o azul do céu, celestial/as águas bem cristalinas/dos rios de pouco caudal/os montes, as colinas/tantas, tantas lembranças/de quando éramos crianças/nos afluem, por instantes/nestes lugares mutantes/corroídos pelo progresso/pelo casario em barda/que, sem mostras de retrocesso/tudo absorvem, abarcam/tudo destroem, estragam!...
…saudosismos do passado???...Não, impossível!!!...Só de alguns pormenores, coisas poucas, bem menores, ao alcance dos vulgares, insignificantes no valor, quando os defendo, com ardor, anónimos a muita gente, aos cidadãos em geral, deste nosso Portugal, desequilibrado com fartura que, por mais que tentem, não encontram, na sua grande procura, o consenso entre a gente, o bom senso dos urbanos, que vivem com enganos, suas grandezas, suas manias, longe das singelas alegrias, das naturezas ricas, afastadas, esquecidas, com muita passarada, alegre, irrequieta, numa constante revoada, num encanto de beleza, sem igual, sem par, autêntica canção gritante, nesta paixão que eu sinto, quando escrevo, porque não minto, no interior da Nação, quando relembro, com emoção, tempos passados da minha infância… Sherpas!!!...
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