quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

... nunca é demais comparar... (antiga)


… nunca é demais comparar realidades que estão presentes, que desfilam perante nossos olhos, que se vão desenrolando com descaro e imposição, com eficiência ou não… não discuto, tenho cabeça, tenho poder crítico, posso errar no meu juízo, penso que não!!!... Mais ainda com a Espanha dos nuestros hermanos, aqui à mão, manta de retalhos que conheço bem, unida pela economia, sob a mesma bandeira que se desfralda como marca, ocultando outras que teimam em dar nas vistas, em aparecer, bem diferentes!!!... Não vem ao caso, o CASO das nacionalidades que se pretendem, é problema que não me concerne, que façam federação… ou não, é com eles, outras gentes que não as nossas, é evidente!!!... Pela proximidade de Elvas e de Badajoz, pela velocidade na evolução de cada uma delas, pela degradação ou alindamento das respectivas, pela qualidade de vida das populações, pelo antigamente, pela interioridade, pela desertificação que se manifesta numa, na outra não… pelo falar inconsequente dos políticos de serviço quando abordam a descentralização, pela aplicação de fundos em campos bem diversos, obras de espantar, sempre a empatar… simples convencimentos, entretenimentos, me parece, sou levado a comparar o incomparável, assim penso!!!...

… descentralização ou concentração (???...)… numa manobra contabilística, somente, redutora de despesas, contenção e agregação destas entidades noutra cidade maior, num distrito, talvez que, por sua vez, vai perdendo outras COISAS de vital importância, porque interioridades como esta, como outras cidades!!!...

… recordo a cidade de Elvas de há muitos anos atrás, ainda agora, pejada de população entregue aos seus serviços, aos trabalhos que iam desenvolvendo, mal remunerados, claro… com os seus dois quartéis pleno de militares que aqui residiam, aqui aplicavam os seus gastos, davam um certo brilho nas ruas, quando em passeio, quando desfilavam em paradas, polícia militar vigilante, soldadesca irreverente, cornetas que soavam… um certo despique entre Lanceiros e Caçadores, noutros alvores, cadeia militar no Forte da Graça, centro de desgraça por onde passaram algumas das cabeças pensantes da nossa praça, rebeldes como eu… em relação à farda que nunca me seduziu, que me escravizou ao longo de quatro anitos da minha vida, cidade com vida, tribunal militar, organismos que se deslocalizaram, também… agora morta, no que a militares diz respeito, foram embora, simplesmente!!!... Património imenso, restos ou museus, centros de qualquer coisa que os pensantes, pensarão… guardado por meia dúzia de contínuos, de vigilantes, de guias turísticos e informativos, quiçá, no futuro que se aproxima, inexorável!!!...

… descentralização ou concentração (???...)… numa manobra contabilística, somente, redutora de despesas, contenção e agregação destas entidades noutra cidade maior, num distrito, talvez que, por sua vez, vai perdendo outras COISAS de vital importância, porque interioridades como esta, como outras cidades!!!...


… era uma cidade que fervilhava, com hospital que foi crescendo, com pessoal médico eficiente, mais que suficiente… satisfação por inteiro dos que por cá viviam, vivem ainda!!!... Reformas políticas na saúde, pelas mesmas razões… espada de Dâmocles que se desprende, que cai e mata, que arruína, que desestabiliza, que empobrece mais ainda esta região, em comparação com a Badajoz que… se avista, na região extremenha, mais além, com os seus problemas, com gentes bem presas ao local onde nasceram, não migram, não emigram, não vão embora, comércio e industria que se desenvolve, boa qualidade de vida, tendo tudo aquilo que tínhamos e, aos poucos, vamos perdendo!!!... A Maternidade, tendo como base primeira, como início… uma Fundação, foi crescendo, em ligação com o “nosso” hospital, ia satisfazendo, era um gosto e um orgulho quando comentávamos os seus bons serviços, (… Hospital e Maternidade, diga-se a verdade!!!...) um, em vias de extinção, a outra… já foi, grávidas a caminho de Badajoz, de Évora ou de Portalegre, por se acaso!!!...


… descentralização ou concentração (???...)… numa manobra contabilística, somente, redutora de despesas, contenção e agregação destas entidades noutra cidade maior, num distrito, talvez que, por sua vez, vai perdendo outras COISAS de vital importância, porque interioridades como esta, como outras cidades!!!...


… fora dos dias de festa, a festa maior… a do S. Mateus, pelas ruas da cidade, logo de manhã, como gosto, vamos vendo uma série de reformados, alguns com os netos pequenos, encostados a paredes, nos cafés, passeando, falando sem pressas, com todos os vagares, falando destas coisas que nos estão batendo à porta, comentado o CASO da Cadeia que, pelos vistos… tem os dias contados também, vai de marcha, vai embora daqui para fora, falando dos filhos que se vão espalhando pelo litoral, pela zona de Lisboa, do Porto… talvez, alguma vida ainda, em tempos lectivos, nas escolas onde a miudagem vai aprendendo, arrecadando ferramentas para a vida futura, a que se avizinha, com muitos autocarros à porta dos estabelecimentos de ensino, crianças das vilas e das aldeias, freguesias do concelho que se vão espremendo, desertificando doutra maneira, não sei se será a reforma do ensino mais indicada, assim pensam as cabeças que nos governam, por redução de despesas, por concentração e abandonos sucessivos, depressivos… quando vividos, nos locais donde as retiram!!!... Os pueblos espanhóis, maiores ou menores… vão mantendo e aumentando o que sempre tiveram, o que lhes dão, mais ainda, praticando políticas bem diferentes destas, não sei porquê!!!...

… descentralização ou concentração (???...)… numa manobra contabilística, somente, redutora de despesas, contenção e agregação destas entidades noutra cidade maior, num distrito, talvez que, por sua vez, vai perdendo outras COISAS de vital importância, porque interioridades como esta, como outras cidades!!!...

… queira ou não queira, por muito que pense… concluo por mim, algo vai mal neste Portugal desequilibrado, litoral desenvolvido até mais não… interior que vai morrendo aos poucochinhos!!!... Comparando com os nuestros hermanos, regiões tão similares, realidades iguais, Governos bem distintos, ideologias… as mesmas, de cariz social, economias nos antípodas, embora manta de retalhos, resultados espanhóis positivos, portugueses com graves complicações nos défices exagerados, dinheiros mal aplicados, contenção de gastos no essencial, prejuízos imensos na boa qualidade de vida que se pretendia, hoje em dia… com a fuga daquilo que tivemos no passado longínquo, no mais recente, cidade de velhos e de crianças, os netos que os filhos que trabalham nos grandes Centros Urbanos, entregam aos pais, aos avós… por sistema, com muitos Centros de recreio, complexos desportivos e culturais, com um acréscimo de Museus, com obras espampanantes, extravagantes… desertificadas, às moscas, tal como constatei no Mercado Municipal, num dia de semana, obra de vulto, com todos os trinques, um dó de alma, duas tascas ou cafés, uma vendedora de pão, duas bancas de frutas e hortaliças… sem talhos, sem peixaria, irrealidade, sonho mau, fantasia… ESCÂNDALO!!!...

… descentralização ou concentração (???...)… numa manobra contabilística, somente, redutora de despesas, contenção e agregação destas entidades noutra cidade maior, num distrito, talvez que, por sua vez, vai perdendo outras COISAS de vital importância, porque interioridades como esta, como outras cidades!!!...

… quanto aos quartéis, tudo bem… já não mantemos as guerras nas colónias, embora estejamos metidos noutras, até ao pescoço, com contingentes menores por causa da NATO, da ONU, um pedacinho de nós por todo o Mundo, neste que se incendeia, por vezes, quase sempre!!!... Mantivessem também um número mais reduzido nos ditos… auxiliando bombeiros, outros agentes da segurança, a população civil, não os abandonassem por completo!!!... Sugestão minha, pois então!!!... Quanto às obras de estadão, trocava-as de boa vontade pelo Hospital melhorado, pela Maternidade em condições, pela Cadeia que se está deslocalizando, aos poucos, com o tempo!!!... Vamos sendo uma cidade de interior convertida em Centro de Dia para Idosos, Creche para os mais novos… ponto de partida, aquando da migração ou emigração, para os jovens adolescentes que buscam trabalho noutras paragens porque…aqui, não há!!!... COISAS!!!... Sherpas!!!...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

... inquietude permanente!!!...

… inquietude permanente, vontade que se não consola,
estando parado, sentado no meu lugar,
ando por tantos lados, irrequieto, como bola que se chuta,
que rebola,
dando encontrão na parede, naquele calhau que se avista,
sem parar,
quando queda e devoluta,
pontapé que se lhe dá, um salto no escuro,
vontade que aperta,
na certa,
como quando, desviados por encontrões,
nos sentimos aos trambolhões,
maltratados, sem vontade, abandonados,
atirados para tantos lados!!!...

… vida plena, calma, sossegada,
conseguida ao longo duma vida,
tarefa quase impossível no presente que se vive,
só, mal acompanhado, quando se convive,
por razões que não vêm ao caso,
um acaso,
imprevisto, pedra que cai do telhado,
que nos atinge mesmo no cimo,
que nos faz esbugalhar os olhos, desmaiar,
que nos faz perder o juízo,
sentidos,
todos se apagam, se vão,
quando no chão, estendidos,
desta vida, separados,
maus bocados passados,
momentaneamente, é evidente,
num repente!!!...

… trasladação para o hospital, familiares que se afligem,
médicos ou auxiliares que nos impingem,
verificam, analisam, dão a sua opinião,
exame mais adequado, maior atenção,
chapa que se bate, fractura que não existe,
suspiro de alívio, desinfecção, uns pontinhos bem cosidos,
ferida bem aconchegada,
coisinha de nada,
um calhar,
escoriações, tecidos feridos,
pedra que caiu do telhado,
um azar… mui azarado!!!...

… pequenas coisas que se nos deparam, por vezes,
esses encontrões que se têm,
essa pedra que nos atingiu,
que nos feriu,
bem pior,
uma doença que surge, um parente que se apagou,
uma esperança que melhore,
convalescença que se arrasta,
saúde que se afasta,
vida que se vai encurtando,
enquanto nos vamos apagando,
um ir aí que já vou,
um imposto que se não pagou,
uma conta com que se não conta,
carradinhas de fezes,
ordenado que não estica, despesas que aumentam,
pessoas que encontramos, que lamentam,
com filhos sem sorte,
quase pior do que a morte!!!...

… desgraça que se instala, não cala,
não deixa, agarra,
quando com ela se esbarra,
obstáculo que nos diminui,
enquanto a vida flui, se espalha, se esparrama,
tal como, num incêndio, a chama,
numa fonte, a água que se esvai, que corre,
cumprindo o seu destino,
humedecendo, regando, alimentando
quem dela precisa,
inesgotável, preciosa base da… vida!!!... Sherpas!!!...

domingo, 29 de novembro de 2009

... chuvada!!!...

… dia intenso, nos mais variados aspectos,
vivências diversas, afectos,
deslocação dum para outro espaço,
localização perdida no imenso lodaçal,
penumbra diurna, quase sempre,
cinzentos carregados, aguaceiros frequentes,
sombrinhas escuras,
chapéus, capas grossas, agora expostas,
sapatos molhados, charcos, botas,

tempo virado, esconsos lugares,
revirar contínuo, escovas que limpam vidros,
monótonas, sincopadas,
ruído que permanece, mais aceleradas,
grande bátega na estrada,
cortina d´água que desaba,

são rios, regueiros, poças, salpicos,
molhados,
gentes encolhidas, mais abrigadas,
janelas fechadas,
recolhas forçadas,
fito na estrada, atenção redobrada,
veículos cruzados, círculos reduzidos,
conchegos, como ninhos mais prolongados,
não inertes, rodados,

extensos vales, esverdeados conglomerados,
rituais quebrados,
rotina que finda, mesmo agora,
ainda,
serra deserta, esbranquiçada, vestígios d´incêndio,
troncos escuros, estatuária escabrosa,
vilipêndio,

assomo de loucura estival,
mui normal de quem descura,
procura, rasga, maltrata entorno,
suicidário d´ambiente,
habitat d´inocente,
seres desvalidos,
desprotegidos,

ajuntamento de casario que passa,
tabuleta q´assinala,
perigos que se contornam, redução que s´impõe,
cruzamento, desvio repentino,
paragem, visibilidade reduzida,
pouca vontade de saída,
chuva cai, intensa, cinzento tão triste,

cara que s´esconde, varapau em riste,

pedaço de pano negro, concha que resguarda,
protege quem s´aninha, caminha na estrada,
salpico indevido, consequência que se não evita,
desacredita,
pessoa que grita, invectiva,
buraco que provoca solavanco,
não desliza, salta, arranca,
portento, um portanto,
desencanta,

desenquadrado,
deslocado, avançando,
reparo no caminho, vou indo,
destemperado num descuido, num improviso,
constante risco,
no piso que piso,
não vendo,

disfarçado na água que tapa, buraco que se não nota,
pouca monta,
impulso, água que jorra, salta,
escorre, esguicha, molha, salpica,
gente aflita,
abrigada,
encolhida,
numa fuga, numa ida!!!... Sherpas!!!...