sábado, 22 de março de 2008

... de borla... é mais barato!!!...

... ping!!!...



... som que se espalha pelos ares,
baixo, convulsivo, consoante,
choro de dores, penares,
num instante,

ping, chap... caiu,

lágrima que se estatela no chão,
tal como ovo de galinha em azeite quente,
abriu,
fragmentou-se em miríade de pedaços,
mostrou traços,

curioso que por ali passou,
parou,
reparou naqueles farrapos,
ainda húmidos,
observou,

quanto viu,
o fez arrepender do acto que cometeu,
também sofreu,
antes não vira,
antes passara sem reparar,
antes,
não tivera aquele impulso
avulso,

depois do ping, do chap,

da queda de todo um Mundo condensado,
raiva na lágrima,
grilhetas, medos,
quantos segredos
lhe caem em cima,
triste partilha,
antes não fora ao núcleo da dor
àqueles pedaços,
por ali, espalhados,

com lágrima que cai
já não se atreve,
quanta reserva, pouco lhe serve,

acervo,
excepção que faz,
observação em directo,
local mais dilecto,
quase incapaz,

criança que chora,
lágrima mais pura
quando se derruba,
esparrama no chão,
reserva, ilusão,
promessa que implora,
obervação... menos dura,
porque chora,
assim pensa, assim faz!!!... Sherpas!!!...

... País de brincar!!!... (antiga)




… País de brincar, província espanhola, desgovernação incompetente, irresponsável, talvez… um faz de conta continuado, desleixo, incúria, laxismo, tudo é possível, admissível… de pensar, no contexto actual, em tempos de tragédia, acontecimento internacional, ferida grave, horrenda, marcante… reconhecimento total que… somos nada, insignificantes, perante factos como este, além do que somos, mal governados, desamparados!!!...

… em circunstâncias semelhantes, não sei como procederia, sendo o que não sou, o que não pretendo ser e… criticar, é fácil!!!... Mas, queira ou não… perante o que vejo, o que leio, o que oiço, sou levado a escrevinhar… o que me vai na alma, entristecido, pela pequenez, pela tacanhez, pela indiferença, pelo desperdício, pelo desenrascanço… das nossas gentes, as eleitas, as sucessoras, as que se queixam dos tabefes, das facadas, das ambulâncias, sei lá que mais!!!...

…na Tailândia, a embaixada… não funcionou, o responsável da dita, pelo que ouvi… estava em Portugal, é natural… a passar o Natal com a família!!!... Em resposta aos telefonemas, muitos e vários, aflitos, contristados, desgraçados, porque… abandonados, porque vítimas do horror, um pavor, uma simples gravação que apontava um outro número, sem resposta, sem solução… uma baralhação!!!... Números de envolvidos, ainda hoje, passados que são… meia dúzia de dias, há alguns feridos, alguns mortos e… muitos, incontactáveis!!!... Certamente que… não foram para o local da tragédia, à boleia, utilizaram agências de viagem, certamente, usaram o passaporte!!!... Que desnorte!!!... Que insegurança… a de qualquer, quando no estrangeiro, sendo português, natural de… um País de brincar, que leva estas coisas… com pouca seriedade, longe da verdade!!!...

…as ONG, como sempre… activas e práticas, prontas a socorrer, com presteza, com ligeireza, sem olhar para trás!!!... O meu reconhecimento… o meu profundo respeito!!!... Entretanto, por cá… gastaram-se uns biliões, em armamentos, em corvetas, em helicópteros, em aviões… em submarinos, inclusive, um despesão, uma dívida que se vai arrastar por uns anitos largos, uma talhada bem grande, a longo prazo… nos bolsos de cada um de nós, com negociatas mil, com loucuras tremendas!!!... Somos o que somos, pequenos e… pobres, muito pobres, por sinal!!!... São dois milhões deles, com mais quinhentos mil de desempregados, com vencimentos irrisórios, exceptuando as iluminadas, as excelências, as eleitas… com os amigos respectivos e… uma percentagem mínima de ricos… muito longe destas pequenas coisas, minudências, as pessoas vulgares, as esquecidas, as desprotegidas, tanto aqui, como lá… em qualquer canto do Mundo, quiçá!!!...

…e, como pequenos e desvalidos, sem cheta… porque a referida foi gasta em disparates, em dislates, em loucuras… como abandonados, ou quase, tal como fomos, penso… à boleia, de lá, viremos na mesma, nos aviões espanhóis, à boleia também!!!... Que País… este, o que se contradiz ou, simples província espanhola???... Ao que chegámos, Deus meu!!!... Não são só certos políticos que levam tabefes, facadas que andam aos trancos e barrancos… em ambulâncias e quejandas… os portugueses, também, os vulgares, os que ainda têm tempo, férias e algum ($) para se deslocarem, à aventura… tremenda loucura, por esse Mundo fora, desprotegidos, ao abandono, à boleia… numa de desenrascanço, como é habitual!!!... Assim é Portugal… tal e qual!!!... Sherpas!!!...

sexta-feira, 21 de março de 2008

... de borla... é mais barato!!!...

... turbulentos e inquietos!!!...







… sem intenção de magoar, 
simples impulsos… 
palavreados, sobre ninguém!!!...

… turbulentos e inquietos,
ansiosos, consumistas,
psicóticos, alguns… espertos,
convencidos despesistas,
doutorados assumidos,
licenciados aos montões,
executivos bem vestidos,
tertulianos sabichões,
noctívagos, de fim de semana,
assexuados, por opção,
viciados na mama,
sonhadores de ilusão!!!...


… pretensões assombrosas,
topos de gama, no pensar,
carros, casas formosas,
tudo, menos casar,
curtidores de concertos,
de viagens… bem exóticas,
não se contentam com excertos,
estão bem, fora de portas,
nos cafés, nos restaurantes,
nos “pubs”, nas discotecas,
como exemplares viajantes,
longe do esforço, das “secas”,
dos pais, dos mais idosos!!!...


… frescos, passados, anormais,
elementos perniciosos,
diferentes dos outros mais,
com quem dá gosto “curtir”,
amigos do peito, normais,
que nos prendem, nos fazem rir,
nesta vida curta, estranha
que, para eles, não tem segredos,
mediante um pouco de manha!!!...


… evitando sustos e medos,
aproveitando, na totalidade,
o melhor, o mais completo,
destruindo a vitalidade,
no fútil, menos complexo,
numa de gozo geral,
de ansiedade assumida,
que, numa vida banal,
se leva de vencida,
como algo de casual,
predestinação… fatal!!!... Shepas!!!...

... solilóquio ou monólogo!!!...

… há quem goste de colóquios, por mim, confesso… prefiro os solilóquios!!!...


… solilóquio ou monólogo,
não deixa de ser conversa,
mais séria, introvertida,
um intróito, um prólogo,
um prelúdio, um prolóquio,
um começo… não invectiva,
crispação ou descompostura,
algo amarga, que se aviva,
não colóquio,
porque isolado, que perdura,
connosco, sem assistência,
de maior interesse ou… valência,
de quem muito pensa,
na sua própria existência,
na vida dos que o rodeiam,
que enxameiam,
ordenadas formiguinhas,
em carreiros normalizados,
as tais… postas de lado!!!...

… quem muito conversa, pouco acerta,
tal como quem escreve disparates,
com mais ou com menos treta,
toda uma série de dislates,
emproados, pesporrentes,
que, sem estarem isolados,
quase sempre, mais que zangados,
numa luta continuada,
convencidos, apostados,
quando não valem quase nada,
frustrados, bem diminuídos,
de valores, pouco imbuídos,
levados, levados são,
por alheios saberes… em vão!!!...

… solilóquios, podem ser equinócios,
numa igualdade de espantar,
comparando noites escuras,
com dias radiantes, pujantes,
no que se refere a durabilidade,
dura, crua realidade,
quando se não desvirtuam,
não descambam, não se empurram,
enquanto duram, em harmonia,
período escasso, de fantasia,
confrontando o incomparável,
a mentira avulsa, pertinaz,
de gente pouco capaz,
com a franqueza que se põe,
quando se pensa, se monologa,
com verdade mais que absoluta,
quando se não contrapõe,
quando, isolado, se interroga,
sem refrega dissoluta,
sem sujeição a ninguém,
continuando sendo alguém,
num solilóquio clarificador,
equinócio radiante,
mais solarengo, clarificador,
porque, quando se fala consigo,
assim penso, assim atinjo,
nem a fingir,
se consegue… mentir!!!... Sherpas!!!...

quinta-feira, 20 de março de 2008

... de borla... é mais barato!!!...

... estranho silêncio!!!...



… enorme silêncio me arrebata, nuvens imensas me rodeiam,
não oiço teus cascos, lindo corcel,
não sinto tuas crinas castanhas batidas pelo vento,
teus arfares continuados não me incendeiam,
tão distanciado teu tropel,
tua leveza incorpórea não me sustenta, como lamento,
me apercebo da tua morte, do meu finar,
vítimas duma vida em luta, existência bruta,
confronto infundado, triste acabar,
cavaleiro denodado, cavalo derrubado,
despojos sangrentos da luta… na justa!!!...

… outras paragens, ambiente estranho,
calma total, renascer ou desengano,
carícia mansa, mortalha, fim da batalha,
cascos já surdos, imóveis no chão,
matéria sem vida, etérea, planando,
memória passada,
sombras esbatidas, guerras perdidas,
alados nos ventos, esquecidos, solidão
se sente, tão de repente,
sofreguidão,
sopro que sustenta leveza mais pura,
num estertor que nos une, fiel alazão,
promessa que persiste, doce ilusão,
espaço bem raro, diferente… anunciação!!!...

… longe do mal, impregnado de anseios,
sinto teu corpo bem junto ao meu,
teus saltos bem loucos, amplos passeios,
corridas inteiras, levezas singelas
longe da Terra, acabada a guerra,
paisagens de sonho, nuvens tão belas,
silêncios intensos neste véu, neste céu,
sem sons, sem tons, cabelos ao vento,
quanto choro destino tão trágico,
alma se eleva num pensamento,
caminhos sem pedras, cavalos sem cascos,
teus trotes, teus saltos,
leveza mais leve que alguém já teve,
teus sentires, meus passos,
tuas crinas castanhas, tuas cores tão puras,
luminosidades perenes, por vidas tão… escuras!!!... Sherpas!!!...




... entre patetas e... deprimidos!!!... (antiga)




…entre patetas e deprimidos…me vou desenvolvendo, quanto a pensares, quanto a deduções, quanto a conclusões, muito minhas, claro, sem intenção de perverter, intentar, sequer!!!...Quedo pasmado com o que vou lendo, com o que vou ouvindo, com o que vejo, para nosso mal, queira ou…não!!!...Donde provêm as depressões???...Donde provêm as patetices???...Dualidade esta…a que me assombra, a que me confunde!!!...Sou impressionável, como pessoa, como humano, com sentimentos que…muito prezo!!!...Não me vou em cantigas, com relativa facilidade, não sou clubista, não visto camisola…não sigo qualquer bandeira, de qualquer maneira!!!...Mas, basta de falar sobre a minha pobre e…mesquinha, segundo alguns, pessoa, deprimida, por opção, com devoção… por razões, mais que muitas, pois então!!!...

…através das televisões, privadas ou não, vamo-nos apercebendo do que somos, do que temos e…concluímos, deprimidos, que temos e somos pouco, muito pouco, a nível dos que deveriam ser muito, em certos aspectos… dos que deveriam ter menos do que têm, noutros campos, noutros sectores, os dos capitais e…outras coisas mais!!!...O dinheiro não é tudo na vida, quando mal distribuído, quando ganho com fantasia, quando, devido a negócios sombrios, engrossam certas carteiras, já bastante recheadas, bem gordas e luzidias, sempre as mesmas, como um dom, como um acto de magia, uma assombração, quiçá!!!...Há quem muito tenha e…quanto a sentimentos, a formação pessoal, seja um nabo, um pavão insensível, pateta convencido, sempre de mal…com a vida!!!...Razão para depressão, estes tipos, os dos milhões, também a têm, funcionam à base de Xanax, sempre com medo dos ladrões, em redomas bem fechadas, higienizadas, longe das confusões…com as suas imensas ganâncias, com as suas taras e manias…como cantava e canta o Marco Paulo, claro!!!...Depois, bem…depois, vão acumulando uma série de patetices, de novelices, de crendices esquisitas, como se fossem o que…nunca chegam a ser, não deixando de pertencer ao grupo dos patetas, os dos negócios, os das bolsas, os do Poder efémero, passageiro, fugaz porque…com o tempo, cerca de oitenta a noventa anos, para os mais felizardos… também se gastam, se esfumam, como se nada!!!...

…entre estes, os das massas, os das honras, medalhados ou não, com fundações e estátuas, com legiões de serventuários, súbditos, servos, escravos, lambedores de gamela, abanicos de salamaleques, sorvedores de fundos de tacho, apanhadores das primeiras sobras e…os deprimidos, os votados ao abandono, os que vegetam, os que se vão safando, com pouco, muito pouco, quase nada…ando eu e, muitos como eu, os que por obra e graça do pensamento, a seu jeito, alinham uma série de palavras, compõem frases…formam um texto, com pretexto…ou sem ele!!!...Depois de escrito, com as suas razões, loucuras…porventura, se revêem no que escreveram, se deliciam com o que criaram, se completam… com o que sentem, quando escrevem!!!...Taras e manias…as dos patetas, com as suas, as dos deprimidos, com as deles e…entre uns e outros, em meias águas, não em meias tintas, com as tintas todas, claro…os que, como eu, deprimidos e apatetados, por vezes, consoante os ventos, consoante as correntes, consoante o espírito criador, fazedor ou…destrutivo, sem prévio aviso, sem clubite, com um fito…o de arranjar justificação para o injustificável, despacham, sem pudor, para um papel, para um computador, tudo o que lhes vai na alma, no interior!!!...Pois é, entre patetas e…deprimidos!!!...Sherpas!!!...

terça-feira, 18 de março de 2008

... de borla... é mais barato!!!...

... literatura!!!...

…literatura…a dura???...
…literato, iletrado… convencido,
deslumbrado, consigo próprio, lá nos altos,
comungando projectos, bem dilectos,
em patamares superiores…muito ungido,
da plebeia multidão…afastado,
cordato, em sítios mui selectos,
sisudo, com livros, mais que muitos,
investigador, rato de biblioteca,
homem de pouca estaleca,
com pensares, com rodos, com fluidos,
papelarias, suas fantasias,
sonhos arrecadados, em estantes,
vidas paradas, estanques,
visionamento de frases, de obras,
de filosofias várias, de sobras,
com óculos, com barbas, pensativo,
discernimento de, pouco activo,
intelecto febril, corpo passivo,
literato de extirpe, de trato,
no seu círculo, no seu âmbito,
rodeado de ideias mil, nos papéis,
calhamaços, como maços, sem cordéis,
gente fina, de gabarito,
uma moda, um hino, uma excelência,
num deslumbrar que se prolonga,
pura vaidade, excrescência,
numa literatura que se não alonga,
que se encerra, se coíbe, se inibe,
se fecha…se restringe,
se diminui, se evapora, se dilui,
porque se vende…se prostitui!!!...
…quando os vejo, quando os oiço, burilados,
arrastando nomes, citando frases, excertos,
dando uma de sérios…enrolados,
num falar d´outras esferas…espertos,
perante tolos, tristes palonços,
boquiabertos…com os insossos,
intelectos…bem dilectos,
bafientos, com traça…infectos,
restos de todo um passado…dejectos!!!...

…todos os escritos, todos os saberes, todos os sentires,
desde que vividos, desde que sentidos… depois de escritos,
são importantes, gratificantes, digna e pura…literatura,
não há cordéis, não há bibliotecas, não há provires,
nem papelarias, nem editoras…com proscritos,
logo à partida, no início…como censura!!!...
…quem sente ou sentiu, escreveu,
quem não gosta do que leu,
engole em seco, sem escarnecer,
porque…faz doer!!!...
…Mas, quem sou eu???...Abraço do Sherpas!!!...

... lisboa!!!... (antiga)




... seria imperdoável da minha parte que deixasse passar, sem opinar... sobre os candidatos, sobre as eleições que se avizinham, sobre as intenções dos ditos, incompreensões que continuarão, promessas que cairão em saco roto, mais uma desilusão, depois de eleito qualquer um, de qualquer família política de vulto, das mais pequenas, das candidaturas de cidadãos independentes, como dizem, como fazem crer!!!... Habituado que estou, já não estranho... não aceitando, inconformado que recalca desânimos que sente, tal a quantidade, tal o desperfeito, como acentuo a cada momento!!!... Sobre políticos e políticas, pelas circunstâncias... tal como qualquer cidadão vulgar, sou obrigado a aceitar, não engolindo, espargindo por tudo quanto é sítio descontentamentos que vou juntando, gritando e barafustando!!!...

... saí dos fóruns porque, com a continuidade, adquiri conhecidos virtuais que aprendi a respeitar, de tal forma que, como norma minha, achei melhor abandonar, mostrando o que sou nos blogs que vou usando, carpindo mágoas, apontando defeitos, esperando vida melhor e auspiciosa para os conterrâneos mais carentes, rindo dos que foram excessivos no que nos roubaram, nas patranhas com que nos encheram os ouvidos, nas consciências tranquilas que nos mostram, não as tendo, dentro das leis que eles próprios cozinharam em benefício próprio, arguidos que não passam disso mesmo, presumíveis inocentes ilibados de todos os disparates, mais tarde... com suspeições e de não fiar nesta democracia de “brincar”!!!...

... quando escrevo sobre estas COISAS, insisto, repito-me, torno-me aborrecido, toco as teclas de sempre, tento ser a água mole que tanto dá... até que fura!!!... Talvez consiga, um dia!!!... Não passará de mania... se não der nada, individualidade apagada que sou!!!... Outros virão, onda enorme de descontentamento se formará e alguma COISA alterará neste País que se acomoda, não importa!!!...

... sobre os candidatos, acho ridículo que tipos que estiveram antes, que levaram os cofres do município ao estado lamentável em que se encontram, tenham lata suficiente para aparecerem outra vez, pedindo nova continuação do desbarato em que se atolaram, negociatas e corrupções de espanto delatadas pelo Zé do Bloco, pelos vereadores do PCP e do PS!!!... Processos que surgiram, arguidos e mais arguidos, CASOS e CASOS... falta de consistência no que se relaciona com provas, limpeza apressada, outros CASOS que prosseguem, muitas dúvidas e incertezas, disparates monstruosos, cidade desprezada, autêntico lixo na urbanidade que se não tem, falta de tudo no que respeita a qualidade de vida dos residentes, alfacinhas que sofrem e aguentam ainda, ei-los que surgem, aí estão como se nada, continuam no último dia de campanha, quase no de reflexão, quase no da eleição, sondagens propícias ao Costa, segundas e terceiras posições que se aventam, envelope fechado para a cidade, mais uma vez!!!...

... para mim, não vou cair no de sempre... todos me merecem respeito e consideração (???...) não vou não, há quem sirva, há quem não deveria aparecer, sequer, há quem deveria ter uma oportunidade, colado a partidos ou independente!!!... Sobre movimentos de cidadania já fui escaldado aquando das presidenciais... depois da minha inclinação pelo poeta, não caio nessa, não direcciono, não conto para isso, não nasci, não resido em Lisboa, cidade que adoro, capital dum País a saque, amostra maior do que se vai sentindo por aí!!!... Basta andar com os olhos abertos, contactar com a triste realidade, a pé, tropeçar com carros estacionados nos passeios, tropeçar nos buracos que se sucedem, entristecer perante prédios sujos, arruinados, entristecidos como os que os habitam, olfactar aromas não tão perfumados e prometedores quando passamos nas imediações de locais que deveriam primar pelo contrário!!!... Quanta incúria e desleixo que me apavora, comparando com o que conheço por essa Europa rica, partindo da España aqui ao pé, incluída!!!... Seremos diferentes e ordinários permanentes, Povo que não aprende, que não possui um grãozinho de amor-próprio, sem dinheiro, sem governantes dignos e transparentes, ostrácicos e autistas convictos, egoístas de corpo inteiro???... Gostaria que, desta vez... acertassem no Presidente, que lhe dessem continuidade ao fim dos dois anos de mandato, sem enganos, sem manipulações constantes, com inversão total na estratégia seguida, pessoas e ambiente envolvente, recuperação total do que está mal, limpeza geral!!!... Gostaria que os culpados anteriores fossem penalizados e... bem, têm os votos na mão, altura mais indicada, oportunidade maior dos residentes!!!... Evitem a abstenção, votem com consciência e em força por Lisboa, por Portugal também!!!...

... dizer que este... é melhor ou pior do que aquele, seria insensatez da minha parte!!!... Ficarei pela opinião mais correcta... há quem tenha possibilidade de fazer algo de proveitoso pela urbe e pelos que a habitam, há quem não tenha condições nenhumas como se provou ainda há pouco!!!... Que não se enganem, que acertem de vez... votos sinceros de quem espera, como sempre!!!... Há-de haver um dia... que o Sol brilhe para todos, que atinjamos a tal democracia que se vai desenhando, tão lentamente!!!... Pode ser que... mude!!!... Sherpas!!!...

segunda-feira, 17 de março de 2008

... de borla... é mais barato!!!...

... Roma... cidade aberta!!!... (antiga)



... não sou anarquista de pensamento, não pratico essa linha de vida que a muitos agrada, não sou dos que se julgam com unhas e garras para tocar a viola, não me imponho pela sagacidade, pela hipocrisia, pelo ludibrio, pela oportunidade de momento, não apresento feitos e valias de sobejo, não pretendo ser ou tentar passar por habilidoso no verbo dito ou escrito, não quero lembrança por séculos ou milénios, não quero constar das páginas sórdidas dos que foram vis e cruéis, dos que fizeram a história, cúmulo de balelas sem sentido, agraciamento de pandilhas que se consideraram élites, que se sobrepuseram à massa anónima, por obras e actos vergonhosos, ardis congeminados no mais amargo e escondido segredo de mentes perversas com o apanágio de toda uma alargada horda de seguidores!!!...

... senhores e autores de barbaridades singulares apelidadas de lutas, guerras, revoluções mais ou menos sangrentas, imposições férreas com futurologia assegurada, dinastias, períodos em que souberam vergar a cabeça dos submissos fazendo-os mais dóceis ainda, carneiros sob jugo ameaçador de fortes cajados, ferramentas de sofrimento mais sofisticadas, cortantes ou machucantes, barulhentas e destruidoras, de alguns ou de bastantes, mais modernas devido a avanços científicos tão terríficos, botãozinho ali à mão, pequena dose que arrasa uma cidade, um País, um Continente ou o Mundo inteiro, fizeram-se élites detestáveis, execráveis pelos genocídios que praticaram, praticam ainda, contribuíram para eles!!!...

... como eu gostaria de ser como o primeiro anarquista destes dois milénios passados... ah J.C. dos meus embevecimentos, não sendo seguidor encartado, mais que visto!!!... Não, não sou anarquista... obedeço à ordem estabelecida no momento, tenho provas passadas, presentes e pretendo, no futuro, continuar tendo!!!... Da e na massa anónima, com um predicado somente... não gosto de estar calado!!!... Tenho necessidade de me manifestar, escrevendo ou... entoar meu vozeirão, alto e bom som, na altura mais indicada, não me resignando, rejeitando os que rejeitam e calcam, quando se julgam!!!... Sou assim e não entendo os que se consideram élites, diferentes de mim, da maioria que conheço... no seio dos que pertenço e admiro, imensa mancha amalgamada e densa, com grandezas e baixezas, anomalias ou manias dentro da decência que respeito e tento manter, sem desrespeitos e injúrias desnecessárias porque sou dos que pensam que cá se fazem, cá se pagam, cedo ou tarde!!!...

... enfim, todo este arrazoado provocado por crónica dum convencido que admite que as élites políticas fundiram, não existem... embora pertença aos que “somos todos diferentes,” não iguais, uns menos e outros mais, diz quando adianta!!!... Cabeça que não pensa quando escreve tais absurdos, levado por certas maleitas que ainda persistem e não se visualiza sequer na simples condição a que pertence, ser humano como tantos, apesar dos Drs. Engs. Arqs. Advs. adquiridos de passagem numa Universidade qualquer proporcionados pelos bens da família, pela situação social do seu agregado, pelos amigos e influências, valências do local onde viu a luz do Mundo, ao nascer!!!...

... demagogias para entreter, filosofias de vida deturpadas, sonhos e imaginação fértil direccionadas, somente!!!... As élites formam-se a partir de qualquer regime, de qualquer sistema político, de qualquer família ou bando a que se pertence, degraus vários em que se situam os componentes das ditas, desde que o Mundo é Mundo!!!... Quantos sistemas falidos, quantos regimes derrubados, quantas famílias ou bandos que se desvanecem com o tempo, através dele, por ele!!!... Não resistem, tão pouco as pirâmides milenares do Egipto que... já se vão desgastando, se sobrepuseram aos Deuses ou Faraós da altura, aos mais importantes na posição hierárquica que ocupavam, élites de vulto, outras em outros Impérios, em Monarquias, Ditaduras que sossobraram, Repúblicas que definharam, Democracias que se descredibilizam, como agora está acontecendo nesta espécie de Império Europeu, dos vinte e sete, todo um Continente!!!...

... são posições fugazes, nem mais nem menos... iguais como os mais, sustentadas por habilidades e amiguismos, bandos ou famílias, independentemente de neurónios possantes, células cinzentas especiais!!!... Tretas e simplismos de quem se julga... nada mais!!!... Se até o “sangue azul” que teima e persiste... para se regenerar, já se mistura com a “plebe” disfarçando esse elitismo que se apregoa à toa por uma questão de manter posição!!!... Não dá para entender o que, vezes por outras... vou lendo por aí!!!... Ele há com... cada um!!!...

... basta olhar para trás, associar as grandes figuras de sempre, as que se foram libertando do anonimato... se foram apontando como exemplos para quem os segue e gosta de mencionar!!!... Simples, sem predicados nem prebendas, dotados do que todos possuem no acto do nascimento, por eles próprios... sobressaíram, foram chefes, foram líderes, fizeram-se e tiveram élites, grandes vultos, traçaram destinos, abriram rumos, chegaram aonde quiseram, como quiseram, como fizeram!!!... Longe vão os tempos das dinastias, sucessores pelo que herdaram, património de pais para filhos, gerações e gerações de farmacêuticos, de médicos, de advogados, de arquitectos, de generais, de varredores, de sapateiros... filho és, pai serás através dos tempos, mantendo, tipo tradição!!!...

... maneira aberrativa de concluir vidas mesquinhas... não encarando potencialidades em tantas e tantas mentes, em tantas e tantas vidas atalhadas ou destruídas, não acompanhadas, não protegidas, sem oportunidades iniciais, sendo iguais como os mais!!!...

... desaproveitamentos do que se poderia ter dando real valor a quem o tem... pelo que mostra, pelo que é, somente!!!...Calda espessa que se não aproveita, se descura e não trata... viscosidade ou estrumeira em que se transforma quando ao abandono, sem dono, sem objectivo definido, sem estratégia ou visão de futuro, amálgama informe que não medra, que atemoriza, inferioriza, exclui, não intui!!!...

... desperdícios que se aglomeram não geram... crescem no lado errado, definham e morrem!!!... É tempo de revirar o pensamento de certa gente... das élites velhas, gastas e fartas nos disparates, inverdades com que assolam desprevenidos, contemplativos, submissos!!!... Quando começamos somos todos importantes, temos os mesmos trunfos, seremos o que quisermos desde que nos acolham e protejam na fase mais débil, na fase da formação!!!... Apostar nas pessoas, oportunidades novas bem distintas das passadas, de pais para filhos, cumprindo tradição... não presta, ultrapassado momento daquilo que alguns peroram, todos diferentes, élites e raia miúda, realeza e plebe, burgueses e “às vezes”!!!... Já lá vai o tempo... creio!!!... Sherpas!!!...

... populismos liberais, para os outros... um pouco, para mim e meus iguais, muito mais!!!... (antiga)



... não sou anarquista de pensamento, não pratico essa linha de vida que a muitos agrada, não sou dos que se julgam com unhas e garras para tocar a viola, não me imponho pela sagacidade, pela hipocrisia, pelo ludibrio, pela oportunidade de momento, não apresento feitos e valias de sobejo, não pretendo ser ou tentar passar por habilidoso no verbo dito ou escrito, não quero lembrança por séculos ou milénios, não quero constar das páginas sórdidas dos que foram vis e cruéis, dos que fizeram a história, cúmulo de balelas sem sentido, agraciamento de pandilhas que se consideraram élites, que se sobrepuseram à massa anónima, por obras e actos vergonhosos, ardis congeminados no mais amargo e escondido segredo de mentes perversas com o apanágio de toda uma alargada horda de seguidores!!!...

... senhores e autores de barbaridades singulares apelidadas de lutas, guerras, revoluções mais ou menos sangrentas, imposições férreas com futurologia assegurada, dinastias, períodos em que souberam vergar a cabeça dos submissos fazendo-os mais dóceis ainda, carneiros sob jugo ameaçador de fortes cajados, ferramentas de sofrimento mais sofisticadas, cortantes ou machucantes, barulhentas e destruidoras, de alguns ou de bastantes, mais modernas devido a avanços científicos tão terríficos, botãozinho ali à mão, pequena dose que arrasa uma cidade, um País, um Continente ou o Mundo inteiro, fizeram-se élites detestáveis, execráveis pelos genocídios que praticaram, praticam ainda, contribuíram para eles!!!...

... como eu gostaria de ser como o primeiro anarquista destes dois milénios passados... ah J.C. dos meus embevecimentos, não sendo seguidor encartado, mais que visto!!!... Não, não sou anarquista... obedeço à ordem estabelecida no momento, tenho provas passadas, presentes e pretendo, no futuro, continuar tendo!!!... Da e na massa anónima, com um predicado somente... não gosto de estar calado!!!... Tenho necessidade de me manifestar, escrevendo ou... entoar meu vozeirão, alto e bom som, na altura mais indicada, não me resignando, rejeitando os que rejeitam e calcam, quando se julgam!!!... Sou assim e não entendo os que se consideram élites, diferentes de mim, da maioria que conheço... no seio dos que pertenço e admiro, imensa mancha amalgamada e densa, com grandezas e baixezas, anomalias ou manias dentro da decência que respeito e tento manter, sem desrespeitos e injúrias desnecessárias porque sou dos que pensam que cá se fazem, cá se pagam, cedo ou tarde!!!...

... enfim, todo este arrazoado provocado por crónica dum convencido que admite que as élites políticas fundiram, não existem... embora pertença aos que “somos todos diferentes,” não iguais, uns menos e outros mais, diz quando adianta!!!... Cabeça que não pensa quando escreve tais absurdos, levado por certas maleitas que ainda persistem e não se visualiza sequer na simples condição a que pertence, ser humano como tantos, apesar dos Drs. Engs. Arqs. Advs. adquiridos de passagem numa Universidade qualquer proporcionados pelos bens da família, pela situação social do seu agregado, pelos amigos e influências, valências do local onde viu a luz do Mundo, ao nascer!!!...

... demagogias para entreter, filosofias de vida deturpadas, sonhos e imaginação fértil direccionadas, somente!!!... As élites formam-se a partir de qualquer regime, de qualquer sistema político, de qualquer família ou bando a que se pertence, degraus vários em que se situam os componentes das ditas, desde que o Mundo é Mundo!!!... Quantos sistemas falidos, quantos regimes derrubados, quantas famílias ou bandos que se desvanecem com o tempo, através dele, por ele!!!... Não resistem, tão pouco as pirâmides milenares do Egipto que... já se vão desgastando, se sobrepuseram aos Deuses ou Faraós da altura, aos mais importantes na posição hierárquica que ocupavam, élites de vulto, outras em outros Impérios, em Monarquias, Ditaduras que sossobraram, Repúblicas que definharam, Democracias que se descredibilizam, como agora está acontecendo nesta espécie de Império Europeu, dos vinte e sete, todo um Continente!!!...

... são posições fugazes, nem mais nem menos... iguais como os mais, sustentadas por habilidades e amiguismos, bandos ou famílias, independentemente de neurónios possantes, células cinzentas especiais!!!... Tretas e simplismos de quem se julga... nada mais!!!... Se até o “sangue azul” que teima e persiste... para se regenerar, já se mistura com a “plebe” disfarçando esse elitismo que se apregoa à toa por uma questão de manter posição!!!... Não dá para entender o que, vezes por outras... vou lendo por aí!!!... Ele há com... cada um!!!...

... basta olhar para trás, associar as grandes figuras de sempre, as que se foram libertando do anonimato... se foram apontando como exemplos para quem os segue e gosta de mencionar!!!... Simples, sem predicados nem prebendas, dotados do que todos possuem no acto do nascimento, por eles próprios... sobressaíram, foram chefes, foram líderes, fizeram-se e tiveram élites, grandes vultos, traçaram destinos, abriram rumos, chegaram aonde quiseram, como quiseram, como fizeram!!!... Longe vão os tempos das dinastias, sucessores pelo que herdaram, património de pais para filhos, gerações e gerações de farmacêuticos, de médicos, de advogados, de arquitectos, de generais, de varredores, de sapateiros... filho és, pai serás através dos tempos, mantendo, tipo tradição!!!...

... maneira aberrativa de concluir vidas mesquinhas... não encarando potencialidades em tantas e tantas mentes, em tantas e tantas vidas atalhadas ou destruídas, não acompanhadas, não protegidas, sem oportunidades iniciais, sendo iguais como os mais!!!...

... desaproveitamentos do que se poderia ter dando real valor a quem o tem... pelo que mostra, pelo que é, somente!!!...Calda espessa que se não aproveita, se descura e não trata... viscosidade ou estrumeira em que se transforma quando ao abandono, sem dono, sem objectivo definido, sem estratégia ou visão de futuro, amálgama informe que não medra, que atemoriza, inferioriza, exclui, não intui!!!...

... desperdícios que se aglomeram não geram... crescem no lado errado, definham e morrem!!!... É tempo de revirar o pensamento de certa gente... das élites velhas, gastas e fartas nos disparates, inverdades com que assolam desprevenidos, contemplativos, submissos!!!... Quando começamos somos todos importantes, temos os mesmos trunfos, seremos o que quisermos desde que nos acolham e protejam na fase mais débil, na fase da formação!!!... Apostar nas pessoas, oportunidades novas bem distintas das passadas, de pais para filhos, cumprindo tradição... não presta, ultrapassado momento daquilo que alguns peroram, todos diferentes, élites e raia miúda, realeza e plebe, burgueses e “às vezes”!!!... Já lá vai o tempo... creio!!!... Sherpas!!!...

domingo, 16 de março de 2008

... as gordas... com Cavaco a vetar!!!...

... predadores!!!... (antiga)

…com amizade:

- Autênticos predadores, adoradores de matéria putrefacta e pestilenta, espécie estranha esta que se digladia, se consome e aos outros, com sofreguidão, sem remorsos nem apelação, insensíveis, dependentes do capital, Deus superior e absoluto de todos eles, predadores, pois então, mais não são… consumistas exacerbados, inclusive das consciências, das dignidades que se reviram, num ápice, pelo fulgor doirado do dinheiro, donos e senhores dos que subjugam…pobres comprados, simples escravos dos que podem, dos que se apossam de tudo e de todos:


- Há-os em todo o lado/em todos os cantos do mundo/no deserto bem profundo/na urbe, disfarçados/na floresta imensa/por mais virgem e densa/nas vilórias perdidas/nas terras mais esquecidas/nos mais espaçosos mares/por baixo da terra, nos ares/nos mais diversos lugares/deste nosso Universo/bem confuso, disperso/óptimo, invejável abrigo/para tão ignóbil criatura/que se cria, perdura/em todos os círculos sociais/humanos na forma, os animais/tratados como tal, como os mais/porque só são diferentes/dos outros, das outras gentes/pelo consumo exacerbado/de comidas, bebidas/que, depois de digeridas/simples dejecto expurgado/mal cheiroso, nojento/espalhado pelo vento/alimentando a terra/que origina outra guerra/de quem acumula, com sanha/e voracidade tamanha/terras, casas, empresas/monte enorme de riquezas/que não gostam de repartir/ou, com outros, dividir/não lhes venham a faltar/regalias, benesses/que se fartam de gozar/no meio de tantos prazeres/próprios destes seres/bem falantes, bem vestidos/na boa vida, mais que curtidos/pelo bom, pelo melhor/seja lá onde for/vivem sempre na maior/como qualquer predador/esquecendo sempre o pior/que lhes irá bater à porta/e os há-de converter/com ou sem sofrer/em simples matéria morta!...

…os vulgares, os anónimos e insignificantes cidadãos que dependem dos grandes deste Mundo, os predadores compulsivos endinheirados, não deixam de ser o que são, vítimas dum sistema que se implantou, que não liga a COISAS menores, que é insensível, que se abarrota, de qualquer jeito, para depois semear umas esmolas pelos ditos cujos…há discrepâncias enormes neste cantinho que tendem a agravar-se com o tempo, um grande fosso, que se avoluma, entre os que muito têm e os que nada possuem…mais palavras para quê???...Está em frente dos olhos de todos… só não vê quem não quer ou quem se dá bem com a situação e…é pena!!!...


…do Sherpas…



... olho e vejo!!!...

… quando do embarque, início da viagem,
todos iguais, alguns diferentes,
consoante os pais, consoante as gentes,
numa paixão incontrolada, numa voragem,
num cálculo estudado, minucioso,
de qualquer maneira, sem eira, nem beira,
em leito de luxo, acomodados,
numa valeta qualquer, enlaçados,
num vão duma porta, num escape,
depois dos sacramentos, já casados,
unidos, nos momentos precisos,
fruta da época, com prejuízos,
embarcam na vida, no comboio
que se alonga, que resfolega,
por trajectos diversos, caminhos,
aos que lhes sobra, aos que lhes não chega,
quantos destinos,
com sinos repicados… surdos e mudos, com desatinos!!!...

… muita terra, pouca terra,
para quem nasce, cresce e… se enterra!!!...

… olho, vejo, quando oiço, me revolto,
tanta desigualdade, tanta disparidade,
fosso profundo de que não gosto,
entre a mentira, a verdade,
disfarces que se inventam,
palavras gritadas, amargas,
posições que se tomam,
argumentos com tantas falhas,
habilidades, contorcionismos,
ilusão, no meio da confusão,
coisas graves, grandes abismos,
quanta e quanta atrapalhação,
esquecimentos propositados,
não lhes tocam, ficam aos lados,
enquanto o comboio avança,
aos trancos e barrancos,
uns, enfurecidos, outros… mais mansos,
não convencidos, compungidos,
aguardando aquela mudança,
feita de sonho… esperança!!!...

… muita terra, pouca terra,
para quem nasce, cresce e… se aferra!!!...

… viagem agitada, esta que nos impõem,
destino incerto, tão longe, não perto,
tão distante, pouco transparente,
para os que, alegres e dispostos,
aceitaram os que dispõem,
acreditaram, julgaram certo,
escolha feita, na altura,
multidão, tanta gente,
satisfazendo seus gostos,
passados ultrajantes, mentirosos,
arrogantes, quando nos postos,
apeados por desleixo, por incúria,
tempo de abusos, uma injúria,
oh Pátria de desditosos,
sem governantes capazes,
uns, ferozes, outros… audazes,
quase sempre… incapazes!!!...

… muita terra, pouca terra,
para quem nasce, cresce e… quer guerra!!!...

… ainda continuo na viagem,
por vezes, avisto quadros esplendorosos,
quadros que me fazem sorrir,
quando dizem, quando agem,
aparentemente, contra faltosos,
depois, calam, deixam passar, deixam ir,
não tocam, sequer, no assunto,
alheio-me dos factos, deixo-me embalar,
reles criatura deste Mundo,
pontinho insignificante,
quando, com ele, me confundo,
como qualquer viajante,
absorto, adormecido mas… não morto,
desligado, quase me não importo,
deixo andar, vou andando,
como sempre, pagando… pagando!!!...

… muita terra, pouca terra,
para quem nasce, cresce e… só berra!!!...

… quando comparo, disparo,
não pode ser, é incrível,
o posicionado, bem forrado,
pouco ou nada é tocado,
a multidão anónima, a que escolheu,
mais uma vez perdeu,
o colocado no pedestal.
como dantes, tal e qual,
o que cumpriu, servindo,
não sei o quê, mentindo,
é medalhado, bem compensado,
mordomias mil, sentido de Estado,
continua auferindo em demasia,
toda e qualquer regalia,
sério, quando se mostra,
é um gosto apreciá-lo,
numa posição de estalo,
quando se ri, quando se encosta,
no seu merecido descanso,
enganando o crédulo, o tanso,
sendo hipócrita assumido,
mais para o vendido… para o fingido!!!...

… muita terra, pouca terra,
para quem nasce, cresce e… se enterra!!!...

… misérias deste País,
o tal que se contradiz,
com pequenas ridicularias,
pobrezas em demasia,
promiscuidades, fantasias,
corrupções que se abafam,
quando se não julgam, calam,
viagem alucinante,
comboio dos disparates,
classes distintas, bem distantes,
as de qualquer viajante,
lá no cimo, quase na lua,
solarengos, iluminados,
de mão estendida, na rua,
esquecidos e… desprezados!!!...

… muita terra, pouca terra,
para quem nasce, cresce e… se aferra!!!...

… fazer um pacto de inclusão,
a partir de agora, doutra estação,
o passado foi, deixou de ser,
podem acreditar, é para valer,
comboio em marcha forçada,
viagem paga demais,
de primeira, bem instalada,
toda aquela cambada,
tão diferente, desiguais,
no percurso acidentado,
quando paga o desgraçado,
de recursos bem irrisórios
que se limitam a falatórios,
gritam seus anseios, roucos,
quando agitados, loucos,
desfilam amarguras,
por vidas difíceis, duras,
discrepâncias de espantar,
uns que ganham pouco,
outros… sempre a ganhar!!!...

… muita terra, pouca terra,
para quem nasce, cresce e… quer a guerra!!!...

… no terminal, cabeça assente,
cabelos brancos, sem ilusões,
pára-se um pouco, num repente,
diminuem as paixões,
mais racionais, tal como os menos,
os que foram mais,
já se sentem pequenos,
quiçá, quase iguais,
enterrados ou queimados,
fim daquela viagem,
fim de tanta coragem,
aos que, lá nas alturas, céus infinitos,
decrépitos, apeados,
confessos e confessados,
buscam, procuram,
com rezas, encostos… mais aflitos,
outra viagem, outro início, caminhar de novo,
porque até escondem, até juram,
que são do Povo,
que não mentiram,
que só brincaram… que só fingiram!!!...

… muita terra, pouca terra,
para quem nasce, cresce e… se enterra!!!... Sherpas!!!...