quinta-feira, 1 de outubro de 2009

... a cereja!!!... (antiga)




… a cereja, em cima do bolo, sem mais… tal e qual!!!... Bateram as gemas, juntamente com o açúcar, juntaram mais ingredientes, sabores tropicais, claras em castelo, flocos de farinha, aos montes, com muita poeira… proveniente da dita, mais pó, o tal, mais conhecido por royal, um niquinho de manteiga, taparam-nos os olhos, sentaram-se à mesa, todos juntos, aos molhos, congeminando estratégias, fazendo projectos, com muitos afectos, empinaram uns copos, de Porto branco, seco… o mais indicado, passaram-se uns tempos, anitos largos, suficientes para o aparecimento dum monstro, bem anafado, alimentado com laranjas do imenso pomar, com rosas, do roseiral, indiferente, muito bem instalados, fazendo carreira!!!... O bolo foi diminuindo de tamanho, criou clientela gulosa, habituação aos milhões, emendo… às porções, aos bocados, os comensais diversos e aplicados, sempre vigiado (… o bolo, claro!!!... ) pelo monstro medonho, ainda sonegado, mais ou menos encapotado, rodeado de novos-ricos, como lhes chamavam, na altura… os que ainda perduram, novos empresários, directores, administradores e presidentes, salvo alguns, mais mimados, ainda encostados à toalha da mesa, onde se encontra o dito, o bolo… sem cereja, sequer, mais diminuído, daqui por seis a sete mesitos, quiçá!!!...

… qual será a cereja, de entre os que se perfilam, como prováveis candidatos ao lugar cimeiro do bolo, direi antes… da Presidência???... O tempo o dirá!!!... Não há ganhadores antecipados e, por mim… nunca gostei de rainhas de Inglaterra, muito menos de tabus, de caras sérias demais, de segredos que se arrastam, de gentes que se manifestam, tão pouco, silenciosas que nem tumbas!!!...

… o bolo tem sido comido, por quem o confeccionou, com desplante, com despudor, numa sem vergonha continuada, como se nada!!!... Com algumas sobras, foram engordando, paralelamente, como quem mente o tal monstro que, foi crescendo, imenso, enorme, sempre com fome!!!... Da política, os pasteleiros, mudando de rumo… tomaram-lhe o gosto!!!… É vê-los, foram tapando todos os buraquinhos, os que dão dinheiros, como políticos, como gestores, como comentadores, em lugares de favor, bem forrados… sempre os mesmos!!!... Estamos nesta pastelaria, vai para trinta anitos e poucos, como loucos!!!... Quando incomodados, largam… vão para outro lado!!!... Fugiram dois, hão-de fugir mais, pelo que vejo!!!... Inquietos, ambiciosos, auspiciosos, quando auguram… quando se futuram, por esse Mundo fora, com numerosas comitivas, numa de pinga aqui, pinga ali, com sorrisos de treta, com palavreado ajustado, tanto por cá, como noutro lado da geografia Universal, tal e qual!!!...

… daqui por seis meses o lugar vai ficar vago,… os apetites já se aguçam, já se esmiúçam perspectivas, se alinhavam jogadas e convencimentos, por intermédio dos órgãos de comunicação social, dos dois partidos alternativos, os que se substituem, vezes por outras, no Poleiro!!!... Entre a esquerda e a direita, embora digam que não, se vai encontrar a solução!!!... A oposição quer, na Presidência, um contra poder… é bom de ver, claro!!!... Embora seja do conhecimento de todos que os candidatos à Presidência devem ser independentes, não ligados a partidos, é evidente… quando muito, apoiados!!!... Qualquer cidadão, desde que reúna todas as condições, com as respectivas assinaturas, se pode propor como candidato a Presidente de… todos os portugueses, sem qualquer vínculo a partido político!!!... Não percebo esta tendência de se ligarem candidatos futuros ao referido lugar… ao PSD, ao PS, ao PCP, ao BE!!!... Um absurdo!!!...

… a cereja que reúna mais condições, na altura… merecerá o voto de todos nós, é um facto!!!... Por enquanto, alguns se perfilam, outros dão a entender, ainda há os que, contidos, aguardam que os levem ao colo, ao tal lugar… sobre os restos apetitosos, do acepipe, o atrás referido, bolo mais que comido, pelos mesmos de sempre!!!...

… já existem facções diversas, indefectíveis ferrenhos do criador do monstro, do outro, do que agitou as hostes, ultimamente, o da entrevista do D.N., mais os do poeta alegre… candidatura diferente, versejada, mais humana, mais animada!!!... Há os que torcem, dão como certa a vitória (… isso é outra história, até ao lavar dos cestos, é vindima, sempre ouvi dizer, podem crer!!!...) do que mais gostam, do que se identifica com certos políticos e políticas, esperando uma espécie de vendetta, fazer ao Governo actual, o que Sua Excelência Sampaio, agora em final de mandato, fez à maioria de triste memória!!!... Cá se fazem, cá se pagam, estamos nisto, mais que visto!!!... Com a notícia do D.N., perante o Nunca digas Nunca, valores mais altos se levantaram, já há quem encontre maior perfil neste excelso de nomeada, ex muitas coisas, de espírito independente, por enquanto, com ambições próprias de qualquer mortal, desde que político, claro!!!... Nunca se contentam com o que têm, querem sempre mais… todos iguais, pois então!!!... O poeta candidato, se o vier a ser… fará uma candidatura poética, de maior estética, como quem não quer a coisa!!!... Por enquanto, a situação quanto à cereja sobre os restos do bolo, está neste pé, pois é!!!...

… ainda se fala dum dinossáurio, vedeta doutras épocas, pessoa idónea… não muito inclinado para esses trotes, cansado que está, mais que farto, coitado, já entradote!!!... Bem como dum certo professor, especialista em comentários, em notas, de qualificação… pessoa com muita oratória, professor de Direito e, de direitas, mal de família, muito aberto e simpático, como político, nunca foi grande coisa mas… há quem lhe reconheça atributos para tal lugar!!!... Também não desdenha, nem quer comprar… mantém uma certa indiferença!!!... Com esta gente, tudo se espera!!!... O tempo o dirá!!!... Bolos e cerejas, pasteleiros feitos políticos, novos-ricos, bem posicionados, gulosos, auspiciosos, sempre prontos… gananciosos, com monstro à mistura, uma finura, num País de tesos, tal e qual!!!... Sherpas!!!...

... ilusões tão diversas!!!... (antiga)


...não previnem, não mantêm, não acautelam, não recuperam, deixam cair, arruinar, ao desbarato, casas, bairros inteiros, grandes talhadas, muitos e muitos metros quadrados centricos e valiosos, autênticos tesouros, em dinheiro, para os donos descuidados, laxistas, que pouco ou nada ligam aos rendeiros, pobres criaturas, empecilhos, velhos e chatos que se agarram, pelo pouco que pagam, uma insignificância, ao prédio desgarrado, arruinado, pelos anos, décadas e décadas, sem cuidados, um século ou mais...quando já não há remédio, quando cai o telhado, a parede greta e ameaça se torna é vê-los, em campos opostos, coitados...uns porque não têm onde se abrigar e os outros, os senhorios, satisfeitos com o que vão ganhar, pelo terreno, só por ele, pois então, um punhadão de massa, mais dum milhão...e é assim, casas, ruas, bairros inteiros, grandes talhadas, a cair, aos bocados, velhas e gastas, todas rachadas, sem telhados, emparedadas, à espera, sofregamente, com emoção, pelo milhão, mais um milhão e muitos mais, pela modernidade que progride e avança sobre a lembrança, sobre a memória, sobre a história:


- O progresso é retrocesso/nas sociedades actuais/ nos países de sucesso/nas cidades e capitais/onde viram, do avesso/casas, bairros e canais/por força da modernidade/que não quer coisas banais/se futura, com vaidade/nas suas congéneres, iguais/a quem, por rivalidade/pretendem ultrapassar/derrubando o obsoleto/para construir, criar/casas chiques, nalgum gueto/onde, a rir e a brincar/se cultiva o sossego/o espampanante, no gastar/o consumo, como ego/duma classe de espantar/própria do tempo moderno/que manda tudo p´ró inferno/desde que possa gozar/uma vida de espavento/sem tino, sem tento/de barrigadas de fartar/cómodas instalações/que lhes possam proporcionar/respostas e soluções/para o que venham a encontrar/neste Universo de ilusões/de progressos com retrocessos/das gentes com sucessos/que não poupam o passado/que, para eles, está estragado/velho, ultrapassado/que convém deitar abaixo/na estrumeira, como lixo/substituir pelo moderno/criando um confuso inferno/bem terrestre, bem actual/porque é bom, não tem mal/não é diferente, é bem igual/às cidades d´outros locais/grandes centros, capitais/com aglomerados comerciais/com guetos, nada banais/sem porcarias superficiais/que escondem lodaçais/de baixos, sórdidos valores/da fauna bem, dos doutores!...

...e doutros que não, outros senhores, os endinheirados, os de sucesso, sem retrocesso, os de futuro, os espampanantes, agora como dantes, as excelências com apetências, os de espavento, os de ilusões, neste Universo, os que, de simples e vulgares, nada possuem, pelo dinheiro e posição, extrema máxima e condição, que da insignificância, sem relutância, se desvincularam, cidadãos do Mundo, com várias casas, com vários cantos, muitas paragens, sonhos em barda... perversas ilusões, de tão diversas!!!... Sherpas!!!...