quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

... oh... ANA!!!...

quantos avisos... aconselhamentos, interesse pelo bem-estar das pessoas,
não custa nada,
cada um dá os que quer, certos momentos, antevisão,
muito mais,
quando se trata da televisão,

como entende, como bem quer, à falta de melhor,
notícias das boas, esclarecimento capaz,
informação... acontecimento climatérico,
previsão,

consequência má no futuro, fenómeno que faz pensar,
sobre quem somos, que se pode dar, formiguinhas ao sabor,
poucas valências, nulas defesas... escasso valor,

perante o que se prediz, como quem diz, experts, estudiosos,
inteligências em determinado assunto,
como acontece...
em tanta parte do MUNDO,

catástrofe por ventos fortes, chuvas intensas, tremor,
indefesos,
quantos receios do que se deveria considerar... natural,

nossa sorte, nossa morte, partida desta vida que nos gosta,
como se conhece,
desgosta...

causa pavor,

com antecedência, bastante, insistem os meios de comunicação,
indicando o dia, a hora precisa,
avisa que avisa...

bolas... um homem não é de pau,
ambiente carregado, perante o q´apelidam de mau,

de sobreaviso, pé atrás, saio de casa,
cumpro o ritual das compras, antes que aconteça,
arrumo o carrito no parque, lugar seguro, creio...

regresso ao doce lar, aguardando, pensando no instante,
quando se der...
vento bastante,
chuva a potes, inundações, como calhar,

sempre é melhor estar debaixo de telha,
quando acontecer o pior... penso com os meus botões,

dia que passa, de janela em janela, espreito,
acautelado...
este o meu jeito, sério e calado,

observo, não comento,

interioridade que reservo, para não enervar ninguém, tudo normal,
sem defeito, débil brisa, na rua, pouca gente,
céu escurecido, calma aparente...

na sua vidinha, vizinhança ia e vinha,
no interior de casa,
de janela em janela, ia e vinha,
observando, atentamente...

reviranço das condições atmosféricas, segundo previsão, sons tenebrosos,
feéricos,
águas abundantes, calamidade maior,
de normal... para pior,

... jornada quase acabada,
lá mais pr´á madrugada,
diziam o avisado,
sabedor destas coisas,
informação q´aconselha,

quando dá de barato,

não custa nada, atira e torna a atirar...
extenuado,
pela vigília, fui-me deitar,

habituado, deitar cedo, cedo erguer,
já sob o efeito da pastilha...
calmante que me ajuda a conciliar o sono,

levantei-me, compus algo desarrumado,
na casa, em mim,
preparei a primeira refeição,
fiz assim...

eis... senão, quando me lembrei da ANA,
num ápice corro a persiana...
esquadrinho os arredores, frente, traseira do prédio,
no parque,
com plátanos frondosos, quantidade imensa de folhas
pelo chão... alguma ventania
se sentia,

descampado traseiro,
não notei diferença alguma,
murmurei,
encolhi os ombros, pensei...

afinal dizem mais do que devem,
amedrontam, apenas, criam factos, notícias que fervem,
em vão...

enquanto o dia ia clareando,
as formas se colocavam no devido lugar,
perto de casa, no meu lar...
na rua, no parque, nas árvores, nos arbustos,
recentes ou vetustos,
me apercebi, quando vi,

duas árvores de grande porte,
eucaliptos, ramos grossos, cerceados pelo tronco,
espanto, assombro...

mais tarde, quando retomei o meu percurso,
por aqui, por ali,
quanto desperfeito vi...
placas metálicas dobradas, ror de arvoredo,
varões que se renderam,

 oh... ANA, que confusão provocaste,
afinal...
quando por aqui passaste,
deixaste sinal,

quanta razão tinham os meios de comunicação,
débil resistência,
na ocasião...
sem mortes,
varões e placas metálicas, troncos grossos, bem fortes,

... aviso, consequência,
 tempestade ou furacão... Sherpas!!!...