… bola que gira, rebola,
que transporta, numa alucinação,
montões de parasitas, multidões,
na elipse que completa, numa fracção,
escasso tempo que medeia, ilusões,
quando, perpassa, descola,
pelo espaço escuro, infinito,
interrogação constante, aposta,
de quem se sente reduzido,
conduzido, como quem não gosta,
no meio desta parafernália,
tão conjunta, multidunária,
tão infecta, aberrante,
conglomerada, massa informe,
raça medíocre, que passa,
ciclo da ganância extravagante,
do poder do homem, da fome,
que grassa, que não é escassa,
que mata, que reduz,
tal como verme que induz,
ferida bolorenta, chaga que devassa,
dor que aumenta, que chora, não lamenta,
que aguenta, que não esquenta… fermenta!!!...
… bola que gira tresloucada,
calda, borrasca que se espera,
que desconsola, que desespera,
que altera qualquer esfera,
com motins, afins,
aqui próximos, nos confins,
miscelânea, mistela que produz,
que nos reduz, não nos conduz,
paroxismos, loucuras, alucinações,
contratempos, ilusões,
passageiros, momentâneos,
uns segundos, fugazes, instantâneos,
mentecaptos inteligentes,
mais socalcos… pobres gentes!!!...
… esfera que carambola,
que carrega tanta guerra,
pobre esfera, pobre Terra,
que se esvai, que se altera,
se modifica, como fica,
experiência que se tenta,
mais teoria, menos teoria,
tudo se forma, tudo se intenta,
ampla gula, forte mania,
rebuços que cometem,
que disfarçam, que prometem,
vulgos, ignaros, raros,
que se alteiam, não permeiam,
não pensam, enxameiam,
donos do Mundo, desta bola,
que se desfaz… se descontrola!!!... Sherpas!!!...
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