sábado, 22 de março de 2008

... ping!!!...



... som que se espalha pelos ares,
baixo, convulsivo, consoante,
choro de dores, penares,
num instante,

ping, chap... caiu,

lágrima que se estatela no chão,
tal como ovo de galinha em azeite quente,
abriu,
fragmentou-se em miríade de pedaços,
mostrou traços,

curioso que por ali passou,
parou,
reparou naqueles farrapos,
ainda húmidos,
observou,

quanto viu,
o fez arrepender do acto que cometeu,
também sofreu,
antes não vira,
antes passara sem reparar,
antes,
não tivera aquele impulso
avulso,

depois do ping, do chap,

da queda de todo um Mundo condensado,
raiva na lágrima,
grilhetas, medos,
quantos segredos
lhe caem em cima,
triste partilha,
antes não fora ao núcleo da dor
àqueles pedaços,
por ali, espalhados,

com lágrima que cai
já não se atreve,
quanta reserva, pouco lhe serve,

acervo,
excepção que faz,
observação em directo,
local mais dilecto,
quase incapaz,

criança que chora,
lágrima mais pura
quando se derruba,
esparrama no chão,
reserva, ilusão,
promessa que implora,
obervação... menos dura,
porque chora,
assim pensa, assim faz!!!... Sherpas!!!...

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