sábado, 7 de junho de 2008

... as gordas... com o CASINO às voltas, outra vez!!!...

... medalhas!!!...

… ah!!!... Os “protocóis”!!!...


… medalhas, citações, condecorações,
louvores, faixas coloridas, palavrões,
discursos em barda, bonitos, engendrados.
bem escritos, arrebatados, bem amanhados,
ocasiões solenes, não perenes, fugazes,
feiras da ladra, alfarrábios, pechisbeques,
bugigangas, sucateiros, restos dos vorazes,
sobras que se esquecem, que fenecem,
no fundo da gaveta, na montra, nos panos,
no chão, ao montão… nos albergues,
de pais para filhos, estórias passadas,
memórias encantadas, palhaçadas,
atribuições, no exercício das funções,
cerimónias ostentatórias, vexames,
quando se pressentem enxames,
seres com fome, despidos, nus,
quantas, quantas ilusões,
num virar costas, num contraluz,
num ter de ser, vergonha intensa,
criança de que se abusa, em que se não pensa,
justiça que se não exerce, que se esquece,
que se não pratica, que se avilta,
que ultrapassa o bom senso, quando se intenta,
se queda parada, congelada,
se adia, se arrasta, se desenquadra,
não alinha com o cerimonial projectado,
bem na frente, diligente, organizado,
peitos hirtos, firmes, sorrisos imbecilizados,
resmas, resmas de… condecorados!!!...

… coisas dos poderes, das repúblicas,
das democracias, das ditaduras,
das monarquias constitucionais,
doutras orgânicas que tais,
dos que estão no topo, por vezes,
coisas de todos, coisas quase públicas,
incrédulas, tontas, impuras,
contrastantes com o inverso,
na obscuridade, no reverso,
dos que, de tão diminutos, não são vistos,
tão pouco achados, para tais recados,
para tais recatos, para tais assados,
na opulência de casarões de luxo, de palácios,
encasacados, trajes de gala, a preceito,
com comezainas, discurso ao jeito,
ali, espetadas no peito, reluzentes,
perante pensamentos mais reácios,
nos que me situo, imprudentes,
que extrapolam pensares, ideias,
escritas, quando vêem, no momento,
perante tantas outras gentes,
sem teres, sem haveres, sem meias,
descalços, despidos, nus,
num verdadeiro… contraluz!!!...

… era assim, continua sendo,
pouco alterou, o sistema,
estamos quase na mesma,
consoante vamos lendo, vamos vendo,
sem emenda, caímos de novo,
malbaratando o que é do Povo,
numa pasmaceira controlada,
que não conduz, não leva a nada,
cerimonial de ocasião,
fogo de vista, estadão,
mais condecoração, menos condecoração,
medalha, faixa ou… palavrão!!!...

… bem melhor… umas “bejecas”, com um pratinho de caracóis!!!... Coisas!!!... Sherpas!!!...

... livros!!!... (antiga)




... há coisas que, mesmo que não queiramos... nos levam a recordar pequenos episódios passados que marcaram bem fundo, no íntimo, porque vividos, com intensidade!!!... Na minha adolescência não havia tanta oferta de leitura, todos os tipos e formatos que há hoje... coisa rara e cara, só para alguns, empréstimos que recebíamos de quem tinha, bibliotecas municipais inexistentes, algumas itinerantes (... bendita fundação Gulbenkian!!!...) que nos brindavam vezes por outras, quando apareciam na terrinha!!!... Nunca fui muito dado a livros obrigatórios, os de estudo... por folgança monetária de família, pequena burguesia da altura, tive acesso ao que muitos dos meus companheiros não tiveram, formação académica em colégio particular, sob a égide do padre da paróquia!!!...

... uma “seca” ser obrigado a fazer o que não gostava, galinha de campo não quer capoeira, cortava-me as liberdades que sempre tive, obrigava-me a fazer o que queriam, fui estudante forçado, tirei curso médio!!!... Ao invés, li muito pelo prazer que as leituras me davam, alcancei o que não conseguia doutro modo, fantasias e sonhos, viagens de pasmar, aventuras inimagináveis, contacto com outras vidas, formação que me completou, benéfica, agradável!!!...

... com todas as maravilhas ali ao pé, vida que regurgitava por todos os cantos, não resistia dar um saltinho ao espaço amplo e aberto do Alentejo que amo, de descobrir, por mim, todos os pequeninos segredos dos outros seres que fui conhecendo, respeitando, infância plena, brincadeiras de estrondo, tempos felizes, tempos de medo... para os “descamisados”, filhos dos mesmos, pobres, descalços, com fome, sem roupa, autênticos “muares” pelos esforços que faziam, pela maneira rude e vil como os tratavam!!!... Botas duma figa, ditadura bronca e analfabeta que ainda há quem a recorde porque a deseja, quando a menciona!!!...

... por essa altura tomei contacto através da leitura de livros, das canalhadas das Guerras Mundiais, Reich, s irracionais nas pessoas dum Kaiser Guilherme II, dum Hitler, nazista peçonhento, admirado por alguns, detestado por bastantes mais, nos que me incluo, trincheiras e gaseamentos, concentrações em campos de extermínio, matanças de ambos os lados, Eixo e Aliados... guerras bem alargadas, ponto de partida sempre o mesmo, a Alemanha que está mais pacífica, intervenção do Japão Imperial, campo de experimentação das bombas atómicas americanas, dos Kamikazes suicidas, os impérios que se perspectivavam, derrubavam, banalizavam, desprezavam, entre outras razões de vulto por parte dos que se matavam!!!... Ainda recordo figura hercúlea, homem vástago, mui respeitado pela família, de provecta idade, tio do meu falecido pai que andou pela França na guerra de 14/18, entrincheirado, com máscara na cara a fim de não ser gaseado... não vítima acabada, do grupo dos que se salvaram daquela hecatombe primeira, era eu gaiato!!!... Quando falava e contava, com respeito e profunda admiração... ouvíamos a descrição daquele pavor!!!... Mais aprendi em obras que li, não censuradas, ao alcance de algumas bolsas mais forradas que depois mas emprestavam... lidas e relidas para meu espanto, conhecimento adquirido, manifestação hedionda do ser humano, desprezo total pela vida alheia, por ganâncias e prepotência de loucos que nos caíram em cima!!!... Efervescente desde sempre... esta Europa que não aprende, sessenta e poucos anos de interregno com algumas labaredas intensas, por raças, por credos diferentes!!!...

... claro que não vou esquecer o Jorge Amado, o Erico Veríssimo,o Hemingway, o Dostoiévski, o Gorki, o Tolstoy, o Eça, o Camilo, o Salgari, o Júlio Verne, o Camões... entre tantos outros, além do Leon Uris que me informava da última grande guerra, do êxodus e dos campos de extermínio, alguns mais recentes, pensadores que me cativaram, induziram e produziram aquilo que hoje sou, juntamente com uma grande apetência pelo cinema, pelo teatro, pelo saber dos mais velhos que contavam contos ao longo das noites de Verão, na soleira da porta, sentados com o rabo no chão, alguma banda desenhada do Walt Disney que dava os primeiros passos no País, do Mosquito, do Rintintin, dos livrinhos policiais de bolso, de cow-boys, do Mundo de Aventuras com Mandrake e Lotário, Fantasmas e quejandos, do Kid Carson e Búfalo Bill, sei lá que mais, leitor voraz de tudo que me caía nas mãos, compulsivo no que queria saber... mais e mais, autêntico eremita quando me isolava e lia sem parar!!!...

... mas, como sempre... defeito meu, começo e derivo por aí, fugindo ao que me ocorreu numa cadeira de esplanada aqui perto, sentado num dia de calor intenso, associando com outra cena, noutro País, na Praça de Pigalle em França, tarde quente também, a nível casal em passeio, turisticando... ainda há pouco, onde tive o privilégio de trocar umas palavras com um francês de idade avançada, lúcido ainda, auto-suficiente, que partilhou, cadeira e mesa ali juntinho ao Moulin Rouge, connosco!!!... Ia passando um grupinho de jovens adolescentes trajadas a rigor, sainhas curtas, blusinhas airosas, bem vistosas... que nos chamou a atenção!!!... Com olhos vivaços, o companheiro de café, na esplanada, olhou para nós e esclareceu, indicando... são dançarinas, falando em francês, claro!!!... Partindo daí... um não mais acabar, conversa à toa, coisa boa, sem fronteiras nem barreiras, descontrolada e com agrado mútuo, sobre Portugal, sobre viagens, sobre França e Alemanha, sobre a última grande Guerra Mundial em que tinha participado!!!... Com armas na mão contra o alemão, do lado dos aliados, tendo percorrido toda a geografia do adversário, conhecendo-a na perfeição!!!... Que também conhecia a Ásia Central!!!... Que tinha sido preso em Birknau – Auschuitz donde tinha fugido, agora museu dos horrores, na época, centro de eliminação metódica e apurada de tudo quanto era judeu, homossexual, cigano, adversário contrário, testemunha viva, ainda!!!...

... com tantos maus exemplos passados, esquecemos e admitimos novas versões de imperialismos tontos, com campos de concentração em Guantánamos, marines espalhados, um pouco... por todo o Mundo, bases militares e poderios que se alargam, terrores e guerras, instabilidade permanente, ganância de medo, outra vez, nomes pomposos, diferentes, imposição da Democracia e da Globalização, Mercado Aberto, Liberalismos Novos que permitem, fome e desgraça que não passam, que se instalam, não desvanecem, permanecem disfarçados!!!...

... o que eu penso, quando associo!!!... Enfim!!!... Sherpas!!!...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

... as gordas... com maus exemplos dos partidos!!!...

... é um facto!!!... (antiga)




… é um facto, pelo que me vou apercebendo, espécie de confessionário desculpabilizante de qualquer disparate, de qualquer extravagante!!!... É evidente, não haja dúvidas disso, quanto a modos diversos de governação, com ou sem estadão, por intermédio do laranjal, com vendas extraordinárias, negociatas mil, compras de submarinos, de helicópteros, de armas diversas, de blindados e quejandos… utilizando todos os meandros, habilidades mil, pareceres, estudos diversos, com má cara, com sorrisinhos de treta, tanto dantes, como agora, para nosso mal!!!...

… o défice de 6,83%… não existe, simplesmente!!!... Novidade, espanto… plasmado me quedo!!!... Então como é???...

… mesmo agora, há bocadinho, a sumidade das finanças, do que fugiu lá para Bruxelas, afirmou, alto e bom som que… o dito, perante os televisores, telespectadores vários, dispersos por todo o País, não existe, perante a Judite, com explicações do camano, com palavreado adequado, explicações muito dela, deixando-nos confusos, tremendamente baralhados!!!... Afinal como é???... Estamos numa situação difícil, com um défice enorme, justificador de sacrifícios, de cortes em certos direitos, reformas só atingidas mais tarde, cortes nas vitalícias, aumentos de IVA, de combustíveis… ou não???... O senhor Governador do Banco de Portugal teria feito, as contas, mal???... O senhor deputado Jorge Coelho exagerou perante a comunicação social, quando se referia ao descalabro???... Não entendo nada!!!...

… confessionário desculpabilizante, a RTP com a Judite… estamos muito piores do que dantes, tal como afirma a ex-excelsa ministra das Finanças do Zé Manel, o fugitivo!!!...

… a forma como o Governo utilizou o referido, não falando da TANGA, antes dos 6,83% (… impossíveis, difíceis de digerir, negados… até, assim o garante!!!...), simples pretexto, engano, como afirma a excelência, veio complicar mais a situação, a presente, a que se sente, como quem mente!!!... Quem mente, afinal… perguntamos nós???... Continuam com as despesas, arrecadam mais receitas, não recorrem a extraordinárias, como opção… completamente o contrário do que advoga!!!... O essencial, todos concordamos… é a redução da despesa, ao nível mais elevado… o que se não vê!!!... No presente contexto não valia a pena o aumento dos impostos, dos combustíveis, falando de encenação, a existente… dos rosados, os da governação!!!... A rigidez da despesa piorou, assim o afirmou!!!...

… lembrou os congelados, torceu o nariz às vitalícias… outra estratégia, outro défice, certamente!!!...

… a consolidação orçamental é feita através da redução da despesa, não da receita, com números e percentagens, com mentiras e verdades, com políticas diferentes… reafirma, falando da terapia, a de partida, da doença inexistente… os tais 6,83%!!!... Enfim, como é???... O senhor Governador do Banco de Portugal cometeu asneira, induziu os portugueses em erro, deliberadamente, o partido do Poder camuflou, propositadamente, com outras intenções???... Estamos tramados com estes políticos que brincam com os dinheiros que nos pertence, como se fosse deles, objectos abjectos, de somenos importância… tão importantes para a vida de cada um de nós, quando se desculpam na RTP, impunemente, como quem mente, como quem fala verdade!!!...

… ministros das finanças, tantas contradanças, ziguezagues esquisitos… deduções absurdas, tão diferentes umas das outras!!!...

… estou a ouvi-la na Grande Entrevista, respeito-a, respeito-os todos, não os entendo, todos… todinhos de consciência tranquila, carregados de dúvidas e angustias mil, tarefa difícil quando Governo, bem mais fácil agora, tarefa muito mais simplificada, num Governo que não governa, assim o diz… fazendo cada um, o que muito bem entende fazer, com uma oposição muito mais positiva, a do laranjal!!!... Políticas do P.S., cada vez mais chegadas às políticas já praticadas, as apeadas… com algumas excepções, as SCUT,s e as extraordinárias!!!... Scut,s… inevitabilidade futura, portagens à vista, assim o afirma, segura, não formosa, Manuela… pela verdura!!!... Enfim, não quero ouvir mais!!!... Se andava baralhado, mais baralhado fiquei!!!... Contas claras e transparentes, pois é, bem queria, gostaria… mas, não!!!...

… enfim, a atitude bombástica de Jorge Coelho, catastrófica, quando pronunciada… tomando o défice excessivo como cavalo de batalha é que, não consegue engolir, a Dama de Ferro, quando ministra, agora… já não tanto!!!...

… ainda a ouvi, lá ao longe… porque me afastei, desinteressei, comentar os impostos sobre o vício, propiciadores de contrabando futuro, bom negócio para os que se governam de tais actividades, concordar com tudo quanto penaliza a função pública, inclusive o congelamento da progressão automática, quanto a escalões, na docência, noutras funções, mostrar o seu descontentamento quanto à quebra dos sigilos!!!... Sempre foi muito sigilosa, tal como os seus companheiros de partido!!!... Maneiras de proceder quanto a dinheiros, pertença deles, pensam eles… herdeiros que são dos mais abalizados, pobres bacocos apeados!!!... Quanto a políticas do seu partido, muito domésticas, internas… cometidas no passado foi, como costuma ser… comedida e reservada, velha raposa que é, sem grandes emoções, favoráveis ou não!!!... Foi assim… a confissão, quedou mais desculpada, ganhou simpatias ou não!!!...

… entretanto, por cá, pela Europa, num anfiteatro mais alargado… ficámos a saber que o Governador do B.P. se governa muito bem, que o Freitas do Amaral, poderá ser a escolha socialista, quanto à Presidência da República, que na Europa não se entendem, quanto à Constituição, todos concordam, cada vez mais adiada, com a Dinamarca em consonância com a França, com a Holanda, com a Inglaterra e, no respeitante a fundos, os de coesão… não no-los dão, os que pretendíamos, cortam-nos uma talhada, não tão grande, afirmam os que suam as estopinhas, lá por Bruxelas, em trabalho, em passeio, como se nada!!!...

… magoada, em certas alturas, com palavras duras de Sua Exª. o Presidente de todos os portugueses, claro… não é de ferro!!!... Entretanto, com medidas dela, continuadas por Bagão, agora com Luís Campos e Cunha, a sociedade civil está… em ebulição, pois então!!!... Sherpas!!!...

... é sempre revigorante!!!... (antiga)



…é sempre revigorante, é luminoso, reconfortante, é uma espécie de chamamento, um relaxe, uma descontracção, uma paixão, um encontro, reencontrado, uma grande ligação, um conforto, uma ilusão, um sonho, um deslumbramento…quando o vejo, quando o revejo, quando me aproximo, quando o oiço, esbracejando, estiraçando seus longos braços, numa rebentação contínua, lá longe, que se aproxima, altaneira, revigorante, bradando, erguendo seus encantos, seus lamentos, em tons azulados, espaçados de cinzentos, com reflexos de alguns raios solares, dispersos, como focos intensos, por momentos, breves, fugazes, por instantes!!!...Pois é, o dia estava pardacento, com umas ligeiras abertas, não muito despertas, num sol envergonhado, pouco prometedor, meio convidativo, escondido por um manto de nuvens, espesso, com uma brisa, já ventania, fresca, quase fria, neste dia, o do clássico de futebol, entre o Benfica e o Porto…num domingo qualquer, neste nosso jardim, plantado, à beira-mar!!!...

…não fui ao clássico, tal como uma enorme quantidade de gente, ausente de tal competição, esfomeada de espaços abertos, de um pouco de sol, de uma brisa marítima, de um oceano que é nosso, de uma Costa convidativa, a de Caparica, tão rica, tão formosa, tão bem posta!!!...Não, não havia balada, a dos cães, embora muitos passeassem, com trela, segura pelos donos, no passeio marítimo, o que fica em cima, defronte dos pontões, das pobres praias desertas, sem areia, diminuídas, pela maré, a plena, irrequieta, com baldões, rebentações adequadas, para a malta dos radicais, os surfistas, os do bodyboard, parados, adentrados, lá longe, expectantes, aguardando a onda, a adequada, a mais indicada, a que os transporta numa viagem curta, molhada, aos altos e baixos, em círculos calculados…deslizando, gozando!!!...

…no dito, o passeio que encima a praia, que separa o mar da povoação, eram milhares de passeantes, aos pares, sós, a marchar, correndo, andando, jovens, crianças e velhos, ziguezagueantes, com alguns encontrões, uns, agasalhados, outros, mais à vontade!!!...Nas esplanadas dos bares, dos restaurantes de praia, almoços que se arrastavam, com espectáculo esfuziante, bebidas que se consumiam, devagar, com sabor a mar, com ventinho fresco, mais para o frio, suportável…uma delícia!!!...Vendedores de ocasião, os ambulantes, os da economia paralela, os da roupa de marca, sem marca, copiada, mais barata, acessível e prometedora, de acordo com bolsas curtas, de fracos recursos, em euros redondos, só a dois, só a três, só a cinco, sem cêntimos…um acerto!!!...

…mais umas bugigangas, uns brinquedos, coisas selectas, mais de acordo, DVD,s de último grito, os filmes mais recentes, os badalados, copiados a preço de saldo, pelo chão, sobre um pano, vistosos convidativos… sem garantia!!!...Grupos de conhecidos, que param, que conversam, que acertam, que desfrutam!!!...Foi-se o passeio marítimo, ficou para trás, deixámos o mar, embevecidos, embebedados por tanta beleza, em direcção à povoação, à rua principal, uma multidão, cheiro de farturas, mercado de roupas, venda de mariscos, frescos, da Costa, jovens com gelados nas mãos, casais bem plantados em esplanadas de cafés, uma torrente de gentes, barulho de música, melodias lindas de ouvir, sul americanas, chilenas ou peruanas, de embalar, com ritmo doce, vivo e apressado que nos inunda, nos transporta, nos põe bem!!!...Lá fomos e lá ao fundo, mesmo junto ao Shopping, em cima dum banco, um homem disfarçado de palhaço, com gestos, com meneios, aguardando umas moedas num chapéu, no chão, junto a um rádio que emitia reportagem do clássico, o do estádio da Luz!!!...Mais uns passos e…deparámos com um palco, sobre o qual, em grupo, um conjunto, entoava músicas e cantares populares, perante assistência improvisada, que se juntava, que meneava o corpo, de acordo com os sons, que o preenchia, lhe proporcionava…alegria!!!...Mais umas mesas, junto ao passeio, pejadas de velharias, restos de casas, objectos que se vendiam, por quantias irrisórias, doutros tempos, com muitas histórias, doutras gentes, ausentes, não presentes, numa espécie de feira improvisada, numa Costa de Caparica, buliçosa, irreverente, com muita gente!!!...

…assim se passou um dia, num remanso, doce encanto, com passeio marítimo, esburacado, num entorno de sonhar, num dia em que o sol teimou em espreitar, escondido por manto espesso de nuvens que, acabaram por ficar, numa tarde diferente, neste domingo…como outro qualquer!!!...Um abraço do Sherpas!!!...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

... as gordas (???...) com... "tecnologias" de topo!!!...

... por ideias proeminentes!!!...

… por ideias proeminentes,
de espanto,

certos seres,
certas gentes,

que desencanto,

aferradas a uma ideia,
reduzidas,
pretendem panaceia,
quanta dor,
para maleita que alastra,
no corno, no cotovelo,

quando surge,
maltrata,

alinhavando um novelo
que arrasta,
falando do que não conhece,

gramática,

em tudo que lhe aparece,
desrespeitando ortografia,
desconhecimento, mania,
numa sintaxe confusa,

obtusa,

confundindo a semântica,
significado do que não entende,

sentido,

quando se considera dotada,
coitada,
amorfa, sem morfologia,

anatomia,

estrutura interior do corpo,
ainda vivo, quase morto,
quando berra, quando clama,

patética,

sem estrutura, sem estética,

fonética,
monocórdica, isolada,
a tudo recorre,
lambuza,
quando aparece ou se esconde,

abusa,

pouco contida, deformada,
por onde
perdida e desamparada,
se sente… inconformada!!!...

… estilos,
maneiras de escrever,
regras que nos subjugam,

espartilhos,

um fazer ver,
quantos julgam,
pensando,
que o que interessa é a forma
que deforma,
aborrece,
não prende, logo esquece,
direita e nos conformes,
insonsa, vazia,
embora cheia,

chateia,

antipatia, mente vazia,
dar-lhe a volta,
obter outra maneira,
mais brejeira,
interessante, irreverente,
num rompante,

quase non sense,

mais aberta, tolerante,
modernice bem aceite,
premiada, adulada,
com enfeites,
verborreia rebuscada,
quebra do instituído,
não errando grosseiramente,
mantendo o estilo,
fugindo à forma,
ortografia correcta,
sintaxe como norma,

pontuando como bem se entende,

dando luz, cor,
gritando os sons a nosso belo prazer,
para que nos queiram ler,
sendo amados por alguns,
detestados por imensos,
odiados pelos que sofrem,
que pretendem panaceia
para a maleita que arrastam,
quando vertem, não comem,
fogo que arde, incendeia

dores de corno, cotovelo,

reduzidas, pobres gentes
com ideias… proeminentes!!!... Sherpas!!!...

... num rodopio!!!...

… num rodopio,
volto e revejo
o que me emocionou,
num desafio,
vontade de marcar na retina,
aquele pedaço de luz,
singela,
figura esbelta, tão bela,
que me obcecou,
amarrou,
alma tão pura e triste,
olhar lânguido,
perdido,
meandros de vida escabrosa,
regaço da morte,
quão formosa,
se aproxima,
exalta, não mata,
rodeia, não desfeia,
mantém intacta,
no rosto que não me escapa,
gravado,
olhado,
rendido… tão lembrado!!!...

… esteve prestes,
não conseguiu,
perante gestos que te negaste,
não parou, fugiu,
num rodopio,
ficaste exangue, por um fio,
em tudo que te não deste,
alvura,
anseio, brancura,
imagem que me deixaste,
quando passaste,
como desafio,
raio de luz intenso,
não propenso,
ultrapassaste
teu destino, tua sorte,
a morte!!!...

… sinto o bafo
quando exala,
desafio,
beleza que acomete,
se intromete,
raio de esperança
que se alcança,
com que desfaço,
mau momento que se cala,
intervala,
ultrapassa, quando passa,
final, trajecto que se atalha,
monumento permanente
tão raro,
dilecto,
singeleza,
uma certeza, uma retina,
uma imagem,
suprema,
beleza!!!... Sherpas!!!...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

... as gordas com... o DIABO da desunião, em acção!!!...

... em Nova Orleães!!!... (antiga)




… em Nova Orleães, o Katrina, com fúria inusitada, com diques que rebentaram, com incúria não assumida, com orgulhos que se mantêm… na potência, por excelência, nos donos e senhores do Mundo, fazedores de guerras e poluições, muito superiores aos normais, não conformes com o racional, no que respeita a Quiotto, quanto aos direitos humanos, muito longe do judicial, quanto ao Tribunal Internacional La Haya, massacrando e sujando, com impunidade total, os americanos, espanto e pasmo Universal, mostraram o que não valem, tão pequenos, desequilibrados, rotura completa do sistema vigente, o que perverte, não cuida, não protege!!!... Não me congratulo, sou humano, sinto pena, congemino apenas, concluo que, pelo caminho que trilham, com tanto e tanto disparate, rendidos ao oiro, ao Poder, esquecendo o principal, menosprezando as pessoas, desprezando o natural, vão provocando razia, tanto lá, como em qualquer parte, dando origem ao que se sente!!!… Com Katrina, com outros menores, lá para o Japão, quase irmão, com a poluição, com inundações que se sucedem, com secas extremas que se alongam, com pandemias que se prevêem, além das muitas mazelas, as que temos, que não cuidamos, como deve… num Planeta que se vai desgastando, descontrolando, num desequilíbrio climatérico, numa escassez que se vai sentindo, sem qualquer explicação, por parte de doutos e sábios, coniventes por dinheiros, por interesses pessoais, caminhamos, cegamente… para um triste, cruel final!!!... Não pretendo ser profeta da desgraça, não sou nada, neste Mundo… simples gota, num Oceano, no meio de tanto engano, alguém que se atreve, quiçá, repetir o que muitos dizem, preocupar com o que o aflige, prever o que é evidente!!!... Decerto me dirão que catástrofes destas, inundações, Tsunamis, secas extremas, alterações climatéricas, guerras e conflitos, sempre houve, sempre haverá… faz parte daquilo que somos, tal como sempre fomos, que é normal, que os cientistas não se enganam, que os filósofos, os humanistas, aceitam como natural, que faz parte de nós, desde que existimos mas… até hoje, nunca fomos tão longe, no escarafunchar com loucura, no avanço desmedido, na procura incomensurável, na ganância exacerbada, na irracionalidade que se pratica, na indiferença, no matar, no deixar… morrer à fome, na perversão, em ascensão!!!... Não, não sou pregador mal disposto de qualquer religião… simples cidadão que, à falta de outra coisa, lhe dá para isto, para pensar um pouco sobre os males profundos deste recanto louco, destas loucuras imensas, destas tragédias intensas, repetitivas, que se vão avolumando, cada vez mais, com insistência, por autismos e egoísmos, por desejos inusitados!!!... Decerto os americanos se pensam doutra maneira, não tão deslumbrada, despreocupada, como até ao fatídico dia do Louisiana, tal como os subservientes, os que professam as mesmas ideias, os incondicionais, depois do colapso, da falência da dita potência, decerto serão mais humildes, mais pequenos e indefesos, perante a grandeza do ocorrido!!!... Caso contrário, se persistirem naquela senda, poluindo, guerreando, provocando desequilíbrio climatérico, chafurdando até ao âmago, na procura aloucada de tudo quanto é orgânico, de tudo quanto é matéria, num desnorte portentoso, cometendo erros próprios de quem tudo pode, de quem é poderoso… iremos, repetitivamente, recebendo, com juros, consequências drásticas, como as que estamos vivendo, com uma que outra pandemia, a que se adivinha, a que se prevê!!!... Cada vez mais, perdidos e sós, na penumbra do Universo, não cuidando do bem mais precioso… a Mãe Natureza!!!... Que tristeza!!!...

… com o mal dos outros, damo-nos bem!!!... Bem pior, quando o mal seja nosso, não dos outros, é evidente!!!... Vamos escrevendo, vamos pensando, vamos sentindo pena, apenas, vamo-nos condoendo, vamo-nos solidarizando, vamos chorando, um pouco, vamo-nos envergonhando, aos poucos, de pertencer ao mesmo género, o humano inconsequente, vaidoso, cobiçoso… orgulhoso, até!!!... Claro que muitos se rebelam, pretendem inverter a marcha, alterar os acontecimentos, levados pela emoção, pelos sentimentos, pela profunda humanização que sentem!!!... Não com intenção de acabarem com um sistema governativo, de implementarem outro que, com o tempo… cairá nos mesmos erros, de discutirem somente, tal como nos p´rós e contras, como entretenimento, como maneira de estar inconformada, numa dualidade que nos enterra, que nos vai destruindo, entre o nós que somos bons, melhores do que os outros, que não prestam, preocupados com os dinheiros, com as economias, com as mais valias, com as riquezas efémeras, passageiras… utopias dos que vivem bem, miragens dos que vivem mal!!!... Desta vez, na América poderosa e insensata, as vítimas restringiram-se aos mais pobres, aos mais débeis, aos que permaneceram abandonados, por falta de meios próprios, por falta de interesse dos que governam!!!... Não podemos, no entanto, esquecer a posição de todos nós, ricos ou pobres, barrigas satisfeitas, bem cheias e esfomeados, Países evoluídos, super ricos e terceiristas, abandonados, miseráveis… todos, sem excepção, no mesmo barco, habitando a mesma casa, bem recebidos nela porque hospitaleira, prometedora, acolhedora, desde que bem cuidada… tão incerta e horrorosa ultimamente, quando se mostra revoltada com o que lhe fazem, constantemente!!!... Haverá um dia, que me engane, que me não ouçam os Deuses… que o cataclismo será incontrolável, reduzindo ao ínfimo, pobres e ricos, numa amálgama imensa de carnes esmagadas, de sangues espargidos, de dores e sofrimentos, não distinguindo culpados de inocentes, abarcando todas as gentes!!!... Que se não cumpra tal predição, assim o espero!!!... Que deixamos, para os vindouros, uma cloaca incomensurável, é um facto, basta ver e pensar!!!... Quão egoístas e loucos temos sido, continuamos sendo… somos!!!...

… não nos encantemos com as descobertas da ciência, não nos embeveçamos com plataformas espaciais, com fotografias da Lua, de Marte, com sondas que vão barbaridades de anos luz, por aí além, em busca do desconhecido, não nos julguemos o que não somos, não descuremos o bem mais precioso de todos, esta bolinha azul, à deriva, aos solavancos, pelo que me apercebo, pelo que constato, tão maltratada, tão vilipendiada, tão violentada… por certos e determinados!!!... Não quero, nem pensar, em relação aos que nos sucederão, descendentes remotos, longínquos ou… já próximos, número reduzido, albergado numa plataforma espacial qualquer, numa Enterprise real, nave espacial de ficção, perdidos, cuspidos, pela força das circunstâncias, pela hecatombe final, desta bolinha maravilhosa, tão raivosa, quando se zanga… a vogar no espaço da incerteza, da amargura, da solidão, mais perdidos do que estamos, hoje em dia!!!... Hoje, ficção… amanhã, realidade!!!...

… seria tempo de invertermos nossas políticas, de colocarmos em segundo plano a economia global, os dinheiros avultados, os petróleos do desencanto, as ganâncias desmedidas… de pormos, como objectivo principal, o ambiente, de arrumarmos a casa, de aproveitarmos outras alternativas, outros modos de vida, de sararmos nossas feridas, de guardarmos nossos ódios, nossas lutas fratricidas, de sermos mais DEUSES, menos HUMANOS!!!... Para onde vamos, qual o fim, qual o destino, qual o caminho???... Gostaria que os confessos, os doutos, filósofos e cientistas, sábios consagrados, aplaudidos… me respondessem a estas minhas conjecturas, bem como os políticos, responsáveis de tudo isto!!!... Para onde caminhamos???... Sherpas!!!...

... displicentemente!!!...

… displicentemente, apanho uma laranja,
corpo abandonado, de encontro a um velho poço,
olhar vazio, sem destino, absorto,
vou tirando pedaços da casca do fruto,
retiro um gomo, dou dentada, mastigo,
sabor refrescante, adocicado,
deito fora, um que outro caroço,
faço um esgar, não desfaço a posição,
tudo se conjuga, se arranja,
um leve sabor ácido, um trejeito,
quebro o imobilismo, faço um gesto,
de repente, som agudo, ali bem perto,
bem me apercebo, quando o ouço,
enquanto como a laranja… junto ao poço!!!...

… volta o silêncio, repito a operação,
gomo que como, logo após um outro,
caroço que lanço fora, com presteza,
olhar absorto, relaxado, de feição,
encostado àquelas pedras caiadas,
borda do poço, em questão,
numa tarde quente de Verão,
indolente, com displicência,
fazendo tempo, comendo uma laranja,
doce frescura, agradável, saborosa,
que se arranja,
um sentir bem, com alguma acidez,
naquele instante, daquela vez,
no meio dum pomar,
catedral do silêncio, avassaladora, enorme,
pala pacatez, pela acalmia,
numa posição relaxada, certo bem-estar,
separado de mim, de todos, isolado,
olhar absorto, sem destino… parado,
ampla razia,
sem réstia de som… terra vazia!!!...

… longe do Mundo, da loucura,
sossego que se esvai, grito que se repete,
latidos dum cão, vozearia de gentes,
o corpo reage, acaba a procura,
silêncio quebrado, barulho se comete,
risos e sons, conversas diversas,
cão que saltita, que abana o rabo,
comendo a laranja, pego numa cesta,
verduras, legumes, tubérculos e frutos,
fim da jornada, olhar que se assesta,
sorriso que se tem,
companhia que se sente,
que nos sabe bem,
tempos passados, em hora de sesta,
naquele monte, catedral intensa,
numa tarde de Verão,
displicente e vazio,
em doce comunhão,
família completa,
grande ilusão,
saudades do tempo,
retorno, na certa,
pausa que se tem, belo momento,
num vale assombroso,
que mira e remira,
com tanta emoção,
espaço na vida… boa recordação,
o meu vale era uma flor,
meu sonho, meu amor!!!... Sherpas!!!

terça-feira, 3 de junho de 2008

... de borla... é mais barato!!!...

... dois pesos, duas medidas!!!... (antiga)




…dois pesos e duas medidas, atitudes bem diferentes, quando, nos bicos dos pés, se impunha a sua presença, no meio daquelas gentes, lá para as bandas dos Açores…tantas penas, tantas dores, eram quatro, agora são três, um que foi dispensado… abandonado, posto de lado!!!...Por cá, com promiscuidades, com apitos, sem verdades, corrupções aos montões, mesmo assim vão festejando, trinta anos depois!!!...Vi-os, cinzentos, carregados, bem direitos, lado a lado, concertando congeminações, alimentando uma esperança, sonho dum defunto passado…um governo, um presidente, uma maioria!!!...Coitados, não se lobrigam, não se avaliam, tal estão, mais que convencidos…tristes manias, pensamentos deturpados, vão em frente, mais que alapados!!!...

…o Povo tem memória, não esquece, tem gravado, o péssimo, ruim estado, desta situação caricata…a abissal diferença, dos que bem situados, não dão pela recessão…antes, pelo contrário!!!...Que estarão a comemorar, passados que são, trinta anos, pois então, vinte dos quais, sob a direcção profunda e…pouco sabedora, destes senhores, bem colocados de vida, claro!!!...

…quais serão as suas razões???...Desde que os conheço que sei, tal como todos vós, de escândalos relacionados com dinheiros, com incompetências, com incapacidades, muitas e várias, de imunidades e impunidades!!!...Ultimamente, a corrupção e a promiscuidade abundam, quando nos outros, um desastre, quando neles, um abafo, um esquecimento, uma solidariedade tremenda…compreensão de companheiros!!!...A amizade, o compadrio, nos ditos, é assim!!!...Haverá razões para comemorar os fogos do ano passado, as promessas que se fizeram, as que se não cumpriram, as grandes negociatas, à socapa, em catadupa, o desemprego aviltante, que aumenta, não pára, a vida, cada vez mais cara, os aumentos dos combustíveis, a congelação dos vencimentos, o défice, que se mascara, o ensino deficiente, o abandono escolar, a saúde que se privatiza, o Poder dos órgãos de comunicação, concentrados, em boas (???...), mãos, as conversas em família, dos papagaios, sempre os mesmos, os futebóis com apitos, dourados ou não, sem solução, os inquéritos que se levantam, que nos admiram e espantam…quando, espremidos, não dão nada, as crianças abusadas, num processo que se arrasta, a Moderna, escândalo tamanho, atamancado, arrumado, a precariedade, mais que muita, a falta de esperança, a desconfiança, a que campeia, a incompetência, a incapacidade, a falta de verdade, a guerra que não quisemos, os GNR do Iraque, as sevícias dos aliados, os do outro lado do charco, a arrogância, o desprezo, a perseguição constante sobre os mais carentes, as outras gentes…as postas de lado!!!...

…com maiorias constantes, só sabem legislar, multar, proteger o que está protegido, virar costas ao infeliz, sacar impostos aos que sempre pagaram, fechar os olhos aos que sempre souberam fugir…como se nada!!!...Tudo isto com muitos Milagres, na ribeira do mesmo nome, com porcarias em fartura, que há tanto tempo duram, com alguns milagres de Fátima, cantigas, tristes fados, futebóis, como bandeira, num País…sem eira, nem beira!!!...Mas, quem sou eu???...Abraço do Sherpas!!!...

... conheço a realidade de... Lisboa!!!... (antiga)

… conheço a realidade de Lisboa, das cidades satélites, dormitórios ou arrabaldes como lhes chamam, do interior, pertinho da vizinha Espanha, quase engolido, final que o espera, com tempo… é esse o projecto, as tais eurocidades segundo apregoam, oh __________!!!... Há quem concorde… eu, não!!!... não sendo nacionalista, sou favorável à União Europeia social e aberta, inclusiva e plural, bem diferente do que se vai sentindo… disparidades de todo o tamanho e feitio, aberração dum sonho que tem ido, gradativamente, por água abaixo, graças aos modernos e vanguardistas, liberais confessos, esquecidos do que são, não tendo razão!!!...

… como moderado e… culpado pelo voto que dei, não arrependido, apenas contristado, ainda auguro mudanças nestas políticas economicistas, quando fazem forte de rebentar o que já é forte e forrado, se esquecem dos que põem de lado, contentam com promessas e migalhas!!!... A vida está um inferno para quem não tem, para quem ganha pouco, para quem está com emprego a prazo, simples contratados… despedidos no acto!!!... Ando de METRO, misturado, mas como… não é local para falar, para auscultar as pessoas, limito-me a olhar, a conjecturar!!!... Quando compro, quando cirando a pé… faço como sempre fiz, como alentejano que sou, boto faladura que dura e dura, tanto por aqui em Lisboa e arredores, como nas terras do interior, sendo uma delas!!!... Escrevo o que sei no concreto… não me limito a projectos, a estatísticas, a estudos, a gráficos, a barómetros ou sondagens, discutíveis… porque encomendados, bem pagos por quem compra, fazendo a vontade dos que pagam, indo ao jeito!!!... Sempre assim foi!!!...

… ainda recordo os alaranjados das legislaturas anteriores!!!... A mesma maneira de manipular a mente das… gentes!!!... Políticos!!!... Com o devido respeito!!!...

… que a nível mais alto se colham bons frutos… não duvido, tem sido época proveitosa, inchados e gordos não há maleita que os derrube!!!... Que distribuem mais tarde… não acredito, como nunca acreditei!!!... Deveriam começar pela sociedade em geral, pelos mais baixos… deixando de lado essa estória dos roteiros de inclusão que não deixam de ser o que são, simples mediatismo, maneira de Cavaco justificar parte do que ganha, bonito de se ver!!!... Pode ser que mais tarde se vejam resultados do que apregoam… quanto a equidade social, equilíbrio mais compreensível entre ricos e pobres, fosso mais esbatido!!!... Por enquanto não vejo nada!!!...

… quanto às prostitutas, trabalhadoras do sexo… tal como os outros trabalhadores de qualquer arte e ofício, emigraram, foram para Espanha, procuraram destinos mais endinheirados e as que temos, mais miseráveis, vindas dos Países de Leste, do Brasil, segundo parece, são algumas no meio das nossas, das que ficaram!!!... É cíclico, é real… existem!!!... Compras de terras no interior… à volta do Alqueva, ao longo da Costa Alentejana, simplesmente… problemas graves de desertificação sem solução, por enquanto, País inclinado para o litoral, grande mal!!!...

… cada um vê com os olhos que tem, pensa de acordo com o que sente, quando contacta em directo, vivendo perto… ____________, sem falar com o coração de socialista convicto como tu!!!... Pode ser que mude!!!... Há muito pobre, muito desempregado, muito emigrante, muito indigente, muito iletrado, muito drogado, muita prostituta… muita má formação, muito laxismo por parte de quem governa… basta reparar, sem estarmos ligados a partidos, sem militância alguma!!!...

… depois, mal maior, temos um Governo com maioria absoluta… sem oposição credível!!!... Esse papel, o da oposição, (… pouco é o tempo para essa COISA, têm de preparar o futuro com denodo e afinco!!!...) pelos vistos… está sendo feita pela sociedade civil, pelos que se indignam e gritam, como eu, como outros tantos!!!... Bom ano, ___________!!!... Sherpas!!!...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

... as gordas com... empregos a dobrar!!!...

... cada um... é como cada qual!!!... (antiga)




... cada um é como cada qual, não tenho nada com isso e tenho de respeitar toda e qualquer criatura, filha de Deus, como eu. O que não consigo entender, o que me não entra na cachimónia, por mais que tente, é a tremenda hipocrisia de certas excelências, periclitantes e sem simpatias, do Poder central que utilizam todos os esquemas, direi antes, estratagemas, a fim de conseguirem captar boas vontades na amálgama ignorante e anónima popular portuguesa, com vistas a votos futuros e...apostando forte na eterna máxima de que a memória é curta e o tempo tudo faz esquecer. Pobres deles e com uma tão grande falta de senso que ronda a idiotice de tais figuras demagógicas, vigaristas no verbo, autistas no proceder e com um ridículo sentido de Estado, deslumbrados inveterados, lambe cus dos States e dos espanhóis, aos quais nos vendem, todos os dias, descaradamente e sem pudor.

... típico de certa classe de novo-riquismo bacoco e sem préstimo, xico-espertos serôdios, dos que julgam estar de pedra e cal com a ajuda de Deus e da Srª. de Fátima a quem, invocam, despudoradamente. É neste campo, o da religião, que, eles apostam, tendo como certa, a compreensão dos que, religiosos praticantes, cristãos por opção, gostam de ouvir determinadas frases bombásticas, como se não, como se sim, muito ao jeito do Portas fraudulento e do Durão frouxo e banana, indignas personalidades que se representam a eles próprios, se governam e não dignificam toda uma população que enganaram e a quem têm colocado nas ruas da amargura, na profunda crise em que nos encontramos.

... quando os oiço a invocar o Santo Nome de Deus ou, subtilmente, a referenciarem a cristandade, como se nada, como se tudo, não deixo de me rir, a bandeiras despregadas, interiormente. Nunca, por nunca tivemos cromos na governação que chegassem, no ridículo e teimosia, para não falar na falta de ética e de moral que não os credibiliza, a este ponto, ao ponto mais absurdo de toda a nossa jovem democracia. Mas eles pensam realmente como falam ou mandam umas bocas, só para inglês ver e limparem a péssima imagem que os portugueses têm dos dois???...Esta última hipótese parece-me a mais racional e razoável porque quem nasce torto tarde ou nunca se endireita e estes dois, nunca se lavaram em boas águas, não são de fiar.

... não tardará muito que não veja um deles, novamente nos mercados, a dar beijinhos às peixeiras, gente digna e de valor e, o outro, a pintar paredes, a rabiscar autocarros e eléctricos, incendiando embaixadas e...roubando móveis. É que...a história repete-se e, quem assim começou, é natural que, com o tempo, volte ao mesmo. Talvez, então, passem a ter aquilo que perderam, coração, e deixem de ambicionar uma carreira fulminante e grandiosa, como simples e tolos carreiristas em que se transformaram ultimamente, inchados que nem pavões, deslumbrados pelas negociatas, pelo dinheiro fácil e abundante que...todos nós pagamos.

... o Durão, pobre dele, agora deu-lhe para aí, agora quer ser cruzado, como os do SÉC.XII, talvez com a ajuda belicista dos States, na luta, sempre eterna e nunca acabada, contra o infiel ou talvez tenha entrado numa de misticismo fanático pois sempre foi dado a radicalidades profundas. Aos que estamos entregues, simples Amostras ridículas e frouxas chefias, sem rumo e radicais. Sherpas!!!...

... acasos!!!...




... contrariedades na vida
que se levam de vencida,
tempo gasto por arrasto,
trabalhos duros, canseiras,
dores, doenças, mortes
de quaisquer, suas sortes,
saltos que damos, fronteiras,
obstáculos que são barreiras,
ânimos que vão cedendo
nos anos que se vão somando,
velhice que não entendo,
quando reparo, vou andando,
feliz com o que vou tendo,
quase nunca me enganando,

não sou pródigo nas farturas,
parco no gesto, na atitude,
encaro males, agruras,
como pequena parte que sou,
onde me encontro, onde estou,
mantenho rara virtude
nesta passagem tão curta,
sorrio, com beatitude,
perante pormenores tão simples,
flor que desponta num canto,
carro original, pintado,
gesto tresloucado de encanto,
menina bonita que flutua
quando passeia na rua,

casa velha de muitos anos,
rua estreita, solarenga,
vasos floridos à janela,
político que fala, arenga,
medalha que se coloca no peito,
parangonas a preceito,
carros blindados, protegidos,
ajuntamento dos escolhidos,
reuniões em monumentos
arranjados, sem defeito,
palavras, mimos, trocadilhos,
pai que acaricia seus filhos,

campos que se abrem a meus olhos,
terras do fim do Mundo,
Lua numa noite escura,
alguns agravos, entolhos,
gato estendido na rua,
buraco escuro, bem fundo,
mal que se tem, não cura,
aceitação da debilidade,
perda vertiginosa, idade,
falhas que sempre tememos
quando nos olhamos, nos vemos,

repentes tão breves, fugazes,
ladrar dum cão que entoa,
briga de mulheres furibundas,
agitado grupo de rapazes,
carro alucinante, veloz,
passagem que atemoriza passante,
águas que jorram dos céus,
poças na rua, imundas,
sarjeta que não engole alimento,
depaupero, incumprimento,
entorno incomodativo, aberrante,
preâmbulo que apequena, instante,

bebé que clama por leite,
mãe atarefada que não cumpre,
batatas fritas em azeite,
cozinha que repica seus sons,
tachos, panelas, pratos, talheres,
pressa de tantas mulheres,
recanto, refúgio, contenda,
luta pela sobrevivência,
lá no alto a excelência,
tão rebolada, contente,
tanto escravo, tanto servente,

notícia que soa na rádio,
televisão que faz estrondo, emoção,
jornal que relata acontecido,
chama que tremelica em pavio,
vela que se gasta, exaustão,
tendo a vida por um fio,
todos mortos, no avião,
escândalo que ecoa nas bocas,
falatório de coisas poucas,
dinheiros que alguém roubou,
quando dirigiu, abusou,
guerras que acalmaram um pouco,
armas que se aprestam, comentam,
na boca de general louco,
amedrontando os que intentam,

pássaro que esvoaça, passa,
ultrapassa nesga da rua,
telhado que se compõe,
dúzias que se encontram por lá
melodia ao desafio,
pia de lá, pia de cá,
tristeza do que dispõe
quando tenta, quando inventa,
vidas dos que muito arriscam
quase sempre não petiscam,
contidos no que se intenta,
pardalitos de pena curta
ao sabor de “filhos da puta,”
por portas travessas, alçados,
reservando seus recados
a parceiros do mesmo lado,
sem temor, sem cuidado,

acasos que me ultrapassam,
distraído com pormenores,
eles gozam, eles passam,
vão ficando bem menores,
consideração que se esvanece,
respeito que se não tem,
tudo se perde, se esquece,
mesmo quem se julga alguém!!!... Sherpas!!!...