terça-feira, 11 de dezembro de 2007

... Galiza!!!... (antiga)

...região ou…país, mais ou menos independente, porque antigo, porque diferente, porque característico, harmonizado, com costumes próprios, com religião muito arreigada, com sentimento demarcado, muito seu, muito isolado, não desconforme, esbatido…diluído, como se nada!!!...Eis a questão, a que se impõe, a que se discute, a que interessa aos galinfões, aos sem fronteiras, aos forrados, aqui e em qualquer lado, porque sim…sua Pátria é o dinheiro e este, para mal de quem o não tem, não é patriota, nem um pouco!!!...

…já há uns tempos recuados, desde há cinquenta anos atrás, depois de uma guerra cruel, de uma mortandade horrorosa, de uma carnificina total, os vencedores, pobres coitados, porque perdedores também, se debruçaram sobre um papel, um mapa, o da Europa, com uns laivos de África, ali ao norte, descambando para oriente, a meio…decidiram, com lápis, régua e esquadro, em cima do joelho, não respeitando nada, nem ninguém, a seu jeito, fazer países, vários, com nomes, com fronteiras, misturando e baralhando, raças e credos diferentes, tudo ao molho, pois então!!!...

…e, deu no que deu, continua dando, nunca mais acaba, para nosso mal, de toda a humanidade!!!...

…um som distante, uma gaita/gaiteiro da linda Galiza/gente que dança, que salta/na paisagem que se harmoniza/oceano que se vislumbra/sonho que se idealiza/névoa, na penumbra/amanhecer pardacento/entre vales, entre montanhas/num determinado momento/nesta região, nas suas entranhas/tão longínqua, tão afastada/desta, de todas as Espanhas/mais portuguesa, mais irmanada/na língua, músicas, danças/nos costumes, nos cantares/no viver, nas usanças/mutuamente familiares/ai Portugal, ai Portugal/tão próximo te encontramos/ai Portugal, ai Portugal/quanto mais te afastam/ mais te amamos/Galiza de Portugal/terra de encantamento/não há outra mais igual/que o Minho, por sentimento/nesse Portugal tão lindo/nesse País que entendo/onde sou sempre bem-vindo/para onde emigro, com agrado/terra de Celtas, do passado/terra das nossas origens/onde vives, não finges/onde te sentes abrigado/onde és sempre desejado!!!...

…não sou nacionalista ferrenho, sou português, sinto-me como tal e, sinceramente, não gosto de misturar alhos com bugalhos!!!...Que querem, nasci assim, hei-de morrer, se os Deuses o permitirem, do mesmo modo, continuando sendo o que sou, português dos sete costados!!!...Antes do meu sentir, sempre me considerei e…considero, cidadão do Mundo, tão mal tratado, ultimamente!!!...Penso que, organizar, por imposição, forçosamente, por interesses económicos, qualquer Nação que se pretenda grande, poderosa, traz consequências graves e gravosas para os que assim pensam, para os que pensam em sentido contrário, criando aversões, desavenças, originando matanças entre gentes, entre raças, entre crenças…porque diferentes!!!...

…nunca compreendi como se pode matar uma língua, como se pode impor língua estranha, como se podem quebrar costumes e usos de antepassados, de tempos recuados, longínquos, mas perenes, sempre presentes, mesmo que proibidos, perseguidos por leis que se cozinham, se amalgamam num livro único…qualquer Constituição!!!...Não tenho nada que ver com grupos separatistas, respeito-os, lá terão as suas razões…ou não!!!...É com eles!!!...

…grandes Impérios, regiões agigantadas, descomunais, federações, mais ou menos alargadas, histórias diversas, memórias e referências variadas, de costas voltadas, umas contra outras, sem identidades comuns, sem elos de ligação…como base, não sólida, um simples cifrão!!!…Dá que pensar, traz convulsão, provoca incómodo, mau estar, até rebentar!!!...Já aconteceu, está-se a dar, continua-se vendo a cada momento!!!...Será que o homem, esse boneco caricato, esse títere convencido…não aprende, nem com os seus próprios erros???...Mas, quem sou eu???...Sherpas!!!...


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