sábado, 7 de agosto de 2010

... lago de águas mansas!!!... (antiga)



... lago de águas mansas, cristalinas,
imenso espelho que se adensa,
tons variados, azulados, esverdeados,
coloridas,
quando se vê, se pinta, por tantos lados,
tal como a cor intensa,
das flores que brotam, aparecem,
contornam seus cantos, seus recantos,
encantos,
sombrios, mais clareados,
por vezes,
num Sol aberto, que mergulha,
às vezes,
na profundidade dos seus segredos,
simbiose perfeita, sem medos,
comunhão total, entrega, partilha,
no que é natural,
equilibrado, quando se perfilha,
se completa, fazendo parte,
como igual,
com amor… com arte!!!...

… local paradisíaco, com odaliscas,
nas margens… risonhas, saltitantes,
nenúfares inertes, flutuantes,
nas águas cintilantes, já vistas,
peixes coloridos, parados… pensantes,
libelinhas, esvoaçantes,
círculos harmoniosos, concêntricos,
bagas de fruto silvestre, candentes,
insectos vários, em chusma… pendentes,
espargindo,
gotas de água produzidas,
caindo,
com som musicado, cantado,
entoado,
por gargantas excelsas, vibrantes,
argênteas , de prata,
numa sinfonia ímpar,
sem dia, sem nome… sem data!!!...

… pequenos instantes, momentos,
ênfase, criação… visão,
fruto da nossa imaginação,
pedaços já gozados, vividos,
partilhados, por aqui, por ali,
em tanto lado,
num recanto qualquer,
esquecido… lembrado,
um sonho belo, que se quer,
no tempo, parado,
inerte, tal como o peixe colorido,
aguardando a queda duma baga, dum insecto,
alimento, vorazmente… engolido,
num ápice, concreto,
seu desejo, seu sentido,
bem longe das odaliscas, esbeltas,
sorridentes, saltitantes
estetas,
numa vida diferente… perfeitas!!!...

… harmonia, partitura de doce melodia,
sinfonia,
entoada a preceito, ao jeito,
de grande compositor, dono e senhor,
maestro,
sem batuta, sem público, sem fama,
aquilo que se chama,
quando alguém, sábio e destro,
se aclama,
por feitos passageiros, fúteis… inúteis,
obras menores, com ambições, com dores,
com mortes, com perjúrios,
augúrios,
maléficos, geniais,
bestiais,
afrontas irracionais,
ao existente perante nós, como gente,
que, sem ver, sequer… não sente!!!... Sherpas!!!...

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