segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

... pegada!!!...

deveria ser incomodativo, tal peso, escondido nas vestes,
carrego desnecessário mas...
preciso,
dobrões, mais dobrões, moedas d´ouro, antigas, arrecadas,
com que pagas,

quando te serves, bolsa de gentes ricas, muito antes do papel,
no bloco d´argila...
no tempo do papiro, no pergaminho, na pele,

dobragens, habilidades, grande gozo, passatempo, desde sempre,
manualidades...
coisa vulgar, quando se faziam brinquedos, ainda sei, ainda lembro,
tão normal,

dou comigo a enrolar uma senha, na fila da compra do pão,
como, quando criança, festa na vila, preparação...

alguma ilusão, colaboração, quermesse... com rifas,
sorte, prémio escasso, não esquece,
em pleno VERÃO, responsabilidade,
outra realidade,

avanços,  na estória que se repete, quando se cria, quando s´investe,
sem birras, diverte
com papel, grande festa da flor,
sem amuos,  fantasia, um primor,
recuos... com a pele,


lembrando cavernícula, grunhos, medos,
indefeso, mais afoito, com pedra, risca entorno, desvenda seus segredos,
deixa rasto no seu abrigo, pegada que perdura,
dura... dura,
rupestre, meio agreste,

quase como um rasto... por onde passo,
esperando, desespero, papeleta na mão, entre dedos,
enrolando,

deixo no local... logo após, quase tique, quase toque,
faz parte, remoque, pequeníssimo sinal, involuntário,
sem mal,

entretenimento, homem idoso, sentado junto a janela do clube,
pensamento...
recuo no tempo,

papéis dobrados, figurinhas na mesa, galinhas, patos,
um, dois, outros mais...
sem um pio atento, dedos hábeis,

tarefa que se propunha, impunha, no sítio certo,
tão perto...
para lá do cristal, manual,

tornou-se violento, distinto, dedo que s´opõe,
agarra, dispõe...
habilidade, retinto, chispa na mente,
repente,

grunhidos, gestos, entendimento, descobertas colossais,
fogo, fala, escrita, dado momento se transformou num portento,
muito mais... do que os mais,

grupos diversos, afecto, constrói, destrói, acérrimo adepto
quando persegue,
mata...
porque já se considera  gente, persistente,

na escola, um não mais acabar, objectos feitos com papel,
quase magia...
tesouro, dentro da sacola, avião de brincar, navio normal
que se fazia,

flor, quantos quer,
malmequer...
material fútil que se presta, foguetão que s´atira, s´atesta,
quando se prova,
amarfanha, sageza quando se renova,

mas, deixemos d´arrazoados,
perda de tempo, enviesamentos, falemos do que me propus,
do papel e... das coisas deste MUNDO,
no qual me não confundo,

m´entristeço, quando penso nas acumulações,
tragédias... nas perseguições,
vilanias em demasia papel bem diferente, dramas,
quantas comédias,

matéria impura que tudo afecta, quanta desvergonha,
quanta rinha...
dinheiro que é peçonha, que tudo espezinha,
despreza,

papelinho de nada, senha d´espera no balcão,
enrolado, como mania, meu hábito,  fantasia,
rifa d´antes, desafio,
simples pegada, quanto fastio... repetição,

nossos ancestros, tão nuzinhos, tão débeis, não destros,
quão canhestros...
não provocando estrago tremendo,
convencimento,

erros himalaicos, sobrepõem-se ao q´estava feito, cometem razias várias,
pegada ecológica profunda, uns tristes,
meros prosaicos...

profusão de danos, não muda, quanta aversão,
tanto escava, mais aprofunda, não corrigindo, desfazendo,
pensando que são, não sendo...

por valia que é papel, não um papel enrolado
que se deixa em qualquer lado,

interesse exacerbado, ganância desmesurada, tão “COISINHA” de nada,
que marca, que destrói, que mata...  Sherpas!!!...